O Filho da Lua escrita por Murillo França
Notas iniciais do capítulo
Ok, sem frases profundas e melosas hoje, acho que estão cansados disso, peço desculpas pelo Hiatos, e sinto informar pra aqueles que acompanham fielmente essa fic, e os que não acompanham também obviamente, que eu só voltarei a postar segunda, mas depois não haverá mais hiatus! Espero que gostem do cap:
Guilherme acordou no chão e olhou pra Diana que ainda dormia em seus braços. Ele se lembrou das noites passadas e a abraçou com cuidado pra não acorda-la. O ponto era que os dois já haviam brigado muito, quase já se mataram, e achavam que isso nunca ia dar certo. Eram tantos devaneios e loucuras, que acabaram ficando assustados. Diana acordou e encarou Guilherme.
–Vamos ficar juntos agora? Sem mais confusão e loucuras? – perguntou Guilherme.
–Não posso prometer, mas vamos tentar! – respondeu Diana.
Os dois se beijaram mais uma vez. Agora estavam bem!
–Espera! – Diana já tinha acabado de se vestir quando teve essa epifania – Ele disse que as benções nos deixavam visíveis não foi?
Guilherme não entendeu a pergunta de inicio, mas se lembrou do dia anterior e respondeu.
–Sim, os demônios marinhos agora podem sentir nossa essência. – concordou Guilherme – pelo menos de acordo com o que aquele outro demônio disse.
–Sempre achamos que o Otavio queria extrair nossa essência pra sugar nossa magia, e depois sugar a magia da pedra da lua, mas e se ele tiver com os demônios, tipo do mesmo lado? – perguntou. – Faz sentido, se ele sugar a energia da pedra da Lua e destruir o cristal, depois molha-la os Atlantis vão correr perigo, assim os Atlantes com “e” vão saber onde encontra-los.
–Isso é loucura, se um Atlantis se uni a um demônio... ele está praticamente vendendo sua alma. – comentou Guilherme.
–Que outra explicação você tem pra ele ter conseguido que os demônios infernais e marinhos nos atraíssem? – perguntou – Talvez ele tenha dado um jeito de conseguir o apoio deles e continuar com a alma e com os poderes.
–Se tem um momento pra seus poderes de vidente agirem, esse momento é agora! – exclamou Guilherme.
–Vamos, tenho que pegar minha tiara! – respondeu ela entrando no alçapão.
Os dois desceram as escadas até a caverna subterrânea, ambos entraram na água e nadaram em velocidade máxima até a casa de Matheus, usando mais uma vez, a entrada pela água. Emergiram na familiar caverna subterrânea dos Simon’s, e subiram as escadas até o escritório, devia ser uma sete da manhã, e as pessoas provavelmente estavam dormindo, mas assim que entraram no escritório, ouviram o barulho de uma briga. Venus e Rafael.
–Não, eu sinceramente não esperava, você é homem então eu sabia que não ia ficar na seca, mas esperava que você tivesse a decência de terminar e ser fiel quando eu retornasse! – explicava ela.
–Eu ia terminar... – argumentou ele. Ambos falavam de modo exaltados, porem mantendo o nível de voz num volume que não acordasse nem Matheus e nem os vizinhos.
–Mas o que? Ficou esperando o momento certo? – perguntou Venus – Me poupe. Ou pretendia fugir? Eu ouvi você falando ontem com Matheus, não é justo o que você tá fazendo, tá tentando força-lo a fazer uma escolha dessa aos treze anos?
–Pensei que iríamos pra Atlântida ficarmos os três juntos assim que ele ganhasse cauda! – argumentou Rafael.
–Esse era o plano, mas era um plano egoísta desde o inicio, ele tem uma vida aqui, amigos, e um amo! – argumentou Venus – Acha mesmo que eu votei pra cá por causa daquela pedra da Lua? De fato ela está sim bem escondida aqui porque nunca meu irmão iria imaginar que eu a esconderia na terra, mas eu não vim aqui por aquela pedra, e muito menos por você, eu vim por ele.
–Agora eu não significo mais nada? – perguntou Rafael levantando a voz – NÃO QUER MAIS FICAR COMIGO?
–Fale baixo! – mandou Venus.
–NÃO QUER ACORDAR OS VIZINHOS PRA QUE NÃO OUÇAM SEUS SEGREDOS? – perguntou gritando.
–Não seu idiota, não quero que Matheus ouça isso! – cortou ela – Agora fique quieto, vou verificar se ele ainda está dormindo.
Rafael se calou e Guilherme e Diana puderam ouvir a tia subindo as escadas. Depois de um tempo ela voltou e continuou.
–Ainda hoje você vai acabar com aquela oxigenada, e não acorde Matheus! – avisou indo nadar.
Guilherme congelou Venus e Rafael, depois ele e Diana subiram a escada e foram até o quarto de Matheus.
–No inglês – começou Matheus tagarelando assim que eles entraram no quarto – Atantis só é escrito com i, e tem o mesmo sentido para o povo quanto para os demônios, e Atantic é o nome da cidade e vocês já repararam que merman...
–Entendemos, você tá estudando dialetos no seu subconsciente, acontece que esses jogos de palavras só são possíveis no português, espanhol,e talvez no latim! – comentou Diana – temos algo serio pra falar.
–Achávamos que o plano de Otavio era obvio, que ele queria sugar o poder do cristal da lua e com isso acabaria molhando-o e revelando o nosso povo – comentou Guilherme – por isso é importante que protejamos a pedra.
–Mas, ele controlou os “atlantes” ele os mandou atrás de nós, e se ele tiver feito um pacto com o Kraken? – propôs Diana.
–Kraken? – perguntou Matheus.
–É nossa pior entidade marinha, e sejamos sinceros, ele sempre quis nos destruir, Otavio deve ter oferecido nossas almas! – comentou Guilherme.
–E agora estamos visíveis para os Atlantes, ou seja... cuidado redobrado! – comentou Diana.
–Sem festa a noite? – perguntou Matheus – mas é a ultima semana antes da volta as aulas, eu queria ir a festa de hoje!
–É no Humaitá! – comentou Guilherme.
–Mas vai estar cheio, ninguém vai nos atacar! – comentou Diana.
–Ok, nós vamos! – respondeu Gui.
Má ideia! Se algum dia estiver sendo caçado, não vá a festinhas. Tudo estava normal naquela noite. Até a hora que dois garotos altos e bonitos começaram a encarar os três.
–Ok, com quem eles estão flertando? – perguntou Diana.
–Ou os dois querem você, ou os dois me querem, ou cada um quer um! – respondeu Gui – vem, dança comigo sensualizando.
Os dois continuaram olhando eles dançarem, começou a ficar estranho quando eles também começaram a dançar. Infelizmente o mundo humano é muito preconceituoso, e como numa festa cheia de adolescentes ninguém nota dois garotos dançando? Guilherme puxou Diana que interrompeu o beijo de Matheus e Luna. Os três primos se afastaram da festa e ficaram perto da água.
–Eles podem ser demônios. – comentou Guilherme.
–Ou só duas bibas irônicas! – argumentou Diana.
–Eles estão vindo! – disse Matheus.
Um deles era ato, forte, cabelos loiros e olhos dourados. Usava uma camisa de manga comprida branca e um jeans rasgado. O outro também era forte, e um pouco mais baixo, pele clara, cabelos pretos e uma barba atraente no rosto, seus olhos negros eram realmente atraentes.
–Oi, a festa estava ótima, por que saíram? – perguntou o loiro.
–Acho que isso não é da sua conta! – respondeu Diana.
–Que foi loirinha? Está nervosa? – perguntou novamente o loiro.
–Lipe, deixa eles! – pediu o moreno.
–Bryan, eu sei o que estou fazendo! – respondeu o loiro que aparentemente se chamava Lipe.
–Saiam daqui antes que se arrependam! – mandou Guilherme.
–Sabemos que tem ago acontecendo aqui, ago mágico! – exclamou o tal de Lipe com um tom ameaçador.
–Magia não existe! – respondeu Diana.
Um enorme tentáculo de água emergiu do mar atrás deles e a puxou pra água numa velocidade impressionante.
–Que diabos foi isso? – perguntou Gui.
–Não sei, plagio de h2o? – perguntou Matheus tão pasmo quanto o primo.
–SOCORRO! – gritou Diana tentando saltar com a cauda pra fora da água, mas várias mãos membranosas a puxavam de volta, e os tentáculos eram ainda mais fortes.
–Ela tem uma cauda! – exclamou Lipe sorrindo.
Guilherme olhou pra os dois garotos. Não tinha mais opção, sua namorada, amiga e prima, estava correndo perigo, ele e Matheus correram subiram no murinho e saltaram na água mergulhando atrás de Diana. Mais duas pessoas saltaram com eles. O garoto loiro, Lipe, tinha cauda amarela alaranjada, e Bryan o garoto moreno tinha uma cauda verde escura. Matheus se espantou um pouco, mas Guilherme já imaginava, os quatro nadaram em alta velocidade e alcançaram Diana cercada por um monte de demônios aquáticos.
–Isso explica o tentáculo! – comentou Matheus.
–Não, na verdade eles não deviam ter controle sobre a água! – argumentou Guilherme – É uma ironia justa.
–Então quem está dominando aquele tentáculo? – perguntou Matheus.
–No momento? A gente! – respondeu Guilherme apontando a mão pro tentáculo e congelando a água.
Lipe o ajudou a congelar e Diana quebrou o gelo pra sair. Nesse minuto os demônios Atlantes avançaram pra eles, mas Guilherme usou o poder de parar o tempo, congelando-os. Lipe e Bryan não congelaram.
–Acham que são os únicos que foram abençoados? – perguntou Bryan.
–Mata logo eles! –mandou Diana apontando pros demônios.
Matheus e Guilherme dominaram a água fazendo uma bola de gelo se formar em volta dos demônios. Depois da bola se solidificar, Lipe, Diana, Matheus e Guilherme usaram os poderes de congelar juntos e a esfera de gelo explodiu.
–Ok, oficialmente Otavio trabalha com eles! – comentou Guilherme.
–Cristal de transferência né? – perguntou Lipe.
–Traduz... – pediu Matheus.
–Transferência de energia, se eu te der um posso dominar a água por você não importa o quanto estejamos distantes! – explicou Bryan.
–Por quê eu nunca sei das coisas? – perguntou Matheus.
–Porque nunca presta atenção! – respondeu Gui. – Vamos voltar pra casa, vocês dois têm muito o que explicar.
Os cinco nadaram na velocidade turbo deixando apenas as bolhas como vestígio de sua presença.
–Move objetos, congela o tempo, e você levita por causa de seu dom de ver o futuro que vem da sua tiara? – perguntou Bryan pra confirmar.
Os cinco estavam na caverna submersa da casa de Matheus. Basicamente Lipe e Bryan eram dois tritões australianos que foram enviados para o Brasil pelas serpentes de luz.
–Sabíamos que tínhamos que encontrar três Atlantis que emanavam uma grande energia! – comentou Bryan.
–Vocês dominam a água totalmente ou só em um estado? – perguntou Matheus.
–Um estado – respondeu Lipe – eu sou gelo e ele é o gás e calor.
–As serpentes me deram habilidades energéticas, tipo, eu posso disparar raios elétricos potentes, dar gritos sônicos, e sentir a energia mágica de qualquer ser! – comentou Bryan.
–E eu posso condensar minhas moléculas, posso ficar invisível, atravessar paredes – ele se virou pra Diana – Ou ficar bem... duro.
Guilherme ficou na frente de Diana e disse seriamente:
–Ela tem namorado, é bom continuar intangível.
–Pera, vocês tão namorando? – perguntou Matheus – como eu não sabia de nada? – perguntou.
–Calma gato, posso te mostrar o quanto o gelo pode ser quente! – comentou Lipe.
–Hey, ele tem namorada! – Diana ficou na frente de Guilherme.
–Lipe! – exclamou Bryan – controla esses hormônios pelo amor de Poseidon!
–Como se promiscuidade fosse pecado pra tritões e sereias! – comentou Matheus saindo da água. – Tenho que ver a Luma, e tentem não se matar!
–Vão dizer que... – Lipe ia dizer mais alguma coisa, mas pelo sorriso irônico devia ser mais uma cantada barata. Até porque Bryan o calou com um movimento das mãos que fez a boca de Lipe ficar presa.
–Acho melhor irmos embora, votaremos amanhã depois de umas aulas de bons modos.
–Que Irritante! – exclamaram Diana e Guilherme juntos. – Mas talvez...
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No Próximo capitulo:
Matheus também tirou a camisa e entregou a alga pra garota. Luna comeu e a cauda cresceu no lugar das pernas, era de um azul profundo que combinava bem com a personalidade da garota. Os dois nadaram de mãos dadas, apesar de estar de noite, ambos enxergavam com clareza, o mar estava lindo. Os dois se olharam por alguns segundos, e num ato simetricamente perfeito, se beijaram apaixonadamente.