Levantei lentamente, liguei para louis vim me buscar, só que antes disso fiz algumas anotações em uma folha, para Vinicius, tomar certinho os remédios. Fiquei o observando enquanto meu irmão não chegava.

— Que demora — disse enquanto entrava no carro

—Ainda são dez e meia, e não era você que queria ficar ai mais tempo? —disse sem olhar para mim

—Eu sei, mais o vini precisa descansar

Fomos o caminho todo conversando sobre ele, e sobre a festa que haveria sábado, provavelmente ele não iria. Assim que chegamos em casa, não esperei louis estacionar, subi logo. E me afundei debaixo dos lençóis. Adormeci pensando em tudo o que estava acontecendo.

Dia seguinte levantei com uma baita dor de cabeça, mesmo assim tomei banho pus a primeiro roupa que encontrei. Louis já havia saído para trabalhar, tomei meu café da manha, depois liguei para Felipe para me dar uma carona até a faculdade. Arrumei um pouco a casa, que por sinal tava uma bagunça. Aproveitei também e liguei para meus pais, quantas saudades.

Olhei para o relógio e puta merda, estava atrasada. Corri para me arrumar. A campainha tocou..Gritei um "Já vai caramba". Era Felipe

—Vamos ? —Ele parecia animado

—Deixa eu só ir pegar as minhas coisas tá —fiz sinal para ele entrar

Peguei minha mochila, uma fruta e saímos em direção a garagem, no caminho até lá ele me contou que tinha encontrado Rafael, e que ele parecia estar com problemas, a principio o ignorei mais depois aprofundei a conversa.

—È sério Clarissa, ele me pareceu bastante aflito, como se algo tivesse acontecido. —Falava ele enquanto prestava atenção no transito

—Será mesmo? —Por fim disse

—Vocês tem se falado? Afinal vocês moram no mesmo prédio.

—Não, não —menti

—Seria bom você ir falar com ele, ele lhe escuta melhor do que ninguém —falou me olhando serio.

—Tá, talvez eu fale! —Concluí.

Finalmente chegamos, e aquela conversa tinha se acabado, entramos juntos, Felipe fez questão de me levar até a minha sala. A sala dele era duas quadras da minha.

Hoje eu teria aula, até as sete da noite. Na hora do intervalo, me sentei com Manu, Marlon, Bruno e a Day no refeitório, eles falavam e sorriam como nunca, senti que entre marlon e a manu havia rolado um clima, mais eles negavam. Minha mente só pensava nas palavras do Fê, e em tudo que estava acontecendo enquanto isso, a faculdade inteira só falava na tal festa de inicio de turma. Eu me sentia só em meio aquela multidão. Foi quando meu celular vibrou..

"Então minha futura medica, tô melhorando depois daquela sua visita, ou foi tudo um delírio? ha ha não pode ser. Bjo te ligo depois." Vini.

Respondi assim que vi.

"Acho que foi um delírio ha ha, é pra melhorar logo mesmo rum, fica bem." bjo.

—Deixa eu adivinhar é mensagem do seu grude né isso? —disse bruno baixinho

—Isso! Ele tá bem doente, tá sabendo? —respondi no mesmo tom

—Tô sim, fui na casa dele ontem a tarde. E advinha quem tava lá? —perguntou enquanto mexia em seu celular

—Quem?

—O rafa! —me olhou receoso

Mas que merda! Pensei. Hoje o mundo todo resolveu conspirar a favor do Rafael. Forcei um sorriso que fez com que Bruno se arrepende-se por ter me falado. Ele ficou sem graça. A hora do intervalo tinha acabado, saímos juntos pelo o campos, depois cada um seguiu seu rumo.

Depois dessa, não conseguir mais prestar atenção nas aulas, minha mente voava, por mas que eu me esforçasse, não conseguia.