Just another trouble escrita por misstsuki


Capítulo 3
Cap 3: Demissão


Notas iniciais do capítulo

Yo minna-san!!!^^
Eu sei que eu demorei para postar esse capitulo!>.
Espero que gostem.^^



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–Às vezes acho que o Ryu-sensei pega pesado demais com as aulas de educação física! Você não acha Natsume?! Que professor de educação física manda seus alunos correrem 20 voltas em torno daquele circuito de corrida depois do almoço???

A voz da garota demostrava o quanto ela estava inconformada.

–Eu ainda tenho a teoria de que Ryu é um sadista e gosta de nos ver sofrer enquanto ele está bebendo debaixo da sombra da arvore de sakuras, Mai.

Aquela segunda voz o irritou profundamente, quem aquele tal de Natsume era para chamar Mai pelo nome?!

Já se faziam mais de 15 minutos que Naru estava sentado na sua cadeira de escritório fitando o lado de fora do prédio em que a SPR japonesa se encontrava, ou melhor, Naru estava observando sua secretária conversando com um homem que ele não conhecia.

A princípio Oliver havia aberto sua janela apenas para arejar sua sala, uma vez que pelo fato deles estarem na época mais quente do ano, sua sala parecia um forno e o ar condicionado de sua sala havia escolhido o pior momento para quebrar, mas no instante em que ele abriu sua janela ele teve uma surpresa.

Mai estava se aproximando do prédio da SPR, mas acompanhada de um rapaz alto e de cabelos castanhos, e pelo uniforme que vestia, o adolescente devia frequentar a mesma escola que a garota.

Ela estava rindo de algo que o garoto ao seu lado dissera e aquilo definitivamente irritou o inglês. Quando finalmente os dois estudantes chegarem em frente ao local de trabalho da Taniyama, Noll achou que sua secretária finalmente se despediria do garoto que a acompanhava, entretanto, os dois continuaram conversando.

Desde então 15 minutos haviam se passado, e Naru podia perceber que Mai não dava sinais de que se despediria do rapaz tão cedo.

Ele olhou para o relógio digital de seu notebook preto, somando o tempo que a garota estava fora conversando, com o atraso de sempre graças a caminhada que a morena devia fazer da escola ao escritório, Mai já estava mais de 30 minutos atrasada para o trabalho, e o atraso já estava o irritando.

–O atraso ou o fato da Mai estar conversando com outro homem?

Naru franziu sua testa irritado pelo comentário de Gene, por que seu irmão insistia em invadir sua mente?

–Definitivamente o atraso!-confirmou Noll batucando seu dedo na mesa-Não achei que Mai mataria o trabalho para ficar jogando conversa fora.

–Ainda mentido para si mesmo, Noll?!–exclamou Eugene inconformado, quantas vezes ele teria que alertar o irmão sobre perder Mai?

–Não estou mentido.–disse o gêmeo mais novo em seus pensamentos, mas seu tom monótono permaneceu.

Gene soltou um longo suspiro, se ele ainda possuísse um corpo físico ele definitivamente socaria seu irmão no rosto do qual ele tanto se orgulhava.

–Eu tenho pena da Mai por gostar de alguém tão denso como você...-suspirou Eugene antes de desfazer a conexão.

O gêmeo mais novo apenas ignorou o último comentário do irmão mais velho, voltando sua atenção para o lado exterior do prédio, onde Mai ainda conversava com Natsume.

–Quanto tempo ela pretende ficar lá fora?-indagou Naru irritado.

...

10 minutos depois, o jovem inglês percebeu uma mudança na expressão de Mai assim que o adolescente que a acompanhava a mostrou a tela de seu celular.

–O que?!-Mai exclamou apavorada-Já é essa hora??? Ah...Naru vai me matar...

–Seu chefe não deve ser tão ruim a ponto de querer te matar.–disse Natsume tentando animar a garota a sua frente.

–Você não conhece o Naru...–retrucou a morena dando um longo suspiro antes de esboçar um sorriso-Bem, é melhor eu ir indo.

–Ok!–respondeu o rapaz sorrindo-Até amanhã, a não ser que você tenha certeza que seu chefe irá matá-la. Quer que eu faça sua certidão de óbito por via das dúvidas?

Noll pode ver Mai parar nas escadas um tanto pensativa, antes de virar-se para Natsume tentando segurar o riso.

–Se eu não aparecer amanhã, sinta-se livre para escrever alguma coisa na minha lápide também.–riu a Taniyama antes de sumir do final do lance de escadas.

O colega de classe de Mai gargalhou com o comentário da amiga para depois começar a andar na direção contrária do prédio em que a garota trabalhava.

Depois de ver o rapaz de distanciar da SPR, Oliver levantou-se de sua cadeira e rumou a porta de seu escritório, ele podia escutar os irregulares da SPR conversando com a recém chegada.

Estava na hora de recepcionar sua secretária.

...

A porta da frente da SPR abriu-se lentamente, pela fresta aberta Mai observou a sala em que ela, Naru e Lin recebiam seus clientes. O cômodo estava sendo ocupado por John, Ayako e Bou-san, o que a fez suspirar aliviada, pelo menos ela não daria de cara com Naru assim que entrasse na SPR.

A Taniyama terminou de abrir a porta, chamando a atenção das pessoas que estavam na sala, que por sua vez sorriram gentilmente a garota que acabará de chegar ao local.

–Você estava tentando quebrar algum recorde?-perguntou Ayako ironicamente.

Mai arqueou sua sobrancelha esquerda em sinal de confusão.

–O que?-indagou.

–Se ela estava, bem...ela conseguiu.-riu Houshou olhando para o relógio pendurado na parede oposta ao sofá em que estava sentado-Está quase uma hora atrasada Mai.

Um longo suspiro escapou pelos lábios da adolescente, ela já devia imaginar que seus amigos fariam algum tipo de piada com relação ao seu atraso.

–Quem sabe Shibuya-san ainda não tenha notado sua ausência nesse tempo Mai-san.-disse John sorrindo gentilmente para a garota-Afinal, ele ainda não pediu chá.

–E desde quando isso é um bom sinal?-perguntou o monge budista desencostando-se do sofá com um olhar apavorado-Sem chá, Naru-bou fica mais mal-humorado que o normal.

–E se ele não pediu chá até agora é porque ele sabe que a Mai não estava aqui ainda.-complementou a Matsuzaki tomando um gole do chá que ela mesma havia feito.

–É muito bom saber que vocês estão bem otimistas em relação ao meu atraso.-falou Mai ironicamente, mas de certa forma, ambos, Ayako e Bou-san tinham um ponto.

–Eles estão apenas deduzindo o obvio.

Ao ouvir aquela voz, a garota imediatamente baixou seu olhar para encarar o chão, ela não precisava encarar o dono da voz para saber que ele já sabia de seu grande atraso e que ele estava irritado.

Extremamente irritado...

Mai engoliu seco antes de começar a elevar seu olhar para fitar Naru, que por sua vez estava parado na porta do próprio escritório fitando intensamente a recém chegada. Conforme a imagem de seu chefe começava a se focalizar, cada célula do corpo de Mai parecia começar a gritar como se tentassem avisá-la sobre um perigo se aproximando, não que ela não soubesse que o rapaz inglês talvez a punisse pelo atraso dando mais trabalho a ela que o normal.

–Ah...Naru...-a Taniyama disse vacilante-...desculpe pelo atraso...?

O rosto de Oliver não demostrou nenhuma emoção, como sempre, mas Mai havia aprendido muito bem a ler os olhos do chefe, e pelo o que ela podia ver...apenas desculpas não seriam o suficiente.

–Posso saber o motivo do atraso?-indagou Naru com seu tom de voz estoico.

A atmosfera da sala pareceu ficar mais pesada ainda com a pergunta do proprietário da SPR, John sorriu nervosamente, Takigawa fitou o teto enquanto coçava sua nuca em sinal de nervosismo e Ayako desviou seu olhar para o chá, nenhum dos três parecia em condições para ajudar Mai a sair daquela enrascada.

–Bem...-iniciou a adolescente encarando suas mãos que estavam inquietas, um sinal de nervosismo-...eu tinha chegado na hora para ser sincera, mas...como eu vim acompanhada eu acabei ficando conversando e não vi o tempo passar...

Antes que Oliver pudesse dizer qualquer coisa, ele foi interrompido por Bou-san que lançou um olhar desconfiado para cima da garota que ele via como sua própria filha.

–Acompanhada?!-exclamou o monge segurando Mai pelos ombros-Você veio acompanhada de um garoto ou de uma garota?! Não minta para mim jou-chan!!!

–De um...garoto...?-respondeu a Taniyama incerta sobre a reação que Houshou teria diante a sua resposta.

–Um garoto?!!!-gritou Takigawa ajoelhando-se no chão-Jou-chan...quando foi que você cresceu tanto....

Uma veia saltou da testa de Ayako que por sua vez colocou-se de pé e andou na direção do monge que continuava a dizer coisas sobre Mai não ser mais uma criança, quando chegou perto o bastante do homem, a miko usou sua bolsa para acertar um golpe na cabeça de Houshou que imediatamente colocou suas mãos sobre a cabeça em uma tentativa inútil de suprimir a dor.

–O que está fazendo sua velha maluca?!-exclamou o loiro.

–Eu não sou velha seu monge idiota!-exclamou a ruiva em protesto.

–Matsuzaki-san...Bou-san...-disse John tentando fazê-los parar de brigar.

–E além do mais, Mai já tem idade o suficiente para sair com quem ela quiser!-falou Ayako colocando suas mãos na cintura.

O rosto de Mai ficou corado, de onde aqueles dois adultos estavam tirando aquelas ideias???

–Eu e o Natsume somos apenas amigos!!!-gritou a morena tentando se defender, o que na verdade apenas piorou sua situação.

–Hum...-disse a Matsuzaki lançando um olhar malicioso para a garota que ela considerava praticamente uma filha.

Mai deu um passo para trás, ela não estava gostando nenhum pouco do olhar que Ayako estava lhe lançando.

–Quer dizer que o nome desse garoto é Natsume...-falou a sacerdotisa maliciosamente-Até onde vocês já foram?

Houve um silêncio assombroso no cômodo por alguns segundos, antes do grito da adolescente ecoar pela sala.

–A...Ayako!!!-gritou a Taniyama com o rosto totalmente corado.

–Ma...Matsuzaki-san...-gaguejou o padre com rosto vermelho-...Nós...nós não devemos nos intrometer na vida amorosa da Mai-san...

–John!!!-gritou a garota. Ela estava inconformada que até mesmo o doce padre achava que ela estava em algum tipo de relação amorosa.

–Jou-chan!-chamou Houshou.

A morena se virou para o monge budista que tinha lágrimas nos olhos.

–Netos só depois do casamento...

O rosto de Mai tornou-se mais vermelho, se é que isso era humanamente possível.

–Bou-san! O que...

Entretanto antes que ela pudesse terminar sua frase, um alto som interrompeu-a, fazendo com que ela olhasse para o rapaz que vestia roupas pretas. No meio daquela confusão, a Taniyama já havia se esquecido totalmente sobre seu atraso e sobre Naru também estar naquela sala.

Oliver não podia estar mais irritado, ouvir toda aquela conversa sobre Mai estar saindo com o tal de Natsume, o garoto com que ele virá Mai chegar, estava lhe dando nos nervos, e ouvir Bou-san inferir que Mai já poderia estar levando o relacionamento dela com o suposto “namorado” a outro patamar só estava piorando as coisas.

Com o canto dos olhos ele viu um livro de capa magenta sobre a mesa que Mai usava, e sem ao menos pensar, Naru o agarrou para em seguida bater sua capa contra a mesa, causando um som tão alto que fez todos da sala o encararem. Até mesmo Lin resolverá sair de sua sala para verificar o que estava acontecendo.

–Se o motivo do seu atraso for realmente por causa de um envolvimento amoro, devo dizer que isso é muita falta de profissionalismo.-falou Oliver tentando manter sua face neutra, mas seus olhos azuis demostravam sua irritação e o tom de voz havia soado tão frio que todos os presentes puderam sentir suas almas se apavorarem.

–Eu...eu não me atrasei por causa disso...-tentou defender-se Mai.

–Então qual foi o motivo?-perguntou Naru encarando os orbes castanhos da secretária, que sentiu-se intimidada.

–Eu acabei...conversando demais com Natsume...e perdi a hora...-respondeu a garota sem conseguir desviar o olhar de seu chefe.

–Continua sendo falta de profissionalismo.-disse o inglês friamente.

Mai nem sequer pode discutir com aquilo, afinal o que Naru dissera era verdade.

–Da mesma maneira que você se dedica para ficar com seu namorado, você devia se dedicar ao trabalho.-comentou Noll, praticamente cuspindo a palavra “namorado”.

O comentário de seu chefe fez com que a morena parasse de fita-lo com culpa por causa do atraso, para passar a fita-lo com raiva por ele realmente achar que Natsume era algo a mais do que um amigo e de certa forma triste. No final das contas, Naru não se importava se ela realmente estivesse namorando.

–Eu já disse que ele é apenas um amigo!-exclamou a Taniyama exaltada-E além do mais, eu estou dando meu melhor no trabalho, seu narcisista!!!

–Dormindo enquanto está arrumando a papelada, conversando com qualquer um que chegue, e se atrasar para o trabalho por causas amorosas não é a melhor maneira de mostrar esforço.-falou o Davis controlando sua voz.

–Noll...

Oliver pode ouvir seu irmão gêmeo tentando repreende-lo, não que ele fosse ouvi-lo.

Mai trincou os dentes, as respostas que Shibuya Kazuya estava lhe dando estavam mais difíceis de se contornar do que nunca. E por qual razão ele estava insistindo tanto que ela estava em algum tipo de relação? Tudo aquilo era irritação por causa de seu atraso?

–Eu já disse que Natsume é apenas meu amigo, mas já que vocês insistem tanto, quem sabe amanhã eu não o peça em namoro?-suspirou Mai tentando disfarçar uma risada, assim como o monge, a miko e o padre-E outra! Se o jeito que eu trabalho te incomoda tanto então porque me contratou?-indagou a garota ironicamente. Talvez depois dessa pergunta, Naru a respondesse no mesmo tom e tudo se resolveria, como sempre.

Os orbes azuis de Noll se estreitaram perigosamente, ele sabia que Mai estava brincando, mas “toda brincadeira tem um fundo de verdade”, pensou.

Poderia sua secretária ter algum tipo de sentimento pelo garoto que ele viu pela sua janela?

–Cientista idiota...–murmurou Gene mais uma vez nos pensamentos do irmão.

O Davis fechou seus olhos, e por fim respondeu:

–Eu apenas contratei você Mai, por falta de assistentes na época, mas visto que agora Yasuhara-san está trabalhando aqui durante meio período e é mais prestativo, a partir de amanhã você está livre do trabalho. E então poderá passar o tempo que quiser com seu namorado.

–Noll!!!-gritou Gene, mas Naru bloqueou imediatamente Eugene antes que ele dissesse mais alguma coisa.

–O que...?-murmurou Mai com os olhos repletos de surpresa.

A atmosfera da sala não poderia estar mais pesada depois de tais palavras proferidas pelo adolescente inglês.

–Shibuya-san!-exclamou John, o primeiro a se recuperar do choque-Você não pode estar falando sério!

–Estou mais do que sério Brown-san.-respondeu o moreno cruzando seus braços

–Ei! Naru!-exclamou Takigawa ainda não acreditando no que ouvirá-Não precisa levar as coisas tão a sério!

–Eu apenas estou sendo profissional Takigawa-san.-disse o adolescente fitando o monge-Ao contrário de algumas pessoas eu levo meu trabalho a sério.

Lin que até o momento estava quieto, apenas observando as atitudes do filho dos Davis, precisou intervir.

–Noll, já chega! Taniyama-san está arrependida pelo atraso, isso já basta.

–Isso mesmo Naru!-apoiou Ayako-A Mai não se atrasou por querer, não precisa...

–Ayako!

Todos da sala, incluindo Oliver voltaram seus olhares para Mai que estava cabisbaixa.

–Tá tudo bem.-Mai disse levantando a cabeça para fitar as pessoas daquela sala, que ficaram surpresas ao ver um sorriso no rosto da garota-Eu também não quero ficar em um lugar onde meu trabalho não é valorizado.

As palavras da adolescente fizeram com que o coração de Noll falhasse por um instante.

–Taniyama-san...

–Eu juro que está tudo bem Lin-san.-disse a morena antes de se direcionar a porta e abri-la.

–Mai.-chamou Naru com seu modo estoico de sempre. Um fio de esperança se formou no coração dos outros que viram a discussão do inglês com sua assistente, talvez Naru dissesse para ela ficar, talvez ele se desculpasse com a garota e pedisse para que ela permanecesse.

–Sim?-ela perguntou sem se virar para o rapaz.

–Venha aqui amanhã e farei seu pagamento de acordo com os dias que você trabalhou esse mês.-disse o Davis, decepcionando os “telespectadores”.

A Taniyama apertou a maçaneta da porta antes de deixar seu braço pender ao lado de seu corpo. E então ela virou-se para encarar Naru com um sorriso triste.

–Obrigada Shibuya-san...-a garota disse, o que mais uma vez fez com que o coração de Oliver se apertasse. Mai só o havia chamado de “Shibuya-san” no dia em que se conheceram, pois logo em seguida ela havia o apelidado de Naru, o narcisista-...mas eu não quero mais nada vindo de você.

E assim ela atravessou a porta da SPR, fechando-a atrás de suas costas.

As pessoas que estavam naquela sala, todas, sem nenhuma exceção estavam chocadas com o desfecho daquela discussão.

Entretanto, de todos, Naru era o que havia sido mais afetado.

O “click” que a porta fez ao ser fechada, aos ouvidos do jovem proprietário da SPR haviam soado muito mais alto do que nunca.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então???
O que acharam desse capitulo???
Fala sério...o Naru tá morrendo de ciume e não admite...e por culpa disso ele fez uma besteira e tanto!!!!>.
Mereço comentários???

Obs: Eu ainda não revisei a fic, então devem haver muitos erros.^^''

Kissus



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