P.O.V Rapunzel

Breu era mais forte do que nós pensávamos, nunca imaginei que tanto poder poderia vir de medo e tristeza. Em todos as histórias o amor vence o ódio, mas nessa, não temos tanta certeza... O melhor é sempre continuar com pensamento positivo, mesmo quando o mal é certo!

Bem, acabei de pegar os galhos, que se encontravam despidos, sem nenhuma folha à vista. "Isso certamente é trabalho do medo...". Cobri aquela pobre árvore com meus fios dourados e cantei aquela canção, aquela canção que minha mãe cantava, fazendo meus longos cabelos brilhar.

Brilha linda flor,
Teu poder venceu
Traz de volta já
O que uma vez foi meu

Cura o que se feriu
Salva o que se perdeu
Traz de volta já
O que uma vez foi meu,
Uma vez foi meu

Logo, a árvore antes despida e triste, se torna numa árvore florescida e sorridente, que abre o coração de quem passa por ela.

– Rapunzel, isso é incrível! - Merida se fasciona, pelo meu tamanho poder.
– Oh, Merida, não exagere... - digo, meio que tímida.

– Ela não está exagerando nada, loirinha! Você realmente é incrível. - Jack se aproxima, colocando seu braço em meu ombro e, revelando um sorriso meio que... Perverso.

– Jack, tadinha da Punzie, você está fazendo ela corar! - a ruiva se ri.

– Merida, não pegue briga com ele, a gente não quer ouvir suas discussões. - Norte diz, tirando o braço de Jack de meu ombro.

– E... Jack, para de ser bobo. - o velho continua, com um ar desapontado.

– Aff, você é muito "mata-festa", né Norte? - o garoto de cabelo grisalho fala, pousando sua mão pelos seus fios de cor branca.

– E você está parecendo muito Merida quando ela chegou, né Jack? - o rugoso brinca.

– Norte, você também? - Hiccup diz, franzindo a sobrancelha.

– O velho também gosta de brincadeira, Hic. Deve ser porque está se sentindo sozinho. - Merida fala para Hiccup, se rindo.

O Viking logo retribui a gargalhada, fazendo eu e Jack retribuirmos também. Norte ficou meio que zangado, mas a gente nem ligou, apenas continuámos a ter um bom momento, nos esquecendo de tudo à nossa volta.

– Bem, está ficando tarde... Acho melhor fazermos as tendas! - Norte se anima.

– Temos muitos galhos e folhas, acha que podemos fazer pelo menos quantas tendas? - Hiccup pergunta.

– Bem, isso daria para umas 3... - o velho responde.

– Vamos começar a construir e depois vemos quantas darão. - ele continua a conversa.

– Em Berk eu aprendi tudo isso. Se quiser posso ser eu a construir todas as tendas! - Hiccup faz peito, tentando impressionar Merida, que ri timidamente.

– Muito bem, então o trabalho é todo seu. - Norte diz, pousando os materiais nos braços de Hiccup.
Logo o velho, a loira e Jack partem para a floresta, no objetivo de pescar alguns peixes e trazer alguma água.

P.O.V Hiccup

Na realidade, eu não sei construir nada, mas nada mesmo... Apenas falei isso para impressionar Merida, mas pelo menos, acho que resultou. Ou ela estava só rindo de mim?! Aff, Hiccup você é babaca mesmo!

– B-Bem... - digo, nervoso. Norte, junto com Jack e Rapunzel, se afastam de nós, indo procurar alguma madeira e mais algumas pedras para fazerem uma fogueira.

– Hiccup, você realmente não sabe construir uma tenda, sabe? - a ruiva se aproxima, com um sorriso tímido.

– É-É... Não, não sei mesmo. - respondo, corado pelo tão próxima ela está de mim.

– Eu posso ajudar você, mas... Então porque é que falou isso? - ela pergunta, curiosa.

– Bem, é que e-eu, q-queria... Esqueça, eu depois conto para você. - respondo, envergonhado.

– Tudo bem! É melhor começar ao trabalho! - Merida tenta me animar.

Rapidamente, conseguimos construir as tendas! Norte realmente tinha razão, deu exatamente para 3, bem, acho que foi só sorte. Enfim, eu estava sozinho com Merida, a garota de meus sonhos por isso, era melhor deixa tudo para trás e me focar nela, na sua beleza e no seu sorriso radiante... Em ela, só nela e em mais ninguém.

– Hum, eles ainda não chegaram... O que quer fazer? - a ruiva pergunta, fazendo bico.

– Não sei não. O que gosta de fazer? - digo.

– Tiro ao arco! - os seus olhos começam brilhando.

– Acho que a gente não tem isso por aqui. - me rio.

– Bem, podíamos só esperar por eles. - a garota diz, acidentalmente pousando sua mão sobre a minha.

– Ahh, desculpa! - ela diz, corada, tirando sua mão.

– Não tem problema... P-Pode botar de novo se quiser. - digo. "Hiccup, que foi isso? Pode botar de novo se quiser?! Você está doido?! Ela claramente vai ficar assustada... Você não é bom com garotas mesmo! Afinal, só namora com Astrid porque ela se fascinou em você treinar dragões..." penso.

– O-Ok... - ela diz, ainda mais corada, colocando sua mão sobre a minha de novo e, lentamente se aproximando mais.

– E-Eu gosto de seu cabelo. - digo, acariciando meu rosto, meio que envergonhado.

– Você é muito bobo! - Merida se ri, pousando sua nuca sobre meu ombro.
Meu rosto se torna vermelho, podendo se comparar a um tomate. A ruiva revelava um sorriso sastifatório, enquanto olhava as estrelas. Mesmo nos piores tempos, apenas saber que ela estava comigo me fazia feliz. Meu coração batia mais rápido, a cada respiração. Seria amor? Seria apenas paixão? Eu não sei, realmente não sei, mas sabia, que queria passar o resto de minha vida com ela. Não! Eu não queria passar o resto da vida com ela! Eu queria passar a ETERNIDADE com ela e nunca a largar! Nunca!
P.O.V Merida
Hiccup era diferente. Ele era diferente de todos os garotos, de todos os pretendentes que recebi em toda minha vida. Desde o momento que o vi, senti logo aquele sentimento, aquele sentimento que você gosta de sentir, aquele sentimento que você quer sentir, aquele sentimento que você sente apenas uma vez na vida. Agora tinha a certeza. Eu o amava, eu o amava realmente. Nem que o negasse, no fundo do meu coração eu sempre saberia que não era só uma amizade, era muito mais.
– Eai, pombinhos! - Jack chega, com baldes de água nas suas costas, rindo-se.
– AH! - me assusto com sua presença e, rapidamente me levanto, limpando o pó de minhas roupas.
– Puxa, Hiccup, pensava que você nunca iria pegar alguém! Estava enganado. - o garoto de fios grisalhos se ri, pousando a água cristalina na grama.
– Deixa disso, Jack! - o Viking se dirige para a tenda.
– Jack, é melhor você ir pedir desculpa a ele... - Rapunzel diz, tocando no ombro do garoto, que logo se torna vermelho.
– T-Ta bem. - ele vai atrás de Hiccup.
Rapunzel e Norte acendem a fogueira e, aquecem a água. Seguidamente, cozinham os peixes, que libertam um cheiro forte, mas gostoso. Hiccup e Jack voltam da tenda e, se sentam.
– Loirinha, senta aqui do meu lado. - o garoto de cabelo grisalho diz, com um sorriso meio que... Perverso.
Rapunzel hesita da primeira vez mas, no fim, ela acaba sentando ao lado dele, envergonhada. Jack se aproxima de Punzie, revelando uma gargalhada, quando a loira se afasta dele.
– Você é adorável. - ele diz, com um sorriso carinhoso.
– Quem são os pombinhos agora né, Jack? - me rio.
– Não estraga tudo né, Merida? - ele retribui o riso. Todos revelam uma gargalhada, incluindo Norte. Era bom estarmos todos juntos, sem ter que nos preocuparmos no que acontecia depois, sem ter que nos preocuparmos com Breu e com a guerra.
– Bem, acho que é hora de irem dormir. - Norte diz, apagando a fogueira.
– É... Acho que vou ficar aqui um pouco com a loirinha. - Jack diz, colocando o seu ombro à volta de Punzie.
– Q-Quê? - as bochechas da loira coram, se tornando um rosa claro.
– Podem ir indo. - o garoto se ri.
– Meu deus... Bem, Hiccup e Merida ficam na mesma tenda. - o velho diz, se dirigindo à sua tenda, que era exatamente a do meio.
– Ok. - digo, pegando Hiccup pelo braço.
P.O.V Jack
– Jack, o que está fazendo? - a loira pergunta, envergonhada.
– Querendo passar tempo com você, claro. - eu digo.
– ... - a garota não responde.
– Já falei que gosto de você? - pergunto, com um sorriso.
– J-Já. - ela gagueja.
– E você gosta de mim? - me rio.
– M-Mais ou menos... - ela diz, baixinho.
Começo a olhar as estrelas, apontando para as costelações. "Essa é a ursa maior", digo, sorrindo. "Que lindo!", Punzie logo se anima, o que me alivia. Eu quero que ela possa se abrir a mim, eu quero que possamos ser mais que amigos.
– Você realmente gosta de estrelas, não? - pergunto.
– Sim! Eu amo estrelas! Eu sempre as pinto nas minhas paredes. - ela responde, alegremente.
– Você faz um desenho para mim um dia? - digo, sorrindo.
– Claro! - ela diz, se virando para mim e, percebendo que nossos rostos estão extremamente perto.
– D-Desculpa... - ela se vira novamente para o céu, onde as estrelas brilham intensamente.
– Não. - digo, pegando no seu rosto e o virando novamente para mim.
– Eu quero que você olhe para mim. - digo, sério. Ela cora diante de meus olhos, fazendo com que aconteça o mesmo comigo.
– ... - os dois nos calamos, olhando para o rosto um do outro.
– J-Jack... - ela diz.
– Ah, desculpa... Eu fui longe de mais. - solto seu rosto e me viro para frente.
– Não há problema. Eu também quero que você olhe para mim. - Rapunzel diz, se aproximando. Após essas palavras, meus olhos se arregalam, tornando meu rosto, antes pálido, um tom de vermelho.
Ela toca em meu braço e se levanta, dizendo, alegre: "Eu peguei você, agora você tem que me pegar!". Solto um riso, enquanto me levanto e corro atrás dela.
– Eu vou pegar você! - grito, pegando em meu cajado e começando a voar. Rapidamente a avisto e pego ela, segurando-a com força.
– Isso não é justo, você consegue voar! - a loira diz. Começo rindo, enquanto voo mais alto, chegando à altura das estrelas.
– Que lindo! - ela diz, tentando alcançar as pequenas luzes, que pairavam no céu. Ver ela feliz me faz sorrir. Sinto que se ela não existisse, minha vida não estaria completa. Realmente, tudo mudou desde que eu a conheci. Rapunzel é muito importante para mim e, se eu a perder, tudo acaba. Tudo.