Hunters and Wolves - Interativa escrita por Sky
Notas iniciais do capítulo
Enjoy
NARRADO POR SARAH MARSHAL - LOBA
Ontem a noite mais um lobo havia se juntado a nós, o nome dele: Carlo. Eram tantas pessoas na casa para abrigarmos que tivemos de dividir os cinco quartos entre as dezessete pessoas, fazendo assim com que ficassem três em três dos quartos e quatro em dois dos quartos, um cálculo simples, mas que deu muita dor de cabeça na hora de fazer os grupos.
Era cerca de duas da tarde e estávamos todos reunidos na sala conversando sobre a vigilância que estava possivelmente sendo realizada por Alisson. O lugar parecia uma colmeia de abelhas zunindo.
– Como podemos criar alguma estratégia ou montar qualquer plano se Alisson está nos vigiando? – Perguntou Nárriman aflita. – Não podemos ficar de braços cruzados, devemos fazer alguma coisa.
– Eu suponho que nos mudemos. – Sugeriu Edgar. – Se ela sabe nossa localização estamos correndo perigo.
– É como lutar contra a maré. – Argumentou Aya.
– O que faremos? Para onde iremos?
– E se nos mudássemos para fora de Cambridge? – Sugeri, mas logo fui abordada por um sonoro “não” saindo da boca de todos.
– Não diga o que planeja alto e sim guarde pra si. – Disse-me Drake enquanto bufava.
Carlo franziu o cenho.
– Mas se ela não pode compartilhar como iremos saber?
Maya que até agora se permanecia levantada e silenciosa argumentou: precisamos conversar em outro lugar.
April também permanecia silenciosa, o que me desperta certa curiosidade. No que será que pensava? Estava temendo pela sua irmã ou talvez por nós? Ela sabia de algo que não sabíamos?
– Precisamos nos mudar. – Falou Kenna. – O mais rápido possível.
– Mas precisamos esperar pela chegada dos nossos outros caçadores. – Disse William que até então também estava silencioso. – Eles estão em missão.
Maya não deixou para lá a curiosidade e perguntou quem eram os outros caçadores. Drake respondeu que quatro dos nossos aliados investigavam o esconderijo de Alisson e outra caçadora estava em viajem em busca de mais aliados.
A conversa acabou se estendendo e alguns dos caçadores continuaram a conversar, já outros como eu, por exemplo, estavam mais preocupados com a situação e com os amigos que não davam sinal de vida. Alice que, apesar de não termos tanta afinidade era uma pessoa querida por mim, estava sumida e não dava noticias assim como o grupo de palermas que haviam ido investigar o esconderijo de Alisson. Perguntava-me se ainda estavam vivos e imaginava que se mortos, esperaríamos por eles um bom tempo e ficássemos preocupados sem saber o que fazer e sem poder manter contato.
– Então, qual é o plano? – Pronunciou-se uma voz até então desconhecida por mim.
Todos voltaram os olhares até a cozinha onde um homem terminava de pular a janela e outro de cabelos claros devorava uma maça. Levantei-me rapidamente colocando-me em posição de ataque.
– Quem são vocês? – Perguntou Kenna.
– Quanta falta de cavalheirismo tem o meu amigo, chega à casa das pessoas, nem se apresenta e já se acha no direito de roubar maças. – O homem de cabelos castanhos olhou feio para o outro. – Sou Evan Mallore e este é meu amigo Robert Land.
– E você acha cavalheiro invadir a casa das pessoas?
– Na situação em que nos encontramos? Sim. Está realmente fora de cogitação ser pego pelas armadilhas que estão espalhadas lá fora. – O tal renomeado Robert andou até a mesa e escorou-se nela. – Que bela recepção nós temos, muito obrigado.
– Como conseguiram passar pelas armadilhas? – Perguntou Aya. – Afinal, é impossível ultrapassa-las e sair sem nenhum arranhão. Acredite, obtive certas experiências com elas.
– Quem disse que passamos? – Evan perguntou inocentemente. - Não sei se é o termo politicamente correto para quem se tele transporta.
– Bruxos! – Exclamou April. – Sei o suficiente sobre eles, Alisson trabalha com bruxos, são pessoas sem qualquer tipo de compaixão, atirem!
– Alisson trabalha com bruxas? – Indagou Drake. – E por que não nos disse?
– Ei, ei, ei, ei. Espera um pouco. – Robert pediu. – Eu sou O bruxo ele é um caçador e vão mesmo atirar em quem veio para ajudar?
– Outro... – resmungou Nárriman.
A situação era realmente estranha. Não sabíamos se era realmente verdade a alegação de Edgar, ele poderia ser um cumplice e poderia estar aqui apenas para nos atrasar, mas também poderia ser verdade e aqueles dois também poderiam ser cumplices de Alisson. A situação estava realmente nada boa.
– Como podemos confiar em vocês? – Perguntei desconfiada.
– É o primeiro bruxo que eu vejo. – Comenta Carlo.
– Ótimo, se impressione. – Disse Robert fazendo Evan revirar os olhos.
– Confiaram em tantos, por que não confiarão em nós? – Argumentou Evan. – Fez a mesma pergunta para todos? Duvido muito.
Era verdade, realmente.
– Está aí, esse é o mesmo argumento que eu uso. – Falou Kenna. – Por que confiar neles todos e não em mim que sou amiga da Clarisse?
– Por que Clarisse sumiu ao mesmo tempo em que você chegou. – Argumentou William. – Digo, não no tempo exato... Você entendeu.
A garota bufou revirando os olhos e largando a faca.
– Está mais do que claro que esses dois imbecis não são ameaça alguma.
– Eles podem ser cumplices...
Maya foi cortada pelas palavras de Edgar: Se eles são cumplices qualquer um que está aqui também pode ser.
– Odeio essa situação. – Resmunguei.
Ouvi barulho da porta da frente e meu olhar voltou-se para a mesma. Dela saiam Bradley, Frederick e Amelia.
– Vocês voltaram! – Gritou Nárriman.
– Ah meu Deus, estão vivos!
– Que caras são essas?
– O que aconteceu?
– É, o que houve lá?
– E cadê Clarisse?
– Quem é Clarisse e quem são esses?
Bradley permanecia de cabeça baixa, Amelia com uma expressão triste e Frederick estava com os olhos vermelhos. Eu já sabia o que havia acontecido, estava na cara.
Nárriman aproximou-se deles.
– Cadê Clarisse, o que houve?
William soltou a arma no chão e fez à mesma pergunta, ele provavelmente também já havia descoberto.
– Frederick, Bradley, Amelia me respondam! – Pediu Nárriman impaciente e nervosa. – Ela veio com vocês, não veio?
Frederick negou baixando o rosto e encarando o chão enquanto colocava as mãos no bolso. A situação era realmente triste.
– O que? E-Ela está bem, não está?
– Nárriman fique calma. – Pediu Amelia com uma voz doce. – É uma longa história, nós...
– O que houve com Clarisse? – Nárriman perguntou mais alto com lágrimas formando-se em seus olhos.
– Ela foi pega. – Respondeu Bradley de forma fria e assustadora. – É provável que não esteja ou permaneça viva.
Mesmo não tendo tanta intimidade com Clarisse não pude negar que fiquei triste, não só por Clarisse, mas por Nárriman que estava assustada e que chorava descontroladamente, por William e Fredercik que estavam infelizes imensamente, por todos nós que no fundo estávamos destinados a ter o mesmo destino: a morte.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Castigarei quem não comentar em todos, savy?
Beleza então.. Esse capítulo ficou bem do lado dramático, pelo menos no final e deu um ar de "estamos fudidos e vamos morrer não importa o que seja feito".
Ai diz que a Clarisse morreu, mas ela é uma personagem minha e tal e eu não teria coragem de matar, blá blá... Bom, um personagem já está morto figurativamente e logo logo literalmente, cabe a vocês descobrirem qual ^^
Eu prometi a mim mesma que não falaria sobre isso ;-; mas num deu...
Enfim é isso, auahuah.
Votem n a enquete aberta no blog "Qual poderia ser o nome para o grupo de caçadores e lobos?". (obradeapartamnto.blogspot.com.br/)
Aliás, o que acharam dos capítulos editados?
Acho que é isso, um beijo.