A Cura para o Meu Veneno escrita por Yuu Chan


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Oi! ^^ Queria ter terminado nesse aqui, mas acho que se escrever mais, vai acabar ficando muito grande para o porte da fic =3 Além disso, conforme fui escrevendo mais intervenções foram surgindo para enriquecer o contexto da fic. Acredito que o próximo será o último mesmo! rsrs Boa leitura!! *-*



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– Orihime-san, eu te amo. - No mesmo instante em que se ouviu a frase, os passos de Lolly congelaram. - Por favor, fique comigo.

A noite estava escura e a garota de cabelos pretos estava a uma distância suficiente para não ser percebida de imediato pelos dois. Lolly sentiu a cólera subindo por seus poros ao perceber aquele de olhos verde cada vez mais próximo da ruiva. Queria gritar, berrar para ele se afastar, mas não poderia fazer isso, não na frente de Inoue. Na verdade, ainda se sentia insegura… Talvez não mais de seus próprios sentimentos, mas sim os de Orihime.

– Ulquiorra-san… Eu… - O coração da mais baixa acelerava com cada palavra pronunciada pelos lábios carmim da outra. - Sinto muito.

Alívio. Ainda tinha uma chance. Mas o outro não desistiria tão fácil.

– Como assim…? O que quer dizer, Orihime-san?? - O desespero soou em sua voz. Sua mão subiu à testa e uma risada ecoou pelos terrenos dos fundos. - É brincadeira não é? - Saiu um sussurro em meio gargalhada recatada.

Orihime o encarava atônita tanto quanto Lolly. Pareciam estar diante de uma espécie de louco.

–... Desculpe-me, Ulquiorra-san, eu realmente não posso. - Ressalvou reunindo toda coragem diante da estranha, confusa situação. As frágeis mãos unidas uma à outra, trêmulas, expressavam toda a sinceridade pura da garota.

– É por causa da viagem? Eu vou com você, Orihime-san! - Ajoelhou-se, pegando em sua mão. - Faço tudo. Tudo, por você.

A essa altura Lolly estava se segurando ao máximo para não separá-lo de sua princesa. Ele poderia fazer o que for, mas já mais seria visto como um príncipe aos seus olhos.

– Eu… Eu não posso! Por favor, Ulquiorra-san! - Implorou a ruiva, parecendo se machucar com cada palavra que dizia.

– Porque…? É alguém?? - Sua mão apertou a de Inoue. - É isso…?! - A mão à qual o rapaz antes segurava tão delicadamente, foi completamete prensada contra os dedos do mesmo. - Quem é?! Vamos, me diga quem é! - Inoue apenas o fitou em sobressalto, surpresa por sua atitude agressiva tão repentina, ainda mais trêmula do que antes.

Agora já chega, exagero tem limite, até para os loucos. E Lolly não podia mais ficar só assistindo.

– Deixe-a em paz!! - Gritou a menina de cabelos pretos, avançando na direção de ambos. - O que pensa que está fazendo?!?! - Clamou, empurrando o rapaz para longe de Orihime.

– Lo-lolly-chan… - Balbuciou a ruiva, com as lágrimas debulhando de seus orbes caramelos.

– Você está bem, Orihime?? - Aproximou-se gentilmente da garota fragilizada.

A ruiva estava trépida, confusa. Ver Inoue naquele estado lhe trouxe toda a fúria de volta. Virou, fixando o olhar naquele de olhos verdes, que observava tudo em silêncio desde que seus passos foram forçados para trás. Lolly o fitava em fúria, e ele por sua vez, a fixava em frieza.

– Nunca mais se atreva…! - Sussurrou Lolly, encarando firmemente o outro.

Ele a machucou. A fez chorar.

– Hm…?

– Nunca mais se atreva tocar nela! - Exaltou. - Ela é minha, de mais ninguém!! - Deixou escapar.

– O que disse?!

Nem ela sabia o que havia acabado de falar. Mas as palavras já haviam sido ditas.

– Isso mesmo que ouviu! - Continuou sem se atrever a olhar pra trás. - Ela é minha, e eu não vou ficar aqui assistindo você machucá-la!

Por alguns instantes, Ulquiorra permaneceu calado, observando a garota descontrolada a sua frente em um misto de raiva, determinação e vergonha. E novamente, pôs-se a rir. Mas isso não fez Lolly perder a postura. Continuou firme, encarando aquele louco, de incoerentes risadas.

– Qual é a graça?!

A mão branca do garotou lhe cobriu a face, o riso ficando fraco, e o fôlego lhe recompondo. Lolly estava determinada a defender Orihime. Todavia, com o rapaz naquele estado, estava difícil prever suas ações. O melhor era se manter alerta a cada movimento do outro.

– Orihime-san... Não me diga que… - Um sorriso lunático transpareceu na pele pálida. - É por causa dessa garota...? - Estava quase rindo novamente. - É por causa dela que não podemos ficar juntos....? - Apontou para Lolly.

A mais baixa arqueoou a sobrancelha enquanto Inoue mal conseguia processar a situação.

– E se for...? - Perguntou a de cabelos negros, cautelosa.

A mão do de olhos verdes deslizou de seu rosto, expondo a expressão fria que agora lhe tomava por completo.

– É por causa dessa mulher que não podemos ficar juntos…? - Repetiu a voz gélida entre os rostos refletidos pela lua.

Mesmo com toda a atenção que Lolly estava focando no rapaz, seus reflexos não foram rápidos os suficientes para que a garota pudesse se livrar do que veio a seguir. Dedos gélidos prensaram o pescoço fino da menina de cabelos pretos, ameaçando apertá-lo com força.

– O que vai fazer agora, eim, Airvirne? - Provocou um aperto de leve contra a garganta da garota.

– Lolly-chan!! - As lágrimas de Inoue caiam desesperadas e com toda força que tinha tentou separar a mão daquele homem, do corpo de Lolly. - Solte-a!!! Pare já com isso!! Por favor!

Com dificuldades para respirar, Lolly buscava ainda se livrar em vão apertando o braço do garoto. Um ódio cada vez mais translúcido transbordava dos olhos verdes esmeralda.

– Sua... Desgraçada... - Ruminou, completamente alheio à tudo o mais que estava à sua volta. Os gritos e esforços de Inoue não lhe chegavam um ruído, a música parecia muito mais distante dali... E a única coisa que estava na sus mira era o sofrimento de Lolly Airvirne. - Você sempre tentou afastá-la de mim… Inúmeras vezes a tentou convencer que eu não era confiável.

– Eu… Estava cer...ta…, então…? - Provocou Lolly, mesmo naquela situação. - Pare...ce que você… Não é… conf---

– E mesmo agora, como se não bastasse, ainda vem dizer que ela é sua…?! - Cortou, ignorando qualquer fala da outra. Somente um pensamento rodeava aqueles olhos beirados em ódio. "Enquanto ela existir... Não terei chances". Pelo bem de sua imagem em frente a Orihime, Ulquiorra nunca revelava este aspecto seu. Todas as vezes que Lolly o afastava de Inoue, era um rancor guardado. Agora não poderia mais controlar. Não teria outra chance de tê-la em seus braços. Por isso talvez estivesse tão incoerente, tão desnorteado.

– Solte-a! Assim você vai….!! - Clamou a ruiva, transbordando o desespero, puxando o pulso do garoto, ao lado de Lolly. Mas ele não estava ouvindo, nem mesmo a voz de quem amava tão alucinadamente, e agora seus dedos apertavam com força o pescoço da Airvirne.

– Eu… - Em um último ato de força e precisão que ainda lhe restavam apoiou com força no braço do agressor. -... Me solte! - Gritou, acertando um chute no cotovelo do garoto, que urrou em agonia, folgando o ataque e lhe deixando a chance de escapar.

Com os pulmões queimando, Lolly tossiu descontroladamente, rebuscando a maior quantidade de oxigênio que pôde captar, enquanto Orihime buscava lhe conceder apoio.

– Viu o que essa menina me fez fazer, Orihime-san…? - Cambaleou em direção às garotas, massageando o próprio braço. - Você não acha que sou assim, não é mesmo…?

Aproximava-se devagar das duas que estavam ao chão. Orihime, o olhava apavorada, com Lolly tossindo em seus braços.

– A deixe… Em paz. - Pôs-se Lolly repentinamente em frente à outra garota. Inoue arregalou os olhos, surpreendida pela ação da outra.

– Lolly, o que você es---

– Tá tudo bem, Orihime. - Interrompeu a de cabelos pretos, abrindo os braços e levantando o olhar determinada contra o rapaz. - Não vou falhar dessa vez.

– O que é isso…? - Articulou incrédulo. - Que patético.

As encarava sério, sem perder o ritmo de seus passos. Lolly não sabia o que ele poderia vir a fazer a seguir. Mas de uma coisa ela sabia: Não deixaria encostar um dedo em Orihime.

– Orihime! O que aconteceu?! Vocês estão bem?! - Retumbou uma voz grossa em meio à luminosidade fraca.

Todos se viraram atraídos pela voz repentina.

– Grimmjow…?! - Surpreendeu-se Lolly.

– Achei que estivesse precisando de uma ajudinha, então o chamei. - Falou uma segunda figura, bem mais baixa que o primeiro.

– Luppy, você também…? O que está…?

– Ahhwwah, estava entendiado, então, o chamei! - Apontou sonsamente para Grimmjow.

– Ora seu…! Você estava assistindo tudo?! Porque você não---

– Ele me chamou porque estava preocupado com vocês, Lolly. - Cortou Grimmjow, que analisava a situação sério.

A declaração do azulado em relação à como Luppy tinha recorrido à situação deixou a baixinha totalmente desconcertada. Olhou para o menino afeminado, que apenas sorriu soberbo com uma das mãos à cintura. Ele certamente a sabia deixar irritada.

– Olha aqui, sua bichona, ninguém pediu sua ajuda! - Manifestou a menina de cabelos pretos, apontando corada para Luppy.

– É triste saber que você não vive sem mim.

– Como é?!

– Calado, vocês dois. - Interrompeu Grimmjow. Lolly ia retrucar, mas parou imediatamente ao perceber a seriedade no olhar do outro. - Até quando vai sentir a necessidade de fazer esse tipo de coisa…? Ulquiorra.

O garoto de cabelos que até então permanecera parado desde a chegada dos outros dois, respondeu calmamente.

– Do que está falando…? - Todavia, seu olhar não se encontrava com o de Grimmjow.

– Quer dizer que vai sempre assim?! Toda vez que não conseguir o que quer, vai apelar pra covardia?! - À essa altura, o azulado já tinha percebido o ocorrido. Parecia saber exatamente por que Lolly se encontrava no chão unida à uma Inoue naquele estado.

Ulquiorra nada respondeu. Na verdade, não sabia o que responder. Mas Grimmjow já não tinha tanta paciência.

– Responda! - Bravejou, pondo o outro contra a parede.

– O que quer que eu diga? - Replicou frio. - É exatamente o que você disse. É assim que eu sou.

– Desgraçado… - O punho de Grimmjow se fechou contra a palma da mão, contendo a força de seus bíceps. - O que prentendia fazer com Lolly?! Por acaso, o mesmo que quase fez com Ichigo?!

O timbre de voz foi solto em uma fúria tão grande, que uma memória não deixou de passar pela cabeça de Lolly. Talvez por volta de cinco anos atrás, quando ainda estavam no ensino médio, Grimmjow ficou por vários dias sem vir às aulas. Naquela época, era até normal que o mesmo não viesse, já que sempre tinha o costume de faltar aulas com frequência, vezes por preguiça, outras por se meter em brigas de rua. Mas ele não era de faltar em dias de prova. E foi esse motivo que levou Lolly recorrer por sua procura. Primeiramente, não foi grande surpresa saber que estava no hospital, já que o normal a se pensar é que fora resultado de apenas mais umas de suas brigas. No entando, o que lhe havia se surpreendido, era o tamanho de sua ferida.

– O que foi isso?! Não conhece a palavra limite, não?! - Questinou a menina de cabelos pretos, logo que o outro acordou na cama do hospital.

– Foi mal, Lolly. Não teve como evitar dessa vez. - Respondeu com certa dificuldade na fala, porém sincero.

– SEU… IDIOTAAAA! - Choramingou a garota. - Porque…? O que aconteceu…?

– Isso foi… Aquele cara... Lembra-se do Ulquiorra? - E passou a mão pelo tronco completamente enfaixado. - Foi pra proteger-lo.

– Hm…? - Questinou Lolly, enxugando as lágrimas, sem entender o que queria dizer com aquelas palavras. Ulquiorra, que ela saiba, era um cara que Grimmjow relatava como um verdadeiro incômodo na sua vida, tentando atrapalhar as relações dele com um rapaz de cabelos ruivos. - Como assim, proteger-lo...?!

– Ichigo... Foi pra proteger Ichigo.


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Notas finais do capítulo

Qualquer observação ou comentário, estou toda aqui. Ainda estou para desenhar a capa/contra capa do capítulo, que a propósito não decidi. Enfim, até o próximo, beijos *-*



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