6 meses depois...

Nessa última semana venho acordando enjoada e vomitando muito, Peeta tem trabalhado muito na Padaria e por isso acho que não tem percebido, tenho me sentido estranha, meus seios estão inchados e meu corpo todo responde á um estresse diário. Penso que não pode ser gravidez, pois minha mãe me receitou uma erva que eu tomo diariamente e então me tranquilizo.

Peeta quer muito ter filhos e insiste muito nisso comigo, lembro-me da última vez que brigamos por conta desse assunto...

– Katniss por mim... – Ele implora.

– Não Peeta! Eu já decidi e não quero! – Digo com firmeza.

– Katniss eu sei que seu medo era do mundo antigo, mas hoje já não é mais assim! – Ele esclarece.

– Peeta... Você não entende... Eu não vou ser uma boa mãe... Já decidi isso! Por favor, entenda de uma vez por todas! – Digo gritando e percebo em seus olhos decepção.

– Tudo bem Katniss... Eu já entendi! – Ele diz com um olhar entristecido.

Desde aquele dia Peeta não mencionou o assunto “filhos” e com isso ele acaba me fazendo sentir culpada e tento compensá-lo sendo a mais carinhosa possível, ele retribui mais sinto que está um pouco distante.

Venho me sentindo mal á dias e hoje irei ao médico para saber do que se trata. Johanna me acompanhará.

– Você acha que pode ser algo grave? – Ela pergunta preocupada.

– Não sei... Nunca senti isso antes. – Esclareço.

– Sra Mellark? – A enfermeira me chama.

– Sim, sou eu.

Ela então me direciona a uma sala de consulta e Johanna não larga minha mão, ela se mostra preocupada, nesses últimos meses nos tornamos mais amigas ainda e Peeta e Gale por incrível que pareça não se desgrudam também.

Depois de feito os exames o Dr. Bonnes me explica a situação.

– E então Dr. O senhor já examinou o suficiente para dizer o que Katniss tem? – Johanna pergunta mais apreensiva do que eu.

– Claro... E é algo muito bom! – Ele sorri para nós duas.

– Bom? Ela está botando os bofes para fora e o senhor diz que é algo bom? – Johanna pergunta irritada.

– Calma minha querida... O que a Sra. Mellark apresenta são sintomas normais! – Ele esclarece.

– Como assim Doutor? – Pergunto confusa.

– A senhora está grávida! – Ele responde sorridente – Grávida de 2 meses.

– O quê?! Como assim? – Respondo confusa.

– Explica logo Doutor! – Uma Johanna impaciente do meu lado se pronuncia.

– A senhora apresenta sintomas normais para uma gravidez de 10 semanas.

– Mas Doutor... Eu tomo uma erva que impede a gravidez... – Digo incrédula.

– Sim... Mas essas ervas nem sempre tem o efeito desejado, por exemplo, se você a tomar por muitos meses, ela perde o efeito. – Ele esclarece.

Volto para casa calada com uma Johanna tagarela em meu encalço. Ela me deixa em casa sozinha, preciso espairecer um pouco.

Fico horas pensando em uma forma de contar para Peeta e me pego sorrindo pensando em quando ele souber, mas mesmo insegura estou feliz, dentro de mim tem um pedacinho de meu Peeta e isso só me faz amá-lo ainda mais.

– Katniss? – Ele chama adentrando a casa.

– Aqui! – Grito do andar de cima.

– Oi Katniss! – Ele me dá um rápido beijo, ele não tem mais me chamado de “amor” por estar chateado.

– Oi Peeta. – Sorrio para ele que retribui.

– Eu trouxe pães de queijo para o jantar. – Ele diz sorrindo.

– Peeta... – Ele me corta.

– Vamos logo comer! Estou morto de fome. – Ele diz me puxando e saindo do quarto.

Jantamos em mais absoluto silêncio eu mal consegui comer pensando em como contar para ele, depois de jantar tomamos banho e ele logo se deita para dormir.

– Peeta... – Eu o chamo.

– Oi. – Ele responde.

– Preciso te contar uma coisa... É que hoje fui ao médico... – Digo olhando para ele que está de costas para mim.

– No médico? Mas você está bem não é? – Ele se demonstra preocupado.

– Sim... Na verdade nós estamos! – Eu sorrio levando as mãos a minha barriga coberta pela camisola.

– Katniss... Não entendi... – Ele tenta interpretar meu gesto e abre um sorriso de orelha a orelha quando parece entender.

– Mesmo? – Lágrimas escorrem por seu rosto - Eu? Pai?

– Sim! – Balanço a cabeça em positivo.

– Oh meu amor! – Ele me abraça chorando e eu não me contenho e caio em lágrimas também.

– Me perdoa... – Peço entre as lágrimas.

– Pelo quê minha linda? - Noto que ele já me trata normalmente e sorrio.

– Por não querê-lo... Nosso bebê... – Digo chorosa.

– Me perdoe você amor... Por te tratar tão mal quanto eu vinha tratando... Eu sou um idiota mesmo! – Ele chora muito também.

– Oh amor... – Pareço uma vela derretida.

Aquela noite Peeta e eu não dormimos, ficamos planejando como seria nossa vida agora com nosso bebê a caminho e decidimos fazer um jantar para contar aos outros já que somente Johanna sabe e me prometeu manter segredo.

Peeta ficou a noite inteira fazendo-me carinhos e me dando beijos de arrepiar. “Como pude priva-lo disso?” – Penso em relação a nosso filho.

– O que você acha que ele vai ser? – Ele pergunta ainda com as mãos em minha barriga.

– Não sei... Ainda está muito cedo... Estou apenas de 2 meses. – Eu sorrio para ele.

Ele me beija e eu como estou com os hormônios à flor da pele aprofundo o beijo e logo estamos ofegantes e suados.

– Como não percebi isso? – Ele pergunta incrédulo.

– O quê não percebeu? – Pergunto curiosa.

– Seus seios! Estão maiores e mais bonitos ainda. – Ele fala e eu coro.

– Peeta! – Puxo o lençol me cobrindo até o pescoço.

– Katniss amor... Só estou expressando o quando você está linda... Conheço cada detalhe de seu corpo porque você é minha! Lembra? – Ele sorri malicioso e puxa o lençol. Olhando-me com aqueles lindos olhos em um tom escuro.

– Você não muda... Seu tarado! – Digo e dou um tapa leve em seu peito.

– Linda! – Ele sorri e me abraça, beijando-me.

– Eu te amo! – Ele diz entre os beijos.

– Eu também te amo! – O que posso fazer se não resisto a ele...