Era uma vez... de novo. escrita por Black Cat, Skuld


Capítulo 13
Lar doce lar... Pra mim.


Notas iniciais do capítulo

Oioioi!
Não tivemos muitos comentários, não passou nem perto do satisfatório. Mas como sou diva e a Cheshire demorou quase um mês pra postar, aqui está para vocês.
Aproveitem!:3



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(Ok, Dorotéia. Admito só pra você calar a boca: obrigada, você nos salvou. Mas ainda acho que o seu tombo não foi nada heroico.)

Em minha defesa: achei a música bonitinha e coloquei como toque. A culpa não é minha se o pessoal liga na hora errada.

Bom, voltando um pouquinho no tempo pra contar o que aconteceu comigo (se alguém está ouvindo isso é porque se importa, Dodô. Agora, quietinha pra Tia Rachel contar a história.).

Me desculpem por isso. Juro que tentamos não brigar com o microfone ligado, mas não dá. Ela é irritante demais, e provavelmente pensa o mesmo de mim. Essa é ela ao fundo, confirmando.

Calada, Dorothy.

Enfim, depois que aquela coisa me usou como o coelho da Mônica, só que com os cabelos (parem de rir vocês dois!), eu voei. Só que assim como Dorotéia, não consegui planejar a queda. Fui com a cabeça numa pedra. Minha visão escureceu, e eu vi estrelas. Felizmente ou infelizmente, não sei, não desmaiei. Alguns segundos ou minutos depois, ouvi passos. Não me mexi, eram leves demais para pertencer ao ogro ou qualquer outra coisa que não fosse humana.

–Rachel...? - Ouvi uma voz murmurar, baixinho. Henry.

Não me mexi, mas um som entre um suspiro e um gemido saiu dos meus lábios.

– Ufa, está viva.

Me sentei devagar, a cabeça girando. Fiquei em silêncio por algum tempo, e ele também.

– Onde está Dorotéia?

– Ela... Hm...

– Ela está com o ogro? Meu deus, ela vai se matar!

No segundo seguinte, um vulto ensanguentado surgiu. Dorotéia tinha os joelhos e cotovelos ralados, cabelos e roupas imundas e meu celular na mão, também ralada. Deus, ela estava destruída. Bom, pelo menos estava viva.

Não sei se meu último comentário foi positivo. Se você acha que não, ignore. Eu mesma estou em dúvida (Ai! Quê? Você me chamou de formiga doceira! É, eu não esqueci).

Ela jogou o celular pra mim, enquanto Henry me ajudava a levantar.

– Você... VAI MUDAR A PORCARIA DESSE TOQUE DE CELULAR!- Ela gritou, e com isso gastando uma boa energia. Acho que tentou me socar, mas não deu certo. Ela caiu em cima de Henry, que lutou para segura-la.

Ele a sentou no chão, e descobri que não havia desmaiado como pensei, apenas caído por fraqueza. Atendi o celular enquanto ela "redespertava".

– Alô?

A voz de meia Storybrooke saiu pelo aparelho:

– O quê está acontecendo aí?- perguntou Regina.

– Estão todos bem?- perguntou Emma.

– No olho, Dorothy!- gritava Mary Margaret.

– Dorothy!- gritava Hook, com a preocupação de um pai na voz.

– Emma, cadê o controle?- perguntou Neal, alheio a tudo.

E tudo isso ao mesmo tempo. É, quase surtei.

– Ah...- tentei começar, mas novos gritos me interromperam- Pessoal!- eles se calaram.- Estamos todos vivos. Eu e Dorothy estamos um pouco machucadas, ela bem mais que eu, mas não é nada letal. Estou com alguns arranhões e cabeça doendo, ela com o corpo meio esfolado, mas tudo bem. Ela conseguiu dar um jeito no ogro. Pode respirar aliviado, Papai Pirata, sua tripulante vai sobreviver.

Ouvi uma risada de alívio ao fundo: Hook.

– E meu filho?- perguntaram juntas Emma e Regina.

– Ele está bem, a única coisa que fez foi me procurar. Não que eu esteja reclamando, claro.

Mais suspiros aliviados.

–Estamos nos virando bem, tem bastante frutas aqui, e sempre achamos um riacho.

– Bom. Já estão perto do acampamento?

– Acho que sim, já vi algumas árvores lenhadas, pegadas, coisas assim.

– Bom- repetiu Emma.- Acho melhor não ficarem parados. Sigam em frente.

– Tudo bem. Quando pararmos para dormir ligamos.

– Tudo bem. Se cuidem.

Desliguei o telefone e olhei para Dorotéia. Parecia melhor, e me encarava fixamente. Coloquei o celular no silencioso e ela pareceu relaxar.

– Papai Pirata?

– Você não ouviu a preocupação dele. Por um segundo, achei que fosse seu pai.

Ela deu um sorriso, e se levantou.

– Vamos?

– Sim. Temos que pegar mais frutas no caminho, aquelas ficaram no chão da clareira.

Fomos caminhando e comendo durante algumas horas, aproveitando o primeiro riacho para nos lavar e beber água. Foi quando de repente, Henry foi erguido no ar. Depois que o susto passou, percebemos que estava pendurado por uma aramadilha. Estávamos rindo quando ouvimos alguém se aproximando.

O que aconteceu a seguir pareceu combinado.

Meus cabelos chicotearam o ar, produzindo um estalo, enquanto os sapatos de Dorothy brilhavam e ela assumia posição de defesa. Quer dizer, depois do que aconteceu com o Ogro, ninguém poderia nos culpar. Henry... Bem, ele girava no ar, pendurado por uma perna.

O que saiu da mata, afinal, foi um grupo de homens conversando. Consegui captar algo como uma aposta sobre o que estava na armadilha. Com certeza, essa ninguém ganharia.

O homem que vinha à frente do grupo era alto e musculoso, com cabelos escuros e olhos verdes. Portava um arco e flecha como se fosse um brinquedo. Era claramente o líder do grupo. O reconheci imediatamente, e Henry também o faria se não estivesse pendurado de costas, como uma batata inútil (como se ateve a me bater, pirralho? Sabe que é verdade!): Robin Hood e seus homens alegres.

Relaxei, mas o mesmo não aconteceu com Dorotéia.

– Quem. São. Vocês?- ela perguntou pausadamente, os sapatos brilhando intensamente.

Robin parecia no mínimo confuso. Não o culpo. A floresta era um lugar perigoso, não era feita para crianças. Além disso, os portais eram raros, e depois da maldição não tinham nos visto lá. E Henry nem sequer fazia parte dos Contos de Fadas.

– Tudo bem, Dorothy.- disse sem tirar os olhos do grupo.- Esses são os homens que Emma nos mandou procurar.

– Emma? Emma Swan?- Ouvi uma voz de mulher, e uma guerreira saiu do meio do grupo. Mulan, presumi.- Eu a conheço, já a ajudei a voltar para casa. Vocês são amigos dela?

– Sim. Sou Rachel. Ou Rapunzel, como devem se lembrar de mim. Essa é Dorothy.

– E ele é...? - perguntou Robin, indicando Henry.

– Ele é Henry, o filho da Emma.

Mulan abriu um sorriso:

– Ouvi falar muito dele. Foi uma grande motivação pra sua mãe.

Passamos em silêncio tempo suficiente para Henry dar uma volta completa no ar, e só então ele falou:

– Agora que somos todos amigos, podem me tirar daqui?

Robin deu um sorriso e gesticulou para um de seus homens. Ele cortou a corda, e Henry caiu com tudo.

–Ai...- Murmurou ele esfregando a cabeça.

– Bem-vindo ao meu clube.- respondi no mesmo tom.

Ele me olhou confuso.

– É que minha cabeça também... Ah, esquece!

– Acho que vocês gostariam de uma boa noite de sono antes de começar a buscar um jeito de voltar para casa.

–Sim!- respondemos juntos.

–Vamos para o acampamento?-perguntei.

–Ah, não. Descobrimos um lugar só pra nós há uns dois dias.

Seguimos o grupo por algum tempo, e percebi que aquela parte da floresta me era familiar. Foi então que saímos em uma clareira e entendi porque. Lá estava a minha torre. Os homens subiram uma escada de corda, presa na janela. Não sabia como eles a haviam colocado lá, mas não perguntei. Percebi que Dorothy e Henry me encaravam, mas fingi não perceber.

Subi um pouco nervosa, mas ao chegar lá em cima, relaxei. Era tão familiar.

Uma garota de cabelos castanhos e olhos azuis chegou para nos receber. Aurora. Depois das apresentações, ela percebeu nosso estado:

– Ah! Sinto muito, realmente queria ter curativos para ajudar, mas estamos aqui a pouco tempo...

Uma lembrança me veio à mente, segui para a penteadeira. Tirei de lá um pequeno kit de pequenos socorros. Todos me observavam.

– Sirvam-se...- murmurei, sem graça.

Depois de devidamente enfaixadas, Aurora serviu uma deliciosa carne, caça da manhã de acordo com Robin. Na hora de dormir, segui meio automaticamente para a cama, mas me desviei a tempo. Ninguém dormia nela pelo que percebi, e então ofereci-a a Dorotéia, a mais machucada de nós. Ela, obviamente, não fez cerimônia.

– Ah, ok. Boa noite.

Me enrosquei no chão com Henry, e recebemos alguns cobertores.

Dormi feito uma pedra, apesar de todo o barulho em volta.


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Notas finais do capítulo

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