A Chance to Change [HIATUS] escrita por Brioche


Capítulo 2
A Toca


Notas iniciais do capítulo

Alô, alô! Ale chegando para postar mais um capítulo :3
Tenho um(a) leitor(a)! É festa meu amigooooos! Uhul!
Sem mais delongas, aí vem o capítulo.
Tenha uma boa leitura!



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Cheguei à Toca via pó de flu. Nunca vi tanta gente ruiva em um mesmo recinto. Percy pelo que me informaram, estava trancafiado em seu quarto trabalhando desde que conseguira uma vaga no Ministério e finalmente conheci Carlinhos e Gui, os irmãos Weasley mais velhos de que Rony tanto falava.

Carlinhos tinha um rosto largo, sardas que deixavam sua pele com aparência de queimada e os tradicionais cabelos ruivos. Quando apertei sua mão, senti bolhas. Arg! São de arrepiar! O que os dragões não fazem...

Gui já me lembrava dos gêmeos em questão de rosto. Tinha os cabelos ruivos longos, presos em um rabo e em sua orelha portava um brinco com um canino pendurado. Postura de quem era descolado.

Estavam sentados o Sr. Weasley na ponta, Carlinhos e Gui lado a lado e de pé, a Sra. Wealey.

Cumprimentei todos ainda sem graça; afinal era muita gente prestando atenção em mim e isso me deixa nervosa. Aperto de mão atrás de outro, até chegar na Sra. Weasley.

– Harriet! – abriu os braços, envolvendo-me em um abraço apertado, porém muito gostoso.
Logo surgiram mais duas cabeças no local: Gina e Hermione, fazendo-me suspirar de alívio.

– Harriet! – falaram ao mesmo tempo, chegando mais próximas e me envolvendo em um abraço bom pela segunda vez no dia.

– Vamos, temos muito que conversar – Gina foi me puxando, deixando Hermione logo atrás, em uma postura mais contida, embora também demonstrasse interesse em debater algumas coisas: garotos.

Ao subirmos as escadas, demos de cara com Fred e Jorge com os mesmos sorrisos travessos de sempre. Assim como Gina, Hermione e Sra. Weasley, eles também vieram para me dar um abraço, retirando dos bolsos uma pilha de doces grandes em embalagens coloridas.

– Aceita um, Harriet? – Jorge ofereceu.

– O que é isso? – ergui as sobrancelhas.

– Caramelos com efeitos especiais! Ora, garota, você ainda se diz ser uma bruxa! – foi a vez de Fred.

– Hm... – fingi pensar – Não obrigada – sorri, colocando uma mão no ombro de cada um – Conheço vocês tempo suficiente para saber que devo dizer não – vi de esgoela Gina reprimir o riso e Hermione apenas balançar a cabeça – Vão me contar o que elas fazem?

– São caramelos Incha-Língua. O nome em si já é bem sugestivo; faz parte do catálogo das “Gemialidades Weasley”.

Arquei ainda mais as sobrancelhas. Antes que eu conseguisse perguntar o que era isso:

– Não conte pra mamãe.

– Ela vai ficar uma fera se souber que ainda escondemos essas coisas pela casa.

Assenti. Depois disso, correram pelas escadas, sumindo de vista. Antes que tivesse a oportunidade de tentar perguntar sobre as Gemialidades, Percy surgiu no final do corredor lançando um muxoxo a nós pelo barulho estar lhe tirando a concentração.

Tinha vezes que Percy conseguia se tornar bastante obsessivo, assim como Olívio, capitão do time de quadribol da Grifinória do ano passado ficou; com a onda de azar que nos assombrou por causa dos dementadores. Sorte nossa de que foi passageiro e a casa ganhou no final das contas, depois de sete anos, a taça de quadribol.

Ficamos no quarto de Gina, colocando a conversa em dia. Elas me contaram das últimas notícias que rondavam o mundo mágico, já que era lesada demais para ficar correndo atrás de um exemplar de O Profeta Diário e essas coisas.

No dia seguinte, a toca estava em um alvoroço só. Todos ansiosos para que o relógio marcasse as desejadas 5h de domingo para que pudessem ir buscar Harry.

O Sr. Weasley era o mais animado. Estipulando e formulando hipóteses do que poderia encontrar em uma casa de trouxas. Fizera até um interrogatório com Mione e comigo à respeito da função de um patinho de borrachas. Segurei-me para não rir. Se uma função ele tinha... Bem, essa eu desconhecia.

Eles tinham mandado ligar a lareira dos Dusley à rede de Flu somente hoje para apanharem Harry. Por que eu sentia que isso não daria muito certo?

Dada a hora marcada, Fred, Jorge, Rony e o Sr. Weasley partiram, um por um. As meninas e eu decidimos esperar lá em cima.

Longos minutos se passaram, até ouvirmos uma barulheira vinda da cozinha. Pareciam estar discutindo.

– Acho que eles chegaram, vamos descer? – Hermione foi a primeira a se pronunciar.

Concordei com a cabeça enquanto me levantava do chão.

– Então, Gina, ansiosa para ver o Harry? – sorri travessa, dando leves cutucadas em seu braço.

Ela começou a corar violentamente. Ri enquanto ia a empurrando para fora, acompanhada de Hermione.

Paramos na porta da cozinha e a primeira coisa que vimos foi Harry em pé. Optamos em apenas sorrir como cumprimento já que o clima não parecia dos mais agradáveis. As expressões da Sra. Weasley denunciavam isso. Harry nos vendo, retribuiu, deixando Gina da cor de seus cabelos.

Ela com certeza não sabia disfarçar. Quem não sabia que ela tinha uma queda por Harry Potter desde a primeira vez que se viram? Até o Malfoy sabia disso! Ah, Malfoy... Mudando a fita.

– Contar o quê, Arthur? – o tom da Sra. Weasley era ameaçador.

– Não é nada, Molly – resmungou como se estivesse acobertando algo – Fred, Jorge e eu já tivemos uma conversa...

– Que foi que eles fizeram desta vez? – a Sra. Weasley pareceu se enfurecer ainda mais – Se for alguma coisa relacionada com as “Gemialidades Weasley”... – deixou a frase no ar.

– Por que não mostra ao Harry aonde ele vai dormir, Rony? – Hermione quebrou o silêncio, tentando nos tirar do sufoco. Estávamos certamente sobrando.

– Ele já sabe onde vai dormir – ai Ronald, como você é lerdo – No meu quarto, como da última vez...

– Ótimo, então podemos subir – mandei um olhar significativo, acompanhado das palavras bem frisadas de Hermione.

– Ah! – exclamou quando a ficha caiu – Certo.

Harry e Rony vieram de fininho e juntos desatamos a ziguezaguear pela escada desconjuntada até lá em cima. Fred e Jorge bem que tentaram vir atrás, mas a Sra. Weasley os impediu.

– Que são “Gemialidades Weasley”? – perguntou quando estávamos quase no topo.

Gina, Rony e eu demos risada, embora Hermione continuasse séria.

– Mamãe encontrou uma pilha de formulários de pedidos quando estava limpando o quarto deles – Rony contou em voz baixa – Listas de preços de todas as coisas que eles inventaram... Sabe... Artigos para logros, varinhas de imitação, os doces que vocês já viram... Essas coisas.

– Eu acho genial – dei um risinho ao ver que Hermione me olhou com reprovação enquanto Harry concordava.

– Sempre ouvíamos explosões vindas do quarto deles – explicou Gina – Mas nunca imaginamos que eles estavam inventando tudo isso.

– Na realidade, bem... – continuou Rony – São meio perigosas e eles estavam planejando os vender em Hogwarts para ganhar dinheiro e bem... Mamãe ficou uma fera, já que eles não conseguiram tantos N.O.M’s quanto ela esperava.

Na verdade, Fred e Jorge passaram raspando pelo que eu soube.

Os N.O.M’s era Níveis Ordinários de Magia, exames que os quintanistas em Hogwarts realizavam. Resumindo: que nós faríamos para o próximo ano.

– Mamãe acha que eles deveriam entrar para o Ministério da Magia como papai e Percy, mas o que eles querem mesmo é abrir uma loja de logros e brincadeiras.

– Eu simplesmente não consigo imaginar aqueles dois no Ministério... – fiz careta – Imaginem? Alvoroço todo dia, pessoas tentando trabalhar enquanto eles lançam bombas de bosta?

Todos riram; até mesmo Hermione, embora sua reação estivesse mais para um sorriso e, consequentemente Percy reclamou. Porém, desta vez, ele mesmo se encarregou de dar as caras.

– Oi, Percy – cumprimentou Harry, educado.

– Ah, olá, Harry. Eu estava imaginando quem é que estava fazendo essa barulheira. Estou tentando trabalhar aqui dentro sabe – tão exibido – tenho um relatório do escritório para terminar, e é difícil me concentrar se as pessoas não param de subir e descer fazendo as escadas reboarem.

– Não estamos fazendo isso – irritou-se Rony – Vamos!

Obrigando nós a continuar o caminho. Nos segundos seguintes só pudemos ouvir Percy bater a porta e uma série de gritos vindo da cozinha. Parece que a Sra. Weasley acabou de descobrir sobre os caramelos.

O quarto de Rony estava situado no último andar da casa. Olhei com atenção para tudo, detalhe por detalhe; Inúmeros pôsteres dos Chudley Cannons, o time de quadribol favorito do Ronald, colados na parede e no teto inclinado com os jogadores acenando, um aquário no peitoril da janela com um sapo enorme. Em um dos cantos estava Píchi, a pequena coruja que me entregou a carta dias atrás. Sinceramente, Píchi era um ser imperativo; saltitava e piava sem parar dentro de sua gaiola. Enlouqueceria em uma semana se Cotton fosse assim.

– Cala a boca, Píchi – ordenou Rony parecendo ler os meus pensamentos.

– É Pichitinho, Rony – Gina o corrigiu.

– Foi Gina que o batizou. Vejam só... Pichitinho – Rony explicou, virando-se para nós – Ela acha esse nome bonitinho. Tentei mudar, mas já era tarde, ele só atende a esse nome. Então ficou Píchi. Tenho que mantê-lo trancado, porque vive chateando o Errol e o Hermes; a mim também.
E a mim, Rony.

– Percy está gostando do trabalho? – Harry mudou de assunto, enquanto se sentava em uma das camas.

– Gostando? – caçoou Rony – Se fosse por ele, nem voltaria mais para casa. É Sr. Crouch pra lá... Sr. Crouch pra cá... Qualquer dia eles ainda se casam.

– E como foi o seu verão, Harry? – mudei de assunto. Falar de Percy me dava náuseas.

Ele era bem mais legal no primeiro e segundo ano. Não muito legal, mas mais que agora. Parece que o poder sobe a cabeça das pessoas.

– Espero que os pacotes de comida que mandamos tenham ajudado – disse Hermione.

– Ajudaram, obrigado. Aqueles bolos salvaram a minha vida.

– E você teve notícias de... – ao completar, Hermione lançou um olhar de censura a Rony.

Não era muito prudente eles falarem de Sirius na frente de Gina, e de mim também, já que só tinha conhecimento de parte. Esses olhares não eram tão incomuns para mim. Arrisco a dizer que estava acostumada. Apenas Dumbledore e eles sabiam de tudo. Eu acreditava na inocência de Sirius, mas isso não parecia o bastante.

– Acho que eles pararam de discutir – Hermione tentava disfarçar o momento constrangedor, porque eu já tinha me tocado e Gina nos encarava curiosa – Vamos descer para ajudar no jantar?

Fui a primeira a assentir.

Quando adentrei a cozinha, pude sentir o clima do cômodo. A Sra. Weasley parecia extremamente mal humorada.

– Vamos comer no jardim – comentou quando nos viu entrar – Doze pessoas não cabem aqui dentro. Os pratos, meninas – estendeu-nos a pilha – Gui e Carlinhos estão arrumando as mesas. Facas e garfos vocês dois – indicou Harry e Rony, que saíram no mesmo instante para as buscar.

Apontou para a varinha com raiva ainda, fazendo algumas batatas da pia voar; ricocheteando as paredes.

– Ah pela Ordem de Merlin – exclamou alto demais, assustando-nos.

E em seguida começou uma série de lamentações que não consegui entender a respeito dos gêmeos.

Saímos em direção ao quintal pela porta dos fundos. Há alguns passos de nós, Bichano, o gato de pelos amarelos e pernas tortas – Hermione que não descubra que eu o descrevo assim – caçando um gnomo, tão pequeno e pés cascudos, que atravessava o quintal ao mesmo tempo em que se acabava de rir. Entretanto, outro barulho nos chamou atenção.

Eram Carlinhos e Gui, com as varinhas em mão fazendo uma espécie de lutas de mesas. Toda vez que colidiam; Fred e Jorge batiam palmas. Confesso que é extremamente... Divertido! Tudo que conseguia fazer era apenas gargalhar e imaginar qual seria a primeira a ser derrubada. Hermione dava risadinhas nervosas pela a aflição incontida ao ver que uma das mesas acabara de perder uma das pernas, causando um estrondo.

– Relaxa! – coloquei uma das mãos em seu ombro – Não vai dar nada errado.

No mesmo instante, Percy surgiu da janela do segundo andar aos berros, revirei os olhos. Gui pediu desculpas entre risadas, pondo-se a devolver as mesas em segurança ao chão, colando a perna perdida com a varinha num piscar de olhos.

Os outros eu não sei, mas comi como nunca hoje. Adorava a comida da mamãe, mas a da Sra. Weasley não tinha como ficar atrás; sempre tão carinhosa e atenciosa. Cada um com a sua rodinha de papo, Percy no momento esculachava a tal de Berta Jorkins. Ao que entendi uma mulher estrambelhada que não tinha noções de tempo e nem direção.

E do nada, desviou o assunto para o tal do Evento Secreto olhando para nós.

Já ia abrir a boca curiosa, quando Rony me impediu.

– Ele está tentando nos fazer perguntar que evento é esse o verão inteiro – sussurrou para que apenas Harry, Hermione e eu escutássemos – É provavelmente uma exposição qualquer, então nem pergunte.

No centro da mesa a Sra. Weasley se queixava do brinco de Gui e tentava inutilmente fazê-lo mudar enquanto Gina, o apoiava. Logo ao lado, a discussão que se estendia era sobre a Copa Mundial de Quadribol.

Rony correu os olhos pela mesa, como se estivesse certificando algo e depois perguntou baixinho, mas bem baixinho mesmo:

– Tem tido notícias de Sirius?

Apurei os ouvidos e percebi que Hermione fez o mesmo.

– Duas vezes. Parece bem seja onde for que esteja... – parecia nos esconder alguma coisa.

– Gente, olhe as horas! – de súbito todos se entreolharam – Vocês vão ter que acordar de madrugada para ir a Copa. Harry e Harriet, queridos... Se quiserem podem me deixar a lista de materiais para que eu possa comprar tudo no Beco Diagonal amanhã; vou comprar o dos meus meninos. Talvez não haja tempo depois da Copa, nunca se sabe quanto esses jogos duram. Da última vez seriam cinco dias.

Arregalei os olhos. Cinco dias num estádio gritando feitos loucos? Seria sensacional poder testar o meu timbre assim.

– Uau! – Harry exclamou surpreso ao meu lado – Espero que aconteça o mesmo desta vez.

Eu também, Harry. Eu também...

– Espero que não – Percy opinou em seu tom habitual - Nem quero imaginar o que será da minha caixa de entrada se eu me ausentar cinco dias.

– Alguém poderia deixar bosta de dragão lá, outra vez, hein? – expôs Fred.

– Aquilo era uma amostra de fertilizante da Noruega! – Percy retrucou aparentemente constrangido.

Reprimi a vontade de rir. Tinha quase certeza que os autores eram...

– Fomos nós que mandamos – Fred cochichou para Harry e eu.

Bingo!


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Notas finais do capítulo

E aí, e aí? O que acharam?
Comentem, por favor! É super importante para eu continuar empolgada para escrever!
PS.: prometo que capítulos mais longos virão. Pinky promisse - mas só se comentarem.
Quem vai ser a lindeza de pessoa que vai ser a primeira a comentar na minha humilde fic e marcar uma era? fjsakfkfjaksfksfslal
Obrigada e até a próxima!



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