Lightning Hunter escrita por LauC


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oiiiii, espero que gostem da Fic, ela veio do nada na minha cabeça kkkkk. Não tenho muito a comentar, então, Boa leitura XD



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Olhei para o espelho do meu quarto e suspirei, aquele uniforme não estava caindo muito bem mim. Sai preta com listras brancas, camisa social branca e um casaco preto com detalhes brancos, havia uma grata também, de cor vermelha. Afrouxei –a o máximo que podia e peguei minha mochila sobre a cama.

Coloquei-a sobre as costas e sai do quarto, entrei na sala, que não era grande por sinal, alias estava morando em um apartamento. Havia um sofá, uma Tv, uma mesa de madeira que ficava entre a sala e a cozinha. Na parte da cozinha havia o fogão, a geladeira, pia e um armário. Fui até a geladeira e a abri, estava vazia. Fazia alguns dias que eu não parava em casa ou que fazia compras. Minha barriga roncou alto e eu tremi. Procurei alguma coisa no armário e achei o ultimo pacote de bolacha. Abri-o e pus uma bolacha de chocolate na boca. Olhei para o lado em direção a porta e vi um papel preso no correio.

— Ah não — Resmunguei ficando de pé e indo até a porta, peguei o papel e o abri. Estava escrito “ Pague o aluguel ! By Senhor Filips, Sindico”. — Se eu tivesse dinheiro!

Coloquei o papel com força sobre a mesa e peguei o pacote de bolacha, destranquei a porta e saí de casa. Peguei o corredor que levava para as escadas e comecei a descer os 3 lances de escadas que tinha. Eu morava no 3º andar entre os 10 do prédio. Havia o elevador, só que como eu já estava devendo 3 meses de pagamento para o sindico, e ele ficava na recepção, que por acaso ficava do lado do elevador, era melhor pegar as escadas mesmo que ficavam perto da saída dos fundos.

Guardei a metade do pacote de bolachas no bolso da mochila e olhei para o lado, no corredor que dava para ver a recepção e depois para o outro que dava para a saída dos fundos. Respirei fundo e corri, abri a porta rapidamente e saí. Senti o ar fresco da manhã no meu rosto e sorri, segurei a alça da mochila e me pus a correr mais rápido, afinal já estava atrasada para o meu primeiro dia de aula.

Na verdade hoje era o terceiro dia de aula, mas eu odiava ir no primeiro dia, porque havia aquela euforia entre os alunos e professores. Dobrei em uma esquina que dava para uma rua inclinada e respirei fundo, aquela subida era uma chatice. Um vento forte me envolveu e eu senti a minha saía subindo, revirei os olhos e coloquei minhas mãos sobre ela.

— Essa saia é um saco! — Resmunguei e diminui a velocidade. Subi a ladeira devagar e observei as casas da rua, aquele bairro era uma área residencial com pouquíssimos apartamentos nele. Cheguei ao topo da rua e olhei para frente, logo pude ver onde estava a minha escola.

A grande e melhor escola da cidade. Onde apenas a elite estudava, ou os mais fortes. Agora não me pergunte como foi que eu consegui me matricular naquela escola, já que eu não tenho nem o que comer em casa. Minhas condições financeiras eram uma miséria. Olhei para o relógio e suspirei, estava 20 minutos atrasada.

— Vamos dar uma corridinha, então — Sussurrei e comecei a correr rapidamente pela rua, não ligando para a minha saia. Algumas pessoas me observaram no meio do caminho, mas eu as ignorei. Cheguei na entrada 2 minutos depois, os portões de ferro já estavam fechados — Droga!

Olhei em volta e não vi ninguém perto do muro, tirei minha mochila das costas e joguei-a por cima do muro. Afastei-me e corri de encontro ao muro, coloquei um pé sobre o muro e depois outro até chegar na borda, coloquei minhas mãos, por um momento eu fiquei plantando bananeira em cima do muro, e joguei o meu corpo para frente, meus pés atingiram a grama, arrumei minhas roupas e peguei minha mochila do chão, fiz o meu caminho para o prédio da escola e vi que aquela parte do muro dava para uma janela que ficava no 3º andar.

Tentei ver se alguém tinha me visto, mas a luz do sol refletia na janela. Dei de ombros e corri em direção a porta do prédio. Tinha entrado apenas uma vez lá dentro, que foi quando vim ver a minha matricula. Havia um mural preto logo na frente, havia vários cartazes com os nomes dos alunos, sala e andar. Procurei o meu nome na lista e sorri.

— Sala 1, terceiro andar — Sussurrei, caminhei na direção das escadas e comecei a subir os degraus. 3º andar, finalmente estava no terceiro ano do ensino médio, não aguentava mais estudar. Passei pelo 1º andar e logo depois pelo 2º, subi os últimos degraus da escada e entrei em um longo corredor do 3º andar, haviam cerca de 4 portas, ou seja 4 salas do terceiro ano. Comecei a andar e a olhar para as placas da porta até que achei a minha sala. — Sala 1.

Tudo bem. Faça a mesma coisa de sempre, aja normalmente, mas sem arrumar amigos. A sua vida não permite que tenha amigos.

Bati na porta e segundos depois, uma mulher de cabelos pretos longos e olhos azuis, vestindo uma saia preta longa e uma blusa social branca, abriu a porta para mim, olhou-me dos pés a cabeça e sorriu.

— Você deve ser a aluna nova — Disse fechando a porta atrás dela. Concordei com a cabeça e ela suspirou. — Certo, entre e se apresente a turma.

Ela abriu a porta novamente e nós duas entramos. Senti o olhar da classe sobre mim e engoli em seco. Era uma droga mudar de escola de repente. Na verdade a minha historia é hilariamente drástica. Eu vim da pior escola da cidade, do pior tipo de gente da cidade e do pior lado da cidade. As pessoas lá não eram muito amigáveis e você tinha que está disposto a fazer de tudo para sobreviver ali. Bem, eu consegui sobreviver ali por 16 anos, mas como posso dizer, viver em um lugar difícil faz com que você mude, tanto que apesar de eu ter um corpo magro e alto, cabelos longos negros como a noite e um belo par de olhos cinzas, não sou nenhum pouco amigável. Apesar de tentar ser e não conseguir.

E bem, por ter vindo da pior área da cidade as pessoas tendem a perceber de cara da onde que eu vim sem ao menos eu ter contado. Culpe a expressão dos meus olhos, que sempre averiguavam o lugar rapidamente, nunca faziam contato visual com ninguém e por ser muito semelhante a um olhar de um felino faminto. Resumindo eu era a pobre entre os ricos.

— Pessoal, esta é a aluna nova...

— Sora Akibara — Falei quando percebi que ela não sabia o meu nome. Dei uma olhada rápida para a turma, e por esses breves segundo vi que, haviam cerca de 29 alunos, 14 meninas e 15 meninos, todos bem arrumados, os meninos com gel no cabelo e as meninas com maquiagem sobre o rosto, a maioria deles tinham cabelos entre castanho claro e escuro, duas meninas e 3 meninos eram loiros, e haviam apenas uma menina ruiva. E o que eles tinham em comum? Todos me olharam com uma cara nada agradável. Soltei um suspiro cansado e abaixei minha cabeça.

— Sora, há um lugar no fundo da sala perto da janela, sente-se lá — Disse a Professora colocando a mão no meu ombro, olhei para ela de canto e ela tirou a mão de mim. Caminhei entre os espaços das cadeiras e larguei minha mochila sobre a minha nova mesa. Puxei a cadeira e sentei, coloquei a mão no queixo e olhei para o lado, havia uma garota de cabelos castanhos presos em um rabo de cavalo, ela desviou o olhar rapidamente e olhou para frente.

A aula foi um saco, literalmente. Na hora do intervalo os alunos saiam para lanchar, enquanto que eu apenas puxei meu pacote de bolacha e comi o que sobrava. Algumas pessoas olhavam para mim desconfiadas, outras sussurravam. Estava claro que todos ali se conheciam.

— Saco — Sussurrei e deitei sobre a mesa. Senti alguém se aproximando de mim e cerrei os olhos.

— Ora ora ora — Disse um rapaz loiro, alto, usava o uniforme masculino, calças e casacos pretos, grata vermelha e blusa branca. Seus olhos eram azuis claros, olhou-me cuidadosamente e um sorriso frio surgiu em seus lábios. Descobri na hora que tipo de pessoa que ele era, encarei-o e esperei. — Eu reconheço gente da sua ladainha — Disse para mim, colocou o pé sobre a minha mesa. — Então. Como que alguém como você conseguiu entrar aqui?

Olhei para o seu pé e me mantive calma, vive com gente como ele durante a minha vida toda. Apesar de ele ser rico, ele tinha a mesma personalidade dos bandidos da minha ex- área. A única diferença era que Eu era a mais forte que todos de lá.

— O gato mordeu sua língua? — Perguntou se inclinando em minha direção.

— Deixe a garota em paz Richie — Disse uma garota de cabelos loiros cumpridos, ela estava em uma posição firme e encarava o rapaz.

— Quê?! — Disse ele dando de ombros e olhando para ela. — Eu não estou fazendo nada, Dana, só dando uma palavrinha com ela.

— Que seja, apenas não incomode a paz da turma, lembre-se que eu sou a líder daqui e caso você faça ... — Começou ela a dizer.

— Ava — Falei pra mim e virei o rosto para a janela, ignorando os outros. O céu estava totalmente limpo lá fora, vi as arvores do jardim balançando. Eu deveria ter ido lá fora, pensei.

— Ei! — Escutei Richie falando ao meu lado, ele segurou o meu braço e me fez virar para ele. — Eu estou falando com você!

— Bem — Comecei a falar, tirei as mãos dele de mim calmamente. — Como eu entrei aqui não importa. E que eu saiba — Falei dando um olhar de desaforo para ele. — ricos metidos como você, não merecem nem uma palavra vinda de mim. Então, se considere sortudo por eu ter falado uma frase tão grande como essa.

A sala toda ficou quieta e eu virei o rosto novamente para a janela. Olhei para o outro lado e vi que ele ainda estava ali.

— Quê? Ainda está aqui? — Perguntei dando um balançar de ombros e encarando ele.

— Ora sua! — Disse Richie foi então que vi os olhos dele mudando de cor para um dourado, ele veio rapidamente sobre mim e usei o seu poder, que era força, contra ele. Segurei o seu braço e fiquei de pé, girei rapidamente e me coloquei atrás dele e dei um chute nas suas costas com força. Ele caiu sobre algumas mesas, materiais de alunos se espalharam pelo chão. Olhei para Richie que se levantava devagar e suspirei, olhei em volta e vi todos os alunos me encarando surpresa.

— Me desculpem por isso — Falei me curvando rapidamente e pegando a primeira mesa que estava no chão.

— Você vai me pagar por isso! — Gritou Richie vindo novamente em minha direção.

— Pare com isso! — Disse a líder da sala, que se chamava Dana, ela segurou Richie pelo braço e vi os olhos dele voltando ao normal. — Você vai comigo para a diretoria.

— Mas...

— Sem mas — Disse ela puxando ele porta a fora. Soltei um suspiro e comecei a juntar as coisas do chão. Outros alunos me ajudaram a organizar a sala antes que o sinal tocasse. E foi assim o meu resto do dia. Rapidamente a noticia de que Richi, o que eu descobri logo que era um dos alunos com poderes mais fortes dali, tinha apanhado de uma garota nova de cabelos negros.Eu não fui chamada a diretoria, porque obviamente Dana disse que foi em legitima defesa. Coloquei minha mochila nas costas e sai da sala, desci as escadas e saí do prédio. Andei pelo caminho que ia ate o portão exausta. Olhei em volta e haviam vários alunos em grupo e conversando. Vi uma garota de cabelos curtos usando os seus poderes de teletransporte pelo lugar, logo em seguida uma monitora brigando com ela.

Acho que eu não disse que o lugar onde eu morava era totalmente normal ter poderes. Na verdade todas as pessoas ou quase todas tinham poderes. Por isso que o nome da cidade é Skill City ou conhecida, pelo gueto, como Skillity. Eu preferia o segundo nome. Haviam diversas escolas na cidade, porém esta em que estou estudando, a High Royal, era a melhor e mais caras de todas, apenas os ricos ou os mais habilidosos iam estudar lá. E onde eu me encaixo nisso?

Bem. Meu pai, que morreu uns meses atrás, era um gangster de elite e consequentemente muito rico, então antes de morrer, pagou minha matricula na escola Royal sem que eu soubesse. Mas ele não pagou apenas a primeira parcela da matricula, pagou todas até a minha formatura. Só que ao fazer isso, ele usou TODO o dinheiro que tínhamos e não pagou TODAS as dividas que tinha, que eram muitas por sinal. Meu pai devia a muitas pessoas muito dinheiro, ao todo a divida era de cerca de 100 milhões de S’s. S’s era a moeda local da cidade Skillity. E foi isso que me aconteceu. TODAS as dividas dele passaram para mim, tenho um emprego de meio turno em um restaurante, mas apenas o salário que recebo de lá, mil S’s, não eram o suficientes para sequer pagar o meu apartamento, que custava 1.200 S’s.

E o Sindico apenas não me despejou, porque eu tinha trocado a maçaneta da porta e porque ele era medroso o suficiente para não ter que mexer comigo. Por isso que para tentar acabar com as minhas dividas e conseguir colocar comida em casa, eu precisava fazer uns serviços que não eram considerados legais na cidade.

— Ei — Escutei uma voz de repente ao meu lado, dei um passo rapidamente para trás e olhei para a pessoa. Era Dana. — Então.... Como você está? Não tive tempo de conversar com você, me desculpe.

— Tudo bem — Respondi indiferentemente.

— Me chamo Dana Flint — Disse dando um sorriso para mim e estendendo a mão. — Espero que possamos nos dar bem.

— Sora — Falei apertando a sua, senti o poder dela percorrendo o meu corpo e me afastei.

— A me desculpe. O meu poder saí do controle as vezes quando tem gente nova — Disse.

— Tudo bem — olhei para o céu que estava ficando nublado. — O seu poder mexe com a mente das pessoas, não é?

— Quase — Disse mostrando as mãos. — Posso influenciar as pessoas a fazerem o que eu quero.

— Interessante este seu poder — Falei olhando-a com interesse.

— E o seu? — Perguntou me observando com curiosidade. — Sem ofender, mas você não tem cara que tem muito dinheiro, então a única opção é que você possui uma habilidade incrível.

— Não — Falei sorrindo, ela olhou para mim surpresa. — Meu pai juntou dinheiro para eu vim para cá, só isso. Não tenho nenhuma habilidade especial.

— Humm. Entendo — Disse ela ficando pensativa. Chegamos a rua e um carro preto parou a nossa frente. — Sou eu, até mais.

Observei-a entrando no carro e me pus a andar, peguei o caminho de volta para casa e dobrei em outra esquina, vi o restaurante logo a minha frente e entrei. Ele era um restaurante familiar, haviam diversas cadeiras e mesas. A gerente que ficava no balcão deu um sorriso para mim e eu acenei para ela. Entrei na área dos empregados e fui até o meu armário, tirei o meu casaco, vesti o meu avental e guardei a mochila no armário.

Caminhei em direção a cozinha e vi o meu parceiro de trabalho cozinhando loucamente no fogão. Sorri daquela cena e me aproximei do balcão para ver os pedidos. Eu não tinha comida em casa, mas era uma ótima cozinheira.

— Até que fim você chegou, tem pedidos que não acabam mais! — Gritou ele para mim.

— Relaxa que eu vou salvar você, Logan — Falei pegando uns pedidos e começando a preparar eles. Logan me deu um sorriso grato. Ele tinha 21 anos, cabelos pretos curtos, alto e simpático.

E foi assim o resto do dia. Logan e eu sentamos no chão da área dos empregados exaustos. Estávamos esperando o horário para botar a digital, Cloe uma das garçonetes entrou na sala e deu um sorriso simpático para a gente.

— Dia hoje foi Punk — Disse ela indo até a maquina de biometria, uma luz verde apareceu e ela colocou o dedo. — A gerente quer falar com vocês.

— Quer? — Disse Logan e eu nos entreolhando.

— Ah não é nada serio — Disse ela, mostrou um pacote nas mãos e sai da sala. — Até amanha.

Logan e eu pegamos a biometria rapidamente e partimos em direção a recepção. O restaurante estava fechado, Minna, a gerente estava sentada na cadeira do balcão, quando viu nos aproximando, deu um sorriso e nos entregou um pacote. Nos dois abrimos e vimos que era o nosso pagamento.

— Espero que não gastem tudo de uma vez — Disse ela.

— Claro que não — Disse Logan com um sorriso enorme.

Peguei minhas coisas no armário e guardei o dinheiro na mochila. Tirei o meu celular do bolso e vi que tinha uma ligação lá.

— Então, o que você vai fazer com o seu salário? — Disse Logan abrindo o seu armário.

— Pagar o aluguel — Respondi colocando a mochila nas costas.

— Entendo — Disse dando um sorriso sem graça. — Mas tente comprar comida também, você tem perdido peso esses tempos.

— Ah, vou tentar — Falei dando de ombros. — Até amanhã Logan.

— Até.

Caminhei em direção ao meu apartamento e entrei pela porta da frente. O Senhor Filips ficou de pé, seu rosto estava furioso, respirei fundo e me aproximei. Tirei o pacote de dinheiro e coloquei sobre o balcão.

— Olha é tudo que eu tenho no momento — Falei, ele contou o dinheiro nas mãos e olhou para mim. — Prometo que pago o resto depois.

— Tudo bem — Disse ele dando um suspiro de desistência. — Como você só me paga mil por mês, vou baixar o seu aluguel.

— Serio? — Perguntei surpresa, ele concordou com a cabeça.

— Mas ainda tem que pagar o resto! — Respondeu.

— Está ótimo! Obrigada! — Agradeci ele rapidamente e pela primeira vez em 3 meses subi pelo elevador. Peguei a chave de casa e destranquei a porta, entrei em casa e vi que tudo estava no lugar, entrei no meu quarto e larguei a mochila na cama. Peguei o meu celular e retornei a ligação perdida.

— Aqui é Sora — Falei. Então um dos caras que meu pai devia começou a explicar o que ele tinha em mente. Depois de ouvir o que ele tinha a dizer, soltei um suspiro e respondi. — Eu estou indo.

Desliguei a ligação e tirei o meu uniforme, dobrei-o e coloquei no lugar, abri o guarda-roupa e tirei de lá uma pasta preta. Digitei a senha e a pasta abriu, havia uns 4 tubos que se conectavam, juntei-os e apertei um botão que surgiu logo depois que os conectei, uma lâmina saiu de lá. Segurei aquela arma cumprida semelhante a uma espada, mas mais moderna, e a coloquei de lado. Peguei meu outro uniforme, que era uma calça jeans preta, um top preto e um sobretudo com as mangas arrancadas e capuz.

Eu menti quando disse a Dana que não tinha poderes. O meu poder era um dos mais fortes da cidade, mas que poucos viam. Olhei para o meu eu no espelho e sorri, eu estava com uma aparência totalmente diferente da anterior, um visual mais frio e delinquente, tatuagens cobriam todo o meu braço direito, peito, barriga, e minhas costas. Coloquei o celular no bolso da calça e a Sabre, que era a espada, prendi-a na minha calça, do qual ficou escondida sobre o sobretudo. Levantei o capuz e saí de casa rapidamente. Desci as escadas em um piscar de olhos e sai do prédio sem ninguém ver.

Subi o muro de uma casa e depois o telhado e fiquei passando de casa em casa até chegar no ponto marcado. A noite estava escura, sem lua e sem estrelas. Olhei para o relógio no braço e pulei do telhado de uma casa, pousando entre um grupo de homens.

— Você tem que parar de fazer isso — Disse Josef, o líder da missão.

— É meu meio de se locomover — Falei dando de ombros.

— Que seja — Disse ele dando de ombros e se aproximando. — Decorou a sua missão?

— Sim — Respondi olhando para baixo e então levantei o olhar, meus olhos que antes eram cinzas, estavam agora azuis intensos, Josef engoliu em seco. — O seu chefe vai manter o que ele disse?

— Sim — Respondeu, vi os seus cabelos se arrepiando.

— Ótimo, por que se não podem ser considerar mortos — Falei seriamente. Ele concordou com a cabeça e se afastou.

Eles se puseram a caminhar, segui-os pelo telhado e paramos diante do objetivo um minuto depois. Li a placa da frente “ Banco Leste” e senti um sorriso surgir no meu rosto. Sim iríamos cometer um assalto. Eu disse que para tentar acabar com as minhas dividas eu fazia trabalhos ilegais, este não era exceção. Era um que eu nunca tinha feito antes e que continha serio riscos de dar errado, mas bem a proposta tinha sido alta. Eu receberia 5 mil de participação e todas as minhas dividas, 20 milhões S’s, que estava devendo para aquele gangster iriam sumir. Era menos alguém para pagar.

— Vamos nessa — Disse Josef colocando uma mascara no rosto. Todos os outros 4 que estavam conosco fizeram o mesmo. Olhei em direção ao banco e estalei o dedo direito, todas as luzes da rua se apagaram e nos entramos no banco. Escutei o barulho de alguém caindo no chão e logo em seguida outro, retomei a energia e vi que todos os seguranças estavam desmaiados. — Parados isto é um assalto!

Todas as pessoas ficaram paralisadas, Josef e os outro começaram a se mover, observei uma das atendentes se movimentando lentamente e vi que ela estava apertando o botão de segurança, dei um sorriso para ela e mostrei a minha mão, faíscas azuis de eletricidade apareceram. Estalei o dedo e fiz com que a porta de segurança se fechasse, nos isolando.

Dois da nossa equipe juntou as pessoas em um canto, enquanto que Josef, eu e outro íamos para o cofre, coloquei minhas mãos sobre o cofre que era feito de aço e liberei o meu poder. A senha começou a aparecer, o sistema digital ficou verde e a tranca abriu. Josef e o outro começaram a colocar o dinheiro nas malas, conseguimos carregar cerca de 6 malas quando um da nossa equipe entrou.

— A policia está a caminho.

— Droga! — Disse Josef. — Pegue as coisas e vamos embora.

Pegamos as malas e fomos para a entrada, respirei fundo e estalei o dedo, todas as luzes se apagaram até mesmo as dos carros, fiz a porta principal abrir e então saímos, vimos a van preta estacionada perto da entrada, colocamos o dinheiro dentro e partimos para o esconderijo. Quando estávamos bem longe do Banco, estalei o dedo e retornei a energia.

Pegamos as malas e caminhamos prédio adentro. Eu estava com uma mala nas costas, entramos em um corredor e depois em uma sala enorme, vários homens e pouquíssimas mulheres estavam lá. Atravessamos aquela sala e entramos em uma outra, a sala do chefe.

— Chefe nós conseguimos cerca de 40 milhões — Disse Josef.

James, que era o codinome dele do chefe, estava sentado em uma cadeira atrás de uma mesa, ele girou a cadeira e olhou para nós. Ele tinha os cabelos vermelhos como sangue e olhos pretos, estava vestindo um terno branco e um chapéu preto. Encarei ele nos olhos e ele deu um sorriso.

— Ora ora, pois não é que ela cumpriu o seu trato — Disse ele ficando de pé e abrindo uma das mala, vi as milhares de notas lá dentro.

— Agora cumpra a sua — Falei encarando ele. Ele pegou um bolo de dinheiro e começou a contar, quando terminou se aproximou e deu um sorriso.

— 5 mil S’s — Disse me entregando o bolo de dinheiro, peguei-o e o guardei no bolso.

— A minha divida? — Perguntei.

— Está paga — Disse James dando as costas para mim. — Você está livre agora.

— Certo — Concordei e sai da sala, caminhei rapidamente pelo corredor e depois pela sala enorme e sai do prédio. Aquele meu uniforme era muito chamativo, junto com as minhas tatuagens. Fiz o meu caminho de volta para o apartamento e vi que a cidade estava o maior movimento perto do Banco Leste. Não estava afim de subir as escadas e então escalei a parede do prédio até chegar a minha janela. Entrei no meu apartamento e respirei fundo. Tirei minhas roupas e guardei o dinheiro no cofre dentro do banheiro. Liguei a Tv e a principal noticia era sobre o blackout na cidade e o assalto do Banco. Vi que um detetive iria falar e aumentei o volume.

— Então Detetive Bornes quem você acha que cometeu o assalto, as pessoas que estavam no banco confirmam que quem assaltou foi um usuário de Eletricidade — Disse a Repórter.

— Sim, de acordo com os dados coletados e com os fatos que aconteceram, tudo aponta que foi obra de uma pessoa com poder de eletricidade e com tatuagens — Disse o detetive, ele tinha os cabelos brancos e olhos cerrados castanhos.

— Você acha que foi obra ...

— Não temos provas, mas não descartamos o fato de que pode ter sido obra da Lightning Hunter — Disse o detetive Bornes. Senti um sorriso surgir no meu rosto, eu gostava do nome que me deram.

— Lightning Hunter — Falei olhando para o meu braço cheio de tatuagens tribais.


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Notas finais do capítulo

Soooo, o que acharam? Se gostaram comente, afinal isso anima o coração do autor XD
Ps: A tatuagem só achei ela masculina, mas bem é desse jeitinho ai q é a tatuagem de Sora.
Vou colocar os links aki pq tentei varias vezes e saporra não saiu.
Braço, ombro e barriga
http://coxixo.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Desenho-de-Tatuagem-Masculina-1.jpg