A filha dos elementos escrita por Pitta


Capítulo 3
O início de uma jornada


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela grande demora. Agora mais um capítulo.



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Ao chegarem na rodoviária, que era muito pequena, sentaram - se no banco central, o único e que no momento estava vazio, pois já era fim de tarde e deixam as malas no chão, Figg e Rose se deitam perto delas.

– E então, vamos para onde agora ? - pergunta Jully.

– Ah, vou ali falar com a atendente e já volto com a resposta.

– Eu vou com você.

– Está bem.

Anne e Jully se levantam e vão até o balcão onde estava uma atendente, praticamente dormindo.

– Ah… Olá ?! - diz Anne.

– Am? … Ah oi. O que deseja ? - a atendente falava ainda com um tom de preguiça, interrompida por alguns bocejos.

– Eu gostaria de saber sobre as passagens …

– Para onde ?

– Para o local mais próximo que tenha aeroporto com voos internacionais.

A atendente então digita algo no computador, e após um momento de silêncio diz :

– Kansas City, ah mais ou menos 1 hora e meia de viajem.

– E quanto está a passagem para lá ?

– Cada passagem está … - mais uma vez a atendente vira- se para o computador, mas dessa vez não digita nada - está 100 dólares cada.

Anne olha para Jully com uma cara de espanto, mas então diz para a atendente :

– Quando sai o ônibus ?

– As 19:00.

– Ah okay, pensaremos na proposta e voltaremos mais tarde.

Anne puxou Jully, que continuava em silêncio ainda com aparência assustada.

– Mas como nós … - Jully começou a falar, mas foi interrompida por Anne :

– Vamos entrar escondidas - disse Anne falando baixo para a atendente não ouvir.

– Mas … - Jully não conseguia falar, estava atônita.

– Eu dou um jeito.

– Tá bom, mas não me meta em enrascadas - disse Jully, dizendo como se fosse uma ordem.

–Okay, e o que acha de agora irmos ali na lanchonete comprar alguma coisa, estou com fome ?

– Vamos.

Cada uma comprou uma esfirra de carne com o restante de dinheiro que tinham, Jully cortou uma ponta da esfirra e deu a Figg,que foi ao seu encontro, Anne fez o mesmo, porém Rose não deve ter gostado muito porque apenas mastigou e depois regurgitou tudo, deixando uma pasta nojenta no chão da rodoviária.

E quando se viraram para o banco perceberam que lá estava uma senhora, segurando um pequeno terrier branco, tinha a aparência frágil e estava toda coberta com lenços vermelhos e com um enorme óculos de sol avermelhado no rosto.

Jully e Anne se aproximaram do banco, e ao chegarem, saudaram a senhora em uníssono :

– Boa tarde !

– Oh, boa tarde meninas - disse a senhora com uma voz um pouco rouca.

A velha, segurava um cigarro, e que Jully pudia jurar ter acendido sozinho, e que, para continuar a conversa disse :

– Que lindo seu cachorro.

– Eh sim, mas está faminto, não come a uns 3 dias. Vocês teriam alguma coisa para dar para ele comer.

Jully ficou espantada e com pena do animal, então pegou metade de sua esfirra e deu para o pequeno terrier comer.

– Ah, muito obrigada ! Não sei como agradecer, talvez queiram ficar com essas duas passagens, eu não irei precisar mesmo.

– Ah, não poderíamos aceitar … - Jully disse recusando as passagens.

– Eh, mas vamos - disse Anne pegando rapidamente as passagens das mãos frágeis da velha senhora - Agradecemos imensamente.

– Anne você não pode - Jully tomou a força as passagens de Anne e se virou para onde estava a senhora, porém ela havia desaparecido.

– Pra onde ela foi ?

– Eu não vi, estava prestando atenção em você, mas de todo jeito - disse Anne se levantando e puxando Jully junto - as passagens são nossas.

– Mas para onde vai ?
– Não tem nada aqui, é melhor voltarmos e falar com a atendente.

– Vamos - disse Jully se levantando - Rose e Figg fiquem aí.

Jully e Rose se levantam e foram novamente até a atendente.
– Vocês de novo ? Que foi agora ?

– Queremos conferir o destino dessa passagens aqui - disse Anee na mesma hora, entregando as passagens a moça.

– Ah - exclamou a atendente enquanto olhava as passagens - essas passagens é um tipo de passagem Premium, vocês podem escolher qualquer local do estado para viajar, mas como conseguiram ? São muito raros, apenas 5 em todo o país.

– Bem … Foi muita sorte não é ? Ganhamos de uma senhora que estava ali agora a pouco - Jully indicou o banco.

– Senhora ? - peguntou a atendente, olhando do banco para Jully - Só tinha vocês aqui a tarde toda.

– Mas … Eu tenho certeza, ela tinha um cachorro junto dela.

– Eu não vi ninguém, nem senhora, nem cachorro, só vocês duas.

– Tá bom, já chega - interrompeu Anne - continua explicando mais sobre essa tal passagem Premium.

– Ah, claro. Elas são bem raras, como eu disse, e levam vocês a qualquer lugar do estado. Já sabem para onde pretendem ir ?

– Eh … Kansas City, eu acho. Lá tem aeroporto ?

– Ah tem sim, mas para onde pretendem ir ?

– Para o Hawaii.

– Ah sei, vocês terão sorte porque o ônibus chega lá 1 hora antes do voo.

– Puxa, que sorte né, - disse Anne - mas agora nós já vamos indo.

Ela chamou Jully,e juntas foram novamente se sentar no banco central.

Jully coloca sua mochila no banco e usa ela como travesseiro. Figg sobe em cima do banco e se deita ao lado dela. Anne fez o mesmo, porem Rose preferiu ficar no chão se lambendo.

Jully tentava cochilar, pois ia ter um longa viagem à frente. Mas seu pensamento não saia de seus pais, que ela achará a vida inteira estar mortos. Estavam tão longe, no Hawaii, e ela ali, uma cidade em que mal se achava no mapa. Porém tinha a esperança de que logo ela estaria também lá, partilhando momentos felizes com eles. Então depois de tanto meditar, suas pálpebras foram pesando, ela já não conseguia mais os deixar abertos, até que por fim adormeceu.

Em seus sonhos ela estava em um vulcão, e ali também se encontrava uma moça jovem, muito atraente, usando um vestido vermelho sujo e rasgado, . Ela não disse nada, estava andando na direção da cratera, cabisbaixa. Jully tentava falar, mas nada saia de sua boca, tentava também correr para ajudar a jovem, que iria cair naquele poço de lava fervente, porém não saia do lugar. Não havia mais o que fazer, ela já estava na beirada. E então ela se jogou. Jully estava perplexa pois na podia fazer nada, então ouviu o seu nome ressoando, até que acordou, era a Anne.

– Você dorme muito, preguiçosa. Vamos já está na hora, o ônibus chegou.

– Já vou, vou pegar a minha mala, e a gaiola do Figg.

Elas pegaram as coisas, colocaram dentro do bagageiro do ônibus, entregaram as passagens ao cobrador e embarcaram. Sentaram em umas das últimas fileiras. As gaiolas ficaram de baixo do banco, e na parte de cima Anne colocou os travesseiros. Todos já estavam em seus lugares quando o ônibus partiu. A viagem seria longa e elas teriam muito sobre o que conversar o que conversar.


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Notas finais do capítulo

Logo, logo mais capítulos.



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