The Big Four - The Fear Didn't Disappear escrita por Nicolle White


Capítulo 6
A Guerra - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Não me atrasei nesse capítulo não kk
Hiccup = Soluço



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P.O.V Hiccup

Corremos o mais rapidamente possível, nossas pernas começaram a ficar cansadas e quase dormentes. "Hey, Merida, não acha que devemos parar um pouco?" perguntei com o ar que me restava.

– Está brincando, né? Nós temos que salvá-la, ela é nossa amiga! - respondeu Merida com um tom de voz determinado.

– Mas e se ela não for Rapunzel? - perguntei.

– A salvamos na mesma! Não lembra do Norte dizer que fomos criados para acabar com o mal?! - ela gritou.

Não respondi. Vi que ela estava muito determinada só de olhar nos seus olhos. Apesar de um medo horrendo circular dentro de mim, resolvi reunir a coragem que me restava e continuar a correr.

Horas passaram, sem sinal da dona dessa voz misteriosa. "Merida, é inútil. Estamos à procura da suposta Rapunzel à horas e nada acontece" disse tocando no seu ombro.

– Nós vamos conseguir... Eu sei que vamos. - ela disse com uma voz fraca.

Logo lágrimas começaram a escorrer de seu rosto. Ela apenas dizia repetia as mesmas palavras. "Porquê? Porquê?" dizia. Eu a reconfortei, dizendo que tudo iria ficar bem e que nós acharíamos Jack e Rapunzel, mesmo sabendo que isso seria muito improvável.

Horas e horas de choro passaram, até que ouvimos uma voz parecida com a de Norte a gritar. "FUJAM, FUJAM!" essas eram suas palavras. Nos limitámos a correr, logo nos apercebemos que o negro tinha chegado à floresta e que se não saíssemos de lá rapidamente seriamos mortos.

Logo Norte nos alcançou.

– O Medo está com eles... - ele disse com uma voz triste enquanto corria.

– Eles? Eles quem?! - perguntei.

– Jack e Rapunzel... - o velho continuou com uma voz ainda mais infeliz do que antes.

Merida arregalou os olhos. Ela sabia que tinha de fazer alguma, então, parou de correr e se virou para o negro.

– O que você está fazendo?! - Norte gritou, preocupado com ela. Merida não respondeu, apenas pegou no seu arco e começou a murmurar: "Eu irei derrotá-lo, eu irei derrotar o medo". Pouco tempo depois, quando o negro estava muito próximo dela, Merida atirou no medo com o seu arco.

Ela atirou e atirou. Logo percebi que no Negro começaram a aparecer estranhos buracos onde as setas de Merida tinham acertado. O medo não se aproximava mais, apenas levava com os ataques de Merida soltando fortes rugidos. Ela continuou a atirar e uma luz vermelha apareceu em seu corpo. Essa luz preenchia o seu corpo inteiro, como se fosse parte dela.

Merida continuou a atirar sem pausas. A luz continuava a consumi-lá, Norte ficou espantado, seus olhos azuis arregalaram-se o quanto podiam, a sua boca apenas permanecia aberta e nenhuma palavra saia dela. A mesma coisa acontecia comigo. Era fantástico o que estava se sucedendo perante os meus olhos.

A luz ficava mais forte e Merida gritava, ainda atirando contra o negro. O medo começou a atirar bolas de areia preta contra ela, Merida se esquivava sem nenhuma dificuldade e continuava atacando o mesmo. O seu grito continuava a ficar mais forte, e de repente, a luz possuiu toda a floresta. Apenas se avistava vermelho e a sombra de Merida.

A luz parou e Merida caiu no chão, desmaiada. O negro tinha desaparecido e Jack, junto com Rapunzel, desmaiou como Merida. Logo Norte foi socorrer Jack e Rapunzel, enquanto eu fui socorrer Merida. Cheguei a ela e vi que sua roupa estava diferente. Ela agora vestia um vestido mais curto com as mangas arregaçadas e um sol vermelho se encontrava na sua roupa, como no seu pulso. O seu cabelo estava apanhado num rabo de cavalo.

Chamei Norte. Quando ele a viu ficou espantado e murmurou: "Não sabia que o seu poder iria se revelar tão cedo...". Eu fiquei curioso.

– O que quer dizer com isso? - perguntei.

– Todos vocês têm poderes, que serão despertados ao longo dessa jornada. Eles se revelam quando você fica muito determinado quanto alguma coisa e quando o seu coração entra num estado "especial". - ele me respondeu.

Não disse mais nada, apenas fiquei curioso sobre isso. Eu queria saber mais, eu queria despertar o meu poder, mas percebi que não o faria tão cedo.

Peguei em Merida e Norte pegou em Jack e Rapunzel. Fizemos um longo caminho para encontrarmos um lugar aonde ficar. Andámos e andámos até chegar a uma pequena vila. Uma vila majestosa onde fadas dançavam pelo vento e seres mágicos purificavam o chão a cada passo. Era lindo.

– Vamos, Hiccup. Temos que encontrar um local para ficar. - Norte disse.

Batemos porta a porta. Na primeira casa a que batemos logo nos acolheram. Era uma família ternurenta e agradável. Explicamos-lhes o que nos tinha acontecido e nos guiaram até a um quarto pequeno mas doce.

Norte pousou Jack e Rapunzel numa pequena cama. Me limitei a fazer o mesmo. O velho pegou numa toalha molhada e a colocou sobre a cabeça de Jack. Fez o mesmo com Merida e Rapunzel.

– Quando eles irão acordar? - perguntei a Norte.

– Isso depende. Provavelmente Jack e Rapunzel acordaram primeiramente, já que não gastaram tanta energia como Merida. - ele respondeu.

Eu queria que Merida acordasse logo. Eu queria ver os seus olhos azuis me olharem outra vez. Eu queria ver seu sorriso doce e seu espírito confiante. Eu queria ver ela...

Norte se deitou e começou a dormir, então, peguei num pequeno banco de madeira e me sentei perto da cama onde Merida estava situada. A observei, com a esperança que ela iria acordar logo. Passaram horas e nada aconteceu. Ela apenas continuava a dormir, sem nenhum movimento, sem nenhum sinal de vida. Pousei minha cabeça sobre o seu colo e senti sua mão a tocar em meu cabelo. Inicialmente fiquei surpreso, mas depois, fiquei feliz e decidi fechar meus olhos. "Espero que ela acorde logo" disse para mim mesmo. Adormeci em seu colo com um sorriso na cara, por melhor não podia pedir.

Me senti no paraíso, e percebi que não queria ser apenas amigo de Merida, eu queria ser muito mais.


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