Era uma vez... de novo. escrita por Black Cat, Skuld


Capítulo 1
Mais um dia normal... Ou não.


Notas iniciais do capítulo

Oi! Primeiro capítulo, esperamos que tenham a paciência de ler até o final, e se tiverem, esperamos que gostem da história! E se gostarem... Não custa deixar um comentário, né?



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Olá. Sou Rachel R. Lima, tenho 13 anos e estudo em uma escola patética. A única coisa que me salva de morrer de tédio é a minha melhor amiga, Dorotéia. É, eu sei que ela tem um nome de velha, fazer o que? (Ai Dorotéia! Não me bate! Ta bom, vou falar de mim!)

Fisicamente, sou loira, cabelos enormes, MUITO pálida, olhos verde folha, boca pequena e sou baixinha (já te falei pra NÃO me chamar de mesinha de miojo, Dorotéia! Ah, você me ama...). Posso ser considerada meio nerd, pois gosto de algumas matérias. Mas algumas outras são um absoluto tédio (tipo história, espanhol, e PRINCIPALMENTE geografia). Quero dizer, qual é?! Quando vamos precisar saber, fora da escola, o que é linha do equador, ou que Henrique seilaqualnumero teve seilaquantas mulheres?

Enfim, meus pais se separaram quando eu tinha um ano. Quando eu tinha quatro anos, minha mãe morreu num incêndio no restaurante dela, e fui morar com meu pai e minha madrasta, na cobertura de um prédio de 26 andares. Dois anos depoi, meu pai foi viajar a negócios e o avião caiu, ou seja, só me restou minha madrasta. E temos um relacionamento... Hum... Complicado. Não vou ficar falando daquela vaca.(Dorotéia já falei pra não mexer no meu cabelo! Quer saber? Vou te descrever!).

Bom, a Dorotéia é meio que o meu oposto. Tem cabelos castanhos e curtos, olhos escuros, pálida (a única coisa que temos em comum), alta e boca média. É, ela é bem bonita... Só que não! (Não, não retiro o que disse! Minha pequena vingança por "mesinha de miojo"!). Ela também tem um par de tênis vans vermelhos que são a paixão da vida dela. Ela mora em uma casa bem grande com uma tia dela que tem uns 60 anos e já está meio caduca. Os pais da Dorotéia morreram em um furacão quando ela tinha cinco anos. Eles ficaram presos na parte de cima da casa. Dorotéia estava brincando com as suas pelúcia no porão, e os pais não conseguiram descer. Quando ela ia voltar para a parte de cima, não encontrou nada além de escombros. Nem sinal dos pais. Ficou lá, no porão, por algumas horas, até que a tia dela a encontrou e a levou para casa, em outra cidade, minha cidade. Moramos na mesma rua. Enfim, ela está aqui do lado, me mandando contar logo a história, então aqui vai ela.

Era um dia normal na escola, aula tediosa de espanhol, quando a secretaria da diretora disse que tínhamos que ir até a sala dela, da diretora. A sala caiu naquele silêncio, que pode ser traduzido pra "foi bom conhecer vocês". Como não tínhamos escolha, a seguimos. Quando chegamos lá, vimos sentado com a diretora um homem alto, loiro e de olhos claros. Ele tinha um porte sério, e por um momento pensei que ele se parecia com alguém da realeza, como um príncipe ou um rei. Sacudi a cabeça, afastando a ideia. Realeza, hoje em dia, quase só nos contos de fadas. A diretora começou a falar que aquele homem tinha aparecido pra nos pegar para nossas madrastas e tias, respectivamente, e que era uma emergência.

–- Peguem suas coisas e vão pra secretaria.

Pode parecer estranho,mas nós obedecemos. Elas já tinham mandado estranhos nos buscarem, mesmo... Quando chegamos na rua, ele fez a gentileza de pegar nossas mochilas e começamos a andar. Então ele falou:

–- Olá, meninas. Sou David, David Nollan. Não estou aqui sob comando das pessoas que cuidam de vocês, mas elas sabem que estou aqui. Vocês vão entender tudo quando chegarmos lá.

–- Lá aonde? - perguntei.

–- É claro que ele não vai contar, Rachel, sua anta!- Dorotéia, sempre delicada.

Passamos o resto do caminho em silêncio, até que chegamos ao porto e ele disse:

–- A partir de agora, a vida de vocês vai mudar completamente Agora tudo que era impossível pode e vai ser real.

E em seguida jogou um pouco de areia pra cima. Eu quase enfartei quando ela parou no ar, formando uma...escada? David se afastou para que subíssemos. Fui com Dorotéia, e qual não foi minha surpresa quando me vi dentro de um navio pirata, com uma das velas feitas de penas. É, isso mesmo, penas. Devíamos estar com uma cara muito confusa, porque uma das 6 pessoas que estavam no convés, uma mulher pálida, de cabelos escuros e curtos, chegou perto de nós e disse:

–- Vamos explicar tudo depois, mas temos que ir agora.

Enquanto ela falava, Dorotéia começou a xingar a todos, mas quando se virou para ir embora, ficou paralisada no lugar.

–- Eles sempre resistem... -disse uma mulher de cabelos e olhos escuros e uma boca perfeita. Ela tinha a mão no ar, como se segurasse algo. Só então entendi que ela segurava minha amiga no lugar.

–- Mas... Isso é impossível. Como...?

A pergunta morreu no ar, pois olhei para Dorotéia no momento em que ela olhou pra mim. ******************************************************************* FLASH BACK ON

Eu estava em uma torre, com apenas uma janela. Me aproximei dela e quase caí. Era uma queda de uns 60 metros, sem interrupção. Em um lado da torre, havia uma cama e uma penteadeira. Meio que automaticamente me sentei em frente ao espelho, e percebi que minhas roupas estavam diferentes. Não erradas. Diferentes. Eu usava um vestido longo, verde. Como o de uma princesa. Mas o que mais chamava a atenção era o meu cabelo.

Ainda era loiro, mas era MUITO grande. Eu usava uma trança enfeitada com algumas linhas da cor do vestido, mas a trança ia além dos meus pés. Bem além. Foi então que escutei algum gritando: "jogue sua trança!". Só podia ser comigo. Ainda automaticamente joguei a trança, e quem surgiu dela foi minha madrasta. Ela trazia comida, que me entregou. Eu me sentei na cama, e enquanto comia, perguntei:

–- Como vim parar aqui?- Ela sorriu e disse:

–- Você nunca se cansa de ouvir essa história não é? Te achei ainda bebe na floresta, talvez abandonada. Passei a te criar, mas um dia fomos atacadas pela rainha, e eu quase perdi você. Depois disso, construí essa torre para te proteger, e enquanto você estiver aqui, estará segura. Que bom que você acabou de comer! Dê-me o prato. Agora tenho que ir, voltarei amanhã. Até mais, meu bem!

Assim que ela sumiu no bosque, fiz algo conscientemente. Amarrei meus cabelos numa alça da janela e pulei. Foi o tamanho exato, pois meus pés tocaram o chão em segurança. Levei alguns minutos para soltar meus cabelos lá de cima, mas consegui. Depois disso, rasguei minha saia um pouco para conseguir correr, joguei os cabelos nos ombros como um cachecol e fui pelo lado oposto ao que a velha havia sumido.

Tudo escureceu, mas logo entrou em foco de novo.

Entendi que algum tempo havia se passado, pois meu vestido estava em farrapos, e minha trança estava sem as belas fitas, bastante sujas. Eu estava abaixada, pois escutava alguém vindo. Qual não foi o meu alívio ao ver um rosto conhecido. As palavras saíram da minha boca:

–- Oh! É você, Branca. Olá, de novo.

O mais estranho era que essa Branca tinha o mesmo rosto da mulher que falou primeiro no barco.

–- Olá, Rapunzel. Tem passado por maus bocados, não?- e me deu um pedaço de carne.

Nós sentamos e comemos, até que ela me avisou que havia um riacho a poucos metros dali. Eu agradeci e me despedi.

FLASH BACK OFF ****************************************************************** Acordei em um quarto que eu não conhecia, em uma cama baixa. Olhei para o lado e vi Dorotéia na outra cama, ainda desmaiada. Minha cabeça girava com tudo o que eu tinha visto, eu não me esqueci de nenhum detalhe. Estranho foi que tudo aquilo me pareceu familiar. E o rosto daquela mulher, Branca... Me levantei, ainda tonta, e acordei Dorotéia. Ela olhou pra mim e disse:

–- Você também viu?

Contei meu... Hum... Sonho, e ela contou o dela. Ele envolvia um cachorro, espantalhos, leões e sapatinhos de rubi. Resolvemos seguir pela escada no teto, que deveria nos levar ao convés. Assim que subimos, vimos alguém novo no controle do barco. O pirata mais perfeito de todos os tempos. Usava um sobretudo preto, tinha olhos azuis elétricos e no lugar da mão esquerda tinha um gancho. Acho que ele viu que estávamos meio que babando, pois riu e disse:

–- Bem-vindas à bordo do Jolly Roager, senhoritas!

–- Quem... É você?- perguntei.

–- Meu nome é Killian. Killian Jones. Mas meus amigos me chamam por um apelido super fofinho: Hook.

–- Gancho- traduzimos juntas.

–-Sim. Sintam- se à vontade para bisbilhotar o navio e conhecer os outros. Depois dessa frase, nós olhamos e saímos rodando o navio, que era bem grande. Encontramos os outros, que se apresentaram: a que apareceu no meu sonho se chamava Mary Margaret. A que tinha paralisado Dorotéia se chamava Regina. Uma loira forte que eu ainda não tinha visto se chamava Emma. Um homem de cabelos arrepiados que se chamava Neal. Um homem de cabelos castanhos e compridos se chamava Gold. Um garoto de 12 anos se chamava Henry. E, claro, David. Conversamos um pouco e contamos nossos sonhos. Quando acabamos, caiu um silêncio mortal, e Mary Margaret disse:

–- Bem... Isso é verdade.


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Notas finais do capítulo

Gostaram????