Valley West escrita por Bruna Gonçalves


Capítulo 15
Finnick, o cupido


Notas iniciais do capítulo

Hey, tributos lindos!
Eu sei que eu demorei para postar, mas, como sabem, a semana de provas é uma pura maneira de te fazer ficar traumatizado, por isso, demorei um pouco para voltar da depressão e fazer meu cérebro voltar a ter criatividade. Espero que não se importem com a minha demora.
Além disso, tenho algumas outras coisinhas para comentar:
1°- Estou muito feliz por vocês estarem comentando. Sério, meus olhos ficam marejados a cada palavra que eu leio de vocês.
2°- ESSE É O PENÚLTIMO CAPÍTULO! OMG, é isso mesmo que vocês leram. Infelizmente, "Valley West" está chegando ao fim. T_T
3°- LEIAM AS NOTAS FINAIS, por favor!
Bem, é só isso mesmo!

Aproveitem o capítulo!



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Voltei para Valley West com um táxi, afinal, Peeta tinha me deixado em casa depois da briga.

Quando pisei no gramado do colégio interno, toda a minha raiva, todo o vício, toda a dor, voltaram de uma vez, me deixando um pouco tonta. Tive que me apoiar em uma parede de algum dormitório e me sentar no chão para não desmaiar.

Finnick Odair, que passava por perto, correu até mim e se ajoelhou na minha frente, preocupado.

– Katniss? – Colocou as mãos nos meus ombros e me encarou nos olhos. – Está tudo bem?

– Não. – Respirei fundo e massageei as têmporas. – Por acaso você sabe se Peeta já chegou?

– Faz algum tempo. – Pegou minhas mãos, começando a me puxar para ficar de pé. – Você não está bem. Vamos à enfermaria, o.k?

Sem deixar que eu respondesse, começou a me guiar até a enfermaria de Valley West. Eu simplesmente odiava aquele lugar com todas as minhas forças, sempre tão frio e mórbido. Mas a razão principal por eu odiar aquela enfermaria é que ela sempre me fazia pensar. Sobre tudo.

Finnick me arrastou para lá, mesmo com meus gritos de “está tudo bem, me solte logo, seu idiota de cabelo arrumadinho”. Ele até se sentiu um pouco indignado por aquelas palavras, mas, por questão de princípios, só me soltou quando a enfermeira Grasy Sae me sentou na maca e começou a me encher de perguntas.

É claro que eu não disse a ela sobre a abstinência de drogas, mas menti sobre não ter tomado o café da manhã. Bem, também tinha a abstinência de Peeta Mellark, mas isso ficou em completo sigilo.

Ela apenas me mandou comer alguma coisa e ficar de repouso. Seguindo suas ordens (e sendo escoltada por Finnick Odair por todo o caminho), fui até meu quarto com um sanduíche de carne assada. Mas, quando estava prestes a dormir e esquecer aquele dia miserável, ouvi risadas.

Risadas de Peeta Mellark e uma garota.

– Ah, Peeta, pare com isso! – uma garota gritou.

– Vem aqui, Madge, não fuja! – Peeta ria como uma criança que ganhou um doce. – Vem cá, gostosa!

Sim, a droga do isolamento acústico não existia em Valley West. Me levantei da cama e pisei duro até seu dormitório. Como disse há um tempo, eu não sei me controlar. E quando explodo, bem, já sabem o que acontece depois.

Esmurrei sua porta até que ele abrisse, e o encontrei apenas de calça jeans, sua pele branca do peito totalmente arranhada. Madge apareceu atrás, sorrindo de orelha a orelha.

– O que está acontecendo aqui? – gritei. Meus olhos estavam marejados.

– Por acaso a minha vida pessoal te interessa agora, Everdeen? – Fez uma dança de sobrancelhas ridícula, me deixando completamente irritada. Sim, Peeta Mellark sabe como irritar Katniss Everdeen.

– Na verdade, não. – Coloquei as mãos nos quadris. – Eu só estou precisando ficar de repouso, mas eu não consigo, já que você e sua vadia estão gritando! Podem rir e agir como dois ridículos mais baixo?

– Repouso? – Seus olhos perderam um pouco do brilho sarcástico. – O que aconteceu? Está doente?

– Ah, Peeta, deixe ela aí! – Madge riu. – Estávamos nos divertindo!

Ela foi até nós e bateu a porta na minha cara, e tudo que eu pude fazer foi gritar:

– Eu te odeio, Peeta! Sempre, sempre, te odiei!

Aí as lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto incontrolavelmente. Eu simplesmente odiava chorar, mas, bem, não sou de pedra. Peeta tinha, realmente, machucado meu coração.

O primeiro cara que disse que me amava e o primeiro cara que me fez chorar.

(...)

Depois de chorar igual a um bebê no pátio enquanto chutava alguns pombos, voltei para o meu quarto e fumei. Bem, estava louca por alguns cigarros e a minha melhor amiga, Vodca. Eram tudo que eu mais precisava naquele momento.

No dia seguinte, percebi que tinha voltado a ser a antiga Katniss. A Katniss que odiava a escola, a Katniss que era rancorosa, a Katniss que odiava tudo e todos, a Katniss que só gostava de beber e fumar no quarto. A Katniss que nunca conheceu Peeta Mellark.

A única coisa que eu senti que mudou foi o fato de eu ter possuído uma louca vontade de pintar. O tempo inteiro. Isso até me fez ficar um pouco isolada das pessoas, inclusive de meus clientes e dos meus amigos.

Claro, não eram pinturas do nível das de Peeta, mas, mesmo assim, gostava quando terminada e via o resultado final. Na maioria das vezes, pintava coisas que gostava. Arco-e-flecha, minha irmã Prim, meu pai, e, bem... Peeta.

Aliás, tinha parado de traficar coisas ilícitas. Só as comprava para mim, e, de vez em quando, para Finnick e Annie.

Em um domingo, depois do almoço, estava prestes e ter uma overdose quando a porta do meu quarto abriu. Vi que duas pessoas entraram, mas como tudo estava escuro e turvo pela grande quantidade de fumaça de cigarros, não vi quem eram. Se sentaram comigo no chão, um de cada lado do meu corpo.

– Katniss – Ouvi a voz de Finnick. –, não estou aguentando mais essa situação de vocês. Podem parar de agir como duas criancinhas por cinco minutos e conversarem?

– Peeta que começou. Tivemos uma briguinha e, em menos de vinte e quatro horas ele já estava com outra. – Cruzei os braços e fiz bico.

– Eu comecei?! – ele gritou. – Eu disse que te amava e você me desprezou. O que queria que eu fizesse? E, aliás, você acha que toda aquela situação foi uma mera briguinha?

– Ah, Peeta, isso tudo é muito complicado... – Fechei os olhos.

– Complicado? Por quê?

– Porque todas as pessoas que eu amei foram tiradas de mim. – Nós três ficamos em silêncio por alguns segundos, o que me fez abrir os olhos e o encarar. – Meu pai, minha irmã... Peeta, naquele dia, quando você disse que me amava, foi como um soco no estômago. Porque eu sentia o mesmo, mas eu não podia admitir.

– Por quê? – Sua voz perdeu a dureza do começo da conversa.

– Porque eu tenho medo de te perder também, como aconteceu com todo mundo que eu amei um dia. – As lágrimas, mais uma vez, começaram a rolar dos meus olhos, e senti as palavras fluírem de mim como um rio. – Tento esconder, fingir que não sinto, mas se dissesse a você que eu não te amo, estaria mentindo. Eu te amo, Peeta.

E, quando senti os lábios dele nos meus, sabia que estava tudo bem. Que ele ainda me amava e que tudo ficaria bem, que voltaríamos a conviver. Que ele me daria mais uma chance de ser feliz novamente.

Finnick se levantou do chão e ouvi alguma coisa como “missão cumprida”, e saiu do quarto. Eu e Peeta continuamos a nos beijar e rir, como se nada tivesse acontecido e nunca tivéssemos brigado.

Ficamos como um casal apaixonado. Mas, bem, éramos um casal apaixonado.


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Notas finais do capítulo

Bem, e aí?
O que acharam do penúltimo capítulo?
Mereço reviews?

Beijos
o/

P.S.: No site Perfect Design, vai acontecer, no dia 17/03, uma votação de melhores fanfics, o Fanfic Awards, e minha fanfic está participando na categoria de "Melhor fanfic de comédia romântica". Se vocês puderem dar uma passadinha lá e votarem (se quiserem e se acharem que a minha fanfic merece tal título, é claro!) nessa data, ficarei realmente muito feliz!