Three Words Eight Letters escrita por Blair Waldorf Bass


Capítulo 7
Capítulo 7 - The Non-Judging Breakfast Club


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo ficou meio pequeno, mas é que eu queria deixar o melhor pro próximo. Espero que gostem e comentem ♥



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Chuck e Blair estavam em um canto, enquanto Chuck não falava nada. Seu silêncio estava machucando Blair aos poucos, e aquele olhar desapontado dele só a fazia sentir-se pior.

Chuck estava pronto para falar algo, quando leu a notícia sobre Serena. Blair fez aquela expressão de quando Serena fazia algo errado, e foi atrás da amiga. Encontrou-a discutindo com Dan na porta de saída.

–Foi um erro Dan, e eu queria te contar, mas ficamos tão distantes e...

–Não tem "e", Serena. Você teve todas as oportunidades para me contar e não o fez. - Dan olhava para ela com desapontamento. - Eu estou cansado. Achei que após tantos anos você mudaria, mas pelo jeito Serena Van Der Woodsen sempre será Serena Van Der Woodsen.

Naquele momento, do jeito que Dan falara, Serena Van Der Woodsen soou como o pior xingamento do mundo. Serena encolheu-se, segurando-se para não chorar, enquanto Dan lhe dava as costas e ai embora.

Blair apareceu, e S. pensou que finalmente teria alguém para ficar do seu lado.

–Serena... - B. lançou-lhe um olhar desapontado. - Não que eu goste do Humphrey, mas não sei se ele merecia isso. E na frente de todo mundo...

Serena ficou chocada com as palavras de Blair.

–B! Foi um erro, tá bem? Eu ia contar para o Dan, mas saiu fora de controle. Hoje Nate só me beijou porque acho que eu era a Jenny.

Blair revirou os olhos.

–Jenny? Por favor... S, você fez o que fez, não precisa criar desculpas para isso.

Serena recuou, as palavras eram balas atingindo-a diretamente no coração. Algumas lágrimas vieram, e mesmo sem querer, ela deixou-as escorrerem.

–Talvez vocês estejam certos. - Enxugou as lágrimas. -A piranha aqui nunca deveria ter voltado.

Somente naquele instante Blair percebeu como havia machucado Serena.

–S... Espera! - Blair exclamou enquanto Serena já estava na porta de saída. Ela não olhou para Blair, e foi embora.

Blair xingou a si mesma baixinho. Tudo bem, Serena podia fazer escolhas ruins, mas continuava sendo sua melhor amiga. Não deveria ter pego tão pesado.

As coisas só pioraram quando Chuck apareceu atrás dela, com seus casacos.

–Aqui. - Chuck estendeu o casaco de Blair para ela. - Está frio lá fora.

A voz de Chuck estava sem emoção alguma. Mas Blair conhecia seus olhos tempo suficiente para saber o que estava escondido neles. Ele ainda estava ali, o Chuck que sempre se preocupara com ela, só estava irritado demais para aparecer.

Blair colocou o casaco e acompanhou Chuck até a limousine. Os dois sentaram, ainda sem trocar palavras.

–Por que não me contou? - Chuck questinou-a.

–Foi depois de Monte Carlo, tínhamos acabado de fazer o pacto quando descobri. Eu estava tão assustada que fosse de Dan, e não seu que...

Blair sentiu as lágrimas queimando em seus olhos, até que escorreram. Ela esperava que Chuck desse-lhe aquele sorriso confortante, e então enxugasse suas lágrimas, mas ele não o fez. B. engoliu em seco.

–Você...? - Chuck deixou o resto da pergunta no ar, como se fosse torturante falar.

–Abortei? - Blair perguntou - Não. Não por querer, na verdade. Foi um aborto espontâneo.

Os dois ficaram um bom tempo em silêncio. Chuck tentando pensar no que falar, mesmo irritado ele não queria magoar Blair. E Blair implorando silenciosamente para que Chuck a abraçasse, ou apenas dissesse algo, qualquer coisa seria melhor que seu silêncio.

–Você devia ter me contado. - Chuck enfim quebrara o silêncio.

–Eu estava assustada, Chuck. Eu nem sabia se íamos terminar juntos...

Chuck respirou fundo, tentando manter a calma.

–Não importa! - Exclamou ele. - Você não tinha o direito de decidir se eu deveria ou não saber!

–Mas e se fosse do Dan? O que faríamos, depois?

Um flash do dia em que descobrira veio a mente de Blair. Ela estava tão assustada, congelada demais para falar alguma coisa. O teste ainda pairava em suas mãos, como se risse de sua cara. Aquilo mudaria tudo. Mudaria sua decisão, caso fosse de Dan. Aquele pequeno pedaço de plástico decidiria seu futuro inteiro, e ela não tinha sequer o direito de protestar.

–Você acha mesmo que iria mudar alguma coisa para mim, Blair? - Os olhos de Chuck estavam frenéticos.

–Eu não sei, eu só...

–Você acha. - Sua voz estava desapontada.

Chuck queria gritar naquele momento. Queria pegar uma das taças que estavam em sua limousine e quebrá-la em mil pedaços. Mas algo, dentro de si, dizia-o para não fazer nada daquilo.

Era como se aquela coisa dentro de si aparecesse toda vez que ele perdia a calma com Blair, e lembrava-o de como a amava e nunca faria nada para machucá-la. Aquilo era a única coisa que o impedia de ficar maluco. O amor de Blair. Era tudo que ele precisava.

A limousine parou sem que nenhum dos dois percebessem, enquanto ainda se encaravam sem o barulho de um único suspiro. Blair saiu primeiro, e Chuck estava saindo quando uma mensagem o fez parar.

"De: Serena.

Chuck, eu preciso da sua ajuda. Eu... Fiz algo ruim. Preciso que venha aqui, mas, por favor, não conte nada para Blair. Ou qualquer um."

Um aperto veio ao peito de Chuck. Serena estava arrasada na festa, e ele estava preocupado demais com seus próprios problemas para lembrar dela.

xx

Chuck demorou a encontrar o endereço que Serena havia dado a ele. Quando encontrou, checou duas vezes antes de entrar. O lugar era um hotel, talvez nem merecesse ser chamado disso, totalmente em pedaços. Na entrada, foi só dar cinquenta dólares ao atendente e ele informou em qual quarto Serena estava.

O quarto estava quase totalmente escuro, não fosse pela luz da janela aberta. Chuck não conseguia ver nada, mesmo com aquela fraca luz. Ele ouviu um suspiro e um gemido, e então conseguiu finalmente ver Serena.

Ela estava jogada no canto do quarto, com um pacote que parecia de cocaína. Chuck ficou imóvel alguns instantes, antes de se aproximar da irmã.

–Você veio. - A voz de Serena estava embriagada e falha, mas isso não a impediu de abrir um leve sorriso.

–Sempre viria por você, irmãzinha. - Chuck lentamente tirou o saco de sua mão, e sentou ao seu lado.

–Obrigada... Acho que nunca disse isso, mas você é como um irmão para mim, mesmo. Eu te amo. - Sussurrou Serena, como se fosse um segredo.

Chuck parou, estático por um momento. Ele nunca conseguiu lidar muito bem com aquelas três palavras.

E mesmo que ele já soubesse daquilo, ouvir Serena dizer foi como ter a sensação de ter uma família outra vez. De pertencer a algum lugar.

Era aquilo que havia entre eles, uma ligação maior do que apenas um documento dizendo que ele era filho de Lily. Um amor de irmãos que do jeito mais estranho possível acabou se tornando enorme.

–Uou, você não vai morrer para estar sendo assim tão dramática. - Sorriu ele. - Eu te amo também, maninha.

–Você não contou para Blair, contou?

A voz de Serena parecia gasta, como se fosse desaparecer a qualquer instante.

–Não é como se estivéssemos exatamente nos falando no momento. Então, não.

Depois da briga na limousine enquanto deixava Blair em casa, Chuck tentou ligar para ela e mandar mensagens, mas fora ignorado. Clássico de brigas Waldorf-Bass.

Chuck estendeu sua mão para Serena, mas ela estava tão mole que não conseguia manter-se em pé por meros segundos. Ele então agachou-se e pegou Serena no colo. Ela parecia tão frágil ali quando uma boneca de porcelana.

–Vamos, vou te levar daqui.

Serena parecia mais bêbada do que drogada, talvez ela tivesse bebido algo também, Chuck não sabia dizer. Ela sorriu para ele, e então encarou-o.

–Meu herói. - Ela riu sozinha, mas então voltou a si. - Sou tão estúpida...

Serena desviou o olhar de Chuck, quase voltando a chorar.

–Ei, olhe para mim. - Chuck pediu, puxando gentilmente seu rosto. - Está tudo bem. As vezes fazemos coisas estúpidas por amor, mas está tudo bem.

–Eu não amo N... - Começou ela, mas estava fraca demais para continuar.

–Ah, maninha, te conheço tempo suficiente para saber quando mente.

xx

–Chuck não atende o celular, Serena também não, muito menos Nate. - Blair falava com si mesma. - Dorota!

Dorota já estava com seu pijama, e vinha correndo assustada até Blair. Seu cabelo estava bagunçado e seu rosto estava cansado, mas ela não fora menos eficiente por isso.

–Sim, Senhora Blair. - Apresentou-se para o serviço.

–Chame o carro. Preciso ir atrás de Chuck.

Dorota começou a se manifestar em protesto, quando a porta do elevador se abriu e Chuck saiu de lá com uma expressão preocupada.

–Chuck! - Blair exclamou, jogando-se em seus braços. - Eu sinto muito pela nossa briga e...

–Falamos disso depois. - Chuck cortou-a. - Agora preciso de sua ajuda.

Blair olhou preocupada para Chuck, e seguiu-o até a porta do elevador, onde encontrou Serena jogada em péssimo estado.

–Dorota, me ajude a levá-la para cima. Chuck, ligue para o Nate e peça para ele trazer qualquer coisa que cure ressaca. - Blair ordenou a eles. - Agora!

"Primeiro Nate, e agora drogas, o que será depois, S.? Outra vez Nate, Blair e Chuck tem que limpar a sua bagunça... Me parece um pouco injusto, não é?"

X.O.X.O, Gossip Girl.


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Notas finais do capítulo

Agradecimentos especiais a Mari e as meninas do Manhattan's Elite por me inspirarem. AMO VOCÊS!!!