Lies escrita por esa


Capítulo 7
The broom closet


Notas iniciais do capítulo

olhem só quem demorei mas cheguei JHFDSGJHGSDFJHFGSDDF
nao que voces mereçam, já que só recebi um misero review no ultimo capítulo (te amo, lissa ♡)
bem, esse capitulo nao acrescenta MUITA coisa não, mas mais pra frente vai ser importantinho, sim, então prestem bastante atenção
já aviso que tem uma pegação frenética mais pro fim JHFGSDHSGFSDJHGSDHJFSD
espero que gostem
E COMENTEM



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Por questão de segundos permaneci parada, estática e sem reação alguma, encarando a cena. A figura esguia se curvava sobre o corpo de Teddy, que caíra de joelhos segundos atrás. Seu focinho estava encostado na parte traseira do ombro dele, a boca perfurando seu pescoço. A realidade só me atingiu quando Teddy soltou um grito de dor, tão agonizante que despertei.

–- NÃO! – berrei, as lágrimas tomando conta de meus olhos, desesperadas. Me lancei para a frente, correndo desnorteada e cambaleante. A criatura largou Teddy, que caiu no chão, urrando de dor, e levantou os olhos para mim. Suas narinas se expandiram, sentindo o cheiro do sangue que escorria por minha coxa, os olhos brilhando.

Eu corria para a morte. Corria para a morte, e sabia disso. E mesmo assim não desviava, nem ao menos aceitava essa hipótese. Puxei a varinha, que minutos antes de deixar o dormitório arrumara na saia, e conjurei o primeiro feitiço que me veio a mente, a visão embaçada pelas lágrimas.

–- ESTUPORE! – gritei com tanta força que ao lançar o feitiço fui jogada para trás, e a criatura desapareceu, praticamente alçando voo. Corri e me joguei ao lado de Teddy, que estava praticamente desmaiado. – Teddy... Teddy, não feche os olhos.

–- Victoire... eu... – ele começou, piscando os olhos incessantemente. Seu pescoço estava com uma aparência horrível, e seu sangue escorria, quente e escuro.

–- Sh, cale a boca. Não fale nada, só... não feche os olhos, está bem? Fique comigo. – ele assentiu, e com cuidado deitei sua cabeça em meu colo. Havia um ou outro feitiço que eu me recordava e que poderiam ajudar no momento, então os conjurei, as mãos tremendo tanto que a varinha parecia um borrão.

Depois de conjurar os mesmos feitiços várias vezes, o sangramento parou. O machucado, no entanto, ainda estava aberto e bem feio. Mas não havia nada que eu pudesse fazer, para curá-lo. Não ali.

–- Tudo bem, Teddy, eu vou ter que tirá-lo daqui. – falei, me levantando.

–- Está bem. – com minha ajuda, ele ficou de pé. Passou o braço por meus ombros e caminhou com grande dificuldade. Quando saímos da Floresta ele pediu para se sentar, e como eu estava extremamente cansada não neguei o pedido.

Me joguei na grama, pouco ligando para as roupas. Meus ombros doíam tanto quanto a minha cabeça. Ficamos daquele jeito por um tempo, eu estirada no chão e ele sentado, ambos em absoluto silêncio. E então, Teddy começou a chorar.

Seu corpo tremia, e não apenas pelo frio. Me sentei e me arrastei até o seu lado, abraçando-o com cuidado para não tocar na região da mordida. Ele chorava tão alto que era quase impossível continuar tão perto de seu rosto. E então, depois de um bom tempo, ele parou.

–- Você sabe o que isso significa, não sabe, Vicky? – ele me perguntou, os olhos se enchendo de lágrimas novamente. Secou as lágrimas em um movimento rápido, me encarando. – Significa que eu falhei. Falhei com meu pai.

Aquilo me atingiu de forma tão brutal que fora impossível conter as lágrimas. Até o presente momento aquele pensamento não havia nem ao menos passado por minha cabeça. Remus, o pai de Teddy, era um lobisomem, e ele temia que o filho pudesse nascer com a licantropia.

–- Não, Teddy. Não fale isso. Não é verdade. – ele encostou a cabeça em meu ombro e desmanchou-se em lágrimas novamente. Nem ousei pedir para que parasse, pelo contrário, juntei-me a ele, chorando em seus cabelos agora cinzentos.

Não sei ao certo quanto tempo se passou, mas quando ergui a cabeça novamente o céu começava a mudar de cor. Me levantei, batendo em minha roupa, o corpo já enrijecido pelo frio gélido da noite. Teddy ergueu os olhos.

–- Temos que ir. Está começando a clarear, não podem nos encontrar aqui. Vem, eu vou dar um jeito de curar isso daí. – eu estendi a mão e ele a pegou, se levantando com mais facilidade que da última vez, conseguindo caminhar sozinho, lentamente, mas sozinho.

Chegamos ao Castelo aos tropeços. Teddy voltara a ficar fraco, e de seu pescoço começou a jorrar muito sangue de novo. Tentei fazê-lo andar mais rápido, mas mesmo comigo o puxando parecia difícil. Estávamos quase na Ala Hospitalar quando ele parou.

–- Não. Pare. Não podem descobrir que isso aconteceu, Victoire, eu seria expulso, e você sabe melhor que ninguém que eu não tenho para onde ir. – ele pediu, a voz embargada ressoando pelos corredores e pelas paredes.

–- Mas, Teddy, eu não tenho certeza se...

–- Eu confio em você. – ele falou, os olhos brilhando pelas lágrimas que escorreram segundos depois. Assenti, mesmo que ainda muito hesitante. A Sala Precisa não estava muito longe, portanto, com muito esforço, arrastei-o até lá.

Abri a porta com o ombro, caindo para dentro de uma sala branca, cheia de poções, antídotos e coisas que os médicos trouxas usam, como aparelhos para ouvir o coração e coisas do gênero. Como Teddy estava agarrado à mim acabou caindo também.

–- Oh, Merlin, me desculpe! – pedi, apressada, mas ele riu. Se levantou sozinho e se deitou na maca que estava bem centralizada no cômodo. Me levantei e corri para os antídotos. A maior parte deles eu conhecia, – obrigada céus por eu ser uma aluna dedicada – portanto sabia quais usar.

–- Bem, isso pode arder. – eu avisei, e ele se retraiu. Murmurei “Abaffiato” e esperei alguns segundos só para ter certeza de que o feitiço funcionara. Deixei a varinha de lado e caminhei até ele. Despejei, com muito cuidado, o líquido na região da mordida, e sua reação foi instantânea.

Seus gritos eram tão altos e tão cheios de dor que tive de virar o rosto para não encarar suas feições retorcidas em pânico. Agradeci mentalmente a minha subconsciência por ter lançado o feitiço. Ele parou de gritar, os olhos marejados e vermelhos.

–- Eu vou ter que aplicar novamente. – avisei, e ele assentiu algum tempo depois. O ferimento estava começando a se fechar e o sangramento havia parado, no entanto ainda não estava bom o suficiente, as pessoas notariam, com certeza. Deixei algumas gotas caírem e seus gritos retornaram, um pouco mais fracos que os anteriores.

Segurei sua mão com força, seus dedos se fechando sobre os meus com os nós brancos. Por um segundo achei que ele fosse quebrar a minha mão, mas poucos segundos se passaram até que o aperto diminuísse a intensidade. Seus ombros relaxaram, e ele parecia muito melhor. Em seu pescoço, as únicas marcas que restaram haviam sido as dos caninos da criatura.

–- Eu não sinto mais dor. – ele murmurou, enquanto eu me sentava no chão, extremamente cansada. Sua mão encontrou a minha, e ele entrelaçou nossos dedos. – Você é um anjo, Vicky. Nunca saberei como agradecê-la.

–- Teddy, eu só fechei o seu ferimento. Sinto muito, mas eu não curei a sua licantropia. Eu sinto muito, sinto tanto. Isso é tudo minha culpa, se você não tivesse brigado com a Foxters... Se eu não tivesse o irritado... Nada disso teria acontecido. – eu me levantei, chorando como um bebê. Era tudo minha culpa.

–- Ei, ei. Pare com isso. – ele me puxou, deitando-se mais para a ponta, me fazendo deitar ao seu lado e envolvendo-me com seus braços. Olhou fundo em meus olhos, um sorriso doce se formando nos lábios. – Nada disso é sua culpa, Victoire. É minha. Eu fui um idiota em tratá-la como tratei, e essa é a menor punição que eu poderia receber.

–- Mas, se não fosse por mim...

–- Eu nem estaria vivo agora. Sempre foi você, Vicky. Sempre era você que me ajudava com os deveres, que me ajudava com as garotas, que me apoiava. Eu só não havia notado até agora. E admito, levei muito tempo para notar. Mas está tudo bem agora. Vai ficar tudo bem. Eu prometo. – ele deu um beijo em minha testa.

Ficamos ali por algum tempo, em silêncio, só nos encarando. Seus olhos começaram a pesar, as pálpebras se fechando com frequência. Ele estava bem sonolento quando tentei me levantar, mas mesmo assim fechou os braços ao meu redor, apertando-me mais ainda contra seu corpo. Alguns minutos depois ele não era o único a dormir.

Abri os olhos com dificuldade, ainda cansada pela noite anterior. Havia uma única janela no cômodo, e ela deixava a luz do Sol passar e atingir somente à mim. Cocei os olhos e me levantei. Teddy ainda dormia, e parecia que não acordaria tão cedo.

Caminhei até uma das mesas que estavam abarrotadas de remédios e poções e encontrei um pedaço de papel e uma caneta. Pensei em escrever um bilhete à Teddy, avisando que eu havia deixado a Sala para tomar café da manhã, e que quando acordasse ele deveria fazer o mesmo. Me inclinei para escrever e senti suas mãos em minha cintura, me abraçando por trás.

–- Bom dia. – ele murmurou, a voz enfraquecida.

–- Bom dia. – eu me virei, ficando de frente para ele. Ele retirou a caneta de minhas mãos e a lançou longe. – O que está fazendo? – perguntei, confusa. Pensei que ele poderia estar agressivo devido à licantropia, mas ele me lançou um sorriso doce.

–- Eu pensei em como agradecê-la. Seu que fui um idiota, mas eu quero que as coisas mudem. Eu quero fazê-la feliz, Vikcy. Só estou fazendo algo que eu definitivamente já deveria ter feito. – empurrou todos os potes para o chão, com força. O barulho dos vidros se quebrando ecoou em um silêncio estranhamente constrangedor. Ele me ergueu e me sentou na mesa, arrancando minha camiseta e beijando o meu pescoço.

Desde a última vez que estivemos juntos eu nunca mais havia ficado com ninguém, então estava... bem enferrujada. Meu coração acelerou dramaticamente, e minha cabeça girou como nunca antes. Parte de mim pensava “Não faça isso, vai se arrepender mais tarde”, enquanto a outra parte berrava “Vamos lá, você esperou bastante por isso, não perca uma chance dessas”.

Eu sempre fora uma boa garota, nunca desrespeitara meus pais ou professores. Fazia todos os deveres, estudava para todas as provas, tirava as notas mais altas de toda a turma... Que mal faria sair um pouquinho dos trilhos?

Arranquei sua camiseta sem a menor piedade, ouvindo até mesmo o tecido rasgar em algum ponto. Voei para sua boca e grudei a minha na mesma com tanta força e desejo que mal pude respirar. Era incrível como Teddy conseguia me desencaminhar, e mesmo que tudo aquilo fosse errado, nada nunca parecera tão certo.

Suas mãos caminhavam por todo o meu corpo, e quando atingiram a barra de minha saia – melhor dizendo, a saia de Rose – a puxou com força, arrancando-a e jogando-a longe. Agradeci aos céus por ter escolhido roupas de baixo bonitinhas, e não aquelas calcinhas gigantescas que eu usava com frequência. Arranquei suas calças, e ele riu.

Eu mal podia respirar, e Teddy também. Mas estávamos tão envolvidos naquele beijo frenético que mal prestávamos atenção nisso. Ele me colou ao seu corpo, e eu agarrei sua cintura com minhas pernas, prendendo-me tão forte à ele que nem mesmo o ar se colocava entre nós. Soltei seus lábios, arfando alto, em busca de ar.

Voltei a beijá-lo enquanto ele me erguia da mesa, andando comigo grudada ao seu corpo, em direção à maca. Eu estava pouco ligando para a série de consequências que o que estava prestes à acontecer poderia gerar. Tudo que eu queria naquele momento, tudo o que eu mais quisera sempre, era Teddy.

Como estávamos ambos de olhos fechados, Teddy não sabia muito bem para onde estava indo. Percebi isso quando minhas costas atingiram uma parede. Começamos a gargalhar, nossas bocas ainda bem próximas, nossos lábios inferiores se tocando. Abri os olhos e encarei os seus, brilhantes e carregados de felicidade. Ele sorriu para mim segundos antes de beijar-me novamente.

Quando ele começou a caminhar comigo de novo, chegando bem perto da maca, ouvimos passos. Paramos em sincronia. Desci de seu colo, mesmo que ainda agarrada à ele. Só então percebera como aquele lugar era frio. Teddy me envolveu com seus braços, notando que meu corpo tremia.

–- TEDDY, VICTOIRE! – eram Alvo, Rose, Lily e Domi. Nos encaramos, estáticos. “O que faremos?” ele gesticulou com os lábios, e eu dei de ombros, não sabendo o que fazer.

–- Vou abrir a porta assim que eles passarem. – sussurrei. Teddy fechou os olhos, e rapidamente o cômodo oscilou de uma área médica para um armário de vassouras. Estava prestes à abrir a porta quando ele apontou para as minhas roupas, no chão.

–- Roupas, roupas! – ele falou, baixo. Tapei a boca com a mão. Havia me esquecido por completo. Corri até minhas roupas e as vesti apressada, verificando se não havia deixado nada do avesso. Olhei para trás e Teddy já estava completamente vestido, me sinalizando um positivo.

–- Aqui! – gritei, saindo do armário de vassouras, Teddy logo atrás de mim. Os quatro estavam no fim do corredor, e viraram-se rápido. Todos nos encarando com olhos arregalados. Alvo foi o primeiro a correr, me abraçando com tanta força que tirou meus pés do chão.

–- Merda, Toir! Vocês quase nos mataram de susto. Um professor jurou ter ouvido gritos na Floresta Negra ontem a noite, enquanto um lobisomem vagava por lá e...

–- Achamos que fossem vocês. Merda, seus filhos da puta, nunca mais nos assustem desse jeito! – Lily começou a nos chutar, desferindo tapas em mim e em Teddy. – Nunca mais façam isso.

–- Victoire, sua grande filha da mesma mãe que eu! – Dominique, que tinha o rosto marcado por lágrimas já escorridas, pulou no meu pescoço, seu corpo tremendo. – Você quer me matar, não é? Quer que sua irmãzinha tenha um infarto? Jamais faça isso novamente!

–- Vocês dois... eu nem tenho nada a dizer, só saibam que dá próxima vez vão preferir estar mortos. Aliás, o que vocês dois estavam fazendo em um armário de vassouras? Descabelados assim? – Rose nunca fora sutil.

Eu e Teddy nos encaramos, tentando inventar alguma desculpa que realmente servisse, algo que realmente fizesse sentido e prestasse. Qual motivo teríamos, ambos, para estarmos no armário de vassouras e ter passado a noite lá?

–- Victoire estava bêbada. – ele soltou. – Ela vomitou em, não a mate, sua saia, Rose, e pediu para que eu a ajudasse. Eu estava levando-a para seu dormitório quando ela vomitou novamente. Estávamos por aqui, e entramos no armário de vassouras para pegar alguma para limpar o chão, então ela caiu lá dentro e começou a rir. Acabamos ficando por lá mesmo, e ambos apagamos. – ele sorriu, satisfeito. Bem, era convincente.

–- Mas a minha saia está limpa, com exceção, é claro, de uns tufos de grama e... aquilo ali é sangue??? – Rose se abaixou, encarando a saia mais de perto.

–- Limpamos o vomito, mas temo que somente o vomito. Não se preocupe, Rose, eu vou limpá-la. – sorri, dando alguns passos para trás. Ela me encarou com uma sobrancelha erguida e uma expressão que significava “você pode ter enganado à eles, mas à mim não enganou”.

–- Bem, deixe isso de lado, Rose. O importante é que eles estão bem. E que o café está prestes à ser posto, portanto, vamos atacar, não? – Alvo sorriu, virando-se e seguindo para o Salão Principal, com todos nós em seus calcanhares. Nunca fora tão grata por Alvo sentir fome em toda a minha vida.


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Notas finais do capítulo

e entao? o que acharam? sei la, acho que mereço uns reviews e pá, quem sabe uma recomendação...
JDFHDJGFSJHFGSDHFGJFSDJHJGFSDGFHS
espero que tenham gostado, até o próximo ♡



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