A Chance to Change [HIATUS] escrita por Brioche


Capítulo 16
Loucuras do Baile de Inverno - pt. 02


Notas iniciais do capítulo

PARTE 02 NO AR LALALALA
Espero que gostem, não pirem o cabeção e tenham uma boa leitura!



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As paredes do salão estavam todas cobertas de neve prateada que reluzia com as luzes. Quem quer que tenha armado a decoração não queria que o meu brilho se destacasse demais. Risos. As quatro mesas que representavam as quatro casas foram retiradas e no lugar colocaram mesinhas com capacidade para doze alunos, cada uma iluminada fracamente por uma lanterna.

Aguardamos todos se sentarem para iniciarmos a dança. De dois em dois, abrimos o Baile de Inverno com cortejos. Meu nervosismo desapareceu repentinamente, todavia, Harry estava uma pilha de tremedeira. Estava absorto demais em seus pés com medo de me pisar e isso tornava tudo engraçado. A sensação de estar passando ridículo por fazer centenas de pessoas assistirem a uma coisa que tenho certeza de que a maioria não está a fim de assistir. Entre um passo ou outro eu soltava uma risadinha e apertava o ombro de Harry com um pouco mais de força que o usual, na tentativa de acalmá-lo, no entanto, os resultados eram o reverso do que eu desejava.

No momento em que a dança começou, eu tomei o posto de: Homem da Relação. Quem conduzia a dança era eu; em modéstia parte, uma condução esplêndida e cheia de maestria. Santo Longbottom e os ensaios estressantes.

Terminado o número, nos dirigimos à mesa principal, onde se encontravam os diretores das escolas. Apesar de não poder dizer que as roupas de Ludo Bagman eram um exemplo de elegância e luxo, elas pareciam ser caras e novinhas. Seu velhinho safado! Pagar as dívidas que possui com certos gêmeos que é bom: nada, mas comprar roupas na cor de berinjela-berrante com estrelas ridículas estampadas você compra. Aguarde: um dia a informação de que você é um pilantra vai me servir para alguma coisa.

Se este não fosse o mundo mágico e eu diria que ele estava fazendo sósia do Coringa com essas cores.

Para a minha surpresa: Bartô Crouch não estava presente. Percy, o irmão mais velho e mais chato de Rony ocupava sua cadeira. Instintivamente, ele puxou a cadeira ao lado e deu umas palmadinhas, convidando Harry a se sentar ali.

– Fui promovido – relatou empolgado.

Ótimo! Quem te perguntou mesmo?

– Agora sou assistente pessoal do Sr. Crouch e estou aqui como seu representante.

– O que houve com o Crouch? – franzi o cenho.

– Sr. Crouch, Harriet. Ele não tem estado bem desde a Copa Mundial de Quadribol. Receio que esteja doente... – ao mesmo tempo em que minha mente procurava focar na resposta de Percy, meus olhos pairaram sobre a mesa da Sonserina. A mesa onde Draco se encontrava para ser mais exata.

Não sabia o que estava acontecendo, mas meus instintos estavam me traindo. Estava ficando maluca e Fred e Jorge nem haviam me oferecido nenhuma bebida.

Eu estava demente, não havia outra explicação. Estava reparando no Malfoy, reparando demais. Por mais que deteste admitir: a coisa loira estava atraente. Só posso estar drogada mesmo. Vejam aquele ridículo cheio de si, com a postura de “Sou todo poderoso” e o usual sorriso escárnio. Ai que terrível! Eu fiz aquilo de novo: reparei em Draco Malfoy.

Ele pareceu sentir o meu olhar perfurador sobre si, tanto que correspondeu encarando-me descaradamente. Vi-o arquear as sobrancelhas tentando entender as minhas ações e logo em seguida mandar um sorriso debochado. Essa foi a minha deixa; desviei o olhar antes que tudo tornasse a ficar constrangedora para o meu lado, é claro, tendo em vista que o Malfoy não fica constrangido em sua forma natural – apenas quando é uma doninha.

– Costeletas de porco! – Dumbledore pediu e o prato apareceu diante de si.

Entendendo a ideia, todos da mesa pegaram o espírito da coisa e procuraram espiar pelo menu, fazendo os seus respectivos pedidos.

Isso significava mais trabalho para os elfos, visto que o cardápio é muito mais diversificado e amplo; eles deviam estar suando horrores. Harry me encarou intrigado, como se tivesse chegado à mesma conclusão que eu. De repente, como se fosse um ato combinado e treinado, olhamos em direção de Hermione para ver sua reação. A nossa surpresa foi que pela primeira vez: a fundadora do F.A.L.E. não havia se pronunciado por estar entretida demais em uma conversa com Vitor Krum.

–... Mas no verrão todo o dia sobrevoamos os lagos e montanhas...

– Basta Vitor! – advertiu Karkaroff – Não vá contar mais nada, ou a nossa encantadora amiga vai saber onde nos encontrar.

– Ora Igor, tanto segredos... Vou começar a achar que você não quer visitas – Dumbledore sorria.

Uh, momentos de tensão reprimida.

– Temos que proteger os nossos domínios, não? – sorriu asqueroso, revelando os dentes amarelos – Temos que nos orgulhar por somente nós conhecermos os segredos de nossas escolas.

– Nunca presumiria que conheço todos os segredos de Hogwarts, Igor – retrucou amigável – Ainda hoje de manhã, a caminho do banheiro, virei para o lado errado e me deparei com um aposento com uma bela coleção de penicos.

Que deselegante, diretor! Estamos comendo se você não percebeu.

–... Reencontrá-lo. É possível que ele só esteja acessível no horário da manhã. Ou apareça apenas com a lua em quartil, ou quando alguém está com a bexiga excepcionalmente cheia.

Harry riu recatadamente e Dumbledore piscou para ele.

Quando todos terminaram de comer, Dumbledore pediu para que todos se levantassem e com um aceno de sua varinha, as mesas voaram para o canto do salão, todas encostadas nas paredes, dando espaço para uma plataforma com instrumentos musicais em cima.

As Esquisitonas subiram ao palco sob aplausos, assobios e gritos eufóricos. Todas tinham cabelos excepcionalmente volumosos e compridos, as vestes eram pretas e rasgadas propositalmente, dando um ar meio punk às integrantes.

Vi os outros campeões se levantaram e caminharam até o centro da pista.

– Anda Harry! Levanta! – indiquei os outros pares de relance.

Vi-o obedecer desanimado, quase como um saco de batatas se arrastando.

– Quanta animação! – ironizei – Se anima, Potter! A Cho não vai sumir se você dançar um pouquinho.

Ele ruborizou.

– Não sei do que você está falando – colocou uma mão em minha cintura e entrelaçou a outra com uma das minhas mãos.

– Ah, é? E eu fui nomeada a nova Ministra da Magia – caçoei – Só acho que devia ser um pouco mais discreto. Dar tanta bola infla o ego das pessoas – aconselhava enquanto girávamos lentamente com os passos ao som da música lenta e triste.

Harry não disse nada.

– Sei que o que vou dizer agora não vai mudar em nada os seus sentimentos, mas pensa bem, ok? A Cho parece entretida demais com o Cedrico e aparentemente ela não vai ficar livre por um bom tempo. Então procura outra garota... Há várias outras que seriam muito melhores pra você...

Vi-o torcer o rosto e ficar com um semblante esquisito. Apertei os olhos tentando assimilar o que havia dito de errado e em seguida quem adotou a expressão incrédula fui eu.

– Não, eu não estou referindo a mim e negativo! Não estou me insinuando pra você, Potter! – fui firme e ele se tranquilizou – Se cabeça de bagre! Como pensou em uma coisa dessas? – com a mão livre que estava depositada em seu ombro, lhe dei um tapa.

– Desculpa! – pediu embaraçado.

Seus olhos se fixaram em Cho e Cedrico novamente e não demorou em adquirir a postura carrancuda mais uma vez.

Não pude deixar de rolar os olhos. Harry Potter conseguia ser pior que qualquer garota quando se tratava de finalidades amorosas.

Dumbledore valsava com Madame Maxime. O diretor ficava pequeno perto dela. Gina e Neville estavam por perto; ela fazia constantes caretas ao ser pisoteada. O professor Moody e a professora Sinistra também estavam por perto; remexiam-se em um compasso de sincronia totalmente nula.

– Belas meias, Potter – rosnou o professor ao passar por nós.

Meu olhar caiu nos pés de Harry, nem em sonhos alguém veria suas meias com as camadas de vestes que cobriam.

E assim voltamos à teoria de que aquele olho mágico não sabe o que é privacidade.

– Dobby as tricotou pra mim – explicou-se, porém minha mente estava em outro ponto.

– Acreditaria que Olho-Tonto consegue nos ver pelados? Digo, ele vê através das portas e essas coisas, não é? Ele fez isso com a Lilá nas primeiras aulas e agora ele viu suas meias que sejam lá como for. ‘Tô falando! Ele consegue nos ver pelados!

Harry me fitou como se eu fosse uma criatura anormal.

– Esquece – dei os ombros.

A música acabou e Harry não parecia muito disposto a dançar outra faixa. Localizamos Rony e Parvati sentados em uma das mesas bem no canto. No meio do caminho, consegui encontrar Fred e Julia dançando desengonçadamente, porém animados e com muita motivação; os passos eram tão exuberantes que as pessoas ao redor se afastavam um pouco.

– Vai indo na frente, já te encontro – avisei, andando em direção do outro casal.

Não era a intenção de ninguém e nem o meu propósito quando pensei em chegar de fininho até eles. A tomada de distância que as pessoas realizavam fazia sentido agora.

– Puta merda! – trovejei ao sentir a maçã do meu rosto ser acertada. Levei minhas mãos até a região automaticamente – Vocês estão dançando em um baile ou lutando kung-fu?

– Harriet? – ambos me chamaram surpresos.

– Oh, mil perdões! – Julia veio ao meu encontro com uma feição preocupada – Você está bem?

– Isso só o meu rosto dirá! – fui rude e ela pareceu ficar mal – Ah, esquece! – abanei a mão livre no ar, como se fosse um “Deixa pra lá”.

– Como é que iríamos adivinhar que você ia chegar de supetão como uma cobra pronta para dar o bote? – Fred dizia, chocado.

– Eu queria dar um “Alô” aos meus queridos amigos – expliquei, massageando o local – Você usa força demais para quem está apenas dançando, Julia.

Ela apenas sorriu amarelo.

– Bom, como vai a relação dos pombinhos? – zoei, vendo eles se entreolharem tímidos – Evoluímos em alguma coisa? – tornaram a se encarar, agora com as bochechas tomando um pouquinho mais de cor.

– Cala a boca, Harriet! – ralhou Fred.

– Não diga besteiras! – Julia, corada, foi na onda do gêmeo.

– Ai que chatos! – bati o pé feito criancinha – Não quero mais conversar também, vocês só me maltratam! – dissimulei com meio sorriso, vendo o casal revirar os olhos – Tomara que alguém tombe no meio da dança e o Fred pise muito no seu pé, Julia! – brinquei, preparando-me para encontrar Harry e Rony.

– Ah é? – a Beauxbatons não se intimidou – Tomara que seu vestido rasgue e sua bunda fique exposta.

Fiz cara de ofendida e minha boca ficou aberta. Fred prendeu o riso.

Filho da mãe! Já se contrabandeou para o outro lado!

Meus calcanhares deram meia-volta e fiquei diante deles, outra vez.

– Tomara que a língua do Fred fique com câimbra quando vocês estiverem trocando saliva, ou como se preferirem, quando estiveram se beijando – sentenciei com falsa fúria e quando parei para analisar a minha fala, fiquei com a mesma cara que os dois – Meu deus! O que eu acabei de dizer?

E caímos na risada.

– Fred, cadê o Jorge?

– Por aí... – deu os ombros.

– Me responda direito, Frederico! – puxei, com dificuldade devido à diferença de altura, seus cabelos em um maço, sem piedade – Ele está com a Angelina?

– Pode ser que sim, pode ser que não – foi misterioso – Mas está por aí – acrescentou com um sorriso maroto, seguido de uma piscadela insinuante.

Tentei falar, minha boca se abriu, porém nada saiu; mexia ela e as palavras não pareciam vir.

– É tarde demais, cara Harriet. Muito cuidado com o que vai beber – alertou e Julia gargalhou.

– Você está sabendo também? – meus olhos quase saltaram da órbita.

– Sobre a substância que deixa as pessoas mais felizes? – falou com desdém – Vai ser o máximo! – ficou entusiasmada – Não sei o porquê de você estar tão preocupada... Ela é inofensiva e só vai deixar a noite mais alegre!

– Você é pirada, Julia de Beauxbatons. Fred acertou em cheio na escolha da namorada – voltei a provocar.

– Tchau, Harriet! – expulsaram-me e eu ri.

Avancei até os meus amigos no ritmo da batida da música do momento. A banda é sensacional. Não deveríamos ter saído da pista naquela hora, as melhores músicas estavam sendo tocadas agora!

–... Contra Hogwarts! Você está confraternizando com o inimigo, é isso que está fazendo! – Rony vociferou.

Era mais uma discussão de relacionamento, não é?

Encarei Harry, temerosa, sem entender, ele apenas balançou a cabeça como se me dissesse para não interferir. Assenti, alinhando-me ao lado de Hermione; até então eu só tinha visto a cara do Rony, deparei-me com uma Hermione pasma.

– Não seja burro! – retrucou e deu uma pausa dramática – Inimigo! – exclamou descrente – Francamente, quem é que ficou excitado quando Krum chegou? Quem é que queria um autógrafo dele? Quem tem uma miniatura dele guardada no quarto?

Toma, Ronyzinho! Depois dessa eu me calava, mas sei que você é burro demais para entender esse recado, então vai continuar falando asneiras.

Qual é? Eles são tão patetas e orgulhosos! Estão discutindo a toa para ver quem dá o braço primeiro e assume que está numa crise de ciúmes e possessividade. Esse termo existe? Possessividade...

– Ele te convidou quando você estava tentando o convencer a participar do fale?

É F.A.L.E. se alguém está mesmo interessado em saber.

– Claro que não! Ele... – suas bochechas ficaram róseas – Ele disse que estava indo à biblioteca todos os dias para tentar falar comigo, mas não conseguia reunir coragem.

Engraçado, não é? Vitor Krum, um projeto bem sucedido de Crabble e Goyle ter vergonha e falta de coragem mesmo com aquele tamanho todo. Todavia, é verdade. Não sei se no dia ele havia contado com a sorte, recebido palavras de incentivo dos amigos ou de Karkaroff; a questão é que ele estava decidido e a convidou na minha frente.

– Isso é o que ele diz – Rony resmungou desgostoso.

– O que você quis dizer com isso?

– Não é óbvio? Ele é aluno do Karkaroff e está tentando se aproximar, porque sabe que você é amiga do Harry. Ele precisa coletar informações ou pelo menos chegar perto o bastante para poder azará-lo...

Os olhos de Hermione pegaram fogo.

– Nós nunca chegamos a falar sobre o Harry, nenhuma vez!

– Ou então está na esperança de que você o ajude com a pista do ovo...

E lá vamos nós para mais uma discussão.

– Agora chega! Cale a boca, Ronald Weasley! Comeu algo estragado no almoço? – confrontei-o – Hermione nunca faria isso! Ela mal se dispõe a ajudar o Harry!

Com exceção da primeira prova com os feitiços convocatórios, mas ele não precisa saber disso.

– Eu nunca o ajudaria com aquele ovo! Eu quero que Harry ganhe! Você sabe disso, não sabe, Harry?

– Jeito engraçado de demonstrar – cruzou os braços, aborrecido – Você também está metida nisso, Harriet? Você os ajuda a esconder os indícios. Enquanto Hermione fica nas sessões íntimas com o Krum, você tenta distrair a todos, certo?

Minha boca fez um estalo de indignação, as pessoas começavam a olhar.

– Com certeza! – ironizei furiosa, elevando o tom – Tem vezes que até eu participo das sessões. A gente se reúne para fazer uma orgia! MAS É CLARO QUE NÃO, WEASLEY! – respirei fundo, bem fundo.

Bem fundo é onde eu queria enfiar elas palavras ridículas dele!

– O torneio é justamente para conhecermos e confraternizarmos com bruxos estrangeiros – acentuou Mione.

– Não é não! – contrariou – É para se ganhar!

Hermione e eu bufamos no mesmo instante.

– Rony... Eu não tenho nada contra a Hermione vir com o Krum – Harry se pronunciou pela primeira vez.

Há, agora rebate essa! Sorri vitoriosa, cruzando os braços.

Rony ignorou o melhor amigo e continuou a alfinetar:

– Por que você não vai procurar o Vitinho, ele deve estar se perguntando por aonde você tem andado...

Vi Hermione abrir a boca, pronta para responder, porém intervim.

– É isso que ela vai fazer! – disse, pegando nos ombros dela e direcionando para o lado a que se encontravam os outros.

Hermione saiu daqui com passos duros; só não soltava fogo, porque não era um dragão.

– Você não vai me convidar para dançar? – Parvati perguntou.

Nossa! Ela presenciou tudo isso? Nem teria a percebido ao lado de Rony se ela não tivesse falado agora.

– Não! – foi breve e grosseiro.

– Ótimo! – resmungou satisfeita, indo se encontrar com a irmã e o garoto de Beauxbatons.

– Vocês vão mesmo ficar mofando nessas cadeiras a noite toda? – nenhum dos dois me respondeu – Maravilha!

Imitei os passos de Parvati e desloquei-me até a pista de dança.

Can you dance like a Hippogriff

Ma, ma ,ma ,ma, ma,ma,ma

Ia passando entre as pessoas enlouquecidas com o som de Do The Hippogriff. Essa com certeza é uma das melhores músicas!

Flyin' off from a Cliff

Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma

Balançava e girava com todos que estavam por perto. Ninguém parecia ligar; os alunos apenas riam e continuavam a pular com os braços erguidos, balançando pra lá e pra cá.

Swooping down to the ground

Ma, ma, ma, ma, ma, ma, ma

A pista estava um fervo. As pessoas se empurravam, apertavam, esbarravam a todo instante, contudo, ninguém parava de pular. O professor Flitwick estava sendo levantado pelas mãos erguidas.

Aproveitador! Sempre tive essa vontade. Nota mental: perguntar a ele, na próxima aula de feitiços, qual é a sensação de ser levantado no ar por um bando de alunos ensandecidos.

Around, and around, and around, and around, and around

Ou eram todos fãs de As Esquisitonas, ou a poção de Fred e Jorge realmente fazia efeito. Acho que as duas alternativas, mas a segunda era certeza. Muitos copos estavam amassados pelos cantos, jogados no chão ou esquecidos nas mesas, ainda assim todos vazios.

Come on

Yeah

Can you dance like a Hippogriff?

A última nota soou e de novo, as palmas foram dadas. Permaneci parada no meu lugar, esperando a próxima música animada iniciar para que todos voltassem a pular feito macacos.

Para a minha decepção, a música que sucedeu Do The Hippogriff foi uma lenta e romântica. Os pares se juntaram rapidamente, deixando-me só, pasma e com cara de tacho sem saber o que fazer.

Um dedo cutucou os meus ombros. Virei-me e não pude evitar olhar para cima, era Dumbledore.

– Concede-me esta dança, Harriet? – sorriu bondoso.

– Claro! – minha resposta saiu idiotamente doce e meiga.

Quem imaginaria que eu estaria um dia, dançando uma música romântica e lenta com o diretor de Hogwarts?

– Não poderia deixar de dizer que está muito bonita, Srta. Cattleford.

– Obrigada, senhor! O senhor também está muito elegante – sorri franca.

Apesar de sentir sua barba roçar de leve em meu rosto e de estarmos dançando desengonçadamente, era uma honra.

– E como andam as visões? – chamou minha atenção – Tomei algumas medidas de segurança, creio que elas tenham dado um jeito nas visitas não identificadas.

– Deram sim, senhor – concordei – Desde a nossa conversa, posso dizer que elas pararam.

– Peço que não fique muito confiante, Harriet. Se a pessoa manteve contato por tanto tempo, ela encontrará maneiras de burlar as medidas para entrar em contato. Peço que fique em alerta e... Qualquer coisa fora dos padrões que aconteça, avise-me. Tudo bem? – olhou-me bondoso.

– Claro.

– Agora se me permite... – soltou as minhas mãos e deu um passo para trás.

Fiquei parada sem entender, a música estava em seus acordes finais, mas restavam-nos alguns segundos.

– Hm, licença garotos – direcionou-se para um dos casais que estavam atrás de si, dando-me as costas.

Não pude ver quem eram devido ao tamanho de Dumbledore.

– Poderia me conceder a honra desta dança, senhorita?

Acredito que a menina tenha aceitado.

– Oh, pode ter certeza que não o esqueci, senhor Malfoy...

Ah, esse sobrenome, lá vem coisa ruim.

Dumbledore finalmente virou-se para mim, acompanhado de Draco Malfoy com uma cara não muito agradável.

– Se importaria de fazer companhia a Srta. Cattleford, Sr. Malfoy?

Trocamos um breve olhar hostil e abrimos a boca, prontos para contrariar a ideia do diretor, entretanto, o velho safado pareceu prever essa e foi mais rápido que nós.

– Ótimo. Srta. Parkinson? – ofereceu a sua mão – Você sabia que quando era mais novo, eu provei um feijãozinho... – e sua voz foi morrendo a medida que se afastava.

Fiquei os mirando enquanto sumiam do meu campo de vista, tentando fingir que as olhadas ameaçadoras do Malfoy não eram pra mim.

Tomei vergonha na cara e o olhei no olho.

Carambolas! Eu tinha esquecido o quão agradável ele tinha ficado com estas vestes, mesmo que a gola seja esquisita.

– Anda logo com isso, Cattleford. Eu não tenho o dia todo – queixou-se, arrogante.

– Não sei se você percebeu Malfoy – cerrei os olhos, irritada – Mas você é o homem aqui e toda dança se inicia com um cortejo, não aprendeu isso? – arquei as sobrancelhas.

– Não venha dar uma de Irritante-Sabe-Tudo agora, já basta a Granger! E não fique se exibindo só porque fez algumas aulinhas com o perdedor do Longbottom, sangue-ruim – cerrou os olhos.

Ficamos parados no meio da pista, trocando olhares fuzilantes e esperando a próxima música se iniciar.

Seria muito esquisito se eu dissesse que sabíamos trocar insultos por olhares?

Alguns segundos mais e o salão tornou a ficar quieto, indicando que em instantes a próxima música começaria.

– Vamos – sua fala sem arrogância me assustou.

[Dê o play]

Draco chegou mais perto e num sincronismo inacreditável, ele e os outros garotos da pista fizeram um cortejo. Estendeu-me a mão e eu a aceitei.

Gelado.

Isso definia o seu toque.

Podia sentir sua respiração e isso me deixou apavorada. Levou minha mente de volta aos pensamentos indecentes que tive com o primeiro deslumbre dele.

Sentia meu rosto queimar, se estava escarlate ou não... Parecia que a qualquer momento eu iria pegar fogo. Ele estava me olhando, mas me recusava a olhar de volta. Seria um caminho sem volta. Gostaria de ignorar todas essas sensações malucas, de encontrar o olhar dos meus amigos nessa multidão e me tranquilizar. Ou simplesmente fingir que estava ocupada fazendo uma coisa muito mais conveniente que olhar o seu rosto, como: observar os casais ao nosso redor.

Bastou um segundo para dar tudo errado. Tentados demais, meus olhos fixaram-se nos dele e foi aí que assinei a minha perdição. Podia muito bem desviar e acabar com o contato visual, mas eu não queria. Não dava.

Malfoy ergueu as nossas mãos, dando-me um impulso para uma pirueta. Quando completei o giro, voltamos para a posição inicial. Aproximou nossos corpos com uma pegada rígida, causando um baque e consequentemente uma sensação de choques em meu interior.

Glóbulos azuis, do azul mais límpido. Tão bonitos.

Transpassavam tudo e ao mesmo tempo nada. Eu conseguia ver suas emoções, ou melhor, a falta delas. O brilho que reluzia de seu olhar revelava o anseio por desafios, a vontade de se provar útil aos outros, a falta de emoção em seu semblante passava a ideia do quão vazio as experiências e ensinamentos foram e estavam sendo na vida de Draco.

– Forte demais – sussurrou em meu ouvido e um arrepio subiu por toda a minha espinha.

Há princípio eu não entendi; então ele balançou nossas mãos e eu perdi a cor. Só faltava fincar as unhas na mão dele de tanta força. Fiquei tão ocupada com os meus devaneios que nem havia percebido.

– Des... Culpa – meu pedido saiu fraco, em um sussurro.

Ele não me xingou e muito menos foi grosso como esperava e isso confundiu ainda mais a minha mente.

O que estava acontecendo?

– Está tudo bem? – tornou a sussurrar em meu ouvido.

Por que diabos ele tinha que fazer isso? Tinha que chegar tão próximo e me fazer sentir a sua respiração batendo em meu rosto? Eu já tinha entendido que ele tinha um belo hálito com frescor de menta!

– E isso interessa? – franzi o cenho.

Ele não respondeu. Não sorriu e nem fez cara de desagrado. Permaneceu indiferente, como se pensasse em uma resposta concreta. Focou o olhar em um ponto vazio por cima dos meus ombros e ficou quieto. Quem viajava em devaneio agora era ele. Demorados segundos se passaram até ele balançar a cabeça; no entanto, não era em negativo, era como se afastasse ideias bobas.

– Me responda! – exigi – Isso te interessa? – apertei sua mão com mais força.

– Eu... Não...

– Não? – minha voz denunciava a decepção.

– Eu não sei. Eu não sei o porquê de ter feito essa pergunta idiota – tornou a me encarar.

Draco Malfoy estava tendo um conflito mental por minha causa. Chocante.

– Sou eu quem pergunta agora: está tudo bem? Sua cara está estranha – torci o rosto.

– E isso importa? – me imitou.

– Sim – ele se assustou com a rapidez em que veio a minha resposta, eu também.

Não o reconhecia. Não me reconhecia. De repente, tudo que guardava dele: o nojo, a raiva, a implicância, tudo parecia ter evaporado. A maneira como conduzia a dança, os nossos passos cautelosos, o toque gentil de suas mãos na minha cintura e com a minha mão. Arriscaria a dizer que nesta noite, eu, Harriet Cattleford, tinha descoberto o outro lado de Draco Malfoy. O jeito pela qual ele me olhava era esquisito. Poderiam dizer que enlouqueci, contudo, os olhos de Draco Malfoy me pediam desculpas.

Um lampejo invadiu a minha mente e o só o que consegui ver foi a mulher desconhecida que habitava os meus sonhos, acenando feliz. Com isso, Malfoy e eu paramos de dançar.

Minha respiração estava acelerada.

– Desculpa – pedi olhando para o chão, ainda organizando as minhas ideias.

Passei os dedos entre os fios de cabelo, nervosa.

– Você viu isso? Como você fez isso?

– Isso o quê? – massageava minhas têmporas, com os olhos fechados.

– Fala, Cattleford! – segurou-me pelos cotovelos, seu tom era de ameaça.

Meus olhos se arregalaram. Como uma pessoa calma podia mudar tanto de humor de um momento para o outro? Ele também tinha visto o flash com a mulher?

– Eu... Eu não fiz nada! – afirmei aflita.

– Me diga! – ordenava entredentes, apertando ainda mais os meus cotovelos.

– Não! – enfureci-me – A música acabou, por tanto o nosso tempo também.

Afastei-me apressada. Era a primeira vez que uma visão minha foi compartilhada. Ou coisas estavam ficando foras do controle ou eu estava perdendo o controle. Andei até a mesa mais próxima e arranquei uma taça de seja lá o que for. Levei-a até os meus lábios, mas hesitei antes de beber. O líquido estava batizado pela invenção de Fred e Jorge e as palavras da Julia me vieram à mente:

Não sei o porquê de você estar tão preocupada... Ela é inofensiva e só vai deixar a noite mais alegre!”

Despejei a bebida em minha boca e digeri tudo em um só gole. Senti-me mais leve instantaneamente; olhava para as pessoas ao meu redor e tudo parecia engraçado, meu estômago parecia estar com cócegas e isso me deixava com vontade de rir.

Alguns estudantes mais próximos riam sozinhos e isso me deu a liberdade pra rir também.

Esse era o efeito da poção: fazer a pessoa rir sem motivos, com cócegas mágicas na barriga, feito demente e como se não houvesse amanhã.

– Do que está rindo, Harriet? – me virei e dei de cara com Gina e uma taça entre a boca.

– Eu. Vou. Matar. Os. Seus. Irmãos! – tentei parecer séria com a fala pausada dramaticamente, mas a vontade de rir me invadiu.

– Qual é a graça? Eu hein, doida... – foi a última coisa que ouvi.

– Preciso sair daqui antes que alguém me veja assim – murmurei a mim mesma.

Caminhei em direção à saída do Salão Principal, não tinha rumo em mente. Olhava para as coisas e a vontade de gargalhar surgia. Os quadros ficaram irritados e pelo visto eu não era a primeira.

“Do que está rindo?”

“Esses jovens de hoje... Não entendo!”

“Qual é a graça? Garotos debochados!”

Se eu encontrasse aqueles dois na minha frente eu esganava!

Passados mais alguns minutos, minha barriga começou a reclamar de dor, entretanto o efeito do riso não passava. Começou a me faltar ar e não vi lugar mais propício para sanar essa necessidade que os jardins. Andei feito destrambelhada com o salto até uma das árvores que tinham perto do lago.

Tentei segurar a vontade e isso acarretou em uma careta. Entre o rir até ficar sem ar e o fazer careta e sentir dor eu fico com a dor.

Não sou masoquista.

Apoiei-me no tronco com uma das mãos ao mesmo tempo em que a outra apertava incessantemente a barriga, na tentativa de amenizar o efeito. Minha respiração estava escassa, podia sentir o suor... Estava transpirando feito um porco para o abate.

Lágrimas escorriam involuntariamente.

– Você me deve explicações, Cattleford – Malfoy chegou minutos depois, sua fala saíra entrecortada. Presumo que veio correndo.

Não me sentia em disposição para brigar. A exaustão estava me vencendo.

– Agora... Não... Por... Favor... – socava o tronco como se isso fosse parar a dor e a vontade de rir.

– Como você fez aquilo?

– Sai... Malfoy... – finalmente me virei, apoiando minhas costas na árvore e apoiando minhas mãos nos joelhos – Não... Quer... Saber... Não sai... Me – andei digna de uma garota em seus dias ruins, até ele – Me ajuda...

Andei para frente com passos largos, chegando mais perto dele ao mesmo tempo que ele recuava com passos menores.

Joguei-me pra cima dele, entrelacei meus braços em seu pescoço e apoiei minha testa em seu ombro.

– O que há com você? – indagou espantado, tentando me tirar de cima.

– Bebidas... Batizadas... Você não... Bebeu? – ergui a cabeça – Me... Ajuda... Sem... Ar...

– Claro que be... Droga Cattleford! Você está me molhando com as suas lágrimas e esse suor! – de algumas palmadinhas no ombro – Bebi de tudo, exceto o suco de abóbora. Montague viu o Weasley-cópia jogando alguma coisa dentro, quase ninguém da Sonserina bebeu. Você é estúpida também – suspirou.

Seu hálito quente bateu em meu rosto, obrigando-me instintivamente a fechar os olhos.

– Mas acho que já sei como te ajudar – sua fala exalava malícia.

Ao ouvir isso meu coração parou por um instante, em seguida voltou a bombear em um ritmo desenfreado e minha respiração ficou mais escassa.

– Ah... É? – meu peito subia e descia sem parar e a tremedeira começava a me invadir.

Seus dedos gelados vieram ao encontro do meu rosto, acariciando minha bochecha com as costas da mão, deixando uma trilha de formigamento a cada nova área explorada.

Após uma eternidade, senti a sua boca sobre a minha. Sua boca chupou o meu lábio inferior, sua língua brincou com o meu lábio superior pedindo passagem e eu cedi sem pensar duas vezes. Sentia cócegas em meu peito, diferente das de Fred e Jorge, essa era agradável. Minhas mãos arranhavam sua nuca pedindo por mais. Sua língua era ágil, ele era quem ditava o ritmo. Não havia paixão e muito menos amor, era um beijo rude, porém com química, atração.

Não sabia descrever como estava me sentindo. Era uma das coisas mais intensas pelas quais já havia passado; meu peito só faltava explodir de satisfação.

Uma de suas mãos desceu para a minha cintura, dando um aperto possessivo, enquanto a outra passeava pelas minhas costas. Draco rosnou de satisfação e meu corpo estremeceu. Ele percebeu e sorriu cheio de si entre o beijo. Cravei minhas unhas em sua nuca por cantar vitória tão cedo, ele arqueou as costas e apertou minha cintura com mais firmeza. Draco intensificou as carícias, devorando meus lábios com vontade e isso foi acabando com o ar que antes quase já não existia.

Eu juro que tentei me segurar, mas o efeito do suco de abóbora parecia não ter passado ainda e a sensação incômoda de querer rir voltou a se manifestar. Quebrei o beijo e dei uma risadinha fraca, socando o seu peito de leve.

– Desculpa... O efeito ainda... Não passou – ofegava tanto pelo beijo quanto pela substância. Olhava para os lados precavendo-me de qualquer possível flagra.

– Vamos! Eu te acompanho até madame Pomfrey.

Ainda que estivesse em uma situação de acabada, meu cérebro conseguia distinguir as coisas absurdas e Draco Malfoy me acompanhar até a Ala Hospitalar era uma delas.

Loucura não é? O cara que um dia já me mandou para lá estar se oferecendo, neste momento, para me ajudar a chegar lá. O mundo consegue dar mais voltas loucas que um vira-tempo.

– Você ficou... Maluco? – flexionei meus joelhos para obter apoio.

A fala que tinha em mente era excessivamente longa e não estava com paciência para me ouvir ofegar a cada duas palavras. Levantei, com uma das mãos, um pouco da barra do vestido na tentativa de alcançar minha varinha.

– Sabia que você era doida para ficar comigo, mas não sabia que a pressa era tanta... Está tirando o vestido antes mesmo de chegar à um lugar fechado? – parecia impressionado.

Quase o azarei.

Não diga besteiras, Malfoy! Eu não quero ser vista com você” – risquei o vazio com a minha varinha, formando palavras.

– Apenas fatos. Não vá esperando que a nossa relação mude depois de hoje, porque você sabe que ela não vai.

Revirei os olhos.

Seu cretino exibido

– E não saia espalhando isso, minha reputação ficaria arruinada.

Nem em sonhos faria isso

Tenho mais a perder do que você

– É mesmo, esqueci que você faz parte do fã-clube do Testa-Rachada – comentou aborrecido.

Do que faço questão de fazer parte não lhe convém

E não se meta com Harry!

– Eu faço o que quiser, Cattleford – cruzou os braços.

Tanto faz

Dei as costas, pronta para encontrar madame Pomfrey.

– Dar as costas para alguém que está falando é falta de respeito, sabia? – zombou.

Não lhe dei ouvidos. Chega de Malfoy por hoje.

Nos corredores extensos do castelo, conseguia ouvir risadas abafadas em quase todo o canto. Tinha quase certeza que eram casais se pegando e todos fugindo de um possível flagra do Morcegão-Seboso ou do Filch. Resmungaria raivosa dessa pouca vergonha, contudo eu tinha os meus assuntos.

Eu tinha acabado de beijar o Malfoy.

Uma grande cagada.

Uma grande, porém bela cagada.

Que horror! Eu devia estar mesmo desesperada e muito carente para me submeter a isso.

Podia ter uma crise de remorso e começar a bater a minha cabeça na parede assim como Dobby sempre faz quando diz algo errado ou até chorar feito uma ridícula. Todavia, não pretendo chegar a esse nível de hipocrisia. Malfoy não me coagiu a fazer nada e muito menos abusou da sorte.

Eu quis.

Eu gostei.

De súbito, toda a risada que estava segurando em meu interior escapou, ecoando de forma terrível pelo saguão. Finalmente me permiti rir. Gargalhei com vontade. Algo pinicava os meus pés, aparentemente e isso me deixava com vontade de saltitar.

Por mais estranho que fosse: a porta da Ala Hospitalar se encontrava aberta e iluminada. Dei os ombros e fui fazendo caretas até o encontro do meu pote de solução.

Eu estava feliz e assim encerraria a minha noite muito romântica de Contos de Fadas.


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Notas finais do capítulo

"Vocês estão dançando em um baile ou lutando kung-fu?" - Não sei vocês, mas eu rio toda vez que leio essa parte rçrç
FOI O CAPÍTULO MAIS DIFÍCIL DE ESCREVER! Não sou boa com música, não tenho experiência com isso, então se a minha tentativa de fazer songfic não deu certo, quem sabe na próxima? Haha' Achei que os acordes combinavam com uma cena tensa de dança. E o beijo então? A PIOR COISA DO MUNDO: descrever beijo. Porque você sabe como é a sensação, mas sente que nunca consegue descrever de maneira fiel; horrível! Senti-me ultrajada e uma verdadeira b.v. Nada contra.
Então, o que acharam? Façam a Ale feliz e falem bastante, ok?
Não vou entrar até sexta, até lá vocês tem muito tempo para pensar em bastante coisa pra comentar, ok? Vou começar a apelar: a cada UM comentário recebido nesta fic, UM pudim será doado a Luna. Contribua! Haha'
O que acharam das minhas adoráveis piadinhas? Sejam francos, melhoram a cada dia que passa, não é? Só que não.
Bem, é só isso e até a próxima!



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