I'm Not the Enemy escrita por Queen B


Capítulo 28
Capítulo 28- Tudo Me Leva a Ele


Notas iniciais do capítulo

FOFAAAAAS, a fanfic está com capa nova! e vou tentar cada vez melhorar. esse capítulo está um pouco maior, mas muita coisa acontece, novos personagens novamente e uma descoberta.
quero agradecer aos comentários e dar boas vindas á Ketly
fora isso, não mais... ai está:



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–E o diretor da SHIELD Nicholas Furry?

–Ele apareceu quando eu cheguei, disse que eu poderia trazer a paz ao mundo. –respondo fingindo deboche.

No fundo eu estava tensa. Furry, antes do meu retorno á Russia, me passou as coordenadas sobre como eu deveria agir. Estava tudo em um pacote pardo que eu internalizei. E diante dos questionamentos da própria diretora da ALRS, cujo nome eu nem sabia, qualquer erro poderia ser a morte.

–Você acha que eles sabiam sobre o seu poder de controlar a terra?

–Claro que não. Minhas mãos ficaram o tempo todo presas. No entanto, ficamos na Torre Stark por um tempo, pois eles acreditavam que os terremotos poderiam ser algum ataque alienígena comandado por vocês.

Aguardei por um tempo. Djok me observava sério assim como o meu treinador particular, Burlem. Ele era terrivelmente assustador. Há quarenta minutos, me deu de presente um tapa na cara com aquela sua mão grossa por eu não conseguir transformar uma semente em árvore. Se na SHIELD, mesmo treinando aos poucos, eu não conseguia fazer isso, imagine o que anteriormente eu era capaz.

–O que tínhamos a anunciar está tudo aqui. Burlem dará o resto das informações. Pode se retirar. –falou a diretora sem me olhar nos olhos.

Levantei da cadeira e sai, seguida por Burlem e Djok. Esse ultimo me puxou para um canto, segurou meu rosto com as duas mãos e beijou minha bochecha.

–Estão pegando pesado com você? –se preocupou ele.

–Está ok. Vou me acostumar. Eles também.

–Estou indo. Vim apenas para essa reunião.

–Gabrielle queria te ver. –lembro.

–Ela sabe que eu não posso... –Djok hesitou. –Adoraria falar com ela. Principalmente depois do quanto ela cresceu aqui dentro, mas...

–Eu sei. –interrompi sua fala.

Djok deu um sorriso sem mostrar os dentes e beijou minha testa novamente, em seguida ajeitou o terno e desceu as escadas. Senti uma mão no ombro, era Burlem. Ele não me deixaria em paz nunca!

O que eu tenho para hoje?

–Nós temos uma viagem.

–Para aonde? –estranhei franzindo a testa. O “nós” me assustou.

–Ilha Russky. –respondeu e foi andando na minha frente.

Odiava quando ele fazia isso. Bufei e o segui. Eu o odiava.

–Como assim e porque?

–Conversei com a diretora Yvana e ela concordou que você precisava de treino reforçado. Então iremos ao campo de treinamento por três dias. Você não precisa de mala, pegaremos o helicóptero depois do almoço e inclusive, já pode ir ao refeitório.

Burlem me encarou e eu devolvi o olhar sério. Então ele olhou para a entrada do banheiro.

–Você vai deixar eu ir ao banheiro ou quer ficar grudada em mim? –disse indiferente.

–Ah, sim. Claro. –fechei minha mão com força.

Coloquei meus óculos que ganhei dos Vingadores e sentei na mesa do refeitório. Eu sempre esperava uma coisa nova surgir nesse óculos, como uma mensagem secreta ou um disco de memória. Mas ele era normal.

Eu estava sentando sozinha. Acho que antes, a Flyer não devia ser muito sociável. Mas exatamente agora, uma garota sentou na minha frente. Ela sorria animada. Era a mesma que interrompeu meu treino com Burlem.

–Senti falta da gente comendo juntas.

–É, eu também. –digo sem animo. Essa ideia de viajar com Burlem estava me deixando estressada.

–Me conte sobre Nova York.

–Sabe como é... Me pediram para manter em zelo. –menti mexendo na minha comida.

–Claro. –ela continuava a sorrir tanto, que seus olhos quase se fechavam. –E como vai aquele Klaus?

Ela o conhecia? Meu olhar se despertou. Eu devia contar muita coisa? Bom, talvez fossemos bem próximas,já que ele era minha vida além da ALRS e ela sabia disso.

–Está bem. Saímos juntos domingo.

–Está idiota como sempre?

–Não, ele não é idiota e talvez a gente tenha voltado.

–Sério? Meu deus Flyer! Você gosta dele! –acusou e sussurrou baixo como se fosse algo errado.

–Talvez. Porque?

–Eu sabia que você não estava fingindo nada...

Franzi a testa. Ops! Eu disse algo errado? Provavelmente. Mas não há nada de errado em falar que talvez, talvez, talvez, eu esteja gostando do Klaus. Somos namorados há dois anos e ela esperava o que?

–Fingir? Porque? –estranhei.

–Você tem que terminar com ele logo! Você prometeu que nunca iria gostar dele e que arriscaria as consequências.

–Do o que está falando? –estressei. A cada palavra que ela soltava me deixava mais agoniada.

–Flyer, você sabe muito bem que manter relacionamentos com pessoas é extremamente arriscado e você jurou, ao seu pai e a diretora Yvana, que o seu caso com o Klaus não era paixão, mas sim um fingimento para que os inimigos da ALRS pensem que você tem uma vida comum e não de espiã.

–Eu lembro disso... –gaguejei um pouco e afundei na cadeira de braços cruzados.

–Eu sempre soube que você gostava dele! Porque nunca tinha me contado?

–Eu não gosto dele. Eu disse que talvez. E meu juramento ao meu pai e a diretora Yvana ainda está firme.

A garota abriu aquele seu sorriso. O que me deixou mais agoniada. Para ela parecia um caso super divertido, mas era horrível pensar que a antiga eu estava usando o Klaus para se camuflar diante dos inimigos. Na verdade, eu não acredito que isso seja verdade. Foram dois anos que eu namorei com o Klaus, não era possível que eu não sentisse nada por ele.

–Eu tenho que ir. Vou viajar com o Burlem. –levantei da cadeira.

–Está bem. Você volta quando? Podemos conversar depois.

–Claro. Daqui a três dias.

Eu sai rápido do refeitório e andei lentamente pelos corredores, até achar uma poltrona na sala de espera para visitas de negócios. Apoiei meus cotovelos no joelho e escondi meu rosto. Eu andava muito estressada desde que cheguei. Precisava aliviar um pouco.

–Flyer. –uma voz masculina sentou ao meu lado impaciente.

Levantei o rosto e dei de cara com o Ty, atual namorado da minha irmã, olhando em volta da sala fugindo de algo.

–O que foi? –digo indiferente. Mais um para encher meu saco?

–Precisamos conversar. Você nem olha na minha cara direito.

–Eu estou olhando agora. –o olho com desprezo. –Você veio falar sobre Klaus?

–Também.

–Olha, eu não gosto dele. Eu não sei de onde aquela garota tirou que eu gostava dele e nós voltamos para aumentar minha camuflagem. Quero que tudo seja como antes, estou fazendo os mesmos passos. Era tudo maravilhoso antes da minha a Nova York, não era? –despejo irritado.

–Não era e agora também não está.

–Porque todo mundo quer que eu termine com o Klaus?

Uma figura alta para ao meu lado. Era Burlem novamente. Pronto. Ele me xingaria e anunciaria que já devíamos estar no avião. E o Ty, o Ty, com aquela cara de babaca ficaria para trás e pararia de encher o meu saco sobre algo que não tem a ver com ele.

–Já olhou as horas Flyer? Estamos indo em dois minutos.

–Conversamos depois Flyer. –Ty despediu meio decepcionado e eu não entendi.

–Adeus Sr. Ziugánov. -despediu Burlem.

–É, tchau! –acenei me afastando e segui Burlem.

Mais um estranho que veio falar sobre o Klaus.

(...)

Eu cheguei em casa e desabei. Definitivamente. Não sei quantas horas dormir, mas foram os piores três dias de viagem. Se passar algumas horas com Burlem era ruim, imagine conviver? Pelo menos não era apenas nós dois, havia outras pessoas treinando.

–Querida, quer café? -minha mãe perguntou gentilmente sentando na beirada da minha cama.

–Obrigada mãe. -agradeci sorrindo sonolenta.

–Como foi a viagem?

–Muito cansativo.

Fiquei satisfeita com a minha mãe, porque eu não estava acostumada a ter uma. Ela era tão gentil e ainda por cima estava acariciando minhas costas e meu cabelo e como eu amo que façam isso!

–Mas tiramos lindas fotos. Mostro para você depois.

–Fantástico.

Por um lado ruim, ela acreditava que eu cursava fotografia na faculdade e que esses três dias que estive fora foi devido a uma experiência fotográfica.

–Não demore muito para descer, a comida está pronta e está ficando tarde. -relembrou mamãe e beijou minha testa.

Quando esperei que ela se afastasse, verifiquei se Gabrielle tinha voltado, tranquei a porta do meu quarto e liguei meu computador. Coloquei a senha que Klaus tinha me passado. Ainda bem que continuava a mesma. O computador foi rápido para carregar, abri as pastas e... Nada. Não havia nada. Nenhum arquivo. Fiquei agoniada todos esses dias e correndo atrás por nada.

–Droga. -afundei meu rosto das mãos.

Não era possível. Eu precisava achar alguma informação minha, do meu pai ou qualquer outra coisa. Olhei todas aquelas câmeras na minha estante, elas tinham cartão de memória! Quem sabe alguma coisa estava ali?

–Flyer! Esta pronto! Desça logo.

–Estou indo. Vou tomar banho. -menti e liguei o chuveiro para disfarçar o som.

Joguei todas as câmeras na cama e inseri cartão por cartão na entrada lateral do computador. Estavam todos vazios. Peguei a Polaroid e tirei uma foto minha. Meu rosto cansado e pálido era assustador. Eu desisto. Vou jantar

–Hoje seremos apenas eu e você. -informou mamãe. -Não fiz muita coisa, apenas uma sopa.

–Esta ótimo.

Sentamos na mesa e contei algumas coisas sobre Nova York. A maioria delas eram inventadas. Mas disse sobre um amigo meu nerd e brulhante chamado Brucen Danner, que odiava a cor verde e também de um garoto que conheci, Stevan Royer, que parecia vir de uma antiga época.

–Vou subir. Acho que hoje vai cair uma chuva... -avisou ela. -Não vá se deitar muito tarde.

–Claro mãe. -sorrio e coloco os pratos na pia.

Olho pela janela uma cabeleira ruiva, dentro do carro digitando no celular. A garota parecia concentrada. Eu reconheci facilmente. Em uma semana eu não a tinha visto. Era Irina, minha antiga melhor amiga e que agora estava ruiva, mas antes tinha cabelo loiro. Ela nem parecia ligar em ficar uns 10 minutos digitando no celular trancada no carro. Sai de casa e bati na janela do seu carro. Ela se assustou.

–Flyer! –olhou com desprezo e continuou a digitar no celular.

–Podemos conversar?

Eu sabia que ela estava com raiva de mim, mas Klaus disse também que ela ficou preocupada quando soube dos terremotos em Nova York.

–Sobre...?

–Queria saber porque está tão irritada comigo e te pedir desculpas.

Abro a porta do passageiro e sento ao seu lado.

–Ah, mas você irá lembrar. Você achou que terminando com Klaus e fugindo para Nova York tudo iria mudar, mas não. Eu ainda lembro o tempo todo e sinto ódio. Agora por favor, -ela deu partida no carro. –Saia. Eu já estava de saída.

–Irina, por favor. Preciso da minha melhor amiga.

–Você não precisou dela por muito tempo.

Abro a porta e faço o que ela pede. Comecei a ficar preocupada com o que eu tinha feito. Tinha haver com o Klaus? Porque tudo, ultimamente, está tendo a ver com ele. Irina não conhecia a ALRS, nem que eu controlava a terra, então ela não poderia saber que eu o namorava com outros objetivos.


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Notas finais do capítulo

TCHRAM! a Flyer não era tão boazinha assim... pobre Klaus. o que Irina descobriu sobre ela para ficar tão nervosa assim? E o Ty se intrometendo no meio? Aliás, que diabos é o Ty? haha.
vejo vocês nos comentários e logo, logo...