Caçadores de relíquias escrita por Vinicius Aparecido Salatta


Capítulo 12
Depois da tempestade... vem outra tempestade


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo... e só rs
Boa leitura ^^



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/469585/chapter/12

– Em que você não acredita, Beto? – perguntou Roberta um pouco assustada.

– Sidney ainda não chegou em casa!

– Não se preocupe, Beto. Eu estou aqui... Pelo menos por enquanto... – dizia Sidney aparecendo de repente atrás de Beto.

Roberta estava entre Sidney e Beto, e olhava tanto para um quanto para o outro sem entender a situação, mas decidiu dar alguns passos para trás, pois o ambiente não parecia dos melhores.

– Esse é seu amigo Sidney, Beto? Porque ele disse “por enquanto”?

Sidney olhou para Roberta e novamente para Beto. Ele parecia não estar muito calmo.

– É mesmo Beto, porque eu disse “por enquanto”?

Beto precisava controlar as coisas, pois sabia que Sidney não se controlava muito facilmente. Certa vez, brigou com um empresário de uma conferência em Xangai por ele ter criticado a profissão de arqueólogo. O empresário precisou ficar internado por alguns dias, e Sidney teve que se afastar do cargo durante um tempo, logo, não poderia deixar que algo parecido acontecesse.

– Calma Roberta! – disse Beto – Uma pergunta de cada vez.

– Que é essa mulher, Beto? Você poderia me apresentar?

– Eu já disse pra fazerem uma pergunta de cada vez – dizia Beto com um tom mais sereno possível.

– Eu faço quantas perguntas eu quiser, Beto! Você é meu amigo e não minha mãe, por isso não pode mandar em mim!

Roberta ficou mais assustada, então decidiu esperar Beto do lado de fora, pois sabia que o clima estava ficando cada vez mais tenso. Com Roberta do lado de fora, a briga entre nossos dois amigos continuava.

– Não precisa ficar nervoso, Sidney. E não estou dando uma ordem, mas sim um pedido de um amigo.

– Não preciso ficar nervoso? – respondeu Sidney dessa vez um pouco mais controlado, porém com a mesma seriedade – Vamos tentar recapitular algumas coisas... eu tenho um colar... no meu pescoço... que daqui a seis dias vai me explodir em mil pedacinhos. Um dia inteiro já se passou sem darmos um passo a frente. Lógicamente os demais dias vão passar sem que possamos fazer nada!

– Como assim, “não podemos fazer nada”? Tente se lembrar das boas e velhas aventuras que já tivemos juntos. Se lembre das várias confusões em que nos metemos, e te digo, não foram poucas e na maioria das vezes nos colocavam em risco de vida... Nós ainda não estamos aqui depois de tudo isso, vivos e em pé?

Então Beto presenciou um momento o qual segundo ele nunca veria acontecer. Sidney deixou seu nervosismo para se sentar no sofá... chorando. Beto se sentou ao seu lado e abraçou o velho amigo.

– Você acha que vamos conseguir, Beto? – dizia Sidney com alguns soluços.

– Eu não só acho, como tenho certeza! – disse Beto muito convincente de suas palavras – Mas eu preciso que você acredite, caso contrário isso não vai dar certo.

– Tudo bem... eu confio em você.

Após lagrimas enxugadas e a paz retomada dentro da casa, Sidney se lembrou.

– Eu preciso que você me esclareça uma coisa.

– Claro, Sidney. O que você quiser.

– Quem seria aquela moça que estava com você agora a pouco antes de eu quase explodir a casa?

Beto riu ao mesmo tempo em que se lembrou de Roberta, pois ela havia ficado de se encontrar com ele do lado de fora.

– Eu vou busca-la somente se você também me esclarecer uma coisa... Você ainda quer explodir a casa? Porque se quiser eu posso pedir pra ela esperar mais um pouco... – disse Beto rindo.

– Não, eu acho que já perdi a vontade – respondeu Sidney dessa vez mais alegre.

– Hmm... Acha, é? Acho que já é o suficiente.

Beto saiu e trouxe sua amiga para dentro a fim de apresenta-la.

– Sidney, eu quero te apresentar a Roberta. Ela também é arqueóloga e caçadora de relíquias assim como nós! Acredita?

Sidney não respondeu pois não havia escutado a pergunta. Na verdade, não escutou mais nada após “caçadora de relíquias” e levou um susto que quase o derrubou do sofá. Claro, Sidney sabia que essa profissão não era a mais comum no dia a dia das pessoas, logo, reunir três em um mesmo lugar só poderia significar alguma coisa, talvez até mesmo sorte. Ele ilhava para Roberta sorrindo para seus amigos e percebia que ela realmente parecia ser uma pessoa que poderia ajudar, fato que lentamente renovavam suas esperanças. Teria ele chances de voltar a viver sua vida tranquilamente e rir dessa situação em um futuro agora mais longo do que uma semana?

Três dias se passaram e nossos amigos não conseguiam encontrar uma resposta que pudesse salvar Sidney, no entanto, nem mesmo por um único segundo deixavam de acreditar. Nesses dias também acabaram conhecendo Roberta um pouco mais e descobriram que ela era muito boa em criar planos para diversas situações. Com certeza uma integrante a mais no grupo estava fazendo toda a diferença e ela estava até mesmo decidida a se juntar aos dois, podendo assim os ajudar a resolver todo esse mistério sobre o roubo das relíquias. No mesmo dia, durante a noite, o telefone toca e Sidney atende.

– Eu vou direto ao assunto! – disse a voz do outro lado do telefone.

Sidney percebeu que a voz estava diferente, como para disfarçar sua identidade, mas não foi difícil para ele descobrir que a voz era a mesma do ladrão que os perseguia todo esse tempo.

– O que você quer? – disse Sidney um pouco tenso, o que deixou seus amigos assustados.

– Vocês possuem uma coisa que nós queremos, assim como nós temos uma coisa que vocês querem – dizia ele rindo.

– E o que vocês sugerem? – falava Sidney agora um pouco mais impaciente.

Beto e Roberta apenas observavam.

– Nós queremos a Pedra de Xaiera.

– E em troca...

– Daremos a combinação do colar.

Sidney sabia que a proposta feita pelo ladrão era muito tentadora, mas sabia que existiam muito mais coisas em risco no momento. Com certeza, deveriam pensar com calma no assunto.

– E se recusarmos?

– Se vocês recusarem, haverá uma grande notícia no jornal dizendo: “Incrível caçador de relíquias morre, deixando o mundo e amigos muito tristes!”... – dizia rindo, e logo após continuou – Caso resolvam mudar de ideia, recomendo que nos encontre daqui a três dias na fábrica abandonada exatamente as oito da noite. Não vá se atrasar, ou o acordo já era!

O telefone desliga e apesar de Beto e Roberta não saberem o que havia acontecido, conseguiam enxergar em seu amigo que definitivamente não era o chefe o avisando sobre um promoção.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agradeço aos que estão lendo aqui, como muitos sabem a vida de escritor não é fácil kkkk



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Caçadores de relíquias" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.