2005, Londres, Parque de Diversões Trouxa Part I

A família Lumiére, o casal Juliet e Vincent com seu pequeno filho William de cinco anos vieram da França para uma visita aos seus amigos, os Malfoy, o pai de Vincent era grande amigo de Narcisa, e Draco e Wiliam cresceram juntos, agora Scorpius e William se conheceram, mas eles quiseram levar Will a um parque muito famoso no seu ultimo dia para fazerem um piquenique por insistência do garoto, a dias, sempre que passavam por ali, Will queria entrar, mas hoje ele queria de todo o jeito.

Juliet estava tirando a comida da cesta quando Vincent lhe roubou um beijo, os dois eram apaixonados como se fosse seu primeiro encontro e eles adolescentes, depois de uns minutos, eles estranharam o silencio de William.

O garoto não era uma criança normal, sempre hiperativo, se mexendo, falando, exigindo as coisas do seu jeito, já que fora muito mimado pelos pais, até no sono ele se mexia e falava, chutando as cobertas, mas os pais achavam que isso se devia ao fato de ser Parte-Veela por parte de pai, já que a mãe era uma bruxa normal, sem sangue excepcional nas veias, na verdade, muitos na família Lumiére rejeitaram o casamento por ela ser mestiça, a mãe era nascida trouxa, mas Vincent se apaixonou por ela assim que a viu sete anos atrás e seis meses depois, estavam casando e seis meses depois ela ficou grávida.

Mas enfim a fase de agitação acontecia principalmente quando pequeno, a falta da sua Companheira o afetava, na adolescência os hormônios mascaravam isso, mas depois da puberdade, voltava, mas eles ainda não tinham certeza do fato, a genética Veela podia não ter passado para ele e ele podia ser apenas um garotinho energético. No momento de distração do casal Will tinha sumido, eles procuraram por todos os lados ao redor pensando ser mais uma brincadeira, mas depois de uma hora, Juliet começou a se desesperar, William era seu bebe, e ela faria tudo por ele, se alguma coisa acontecesse com ele, ela não agüentaria.

– Querida, calma, nós vamos encontrá-lo, só precisamos procurar, ele deve ter ido para o parque ou está por aqui perdido, eu procuro aqui entre os piqueniques e você pelos brinquedos, Ok? – ela assentiu e ele beijou a sua testa rapidamente.

Vincent olhou ao redor, era uma parte do parque de Diversões espalhadas para dar sombra, mas com um espaço aberto, ele via várias famílias espalhadas, crianças correndo e fazendo barulho, ele fechou os olhos e se concentrou, quando abriu os olhos antes azuis claros, agora completamente pretos, ele começou a sentir o cheiro do seu filho. Estava espalhado, mas ele começou a correr, por um minuto ele o perdeu perto do carrinho de sorvete.

– Desculpe, você viu o meu filho? Ele é como uma versão menor minha, dessa altura, cinco anos, o senhor viu? – ele perguntou ao homem do carrinho, mas antes que ele respondesse que não, as duas moças que estavam ali, quase o devorando com os olhos falaram.

– Eu vi! – ele se virou e viu ajeitando a roupa para que aparecesse mais o decote da roupa, ele revirou os olhos internamente, maldito charme Veela. – Um garotinho loirinho, uma graça. Ele foi correndo por ali, não faz muito tempo.

Antes que pudessem pedir o seu numero de telefone ou perguntar se era casado, ele começou a correr na direção que apontaram e conseguiu pegar o cheiro do filho, em uma parte bem afastada de onde estavam, dez minutos ele o encontrou, mas quase passou direto de onde estava, se não fosse seus cabelos dourados, ele estava tão... calmo, não estava de pé fazendo alguma coisa, estava sentado e com um sorriso feliz, ele estava bem e por causa do alivio que tomou seu corpo, não deu importância a isso, só queria abraçar seu filho.

Ele se aproximou e viu o filho com a mão no cabelo de uma garotinha que devia ter a sua idade, ela era adorável, ruiva e meiga, com grandes olhos castanhos e uma boquinha vermelha, um nariz de botão e um vestido floreado, ela mexia com bonecas enquanto seu filho olhava maravilhado para ela, ele achou isso estranho, geralmente seu filho não se dava bem com outras crianças, mas ele olhava a garota de um jeito maravilhado, como se tudo que ela dissesse ou fizesse fosse ouro, ele olhava feliz, admirado... obcecado.

Uma moça de cabelo castanho claro muito bonita olhava os dois brincando, ela tinha mais um ruivo no seu colo, mas esse não devia ter mais que dois ou três nos, ela tinha um sorriso sereno nos lábios cheios, usava um short jeans e uma camiseta clara.

– William! – ele exclamou e seu filho veio correndo e abraçou as pernas do seu pai, que logo desfez a carranca, ele nunca conseguia ficar bravo com seu filho. – Eu e sua mãe estivemos preocupados até a morte! - Pegou Will no colo e lhe deu um beijo na bochecha. - Por favor, quantas vezes já lhe disse para não sair sem mim por ai?.

– Desculpe papai! - disse Will fazendo beicinho. - Mas eu te disse que estava sentindo um cheiro muito bom. Papai era o melhor cheiro do mundo! Eu precisava saber de onde vinha ele!.

Vincent bagunçou-lhe os cabelos loiros, enquanto a moça se levantou. A mulher sorriu para ele de um jeito educado, não maravilhado como a maioria das mulheres faziam.

– Ah fico feliz que o tenha encontrado! Estávamos sentados aqui quando William apareceu. Ele parecia estar tão perdido, que deixei que ficasse aqui com a gente até que seus pais aparecessem. Eu sou Hermione Malcom, e estes são meus filhos, Rose e Hugo. – ela disse calmamente.

– Eu não sei como agradecer a você. Fiquei muito preocupado quando vi que ele havia sumido, eu e minha esposa. Obrigado mesmo - os adultos sorriram uns para os outros e Vincent pode ver que Will não prestava atenção no que ele falava. Seus olhos estavam fixos em Rose. -Vamos embora, Will?.

Agora a atenção voltara para ele. O pequeno bruxo arregalou os olhos e socou o peito do pai com suas mãozinhas. Chutava, tentando sair de seu aperto.

– Não, não! - gritou. Vincent franziu o rosto. - Eu não quero ir papai!

– William, nós precisamos ir! Perdemos nosso tempo porque você sumiu. Temos que voltar pra casa!

– Não! - berrou balançando a mão. Conseguindo se soltar, pulou no chão e correu em direção a Rose. - Eu quero ficar aqui! - gritou batendo o pé, fazendo beicinho e cruzando os braços.

Vincent suspirou, não entendendo a reação do filho. Até o momento em que o pequeno Limiére agarrou uma mecha dos cabelos de Rose (sem que ela percebesse) e respirando fundo, desfrutando-se de um cheiro que só ele sentia.

Oh

Meu

Merlin

Não

Vivia inquieto e irritado, por que seu corpo sentia o vazio de não ter uma companheira, então ele era mesmo Parte-Veela! E agora, era tudo tão óbvio. O cheiro misterioso que Will havia sentido quando chegaram e a súbita vontade de querer ir ao parque todos os dias, sem motivo.

A pequena Rose era companheira de seu filho.

– Algum problema? - perguntou Hermione olhando o pai e filho um tanto confusa. Vincent corou.

O que diria a ela? Ah não, nada demais. É só que meu filho tem o sangue de Veela correndo nas veias e sua filha é a companheira dela, sabe? Os dois vão ter que se casar e se amar no futuro, a menos que você queira que ele morra, e não podemos esquecer que ele é um bruxo.

– Ah não, é só que... Will não tem muitos amigos, entende? - não era bem uma mentira. Seu filho só interagia com os Zabine, Malfoy e mais alguns filhos de amigos na França, mas não muito, passava a maior parte dos dias com a mãe, que deixou o trabalho de Auror quando o filho nasceu, queria dar a atenção que ela não recebeu quando era pequena, o que tornou o garoto um tanto quanto mimado, mas os pais não se importavam. Mas também trabalho de Vincent não lhe dava muito tempo de levar Will aos lugares. - Nós não saímos muito e ele é filho único.