Era uma vez... de novo. escrita por Black Cat, Skuld


Capítulo 12
Cadê minha roupa de super-heroína?


Notas iniciais do capítulo

Notas finais. c:



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( Me dá essa porcaria de microfone antes que queira receber um cookie na cara.

Obrigado. )

Enfim, a loira parou no ogro né?

Ela ama fazer suspense, eu amo fazer suspense, fazer o quê, né?

Quando encontramos o ogro – ou ele nos encontrou – ele estava numa clareira rodeada por árvores. Eu e o casalzinho feliz estávamos escondidos atrás de uma árvore que dava para a clareira: cada um usava uma árvore de esconderijo, e eu tive a sorte de pegar justo a do meio. Resumindo, se nós nos mexêssemos, estava tudo ferrado. Olhei para Rachel, de olhos arregalados. Ela estava bem pior, podia ver um filete de suor escorrendo por sua testa.Ou podia ser o cabelo, também, cabelo demais dá calor.

– O que vamos fazer?- Ela disse, apenas com um movimento da boca bastante claro para que eu entendesse. Balancei a cabeça em negação, como se estivesse dizendo “ não faço a mínima ideia”. Olhei para Henry, que estava com uma expressão pensativa, misturada com uma expressão assustada.

– Henry? Alguma sugestão? – Sussurrei, nervosa. Ele balançou a cabeça em negação, então apenas voltei minha cabeça para a posição normal e fechei os olhos, tentando bolar qualquer estratégia que nos tirasse daquela situação. Olhei para os meus pés. Estava assustada demais para reparar em meus sapatos que estavam à minha disposição para que eu os usasse. Avistei algumas pedrinhas encostadas nas raízes da minha árvore. O plano, após isso, fluiu como água: eu jogaria uma dessas pedrinhas do outro lado da clareira. Isso iria atrair a atenção do ogro, que se viraria para a direção da pedrinha, dando assim tempo para que fugíssemos. Sorri em triunfo e abaixei meu tronco devagarzinho, esticando um de meus braços em direção à pedrinha. Quando meus dedos estavam prestes à encostar no objeto, eu ouvi algo:

Fuzzy, fuzzy, cute, cute
Fuzzy, fuzzy, cute, cute
Fuzzy, fuzzy, cute, cute
Fuzzy, fuzzy, cute and fuzzy

Arregalei meus olhos quando imediatamente reconheci o toque de celular de Rachel. Esquecendo a maldita pedra, olhei, assustada, para a loira, que desajeitadamente tentava recusar a chamada. Tudo o que aconteceu a seguir foi muito rápido. Vinda do inferno, uma grande mão cinzenta apareceu entre a minha árvore e a de Rachel, e agarrou o cabelo da loira. Me lembro de que vi Rachel arregalar os olhos antes do ogro puxar seu cabelo e ela desaparecer com um grito. Na verdade, nem sei se ela gritou, o meu foi mais alto. Henry saiu detrás de sua árvore e veio correndo até mim.

O que vamos fazer?! – Ele gritou, assustado. Pensei rápido e dei um pequeno empurrãozinho nele.

Procura a Rachel, não tem como ela estar morta! – Gritei, rezando para que a atenção do ogro ainda não estivesse em nós. Se tentássemos fugir, o ogro – do tamanho que ele é – nos alcançaria rapidamente. Suspirei, nervosa, e completei:

Eu cuido dele, vai, vai! – Dei mais dois empurrõezinhos no garoto que saiu correndo, antes de por fim, se virar e suspirar:

Boa sorte!

Agora era Eu VS Ogro.

Avistei um pequeno pontinho brilhante no meio da clareira perto do pé do ogro. Reconheci imediatamente o celular de Rachel, e ela não havia recusado a chamada. Agora, quem quer que seja a pessoa do outro lado da linha, estava ouvindo tudo. Corri até ele, agarrando-o. Na hora, chamei a atenção do ogro, que se virou para mim e rugiu.Um vento tão forte e tão malcheiroso me atingiu, e eu caí de bunda no chão. Ouvi vozes no telefone.

Rachel? Está tudo bem aí? RACHEL! – Emma disse. Sorri, aliviada por não ter comprometido a sanidade mental de alguém e gritei:

– EMMA, COMO VAI?! – Me levantei e saí correndo com o celular no ouvido.

Merda, aquele ogro era rápido.

Doroteia? O que está acontecendo?! – Ouvi Emma novamente.

Então, é uma longa história. – Eu disse, enquanto me desviava de ser agarrada pelo ogro. – Mas eu acho que o que importa É QUE EU ESTOU SENDO PERSEGUIDA POR UM OGRO!

Ouvi nada mais do que silêncio do outro lado da linha e quase joguei o telefone longe, achando que a ligação havia caído. Porém, para meu alívio, ouvi novamente uma voz.

Não era de Emma, porém.

– Dorothy! Está me ouvindo? – A voz de Mary Margaret apareceu.

Assenti. Na verdade, foi um grito misturado com um “sim”, por que o bicho estava querendo me esmagar com a mão, que nem uma formiga.

Você tem que acertá-lo no olho! É assim que se mata um ogro!- Ela gritou, na mesma hora que o ogro partia para o outro lado da clareira. A princípio, achei que ele havia desistido de me matar, mas ele só estava arrancando uma árvore.

Acho que queria fazer espetinho de Dorothy.

No olho?! – Gritei. – Acertá-lo no olho com o quê?!

Qualquer coisa pontuda! – Dessa vez havia sido Emma. Deduzi que ela havia colocado o telefone no viva-voz, e que haviam muitas pessoas naquela sala.

Guardei o telefone no bolso da minha blusa e voltei para o centro da clareira,olhando ao redor a procura de qualquer coisa pontuda.

Não tive muito tempo para prestar atenção, pois foi muita sorte o fato deeu ter visto que o ogro estendia a árvore, pronto para me esmagar com ela. Bati meus sapatos uns nos outros, e, como uma dessas cadeiras que se ejetam de aviões de caça, saí voando para fora do alcance do tronco.

Não saiu do jeito que eu esperava.

Acredite, quando você voa, tem que arranjar um jeito de pousar. Eu não pensei nisso.

Ao cair no chão de terra, ainda fui arrastada o bastante para que ralasse meus joelhos e cotovelos a ponto de ficar em carne viva.

É, doeu.

Acho que Regina, a nova convidada a falar no telefone, percebeu que doeu. Ela ouviu meu grito de dor.

Dorothy! Você está bem?! – A rainha disse, assustada.

Eu pareço bem? – Gritei, com voz de choro. Me levantei e saí correndo com dificuldade pela clareira, até encontrar um graveto que havia caído no chão com o tamanho perfeito para que eu acertasse o ogro bem no olho. Corri novamente para o meio da clareira até ficar de frente para as costas do bicho. Cutuquei a batata da perna dele com o graveto e gritei:

Ei, tomou suco de baba de bode vesgo no almoço?!

Acho que eu exagerei um pouco, por que ele ficou bem bravo. Se virou para mim e rugiu mais uma vez, me jogando sentada no chão e comprovando minha teoria de que ogros tomam baba de bode vesgo no almoço. Ele já havia soltado a árvore e estava pronto para me dar um soco.

Ah, obrigada, mente, por me fazer pensar rápido.

No momento em que o ogro se agachou, apoiando-se em uma das pernas, eu bati meus sapatos, formando um tipo de “prisão” vermelha nos pés dele, que não o deixaria se mexer. Estendi o graveto, e no momento que ele caiu desajeitadamente para frente por causa dos pés presos, criei um escudo ao meu redor e cravei com força o graveto no olho esquerdo do ogro. Pude ver gotinhas melequentas de sangue atingirem o escudo, me fazendo expressar uma careta. O ogro caiu para o lado, e eu desfiz o escudo. Arfando por causa do cansaço, peguei meu celular no bolso.

–......Dorothy? – Ouvi a voz de Killian sair do telefone.

Após ouvir a voz preocupada do pirata, fiz algo inesperado.

Comecei a rir.

Depois de gargalhar por no mínimo 15 segundos, coloquei o telefone no ouvido.

Acho que o ogro não será um problema. – Disse, sorrindo em triunfo e desligando o celular.

Tive que andar um pouco até encontrar Henry e Rachel. Os dois estavam sentados no chão, apoiados em uma árvore. Rachel estava toda suja e com alguns arranhões, e Henry, bom, intacto.

Apontei para a loira e andei até ela, que ao me ver, arregalou os olhos.

Céus,eu estava tão mal assim?

Você... – Antes que eu pudesse falar, o celular tocou novamente com o mesmo toque. Peguei-o em meu bolso e o joguei em seu colo. Ela se levantou, atendendo a chamada sem tirar os olhos assustados de mim. Me aproximei dela ameaçando lhe dar um soco. – VAI MUDAR A PORCARIA DESSE TOQUE DE CELULAR! – No momento em que eu levava minha mão fechada para o rosto da garota, minha visão ficou turva e eu caí, quase inconsciente, em cima de Rachel.

É, cadê minha roupa de super-heroína?


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Notas finais do capítulo

Olá.
Me desculpem pela demora do capítulo.
Tentei postar ele um tanto de vezes, já.
Ele não ficou do jeito que eu esperava, mas eu já tava enrolando demais para postar, então, me perdoem dessa vez.
Não vou escrever muito por que estou passando mal.
Kisses
—Cheshire.



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