The Big Four - The Fear Didn't Disappear escrita por Nicolle White


Capítulo 3
A Flor Milagrosa




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Acordei. Meus longos cabelos dourados cobriam meu delicado rosto preenchido de alegria. Era meu aniversário! Afastei meus compridos fios loiros e disse com um sorriso luminoso no rosto: "De certeza que hoje será um dia incrível!".

Depois, fiz uns bolinhos de amora com natas, especialmente para o meu aniversário, e limpei a torre de uma ponte à outra. Resolvi cozer um vestido, pois hoje faria anos. Tive razões para isso, quer dizer... Quem iria a uma festa com um vestido velho?

Escovei meu cabelo como sempre faço, mas claro que tinha de fazer algo diferente! Fiz uma trança longa e graciosa. Brilhava como o sol e era linda como uma delicada princesa.

Com algumas flores que encontrara numa mesa de cristal, situada no meu quarto, decorei minha longa e dourada trança com a mesmas. Vesti o vestido que acabara de cozer e perguntei para Pascal, meu fiel e engraçado camaleão, dando voltas.

– Você gosta? - ele apenas abanou a cabeça para a frente, ou seja, respondeu que sim!

Comecei a dançar e a cantar. Minha voz era tão melodiosa que até meu camaleão dançava. Meus pés flutuavam pelo delicado chão de madeira. Era como se estivesse a dar beijos de veludo ao vento.

De repente, uma sombra alta apoderara-se da luz do frágil chão. Me virei e encontrei um homem. Ele era velho e sem esquecer, tinha tatuagens pelo seu corpo. Uma rapariga de longos cabelos rebeldes de uma cor ruiva avermelhada vinha com ele, ela parecia simpática mas não mostrava nenhum sentimento, nenhuma expressão, apenas olhava para as pinturas que estavam na parede. Com tanta concentração na arte que fizera ela nem se quer olhou para mim, a única coisa que disse foi: "Espantoso!" e saiu pela janela fora. Após o acontecimento me preenchi de coragem e falei:

– Como você me encontrou?!

– Nós precisamos de sua ajuda. - disse o homem. Ele me pegou pela mão e me levou a um trenó onde um garoto de cabelos brancos se encontrava.

– Ah! Me tira daqui! - gritei com medo na voz.

– Calma, não lhe iremos fazer mal. Você é uma dos 4 Guardiões Perdidos. - o homem me disse com um sorriso brilhante.

– O quê!? T-tudo bem, você parece de confiança... - disse um pouco assustada.

– Merida! Venha para cá, rápido! Pare de beber água da cascata! - gritou o homem.

–Ta, ta! Já estou indo! - a garota falou. Ela se dirigiu até ao trenó e se sentiu ao meu lado.

– Está vendo? Já estou no trenó! Agora pode parar de agir como minha mãe?! - disse a garota com um suspiro.

– Aff, esses adolescentes... - o homem falou com preocupação na voz seguido de um suspiro.

– Ah, oi. Desculpe, não te tinha visto antes. - a garota falou.

– Meu nome é Merida, e o seu? - ela continou a conversa alegremente.

– R-Rapunzel... - falei.

– Não precisa ser tímida! Aqui o pessoal é legal. - ela disse.

– Tudo bem, então... - falei.

– Esse é o Jackana Frist! Ele fala que é um garoto, mas na realidade é apenas uma velha de cabelo branco que tomou bebida de rejuvenescer a pele! Ahahahahaha! - Merida disse seguido de um riso profundo.

Eu me ri também, claro! Jackana Frist? Velha? Cabelo branco? Rejuvenescer a pele? Ahahahaha!

– Que gracinha. Ahahahaha! - ele falou imitando o riso da menina.

– Cara, você não tem sentido de humor mesmo, né? - Merida falou.

– Para você não tenho, porque não gosto de você. Já para a loirinha... É outra história - o garoto falou olhando para mim.

– Ahnm?! - disse espantada.

– Eta, vai dar namoro! Ahahahaha! - falou Merida rindo como uma louca.

– Acalmem-se ai! Vamos "descolar"! - o homem falou. O trenó levantou voo. Apenas gritei alegremente e toquei as nuvens. Me senti ótima!

– Você não está surpreendida por isso levantar voo? - o garoto perguntou.

– Não, porque isso é demais! Enfim, eu não perguntei seu nome... Como se chama? - disse.

– Jackana Frist! - Merida falou. Ele ficou olhando para ela com o olhar de: "Vou matar você" e me respondeu:

– Jack Frost. E você é a Rapunzel, certo?

– Sim! - respondi com entusiasmo na voz.

– Lindo nome. - ele falou me olhando nos olhos. Os seus olhos azuis penetravam minha alma, eu me sentia muito confortável, aconchegada, amada... Era como se seu olhar você mágico.

– O-obrigada... - falei um pouco timída.

Pouco tempo depois, o homem falou:

– Bem, estamos quase chegando.

– Ah! Esqueci de perguntar seu nome! Como se chama? - perguntei para o homem.

– Eu? Norte, o Papai Noel! - o homem falou alegre.

– Gostei do seu nome. - falei.

– Obrigado. - Norte disse.

– Parou tudo... Você não ficou espantada por ele ser o Papai Noel? - Merida perguntou.

– Por ele ter o nome de Papai Noel? Não, claro que não! É apenas seu nome, porque iria ficar espantada?. - disse curiosamente.

– Você sabe quem é o Papai Noel? - Merida perguntou.

– É ele. - falei apontando para Norte.

– Aff, deixa para lá. Depois te explico. - Merida falou. Eu fiquei confusa. Qual o problema de ele se chamar Papai Noel? Bem, acho que nunca entenderei...

Algum tempo depois o homem falou alegremente:

– Bem, chegámos! - após essas palavras, me vi numa pequena aldeia Viking.

O homem saiu do trenó. Merida foi com ele falando: "Não me quero intrometer na vossa relação, então... Adeus!". Jack apenas lhe respondeu com uma simples palavra: "Obrigado!". Os 2 andaram e andaram até nós, ou seja, eu e Jack, não o podermos avistar mais.

– Então... - eu falei.

– Então. - ele repetiu seguido de um riso que eu achei aconchegante. De repente, me vi nos braços do garoto. Corei tanto que se podia sentir o quente no meu rosto. O empurrei e fiquei pensando no que tinha acabado de acontecer.

– Eu gosto de garotas como você. - ele falou com um sorriso brilhante e alegre, como o de quando alguém está apaixonado. Me virei olhei para o alegre, azul e brilhante céu, pensando como a vida deu tantas voltas. Quer dizer... Ainda hoje de manhã estava na minha torre com Pascal, dançando, cantando e escovando meu longo cabelo dourado e agora olhem para mim! Estou com um garoto num trenó voador.

Argh! Minha mãe irá ficar tão chateada!


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