Josh

— Droga. — murmurei sentindo as gotas geladas tocarem minha pele. Estava chovendo, o que significava que a festa acaboíu. Só poderíamos esperar isso estando perto do fim do verão. Chuvas que vinham do nada, era o básico. Quando cheguei a minha cabana olhei pra trás, vendo o lugar que antes estava cheio, vazio. A piscina ficava cada vez mais cheia, e os garçons e barmans recolhiam as bebidas e copos, mesmo na chuva. Deveriam estar recebendo muito bem. Resolvi entrar porque já estava sentindo frio. Senti o odor de um quarto de três meninos assim que entrei. Meias podres, queijo, ketchup e perfume. Esses eram os odores que eu consegui distinguir. Recolhi algumas cuecas e calças minhas jogadas pelo chão e as joguei em um cesto, fazendo o mesmo com as de Marco e Andrew. Se eles chegassem agora, eu receberia um apelido do tipo "empregadinha gostosa". Continuei fazendo isso até, todas as camas estarem perfeitamente arrumadas, e sem nenhuma roupa no chão, ou resto de comida. Suspirei me sentando na cama, enquanto pegava meu celular. Quinze chamadas da minha mãe. Ela deveria estar preocupada, resolvi ligar de volta.

— Mãe. — disse num tom cansado.

— Joshua. — ela parecia aliviada ao ouvir minha voz. — Meu bebê.

— Sem bebê. — a cortei. — Liguei pra saber se está bem.

— Estou ótima. — senti divertimento na sua voz. — Estou em um restaurante com meu, acredite se quiser, namorado.

— O QUÊ? — falei espantado.

— Achou que eu ia ficar sofrendo por causa do filho da mãe do seu pai? — ela gargalhou malvada.

— Quem é você? E o que fizeram com a minha mãe?

— Sua mãe recebeu conselhos da sua avó. Só isso. Mas não ligou para saber como está minha vida sexual.

— A gente nem falou da sua vida sexual.

— Ainda bem. Ia se assustar.

— Okay. Mãe. — a cortei novamente.

— Mas e você, meu bebê... Está bem? Te judiaram? Não brigou com a Chloe né? Sei que ela é braba, mas não pode deixar ela a ver navios sozinha. Ela ainda é uma criança!

— Sim, mãe. — a cortei pela terceira vez. — Estou bem. Não briguei com Chloe, e ela não é nenhuma criança.

— Então o que ela é, Joshua? — parecia indignada.

— Uma mulher. Que eu saiba já menstruou.

— Não vamos falar do sangue que escorre da sua irmã, por favor. — dessa vez ela me cortou. — Se ligou pra saber se estou bem, já sabe. Agora beijos, filho. Nos vemos daqui alguns dias.

— Beijos mãe. E se cuida. Se ele for algum tipo de tarado me liga. — desliguei.

Quem era essa mulher? A minha mãe, da qual eu me despedi quando vinha pra cá, ficava chorando pelos cantos pela separação e pela morte do meu irmão. Não ia pra praia e restaurantes com um novo namorado. Eu, hein.

Elenina

— Vocês não tem o mínimo respeito comigo né. — disse furiosa escorada na porta, observando Andrew colocar suas calças e Chloe a camiseta dele.

— Nem um pouquinho. — Andrew sorriu sarcástico e deu um selinho em Chloe. — Volto depois pra pegar a camiseta.

— Se quiser pegar mais alguma coisa. — ela sorriu com malícia.

— Veremos. — ele saiu correndo. — Beijão, Nina. — me deu um beijo estalado na bochecha. Não lembro de quando ele ficou tão de bem com essa situação.

— Só digam que não transaram na minha cama.

— Opa, — ela pareceu assustada. — Esquecemos da sua cama.

— Ah, que pena. Queria muito ter o cheiro do sexo ruim e barato de vocês nos meus lençóis.

— Ruim? Garota, isso que fazemos é maravilhoso. — ela suspirou se jogando na sua cama.

— Imagino. — Diamond entrou pela porta com o rosto inchado.

— O que foi, Diamond? — perguntei assutada, tirando minha camiseta e botando uma mais folgada.

— Um garoto queria me levar pro meio do mato. Pra transar.

— Normal. — suspirei.

— Normal? — Chloe me repreendeu. — Quem é o guri? Mando Josh e Andrew, darem um trato nele.

— Não. — descartou a ideia. — Nem liga. — ela segurou o choro.

— Nem ligo. — Chloe me lançou um olhar assustador e eu me calei. — Mas você nunca fez nada, ruiva?

— Nada. Porque se não se lembra até pouco tempo atrás, eu era só uma ruiva feia com olhos verdes.

— Vish. — eu disse.

— NINA, JÁ SEI. — Chloe berrou se levantando, e tirando suas meias. — PEGA AQUELE URSO.

— Senhor Gatinho? — Diamond disse assutada.

— SIM — fui pegar o urso e o joguei pra Chloe. — Você terá uma aula de como dar, Diamond. — ela posicionou o urso de quatro na cama.

— Oh. Meu. Deus. — disse pausadamente assutada.

— Com o senhor gatinho?

— Sim. Eu sei que ele me olha de noite. — Chloe estava extasiada demais, a tarde dela com Andrew devia ter sido muito boa. — O primeiro de tudo é; esteja depilada. Ninguém quer uma mata pra atrapalhar tudo.

— Isso vai ser horrível. — disse rindo me jogando na minha cama.

— Segundo; sem lingerie bege. Isso pode broxar. Terceiro; sem vergonha, todos sabem que você tem peito, bunda e uma vagina. — Diamond parecia prestar muita atenção, o que era hilário.

— E então, tudo começa com as preliminares os beijos quentes, as mãos bobas, e então você tira a camisa dele e ele tira a sua, depois continuam os beijos. — ela beijava o urso. — Então, ele te joga na parede — ela se jogou. — E ele vem, você desabotoa a calça dele. — ela botou o urso na sua frente e arrancou as calças de tecido dele. — e as tira. Então ele tira seu sutiã. — ela tirou o seu, sem o urso dessa vez. — E você está nua. — só que ela estava com a blusa. — E ele também, só de cueca. Ele começa a brincar com os seus seios — ela botava o urso por dentro da camiseta e o fazia tocar seus seios. — E você vai começar a dar gemidos. O que é bem excitante pra ambos. — ela imitava os gemidos e eu ria escandalosamente. — Então, ele vai descer e vai tirar sua calcinha... — ela não tirou a sua mas desceu o urso pra baixo. — E se ele for safado, vai brincar um pouco lá — ela remexia o urso por cima da camiseta sob a sua intimidade. — Antes de.... — ela se pôs de quatro. — Elenina me dá uma ajuda aqui.

— Oh, eu?

— Sim, você. Rápido. — me levantei em meio a risos.

— Segura o urso. — botei ele sobre a bunda dela que estava de quatro. — Então, ele enfiará isso pelo lugar que desce sua menstruação e aí a coisa ficará frenética, indo e vindo. — ela se mexia e eu empurrava o urso, aquilo era hilário — até que ouvimos o barulho da porta bater contra a parede.

— O QUE É ISSO? — ouvimos a voz da diretora e pensamos, fudeu.