Salvadora escrita por Makino07


Capítulo 10
"Blame it on the alcohol"


Notas iniciais do capítulo

E aí pessoal!!! Estava aqui, num raro dia em que eu não tive nada pra fazer, isso me deixou feliz porque pude me redimir postando um novo capítulo de "Salvadora" num intervalo de tempo maior, e pra compensar alguns pontos em que o cap anterior deixou a desejar. Como eu sempre faço, gostaria de agradecer aos reviews (q não foram muitos, mas me deixaram muito felizes), e as recomendações também.
Nesse capítulo algumas coisas em relação a trama, vão ficar um pouco mais claras - bem aos poucos rsrs - e em relação aos relacionamentos conturbados dessa Torre também! Espero ue gostem! Dessa vez a música é do Nickelback - Someday.
Boa leitura!!!



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"Como diabos nós fomos terminar desse jeito?"

A ruiva estava assustada demais para qualquer tipo de conversa. Sua cabeça já latejava tamanha era a dor por estar chorando há muito tempo. Ela se encolhia no canto de seu quarto, enquanto acariciava Silkie, que também quieto e encolhido, apenas olhava com olhos tristes e pesarosos para a dona, quase como se soubesse o que estava acontecendo. O seu vestido novo estava rasgado e por vezes ao olhar para ele as lágrimas desciam em cascata.

"Por que nós não fomos capazes de ver os sinais que perdemos
E tentar 'virar o jogo'?"

"Mas que diabos Dick fora fazer?" Era só o que se passava centenas e centenas de vezes pela cabeça de Estelar, e mais cem vezes. Tudo estava tão bem. Como casal, parecia que não existia um outro mais feliz, e embora não fossem namorados oficiais, tudo sugeria para que algum dia isso fosse ocorrer. Ele passara todo o dia bem. Durante toda a armação para a festa do menino-fera, ele estava animado, fazia especulações de como o garoto iria reagir à surpresa. Enfim, tudo caminhava para um dia fantástico entre amigos. Mas Koryander não pôde deixar de perceber como uma ligação no meio da tarde mexera com Richard. Ele era ótimo em disfarces, mas Estelar era ótima em percepções, quase tanto como Ravena. Kory pensou que provavelmente ele ouvira algo ruim, mas agia com tanta despreocupação após o contato, que parecia ser passageiro. Então não o questionou sobre.

"Eu gostaria que você não apertasse seus punhos
E desfizesse suas malas"

A música cessara no salão, e ela se perguntava o que Dick estaria fazendo. Ela estava realmente decepcionada com a tentativa de "estupro" e céus! ela não sabia nem o que pensar. Ele estava errado, mas ela tinha a consciência que o homem estava sob o efeito do álcool, sabia que ele nunca o teria feito se estivesse sóbrio, e embora ela estivesse trêmula e assustada, não conseguia sentir raiva... Não era falta de amor próprio, mas mesmo conseguindo visualizar a calamidade da situação, ainda conseguia pensar num Dick aturdido e perdido, sob o efeito de uma droga, fazendo algo que ele nunca faria. Seria ela boba demais por pensar assim? Deveria ser mais dura? O que faria no dia seguinte? Questões rondavam sua cabeça, fazendo-a latejar mais e mais. Ela vivia as consequências do bom coração e da inocência, e viu que essas consequências eram muito duras, mas mesmo ao final de tudo, ela sabia que era forte e no fundo, de que não deixaria de ser a doce Estelar.

"Ultimamente vem acontecendo muito isso
Mas não pense que é tarde"

Pela manhã os Titãs e Sarah rastejavam para a sala principal, uns com mais ressaca que outros, mas todos muito felizes e sorridentes. Cyborg, mesmo cansado, preparara um café da manhã reforçado para bastante gente. Abrira uma mesa grande do lado da cozinha e ali colocou todos os mantimentos que pensava fazer efeito para curar uma ressaca. Cyb agradecia mentalmente por nenhuma perturbação vilã ter aparecido durante a noite, e principalmente naquela manhã. Como se estivesse lendo pensamentos, Eddy se aproximou.

– Que bom que não aconteceu nada né Cyb?

– Pois é Eddy, estava pensando nisso agora... - ele disse enquanto fazia panquecas e por vezes dava olhadelas em Sarah, conversando com Mais e Menos.

– Você não acha que fomos um pouco negligentes? Sabe... E se alguém precisasse de nossa ajuda, e estivéssemos bêbados e impossibilitados de lutar? Quer dizer, todos os Titãs estavam aqui né?! - ele disse enquanto procurava ajudar o meio robô.

– É, erramos nisso! Não esperava que Dick fosse concordar com as bebidas, mas quando ele concordou, todos ficaram tão surpresos com a maleabilidade que simplesmente concordamos...

– Eu também estava nesse meio... Não é que eu me arrependi, a festa foi tão boa - ele sorriu - Sei lá, só me passou pela cabeça.

– É! Vamos agradecer por que nada de ruim aconteceu! - Cyb estava com mais uma leva de panquecas prontas - Falando nisso onde está o Asa?

"Nada está errado
Só até que você saiba que algum dia eu vou..."

Nem Asa nem Estelar haviam aparecido para o café matinal. Apenas Asa saíra de seu quarto mais tarde para se despedir dos Titãs que iam embora. Asa estava com o rosto completamente abatido, e os Titãs cochichavam e riam entre si especulando que ele foi o que mais aproveitara a noite, visto que estava com uma cara horrível e parecia não ter dormido. Ele se despedira como se fosse um zumbi. Estava completamente desanimado e sua fala era calma e baixa. Procurava sorrateiramente com os olhos pela moça com cabelos vermelhos, mas não a achara naquela sala, pelo visto ela não saíra nem para se despedir dos amigos e Dick se sentiu imensamente mal por isso "A coisa tá feia...". Se despedira dos Titãs e voltou para seu quarto, assim como fizeram os quatro novos Titãs, Ravena e Mutano. Cyborg levou sua dama em casa. Ficara um tempo lá com ela e disse voltar pela noite. Ao retornar para a Torre, desfez toda a bagunça da cozinha e após "tirar mais uma soneca", como ele dizia, só pensava na tortura que seria limpar o salão de treinamento. Enquanto guardava o que ainda sobrara dos frios, ele sentiu a falta de Estelar. E pela cara de Dick naquela manhã, ele pôde perceber que algo tinha acontecido. Foi falar com aquele que era mais difícil.

Bateu na porta de Dick, e esse respondeu prontamente, a abriu e voltava para desabar em sua cama. O fato de responder prontamente à chamada do amigo de lata, sugeria que ele precisava de alguém. E ele assumia isso.

– Hey muleque? O que está acontecendo? - Cyb perguntou se sentando na cadeira mais próxima. Dick olhou para o amigo, visivelmente confuso com a palavra "muleque". Isso não era mais viável para Dick.

– Eu fiz uma grande besteira ontem... - ele disse voltando seu olhar para o teto. Suas mãos embaixo da cabeça ficavam geladas quando ele imaginava que teria que fazer contato com a tamareana.

– Tudo bem cara, a bebedeira acabou. Não aconteceu nenhum problema na cidade. Confesso que eu também fiquei preocupad... - o ciborgue parou de falar ao ver o rosto triste e decepcionado de Dick - Richard? Foi a Estelar?

–Eu tentei agarrá-la ontem... - as palavras saiam difíceis de sua boca - Quase a forcei a fazer algo que não queria... O pior é que talvez hoje eu nem me lembrasse disso. Mas o som do choro dela me tirou do transe... Vic, eu mal posso olhá-la... - ele disse fechando os olhos.

"Algum dia, de alguma forma
Vou fazer com que tudo fique bem"

– Mas você estava bêbado... Não que isso justifique, mas... - ele pausou ao ver o amigo imóvel na cama - o que deu em você para beber? Isso não é do seu feitio. - ele perguntou num meio sorriso.

– Ontem completaram doze anos desde a morte de meus pais... Eu estava bem, bem mesmo. Foi quando o Bruce ligou... Ouvir a voz dele no dia de ontem me fez lembrar de toda a cena... Eu não queria que fosse um dia triste, sabe então acho que recorri ao álcool. Mal sabia eu que se eu só tivesse recorrido a ela, já teria ficado bem... - ele disse lembrando das risadas ao lado de Kory na noite passada.

– Por que não tenta conversar?

– Eu não me atrevo.

"mas não agora"

– Hey!!! Richard, você nunca me decepcionou no que diz respeito a agir como um homem. Sempre tomou atitudes pensando nas consequências, e quando elas vinham, você as encarava de frente. Você sempre honrou suas calças! Por que vai "dar pra trás" agora?

Asa virou seu olhar para Cyborg.

– Victor. Não é tao simples, é muito mais que falta de coragem, é vergonha. O que eu fiz foi algo que eu sempre desprezei. Acho não existe dor maior para uma mulher... para uma pessoa... do que passar por isso. Ela era última pessoa nesse planeta que merecia isso... E nem desse planeta ela é...

– Apenas seja o Dick que você sempre foi, vocês vão passar por isso... Além disso não aconteceu nada, não é mesmo?! Ás vezes é difícil assumir nossos erros, mas quando assumimos, devemos fazer algo mais difícil ainda, nos desculpar, por mais vergonhoso que tenha sido. Você é mais que isso Richard, tenho certeza que a nossa pequena pensa a mesma coisa - Victor disse se levantando, se preparando para deixar o quarto. Ao colocar a mão na porta, percebeu que Dick se sentara na cama.

"Eu sei que você está se perguntando quando
(Você é a única que sabe disso)"

– Hey Vic...

O robô se virou para olhá-lo.

– Obrigado, por tudo. - Dick falou olhando para o grande homem a sua frente.

– De nada muleque - Vic sorriu antes de sair do quarto.

Sentado na beirada de sua cama, com os braços apoiados nas pernas e as mãos cruzadas, Dick pensava. Já nesse contexto de "não é do seu feitio", ele resolveu pensar bastante antes de tomar qualquer atitude. Decidiu sair da Torre e caminhar no centro da cidade.

Em um outro quarto, uma mulher de rosto pálido, segurava um espelho, o qual era o portal para o acesso à sua mente. Ela precisava dessa "viagem" dentro de si mesma. Não lembrava como pôde se permitir a ficar bêbada e fora de si. Ravena não se lembrava de muita coisa da noite anterior, apenas de que fora uma de suas melhores noites na Terra e de que havia se divertido muito. Um passeio pela sua mente ajudaria a destruir a grande curiosidade que a assolava. O que a fizera tão feliz nessa noite que ela não queria ter esquecido?

"Bem, eu espero que já que estamos aqui
Que nos poderíamos terminar dizendo
Coisas que nós sempre precisamos dizer
Então poderíamos acabar ficando"

Após um tempo dentro do espelho, ela saiu. Completamente desnorteada, caiu sentada na cama. Flashes de seus beijos apaixonados com Garfield na noite passada vieram à tona. A cena estava ali, clara e nítida para quem quisesse ver. A propósito, de certa forma ela agradecia ao fato de que mesmo que alguém tivesse visto, não se lembraria, assim como ela. Se perguntava se o rapaz lembrava do que tinha acontecido, e se não, o que ele faria assim que se lembrasse. Uma onda de confusão a preenchia, e uma enorme vontade de chorar, e ela ao menos sabia o porquê. Apenas estava na tênue linha que separava o argumento de que aquilo só acontecera devido ao álcool, ou se realmente aconteceu por um desejo próprio de ambos. O último pensamento a assustava profundamente. Relacionar-se com Mutano oferecia para ela um grande risco, e a desvantagem de ter os poderes relacionados à emoção era uma grande barreira. Se perguntava o quão fraca ficaria depois decepcionar, ou ser decepcionada por Mutano num relacionamento. E isso era uma pergunta, cuja resposta ela não sabia se gostaria de ter o conhecimento.

No centro de Jump, um jovem rapaz caminhava, embora estivesse com uma calça jeans, uma camisa e uma jaqueta grande, ele usava sua máscara de Asa Noturna. A cena da noite anterior vinha em sua cabeça e ele a repudiava, tentando afastá-la. Fechava os olhos e imaginava Estelar chorando, e o dia em que prometeu que não deixaria ninguém fazer mal a ela. Será que ele nesse dia ele havia se incluído? Estava tão absorto em seus pensamentos que mal percebera até onde chegava. Um lugar abandonado, cheio de ferragens e grandes engrenagens, a luz não parecia ser bem vinda ali, e pelo visto, Dick também não.

"Agora a história é contada assim
Exatamente como uma novela
Vamos reescrevê-la com um final apropriado
Em vez de um horror de Hollywood"

– Veio me visitar, criança? - uma voz conhecida e odiada acordara Asa. Que olhava ágil e rapidamente para todos os lados, à procura de onde vinha aquela voz.

– Apareça Slade, não seja covarde! - ele já estava em posição de luta.

– Estou aqui, meu filho... - o homem de voz rouca surgiu das sombras.

– Não sou seu filho - Richard disse calmamente, relaxando seu corpo ao ver que o vilão se aproximava sem intenção de lutar. Asa podia partir para a agressão e fazer o que sempre sonhou, quebrar a cara de Slade em mil pedaços e fazê-lo pagar por todos os desastres que havia causado.

"Nada está errado
Só até que você saiba que algum dia eu vou..."

– Está nervoso? Não vai tentar me matar? - disse Slade abrindo levemente seus braços.

– Você é quase tão insano quanto o coringa... Não sou idiota... - Richard dizia imóvel.

– Querendo me comparar com aquele com aquele louco, sociopata? E sim te acho idiota! Você e seu papai morceguinho! - Dick avançou em Slade, que desviou rapidamente do possível golpe - Devo admitir que gosto do caos, mas você se engana ao sugerir que faço tudo por mim mesmo... - dessa vez foi ele que partiu com um soco para cima de Asa, que também desviou lhe desferindo um soco forte nas costelas, pôde-se ouvir o som de algumas delas quebrando.

Slade recuava com a mão na lateral da barriga, ele ria e se apoiava na parede mais próxima.

– Me diga!!! O que pretendia soltando aqueles canalhas? Cinderblock, Sobrecarga... os prisioneiros, o que você ganha com isso? - Dick pegou o bastão no cinto de utilidades dentro da jaqueta, e o colocou - Tenho certeza de que você não ficaria satisfeito só com a destruição dos Titãs... - ele veio caminhando lentamente em direção ao Exterminador - Nisso você precisa concordar que se parece com o coringa, você é apaixonado por nós. Isso fica claro nas suas tentativas fracassadas, aparentemente proposital, em nos destruir...

– Sou um mercenário seu idiota! - ele disse e seu rosto foi levantado com a ponta do bastão de Asa, que estava pronto para acabar de vez com Slade Wilson, mas queria ouvir o que o homem tinha a dizer - Como pode ser tão burro... - Slade dizia pausada e calmamente - para não enxergar... aquilo que está na sua frente... Não amo vocês... - sua voz falhou quando Dick apertou ainda mais o bastão em sua garganta - Acabar com os Titãs é um serviço que eu faria de graça!!!

Asa noturna bateu com o bastão fortemente no rosto de Salde, que logo apertou um botão em sua espécie de pulseira, logo os robôs de Slade imergiam naquele local mal iluminado. Asa se viu cercado por muitos deles, mas não se demorou em acabar com eles um a um. De repente o número de servos do Exterminador apenas aumentou, e Asa se viu encurralado por uma grande quantidade deles. Ele destruía sete, e logo estava cercado por mais quinze. Conforme os servos chegavam para lutar contra Dick, este se via perdendo a luta. Levava muitos socos e chutes fortes. Tinha a cabeça imprensada no chão, mas pôde observar Slade sendo carregado para fora do lugar. Seus olhos estavam se fechando, quando ouviu barulhos de disparos. Yanca havia chegado no local atirando, junto com os outros Titãs. Ao passar do tempo, todos os robôs já estavam exterminados no chão. Mutano terminava de destruir um quando todos estavam olhando para ele.

– Quem é o gatão? Quem é o gatão? Podem falar! - Ele fazia uma dancinha com os quadris e no final dela, desferiu um chute na cabeça do robô recentemente abatido. Todos olhavam com um ar de falso desprezo para ele, seguido de leves sorrisos. Depois voltaram seu olhar para o líder, inclusive Estelar, que olhava, porém alternadamente, entre Dick e qualquer outra coisa a sua frente.

– O que aconteceu aqui? - Ravena perguntou.

– Estava caminhando - ele pausou e timidamente olhava para Estelar, que nesse momento não o encarava - encontrei Slade aqui, e o questionei sobre algumas coisas... Como sempre, ele escapou.

"Algum dia, de alguma forma
Vou fazer com que tudo fique bem"

– Sobre o que conversaram? - Eddy perguntou desconfiado. Ao chegar no local, ele já sabia com quem estava lidando, afinal já conhecia os robôs e sabia quem era o dono.

– Sobre algumas coisas... - Dick disse encarando Eddy, um pouco de sangue escorria de seu nariz - Slade tem um motivo, motivo que ele gosta muito por sinal, para ter feito o que fez nesses últimos dias.

– Nós vamos descobrir o que é... - Cyborg disse ajudando Dick a levantar. Por um segundo, seu olhar e o de Estelar se cruzaram, mas a comunicação se resumiu apenas àquilo. Logo a moça de Tamaran levantou voo, assim como os que podiam voar, Ravena teletransportou Dick direto à Torre, e Cyb, Yanca, Fred, Frank e Eddy foram no carro Titã.

"mas não agora"

Nos poucos minutos em que ficaram sozinhos na Torre, Ravena já sentira o desânimo do menino-prodígio.

– Com a asa quebrada passarinho? - ela se sentou ao lado de Asa.

– Com o ego quebrado é mais viável...

– Já sei o nome disso...

– Me faz um favor? Se a Kory for conversar com você, diz a ela que eu sou o maior dos babacas. Um imbecil, um patife desprezível - ele disse com a cabeça baixa.

– Mas eu já faço isso - ela sorriu colocando as mãos nos ombros no rapaz - Por que você mesmo não diz isso... Fez algo chato? - ela sorria indicando que tudo era brincadeira. Ele lhe correspondeu o sorriso antes de responder.

– Como sempre...

Os outros chegaram. Os meninos com exceção de Richard foram jogar video-game, enquanto conversavam sobre o ocorrido. Fred e Cyborg jogavam uma corrida de carros, enquanto isso, Frank tagarelava sobre como os robôs eram fortes, porém burros e com movimentos pouco precisos. Eddy alternava seu olhar entre o jogo e entre Dick que caminhava Torre mais adentro. Um tempo depois, Yanca ia atrás do rapaz, e assim como Eddy percebeu, Ravena e Estelar na cozinha também o fizeram. As duas trocaram olhares furtivos.

"Eu sei que você está se perguntando quando
(Você é a única que sabe disso)"

Na sala de investigação de Dick, ele sentava, pegou uma caneta e concentrado, ele começou a fazer um relatório do que acontecera há algumas horas. Segurou sua caneta no ar ao lembrar da conversa com o mercenário. Mais uma vez ele deixara Wilson escapar, porém agora obtivera uma informação. Relacionou à conversa do último encontro "Ás vezes você se esquece de quem eu realmente sou, não é, criança?!", "Sou um mercenário, idiota!", "Acabar com os Titãs é um serviço que eu faria de graça"... Serviço... serviço. A palavra rondava a cabeça de Dick, e ele reagiu quase como um estalo. Tudo o que Slade estava fazendo era um serviço, e o pior, um serviço para alguém que nenhum dos Titãs fazia ideia, era um inimigo oculto atuando em conjunto com um velho inimigo. Isso soava a Dick como algo mais do que preocupante. Mas ele fora interrompido de seus devaneios quando uma voz feminina invadiu a sala.

– Precisamos conversar! - Yanca dizia com as duas mãos na cintura.

Dick levantou os olhos para olhá-la. E ela estava determinada.

"Eu sei que você está se perguntando quando
(Você é a única que sabe disso)"

Na sala principal, Estelar apenas olhava através da janela, pensando no que estaria acontecendo na sala de Dick, mas também sem a menor intenção de ir lá, mesmo querendo que tudo voltasse ao normal.

"Eu sei que você está se perguntando quando..."


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Notas finais do capítulo

Bom, pessoal, espero que gostem! E que acompanhem os próximos caps pq as coisas vão começar a esquentar... espero kkk Abraços!



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