Deep Souls - História interativa. escrita por Guilherme Lopes


Capítulo 3
Cap 02- Sangue no gelo.


Notas iniciais do capítulo

Este capítulo é sobe os caçadores de recompensa. Eu tinha postado ontem pelo menos eu achei que tinha, só que na hora esqueci de confirmar e desliguei o pc '-' Foi mal, ai está. Era para ser o capítulo da tormenta mas ficou em casa, então vai esse ae. Espero que gostem.



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Dia 20 do quarto mês.

Em uma cama feita com pele de animais e um longo cobertor de penas encontra-se o Dylan. Um homem grande, musculoso, careca, olhos castanhos em um tom forte, sua barba negra já cresceu e estampa o rosto de queixo a queixo, porém é bem aparada. O frio bate pela janela semi-aberta e se adentra àquele quarto em uma pacata fazenda rodeada de neve e montanhas.

–Acorde Lisa, papai pode vir aqui a qualquer momento! – diz uma das três belas e jovens camponesas nuas agarradas ao corpo forte de Dylan. Três louras com belos corpos e rostos levantam-se rapidamente com os seios expostos e começam a vestir seus trajes.

–Adorei a noite com você Dylan, você tem disposição. – elogia uma das garotas. Mesmo tendo metade da idade dele, elas mostram-se bem maliciosas com os visitantes.

–Forte como um touro! Espero que venha mais vezes aqui. – diz a terceira deixando o quarto rapidamente. Dylan sorri também nu e apóia as mãos sobe sua nuca deitado olhando para o teto.

Ele e o resto de um grupo de aventureiros se instalaram nesta fazenda pertencente ao senhor Vain. A nevasca tomou posse de todas as estradas.

O aventureiro levanta-se após alguns minutos e veste uma camisa solta e por cima um colete de couro de touro. Depois veste uma calça de lã, botas especiais para caminhar sobe a neve, luvas também de lã e na cintura uma faca pequena e deixa a cabana próxima ao casarão de Vain. Ele vê Helena sentada em uma cadeira de balanço observando os campos de neve e enormes montanhas de gelo.

A bela moça possui cabelos castanhos escuros, olhos azuis, alta com seios médios, quadris avantajados e vestes bem aconchegantes, porém vulgares. Uma saia curta, meias longas de lã, botas de couro, uma jaqueta bem confortável e justa das terras do norte e por baixo uma camisa decotada estampando os seios. Ela come pão quente com geléia de morango.

–Bom dia Helena. – diz Dylan ao aproximar-se.

–Fodendo as filhas do fazendeiro? – ele muda sua expressão para espanto e após abre um sorriso.

–Como sabe?

–Sinto o cheiro de vaginas daqui. – ele ri apoiando-se nas vigas de madeira.

–Você é boa mesmo. – Helena assente com um abaixar de cabeça e termina de comer aquela fatia de pão. Então pega outra em uma bacia com comida a sua frente.

–Nunca passei tanto frio em minha vida. – e ela estava certa. O frio por estas terras já matou milhares de viajantes. São poucos os animais que conseguem viver por ali, Dylan coçava sua careca e esquecia que não possuía cabelos.

–Mal vejo a hora de encontrarmos essa espada e voltar para casa. Quero dormir em minha cama e comer minha comida.

–Só quero ler meus livros e festejar bebendo rum com Tess. – Tess é uma grande amiga de Helena na cidade onde vivem atualmente. O grupo a comprou com o dinheiro das caçadas e missões.

–Cadê Rigardo? – indaga Dylan.

–Foi ajudar senhor Vain a cortar lenha para hoje à noite.

–Não iríamos partir agora de manhã?

–Freyr disse que a nevasca continua forte e que é melhor ficarmos mais um dia aqui.

–Aquele merda não sabe o que fala. Vou ficar mais um dia, mas é porque gostei daqui e vou sentir falta. – Freyr e Dylan não gostam um do outro. Vivem em constantes discussões e brigas por diferenças de personalidade e conflitos internos.

Enquanto isso Freyr desperta entre montes de feno no celeiro ali próximo de Dylan e Helena. Nu e coberto por um enorme trapo de lã o galanteador de olhos castanhos claros, cabelos louros escuros encaracolados e volumosos. Barba da cor do cabelo rasa e bem feita, lábios finos e com o corpo definido exibindo seu abdômen invejável. A seu lado dorme o filho do fazendeiro, um homem de vinte anos, cabelos curtos e negros, olhos azuis, forte e belo. Freyr levanta-se já vestindo suas roupas ao perceber que é manhã.

–Mas já? Vamos fazer de novo. – diz o filho do fazendeiro agarrando Freyr pelo abdômen.

–Não, é tarde, já não foram boas o suficiente aquelas cinco vezes? Limpe-se e finja que nada aconteceu ou seu pai irá deserdá-lo

–Acho que estou apaixonado... – Freyr torce sua boca e agora vestido com uma jaqueta de lã, calças, botas e luvas ele levanta-se.

–Pare de dizer asneiras. Foi só uma noite de sexo dispensável, por favor, não tente insistir em um possível romance.

–Mas...

–Saia pelos fundos e faça suas tarefas diárias ou irão desconfiar. – Freyr deixou o celeiro ajeitando suas calças e deparou-se com Helena e Dylan conversando em frente à casa do fazendeiro.

–Ali está. – comentou Helena interrompendo a conversa com Dylan. Freyr aproximou-se sentindo seu corpo congelar com o terrível frio. O homem careca fechou o rosto ao vê-lo.

–Bom dia minha cara amiga Helena. – ele ajoelhou-se em uma referencia e beijou a mão da jovem. – e bom dia homem que caminha conosco. – referiu-se a Dylan que mostrou os dentes raivoso como um cão. Ele odeia as brincadeiras e gozações de Freyr Zusak, odeia até o nome do mesmo.

–Vou procurar por Rigardo. – disse rude o homem careca retirando-se e partindo a passos rumo à floresta de gelo.

–Dormiu com o filho do fazendeiro? Vocês homens são obsessivos por sexo mesmo.

–Mas como sabe? É incrível este dom seu!

–Sinto o cheiro de vaginas e paus a quilômetros de distância. – Freyr riu do comentário da bela e apoiou a mão em seu ombro a massageando.

–Isso deve fazer parte de seu repertorio de magias.

Há algumas semanas o quarteto recebeu uma tarefa de Lorde Gatros dono da cidade de Getric onde vivem. Deveriam partir em viagem e recuperar um artefato perdido para devolvê-lo ao lorde. Em troca receberiam muito ouro e creditariam mais ainda a imagem em todo o reino de Snowfield.

–Se tivéssemos um dragão não precisaria caminhar tanto assim. – disse Helena comendo agora somente a geléia de morango.

–Ou um cavalo para cada e um lindo pônei para Dylan.

–Vocês são tão estúpidos.

Mais tarde naquele dia Rigardo retornou com senhor Vain e Dylan carregando muita lenha e alguns animais que caçaram na floresta.

Rigardo é grande, dois metros de altura. Seu rosto possui leves cicatrizes que dão a sensação de que fora desfigurado por várias laminas. Os olhos são negros e não tem brilho algum, parece ser cego. A barba é longa e negra amarrada na ponta fazendo-a cair sobe o peito. Cabelos longos com cores confusas, às vezes é claro, outras escuro e misto. Estas feições são difíceis de ver, pois utiliza quase sempre um capuz azulado. Usa sempre a mesma roupa, uma armadura feita de aço tão velha quanto ele, um manto negro com diversos furos, botas de couro, luvas grossas feitas com pele de urso e seu machado enorme de dois gumes.

–Vamos acender a fogueira. – disse Vain, um senhor de quase sessenta anos que tem muita disposição. Todos entraram na casinha de madeira e sentaram-se em bancos enquanto Dylan ajudava o velinho a acendê-la.

A noite caiu. Todos se reuniram ao redor da chaminé. O fogo ardia e Vain o atiçava lançando mais e mais tocos de madeira. Helena vestia um manto de pele de lebre que ganhou do senhor dono da fazenda. As filhas riam baixo encarando Freyr enquanto o mesmo comia carne de porco acebolada e bebia cerveja, mal sabem elas que ele não sente atração alguma por mulheres. Já o filho do fazendeiro não parava de encará-lo enquanto bebia um copo de vinho atrás de outro.

Rigardo está isolado em seu canto como de costume, é um homem de poucas palavras, sente-se envergonhado diante tantas mulheres lindas e pessoas. Virou seu copo de cerveja e enfiou os dentes naquela deliciosa carne de porco acebolada. Dylan amolava uma de suas três espadas próximo a chaminé.

–Ansioso para amanhã? – Freyr indagou Helena que se pegava distraída devorando fatias de uma deliciosa e quente torta de morango caseira.

–Só quero ir para casa, não me importo com o cansaço.

–Queria um queijo, aqueles queijos fedidos e deliciosos. – comentou Dylan conversando com senhor Vain.

–Volte na primavera e comera o melhor queijo do mundo! – vangloriou-se o senhor.

Aquele momento passou e todos foram para seus cantos dormirem, Helena descansou só em um quarto coberta por um manto de urso e um de tigre dentes-de-sabre. Rigardo ficou na sala de estar mesmo ao lado do fogo. Dylan aproveitou a ultima noite e dormiu com as garotas novamente em uma noite de sexo longa e quente. Freyr dispensou o filho do fazendeiro e dormiu só em um quarto. As montanhas de gelo estavam mais longas do que nunca, o frio congelava folhas de árvores e criaturas perambulavam a procura de presas.

Dia 21 do quarto mês.

O sol nasceu mais forte que nunca. O grupo já se encontrava em frente ao portão da fazenda se despedindo de Vain e sua família. O senhor lhes deu um estoque de comida para a viagem e assim foi, partiram pela estrada cheia de neve rumo às ruínas de gelo.

Foram horas de caminhada e o frio só aumentava a cada metro que os campos de neve os elevavam. Cercados por gelo, rochas, montes e pinheiros estavam os aventureiros. Dylan não parava de bocejar de tão mal que dormirá, Helena estava bem indo a frente de todos como de costume e carregando seu grimório em mãos. Rigardo era o ultimo e andava de cabeça baixa fitando seus pés e o caminho que trilha.

–Lago congelado. – comentou Freyr observando logo a frente um enorme lago coberto de gelo.

–O que há de ruim nisso? – questionou Dylan indo à frente. Este carregava em suas costas duas espadas, uma longa com o cabo negro, a outro mais curta com o cabo azul e uma muito curta semelhante a uma adaga na cintura.

–Vamos atravessá-lo? – Helena indagou e fitou Freyr esperando por resposta. Ele assentiu com a cabeça.

O lago é longo e uma névoa cerca os aventureiros. Eles caminharam até metade do lago quando Freyr pressentiu algo suspeito.

–Algo está errado. – um braço atravessou a cama de gelo abaixo dos pés de Helena e agarrou uma de suas pernas com muita força abrindo quatro buracos onde os dedos encaixaram. Ela gemeu de dor e então mortos-vivos começaram a destruir o gelo e mostrar suas faces na superfície.

Freyr estendeu seu braço esquerdo e um jato de fogo atingiu o braço que segurava a perna de Helena o incendiando. A jovem soltou-se e rapidamente abriu seu grimório conjurando um feitiço. Muitos mortos saiam do gelo ao redor do grupo, Dylan retirou a sua maior espada e começou a atacá-los com força. Rigardo cravou seu machado no crânio de um o estourando.

–Muitos! – gritou Freyr passando a lâmina de sua espada encantada com uma magia de fogo que ele mesmo conjurou no peito de um morto.

Dylan girou sua espada partindo quatro mortos ao meio. Depois atravessou o peito de outro e bloqueou um golpe de machado. Helena estendeu uma mão aos céus e três raios caíram em um monte de sete mortos que se aproximavam de Rigardo, eles foram arremessados com queimaduras fortes. O gigante do machado era mais violento, ele partiu um ao meio, arrancou as pernas de mais outro e com um poderoso golpe arremessou um aos céus.

–Eles não param de surgir! – gritava Helena arremessando raios escuros em mortos arrebentando as partes do corpo que atingia.

Freyr sentiu algo penetrando seu braço. Olhou de relance e viu uma foice cravada em sua carne derramando seu sangue. O guerreiro apontou a espada no morto que a lançou e um raio de fogo o atingiu em cheio fazendo membros e sangue voarem pelos ares. Rigardo girou seu machado e o desceu com uma tremenda força colidindo um dos gumes ao gelo a sua frente. A pancada no chão foi tão forte que abriu uma fenda fazendo alguns mortos voltarem para dentro do lago.

Dylan desviou de um golpe de espada e lançou seu corpo por cima do morto, cortou a cabeça da criatura, virou uma pirueta decepou o braço de um outro, logo após fincou a lâmina entre os olhos do morto que tentava pega-lo de surpresa.

–Mar de fogo! – conjurou Helena e então uma onda de fogo fora lançada a sua frente dizimando quase quinze criaturas. Todos entravam em chamas e ardiam cruelmente. O lago sofria com isso e aquele gelo derretia a cada instante.

Freyr girou sua espada e saltou criando uma espécie de saia de raios aos arredores queimando as pernas dos monstros. Rigardo segurou um pelo pescoço e esmagou seus ossos podres e pútridos. O gigante lançou o corpo da criatura em outro e matou mais sete em seqüência. Quando deu conta todos os mortos-vivos foram derrotados, eram quase cinqüenta.

–Acho que pisamos no cemitério deles. – sugeriu Freyr. Helena ofegava e o ferimento em sua perna ardia assim como o dele.

Eles estavam na metade do caminho.


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Notas finais do capítulo

Agora vão as decisões de relacionamento, funciona assim, vocês escolhem um personagem que querem que o personagem interaja no próximo cap:

Helena.

Rigardo.

Freyr.

Dylan.

Dependendo do nível de afinidade e personalidade pode ter um romance, amizade ou descoberta de segredos intimos. Isso depende da escolha de vocês. Nesse cap não tem escolha de rumos ou caminhos a serem tomados.

Comentem e respondo vocês ainda hoje ou amanhã. Qualquer dúvida é só mandar mp, responderei todos de boa, obrigado e até mais.