Conectando o Passado e o Presente escrita por Neon


Capítulo 2
Capitulo II


Notas iniciais do capítulo

Desculpe o longo atraso, eu poderia culpar a faculdade e o estágio, mais a principal culpa é da minha preguiça. Todas as vezes que tentei prosseguir com a história alguma coisa sempre aparecia para me atrapalhar, mais finalmente agora que estou de férias... Bem, mais ou menos. Posso atualizar mais rapidamente.

Não estou prometendo nada, mais é algum progresso não é mesmo?
Bom, vou parar de enrolar, aqui está o segundo capitulo de "Conectado o passado e o presente" espero que esteja satisfatório.

Boa Leitura! :3
AVISO: Esse capitulo não está betado, por tanto desculpe-me pelos erros óbvios na ortografia.



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Conectando o Passado e o Presente

CAPITULO II

*

— Siete mi darà i soldi o mi guarda come un idiota, bastardo?

Tsuna só podia olhar boquiaberto.

Como?

O que?

Havia um mini Gokudera rosnando para ele com uma faca nas mãos. O garoto não poderia ser mais velho do que dez e Tsuna estava além de confuso. Quais eram as chances de correr em um garoto que se parecia com o seu amigo?

— Che cosa sta fissando?

Isso tinha que ser uma coincidência. Essa era a única explicação, certo? O sósia de Gokudera empurrou a faca contra o peito de Tsuna e o moreno engoliu em seco.

— Uh... Eu realmente sinto muito, mas eu não entendo o que você está dizendo. - Talvez, se ele fingisse ignorância com esse garoto que ele poderia sair sem ter que entregar o seu dinheiro.

A criança (que Tsuna percebeu que usava roupas bastante sujas e parecia magro demais para sua idade) franziu a testa e olhou contemplativo.

— Então você é Japonês? – Perguntou o menino com um japonês impecável.

Tsuna encarou o garoto embasbacado. Quais eram as chances? Percebendo que precisava responder, o moreno assistiu. Por alguma razão o mine Gokudera sorriu, parecendo um pouco...

Esperançoso?

— Qual é seu nome?

—Uh... Mochida. - Respondeu Tsuna em reflexo. - Toshinobu Mochida. – Não era o melhor nome, mais ele não podia usa seu próprio ou de seus guardiões, já que era bastante provável que estariam na cidade.

Isso só causaria problemas pra ele.

— Oh... - O garoto parecia um pouco desapontado.

—Então... Qual é seu nome? - Pediu Tsuna em tom de conversa. O garotinho abaixou ligeiramente a faca mais ainda a manteve alto o suficiente para ser considerada uma ameaçadora. Dando um olhar desconfiado ao adolescente, o menino de cabelos prateados relutantemente respondeu.

— Hayato G... Quero dizer, Gokudera Hayato.

Tsuna prendeu a respiração atordoado.

“Isso não pode ser real, né? Fui atingido pela bazuca dos dez anos, eu deveria ter ido parar no futuro. Mesmo se eu tivesse sido enviado ao passado, tenho certeza que nunca fui à Itália na minha vida! Mesmo se eu tivesse, meus pais estariam por perto... Certo?”

Então uma idéia surgiu.

— Hey um... Gokudera-kun? Em que ano estamos?

Gokudera deu-lhe um olhar que claramente revelava que a criança creditava que Tsuna era um idiota. Mas, mesmo assim respondeu.

— 200X.

Os olhos do moreno se arregalaram. Então, isso significa que ele tinha voltado cinco anos no passado. Mais, por que ele estava na Itália? Francamente, ele não tinha idéia! Só podia esperar que o tempo de permanência fosse relativamente o mesmo.

Finalmente a percepção de que estava lidando com o real Gokudera de nove anos de idade acertou Tsuna e o rapaz começou a hiperventilar. O que ele deveria fazer? Fugir? Tentar ajudar Gokudera? Será que sua presença mudaria o futuro?

Incapaz de responder a essas perguntas, Tsuna resolveu concentrar toda a sua atenção na criança, por enquanto. Gokudera estava olhando para o moreno como se fosse louco, Tsuna não pareceu perceber, pois estava finalmente prestando atenção na aparência do futuro amigo que agora tinha apenas nove anos de idade, o adolescente sentiu o coração apertar.

Suas roupas estavam rasgadas e sujas, o cabelo estava emaranhado e rebelde, suas bochechas estavam um pouco afundadas. Lágrimas vieram aos olhos de Tsuna quando ele percebeu que seu amigo, cinco anos mais jovem, estava provavelmente morrendo de fome e vivendo em becos, como o que ele apareceu. Hayato estava por conta própria por um ano agora, e não parecia que estava se saindo muito bem.

— O-O que está olhando esquisito?- O pequeno Gokudera deu alguns passos para trás e apertou com mais força a faca. Tsuna corou ligeiramente quando percebeu o quão estranho ele deveria estar parecendo.

— Eu estou, uh... Desculpe. Deve ter caído algum cisco nos meus olhos, ou algo assim. - Riu sem jeito enquanto esfregava os olhos rapidamente para se livras das gotículas de lágrimas incomodas.

O nove anos de idade, não pareceu muito convencido.

— Hum... Que seja. Vou deixá-lo ir agora, afinal duvido que tenha qualquer dinheiro que eu possa usar. – Embolsando a faca, começou a se afastar.

— Ei, espere! – Chamou o moreno agarrando o braço da criança, antes que pudesse desaparecer.

Nesse momento Tsuna não se importava se houvesse ou não repercussões no futuro, tudo o que queria era ajudar o seu pequeno futuro amigo (e braço direito, como Gokudera tão orgulhosamente costumava gritar), ele nunca se perdoaria se deixasse uma criança faminta ir embora sem tentar ajudar. Hayato olhou-o com grades olhos verdes aterrorizados e se contorceu tentando escapar.

O jovem Vongola estremeceu quando percebeu que estava assustando a criança até a morte, mais se ele deixar-lo ir agora Gokudera provavelmente iria fugir mais rápido do que o moreno pudesse acompanhar e sua chance estaria arruinada.

— Ouça Gokudera-kun, eu juro que não quero te machucar. Apenas pensei que poderia gostar de alguns doces. – O menino mais jovem parou de se contorcer por alguns segundos e deu ao jovem um olhar incrédulo. – Não, é sério! Me desculpe eu não tenho dinheiro Italiano, mas tenho alguns doces japonês.

Quando o nove anos de idade continuou a encará-lo, Tsuna suspirou.

— Olhe, que tal eu prová-lo primeiro? Então você pode ficar com o restante. – Tirando um punhado de doces do seu bolso (que coincidentemente havia sido dado a Tsuna pelo próprio Gokudera antes de começarem o estudo) o adolescente comeu um (que ele sabia que era um dos favoritos do amigo) antes de oferecer o restante para o menino hesitante. Gokudera olhou de Tsuna para o doce, depois de volta ao moreno que agora sorria suavemente para a criança tentando parecer confiável.

— Viu é perfeitamente seguro. - Incentivou.

Hayato hesitou um pouco mais, no entanto a sua fome era muito forte para a criança ignora então finalmente ele aceitou os doces, agarrando um punhado deles e os enfiando na boca rapidamente. Tsuna soltou o rapaz de cabelos prateados e o assistiu devorar os doces com ferocidade de um animal faminto. Era triste ver seu amigo nessa situação desesperadora, especialmente com tão pouca idade. Lutando novamente contra as lágrimas o adolescente guardou o restante dos doces de volta ao bolso quando uma nova idéia surgiu. Poderia não funcionar, mais ele tinha que tentar.

Enfiando a mão no bolso Tsuna retirou a carteira, abrindo-a ele mal foi capais de esconder a imensa alegria que o dominava quando viu que o que precisava ainda estava lá.

— Ei, Gokudera-kun? - A criança olhou pra ele com as bochechas inchadas de doce. – Não sei se isso vai funcionar mais eu posso ser capaz de comprar-lhe uma refeição decente. Mas vou precisar da sua ajuda, ok?

—... Qual é o plano?

— Devo ser capaz de usar isso! - Respondeu o moreno mostrando um cartão de crédito dourado. Ele se parecia com qualquer outro cartão normal, exceto pela pequena crista Vongola no canto inferior direito. Reborn havia lhe dado depois de voltarem do futuro, afirmando que era um presente do Nono.

Quando perguntou o por que. Reborn explicou que Tsuna precisava se acostumar com os benefícios de ser o futuro chefe da família Vongola, começando com o dinheiro. O “cartão de ouro Vongola” poderia ser usado em qualquer canto do mundo e o valor cobrado seria imediatamente convertido na moeda de qualquer país onde tinha sido usado. No começo o adolescente tinha ficado assustado com o poder que um simples cartão possuía e declarou que nunca iria usá-lo, o arcobaleno simplesmente o chutou e disse que teria que mante-lo de qualquer maneira.

Agora Tsuna estava grato.

Não havia nenhuma maneira que ele ainda estaria funcionando cinco anos antes, mais tinha que tentar de qualquer maneira. Gokudera levantou uma sobrancelha.

— Você não pode nem falar italiano, como você pode ter um cartão de crédito com dinheiro italiano?

— Meu uh... Avô italiano me deu. Então eu uh... Espero que ele funcione. – Tsuna olhou ao redor. – Que tal testá-lo em alguma coisa? O que você gostaria?

A criança olhou para todas as lojas ao redor deles com um olhar contemplativo, o japonês o observou sorrindo com carinho.

Talvez estivesse ficando velho mais Tsuna não pode deixar de pensar que o jovem Gokudera parecia... Adorável. Era estranho admitir isso, mais não podia negar tão perto que ele era do seu Gokudera Tsuna ainda achava que o adolescente mal humorado era um pouco assustador às vezes. Não que isso fosse ruim, era apenas o jeito de Gokudera, mais não podia evitar recuar ligeiramente ou se encolher, toda vez que o rapaz estava em um de seus momentos temperamentais. Mais, essa pequena versão de um de seus melhores amigos, esse pequeno garotinho foi, por falta de termo melhor, adorável.

O coração do jovem moreno doía quando ele pensava que essa ingenuidade infantil não permaneceria por muito tempo, nas ruas, se você quisesse sobreviver teria que agir durão. Mas, Tsuna queria dar-lhe uma chance, mesmo que pequena, de felicidade antes que a realidade perversa o alcançasse.

Ele faria tudo o que podia.

Para manter seu pequeno amigo feliz.

— Posso... Posso ter melancia? - Murmurou à criança subitamente tímida, seu rosto rechonchudo estava vermelho e seus olhos verdes fixos no chão de concreto. O sorriso de Tsuna se alargou e ele lutou contra a vontade de rir. Então, melancia foi um dos alimentos favoritos de Gokudera, hein?!

— É claro, tudo o que você quiser Gokudera-kun! Mostre o caminho.

O nove anos de idade olho pra ele com grandes olhos verdes chocados, então deu-lhe um dos mais brilhantes sorrisos e correu na frente em direção, onde o adolescente supôs que era o mercado.

Tsuna o seguiu ainda sorridente.


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Notas finais do capítulo

"Siete mi darà i soldi o mi guarda come un idiota, bastardo?" - Você vai me dar o dinheiro ou vai continuar me encarando como um idiota, bastardo?

"Che cosa sta fissando?" - O que está olhando?



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