New Age escrita por Rafaela


Capítulo 29
Capítulo 28 - Problemas


Notas iniciais do capítulo

Estou o dia todo escrevendo esse capítulo, espero que vocês gostem.
PS: A fic já está acabando e o certo seria ter mais uma 'temporada', gostaria de saber se é o que vocês querem e se irão ler. Então por favor me mandem comentários ou MP (Mensagem Provada)



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Thiago falou sem rodeios e eu fiquei parada e eu fiquei parada e perplexa por alguns segundos.

–Eles estão o quê? -Fiz a pergunta mais idiota que poderia, como se eu não tivesse entendido nada do que ele falou. Eles estão prontos para atacar, mas como poderiam? -Como eles descobriram onde Eles estão? -Fiz a pergunta correta desta vez.

–Eles não descobriram, e por este motivo vão começar a caçar os Radioativos escondidos dentro das Províncias. -Explicou-me. Thiago aparentava estar exausto, ele não veio se deitar comigo nos últimos dois dias e provavelmente não havia dormido durante o dia.

–Como eles farão isso? -Perguntei enquanto quebrava a cabeça tentando achar uma resposta para encontrar todos os Radioativos antes deles. Thiago sentou-se na cama e com uma voz arrastada ele falou:

–Eles começam com a busca amanhã. Já avisei J-Hidden para levar você para junto deles no LdR. -Acrescentou.

–Você fez o quê? -Como ele podia ter feito isso? Aliás, como ele avisou J-Hidden? Ele não tinha como avisar J sendo que eles não tinham uma Ligação!

–Eu o chamei, Candy. Você parte em, no mínimo, vinte minutos.

–Como você o chamou? Ele esteve aqui? E, por Deus, Thiago! Como você pode fazer isso? Eu não posso simplesmente esquecer de tudo o que me disse e ficar sã e salva lá dentro!

–Sim, você pode sim. Não só pode como deve. -Thiago agora havia se levantado e colocado as mãos em meu rosto.

–Não. Não posso, não devo e não farei isso. -Falei com a voz baixa, mas ainda assim forte.

–Você não tem escolha. -Foi o que ele disse.

–Você não pode escolher por mim.-Minha voz falhou, estava com raiva e ao mesmo tempo triste por ele ter feito isso. Era tão forte que eu esentia vontade de chorar.

–Eu não quero que você se machuque. Por favor, Candy. Faça o que eu estou pedindo. -Implorou. Thiago colou sua testa na minha e eu mal conseguia pensar.

–Não posso. Essa guerra é mais minha do que sua. Achei que estivéssemos juntos nessa.

–Estamos, eu sempre estarei junto com você, amor. Mas eu preciso que você esteja salva. -Ele falou dando um beijo em minhas pálpebras.

–E eu preciso estar aqui. -Sussurrei.

–Candy, eu estou tão cansado. Eu sei que você também está, sei que está preocupada, mas eu não quero que você se machuque. Eu preciso que você fique bem, só assim eu conseguirei forças pra fazer o que tem que ser feito. -Ele me olhou nos olhos.

Se eu fosse para o LdR será que os Radioativos me deixariam ajudar? Quer dizer, eles precisam de ajuda, certo? Eu poderia muito bem dizer para Thiago que ficaria lá e ficaria segura, sem me meter nisso tudo -mesmo eu já estando metida nisso tudo.

Eu mentiria para ele, mas ele fez tudo isso pelas minhas costas.

–Tá, tudo bem. -Murmurei concordando. A mentira fez um nó em minha garganta.

Thiago soltou o ar.

–Obrigado. -Ele murmurou puxando-me para ele em um abraço apertado. Então ele virou o rosto e me beijou, me beijou com vontade. A saudade se misturou com o nosso beijo e eu perdi o equilíbrio, mas Thiago me ajudou a recuperá-lo e me pressionou contra a parede.

O beijo funcionou como um energético para nós dois que estávamos acabados e morrendo de cansaço. Coloquei os braços em volta de seu pescoço e apetei seus cabelos enquanto ele alisava minha cintura por cima da blusa. O ambiente já ficava quente demais. Coloquei as mãos por dentro da gola da camisa de Thiago e senti sua pele fervendo igual a minha.

Desci os beijos por seu pescoço e de volta para sua bochecha, mordiscando seu queixo e então nossas bocas se encontraram novamente.

Então vi um clarão azul por trás das minhas pálpebras fechadas e abri os olhos parando o beijo com Thiago ao mesmo tempo que ouvia um ''Ah, não'' de uma voz conhecida. Thiago e eu olhamos ofegantes para a bolha azul e não vi nada.

–Acho que ele chegou mais cedo que o combinado. -Murmurou Thiago tentando manter sua voz normal.

–J. -Chamei.

J-Hidden apareceu no meio do quarto.

–Desculpem interromper, é que temos um pequeno probleminha lá no LdR e precisamos de Candy conosco.

Thiago olhou seriamente para J, mas nada falou.

–Certo, então, eu tenho que ir. -Falei e olhei Thiago. Estava um pouco envergonhada do que tinha acontecido.

–Tem. -Ele murmurou e baixou os olhos para mim. Nos despedimos com um selinho e então eu já estava na frente de J-Hidden. Nos cumprimentamos com um Oi e um sorriso, então ele acenou para Thiago, pegou minha mão e me senti sendo puxada para o Portal.

...

Ao chegar no LdR o tumulto que havia da última vez não existia.

–O que aconteceu por aqui? -Questionei

–O probleminha. -J me respondeu.

–Certo, e qual é o probleminha, J?

–Lembra que eu disse que tínhamos uma Ligação? -Questionou.

–Claro que lembro, J.

–Então, acontece que Care e Nimble também encontraram pessoas com quem eles tem essa tal Ligação. Não só eles, acontece que vários dos Radioativos aqui do LdR encontraram alguém, Candy. Algum Radioativo que está correndo perigo lá fora. -J fez uma pausa para que eu digerisse tudo isso. -Graças a informação de Thiago conseguimos avisá-los para se preparar, infelizmente eles não são os únicos Radioativos por aí. Pode haver crianças e como sabemos, a SUCOR não tem piedade com pessoas de nossa espécie.

Um frio percorreu por minha espinha só de pensar neles torturando crianças.

–Peço desculpas se o que eu lhe disser agora não for do seu agrado, mas não disse para Thiago que a traria aqui somente para mantê-la em segurança. Trouxe-a aqui porque também precisamos de ajuda.

Sorri um pouco.

–Estava contando com isso.

...

J-Hidden levou-me então até o quarto que seria meu no LdR. Falou-me que após terminarmos essa missão –era como eles chamavam- eu poderia arrumar do jeito que eu quisesse e ele também me explicaria sobre o ‘mundo lá fora’ pois tudo que me disseram até hoje foi errado. Há muito mais lá fora do que apenas destruição. Ou seja, além de estar sendo caçada eu fui enganada a minha vida toda! Mas nenhum de nós dois apegou-se a essa parte da conversa.

Fomos à procura de Care e Nimble que estavam treinando técnicas de combate em uma sala.

–Candy chegou. –Anunciou J assim que entramos. Nimble e Care, que estavam lutando um contra o outro, viraram-se para me ver.

–Olá. –Ofereci um pequeno sorriso a eles.

–Hey, Candy. –Sorriu Nimble, o único que me respondeu. O garoto veio em minha direção e disse: -Eu iria te abraçar, mas estou todo suado. –Então Nimble franziu a testa e eu respondi que estava tudo bem. Care se aproximou mas não me cumprimentou. Então J-Hidden nos explicou o plano e disse para Care ir avisar a todos que ele e Nimble iriam treinar um pouco comigo. E foi o que ela fez.

Quando começamos, J e Nimble falaram que eu estava indo bem, lutei com um de cada vez. Seguia os conselhos que eles me davam e agradeci por ter treinado duro todos os dias na Força.

–Acho que agora está na hra de dificultar as coisas para ela. –Disse J-Hidden, que estava observando meu desempenho com Nimble.

–Mais? –Questionei. Pude ver um sorriso de J-Hidden sem olhar para ele, por causa da ligação.

–Nimble, agora é nós dois contra ela. –Anunciou J-Hidden se posicionando atrás de mim.

Não, isso não era uma luta justa. Mas não estamos em tempos que podemos nos dar ao luxo de reclamar, então concentrei-me.

No final eu estava completamente acabada, então J mandou eu tomar um banho e ir dormir, já que eu me recusei a comer qualquer coisa –achava que se comesse iria pôr tudo para fora. Então Nimble me guiou para o banheiro feminino enquanto J-Hidden ia ver como os outros estavam se saindo, já que Care havia despejado tudo para cima deles, assim como J mandou.

–E ficamos por aqui. –Anunciou Nimble, deixando-me na frente do banheiro.

–Obrigada. –Sorri fraco, estava exausta.

–Você se saiu bem hoje, se continuar assim pode se tornar a melhor de nós.

Não respondi, não sabia o que responder para aquilo.

–E quem é o melhor de vocês, agora? –Foi o que perguntei.

–Eu. –Ele soltou um riso sem jeito.

Apertei os lábios e fiz um sorriso de modo que mostrou mais um ponto de um erro genético que eu tinha –covinhas. Elas não apareciam sempre que eu sorria, na verdade, apenas quando eu apertava os lábios e os erguia ou quando eu fazia biquinho e virava para o lado. E elas não eram grandes, eram fraquinhas. Mas ainda sim um erro genético.

–Você tem covinhas. –Nimble encostou um dedo em minha bochecha. Ele falou de um jeito fofo, o que me fez rir.

–Bem fraquinha. –Comentei. –Tenho que ir, Nimble. Obrigada, novamente. –Falei e abri a porta do banheiro.

...

Era um banheiro comprido, havia portas pintadas de verniz marrom, uma pia comprida com várias torneiras e ao fundo havia uma... Caixa? Onde havia um chuveiro. Um quadrado de madeira estava em uma das quatro paredes e nela havia um sabonete e uns produtos estranhos com o nome de Xampu e Condicionador. Li o rótulo atrás da embalagem e apliquei conforme dito. O condicionador era algo nojento, o xâmpu nem tanto. Era estranho, pois nas Províncias lavávamos o cabelo com o próprio sabonete. E até este sabonete era meio diferente, era mais cheiroso, com certeza.

Sai do banho, me sequei e já saí do banheiro vestida com uma camisa larga azul e uma calsa larga da mesma cor. Eles chamavam isso de pijamas. Nas Províncias usamos roupas gastas para dormir. Calsei um chinelo de pelo fui para meu quarto.

O colchão era uma delícia, assim como o travesseiro e as cobertas que já estavam arrumadas em cima da minha cama. Ao deitar, mal tive tempo de pensar. Simplesmente apaguei.

‘’Você sabe que eu me importo com você.’’

‘’Eu te amo.’’

‘’Me desculpe.’’

‘’Matem-a.’’

‘’Não! ‘’

Essas frases não estavam em meu sonho, não eram minhas, mas se passavam dentro da minha cabeça como um pedido de socorro. Seiten-me na cama e tentei me concentrar naquelas palavras. Já devia se passar de uma e meia da manhã.

‘’Por favor, me ajude.’’

Era a voz de uma meninha que ecoava em minha mente. Então significa que ela podia me sentir?

‘’O que está acontecendo? Qual o seu nome?”

Perguntei a ela.

‘’Sou Madson, sou dos Vigías e minha casa está sendo atacada. Meus pais estão...’’ a voz da menina foi interrompida por um grito de pavor.

Não precisou de mais nada para que eu já estivesse em pé com as roupas da Força novamente em meu corpo. Não levei nem dois minutos para colocar essas roupas, coloquei-as porque eram mais confortáveis para lutar. Sem desperdiçar mais tempo u já estava fora do meu quarto caminhando para encontrar qualquer um que pudesse me tirar daquele lugar e ao mesmo tempo tentando faer Madson falar comigo.

‘’Madson. Madson, o que aconteceu? Fale comigo.’’ Enviei para ela.

‘’Madson. Meu nome é Candicce, mas por favor não diga meu nome a ninguém. Não diga que pode conversar comigo por pensamento, entendeu? Madson, fale comigo.’’ Pedi novamente.

Em meio a minha corrria –que deveria estar acordando as pessoas- Nimble aparece na minha frente sem eu ver, fazendo-me esbarrar nele.

–Candy, o que aconteceu? –Perguntou.

–Madson... Uma menininha está...

‘’Meus pais... Ele estão... Candicce, me ajude por favor.’’ A voz de choro da menina ecoou na minha mente.

–Calma, eu estou indo aí. –Falei em voz alta e ao mesmo tempo enviando o pensamento para ela.

–Está indo para onde? –Perguntou Nimble.

–A SUCOR já está agindo. Precisamos encontrar J. Preciso encontrar Madson. –Falei rapidamente e já andando. Então senti Nimble me segurar pelo braço e, sem perceber, estávamos na frente do quarto de J-Hidden, que por acaso já saia dele.

–O que aconteceu? –Perguntou J.

–Eu preciso sair daqui. Preciso ajudar Madson, a SUCOR já está agindo. Mataram os pais dela e ela está desesperada. Por favor, me leve até ela. –Expliquei rapidamente o que estava acontecendo.

–Precisamos de Gate. Urgente. Aproveite e chame todos para a Sala Principal. –J-Hidden falou para Nimble que rápidamente desapareceu de nossa frente.

–Não posso esperar. –Falei desesperada.

–Mantenha contato com ela, consegue? –Perguntou ele.

‘’Madson, está aí?’’

Perguntei. No mesmo instante recebi sua resposta.

‘’Estou, eles ainda não me acharam. O que está acontecendo, Candicce? Onde você está?’’

–Ela quer saber o que está acontecendo, o que eu digo? –Perguntei para J.

–Diga a ela que eles estão procurando por pessoas Especiais, assim como ela. Diga que são maus e que ela precisa se manter escondida até que nós cheguemos. –Respondeu-me.

‘’Escute, Mad. Essas pessoas estão procurando por gente Especial, como você e eu. Essas pessoas são chamadas de Radioativos, certo? Esses homens que caçam Radioativos são maus, então se esconda até que eu e meus amigos achemos você.’’

‘’E onde você está?’’

‘’Estamos indo até você. Por favor, mantenha contato comigo.’’

–Vamos. –J-Hidden segurou meu braço e caminhamos até o Salão Principal onde todos os Radioativos vinham chegando. Não demorou muito para que o Salão estivesse cheio omo da última vez.

J-Hidden explicou para eles rapidamente o que estava acontecendo, e sem demorar um grupo já estava feito e estávamos passando por um Portal Azul novamente.


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo deu 9 páginas no Word 'o'
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