Hunters and Wolves - Interativa escrita por Sky


Capítulo 2
Apresentação: Alice Goldsmith - Homicídio


Notas iniciais do capítulo

Aí está o primeiro capítulo oficial. Não me matem! Eu sei que são poucas palavras mas hoje tem mais capítulos (tentarei postar 8).
As narrações serão feitas conforme o envio das fichas, então quem mandou por último terá sua narração por último.
Espero que gostem :)



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NARRADO POR ALICE GOLDSMITH – CAÇADORA

Tive anos como caçadora e nunca vi algo parecido.

A vitima era uma mulher, devia ter em torno de seus vinte e cinco anos e estava com o corpo em um péssimo estado. Marcas profundas de garra do pescoço até o umbigo revelavam o interior do corpo. Os cabelos da moça que provavelmente um dia foram loiros estavam sujos pela areia da floresta, o que indica que ela provavelmente foi arrastada. Seus olhos azuis sem vida estavam abertos e suas mãos estavam cobertas por terra.

Ignoramos a fita de isolamento colocada mais cedo pelos policiais e adentramos no específico lugar onde o corpo estava jogado.

Em toda a cena do crime eu e meus amigos visitávamos, procurando por pistas que poderiam ser deixadas para trás por policiais sem o conhecimento sobrenatural.

William analisava o corpo de perto.

– O que uma mulher usando roupa social, brincos e pulseiras faria em uma floresta parcialmente abandonada?

– Talvez ela tivesse assuntos a tratar – supus.

– Nessa parte da cidade? – Frederick perguntou com ironia enquanto observava-me. – Nem eu teria assuntos a tratar aqui.

– É Frederick, mas você não tem vida social. – Alfinetou Nárriman.

Não fico surpreendida presenciando desavenças no nosso grupo, são tempos difíceis. Ainda mais desavenças entre esses dois.

Frederick é o mais impaciente do grupo, é um geek incrivelmente inteligente e preguiçoso. Deve ser por isso que ele não se esforça para aprender a lutar ou disparar uma flecha.

– Já chega vocês dois – repreendeu Clarisse, voltando a olhar a cena minuciosamente. – Ninguém vem para essa parte da cidade, ainda mais alguém como ela.

Clarisse é a mais madura entre nós. É ótima com arco e flecha, é pacienciosa e uma ótima amiga. Ela nunca perde o controle, se mantém sempre em linha reta. É uma pessoa simples e fácil de conviver.

– O que sugere?

William também é maduro. Um pouco reservado ás vezes, mas no fundo é uma pessoa legal.

– Essa não é a cena do crime.

– E mais uma vez, voltamos à estaca zero. – Resmungou Nárriman, revirando os olhos.

Ela era a menos pacienciosa, com certeza. Acho que essa situação a mantém de mau humor. Seria bom vê-la sorrir; aliás, seria bom ver todos aqui sorrirem. Acho que estamos muito sob preção.

– Se ao menos soubéssemos onde tudo isso aconteceu...

– Não faria muita diferença – respondeu-me William, com um tom monótono como se falasse sobre o clima. – Ela não deixa rastros.

Ela. Alisson. Uma das lobas mais fortes que já existiram e com um grande e perigoso grau de psicopatia.

– Está claro que nós precisamos de ajuda.

– Ajuda? De quem? – Frederick perguntou com ironia e com um tom de cético na voz. – Ninguém nos ajudaria. É uma causa perdida. Nós somos os únicos caçadores da cidade loucos o suficiente para afrontar essa maldita sociopata.

Cruzei os braços.

– De uma coisa eu tenho certeza, com você para nos deixar para baixo como o pessimismo em pessoa, nós realmente não vamos muito longe.

– Está legal, já chega. – Disse Clarisse. – Ao invés de nos unirmos como sempre fazemos, estamos nos distanciando e isso dificulta o nosso trabalho.

– Que não é tão difícil assim – contrario William, dando um sorriso de lado. – Psicopatas andam sozinhos. Não deve ser tão difícil derrota-la.

Nárriman raspou a garganta e caminhou em direção ao lugar que havíamos entrado.

– O difícil é encontra-la.

E então nós voltamos, cheios de dúvidas e de incerteza. Sem a localização dela, tudo se torna ainda mais difícil. Não temos nada para investigar, um fio de cabelo ou um pertence esquecido. Alisson havia se tornado um mistério.

Prazer, me chamo Alice Goldsmith e estou com problemas.

Na verdade, acho que sempre estive. Meu pai e minha mãe são caçadores, então sempre estava envolvida com isso. Aprendi a caçar quando criança.

Acho que seria melhor chama-los para nos ajudar no caso, mas além de estarem em outro país, não quero preocupa-los ou pô-los em perigo. Alisson é uma responsabilidade nossa e nós devemos resolver.

Preciso urgentemente do meu bloquinho e de um lápis. Talvez assim eu me acalme.

Suspirei, entrando no carro.

Nós precisamos encontrar essa mulher o quanto antes, afinal a próxima vitima pode ser um de nós.


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