The Island of Bird escrita por Lúcia Hill


Capítulo 22
Capitulo - Reliving the Nightmares of the Past


Notas iniciais do capítulo

..... revivendo o amargo passado.....
Nos vemos lá em baixo.
Boa Leitura!



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– Vejo que está precisando de um bom uísque. - disse Dominic ao se aproximar de Roman, que esta parado próximo a porta. - Que tal irmos no Roosevelt?

Continha uma aparência de arrasado. Ron relatou ao rapaz sobre o que lhe afetava, aquele não fora um dia promissor e muito menos agradável, ao menos poderia confiar em alguém. Roman hesitou, mas em seguida, concordou. Precisava esquecer um pouco os problemas.

Assim que chegaram ao bar, Dominic, McCall e Ron sentaram-se em uma das mesas dos fundos. Era noite de quinta-feira e o local estava praticamente deserto, um dos atendentes se aproximou do grupo para anotar os pedidos e logo se retirou, deixando-os a sós.

– No seu lugar já teria quebrado aquela maldita cara de arrogante do James. - disse McCall enquanto se ajeitava no banco de couro. - Acho que ninguém gosta desse sujeitinho mau caráter.

– Vejamos, meu caro. – pronunciou Dominic__ Ele já aprontou o suficiente para nós todos. - encarou os dois a sua frente. - Ainda me lembro quando ele tentou dar o golpe no velho Leon. Cara, fiquei com muita pena do velhote, o próprio filho tentando passá-lo para trás.

Ron permaneceu observando os colegas de serviço praticamente desenharem o velho James Nórton, como o conhecia desde menino, sabia o quanto ardiloso ele é. Não demorou para que o atendente voltasse com os pedidos.

– Obrigado! - disse Ron para o rapaz que apenas agradeceu com um gesto de cabeça e saiu, voltou-se para Dominic e Mccall. - James nunca prestou, e não irá mudar. Ele ainda me culpa de ter roubado sua namorada do colegial.

Dominic franziu a testa, perplexo.

Mas ambos caíram, na risada, por mais ridículo que fosse era a mais pura verdade. McCall era um dos braços de Leon, na parte da finança, e depois da segunda rodada de uísque praticamente contara tudo o que acontecia dentro do escritório, desde o golpe descoberto até o envolvimento de James com pessoas de má índole e suas contas altíssimas com traficantes da região.

– E você, Roman? Nos conte sobre o acidente que aconteceu anos atrás. - perguntou Dominic, fazendo ambos se voltarem para ele. Ron parou de sorrir e McCall quase engasgou com o liquido. - Claro se quiser, não é obrigado a dizer nada.

– Cara, acho melhor não tocarmos nesse assunto. - interrompeu McCall.

Ron ficou em silencio, mas logo começou a relatar:

– Tudo bem, é melhor contar do que deixar aqui aguardado. - respondeu Ron batendo de leve nas costas de McCall - Meu irmão Garrett era um, digamos, James Nórton da vida. Tinha praticamente tudo, mas nunca se sentia satisfeito estava preste a completar seus 18 anos, vivia falando em cruzar o país de norte a sul essas coisas de adolescentes. Mas começou a andar com uns caras do colégio e praticamente sua cabeça se modificara por completo. - pausou recuperando o folego, logo prosseguiu - Não me contava as coisas que fazia e um belo dia ele me chamou para ir até a loja de games. Ainda me lembro daquela tarde quente de verão, assim que chegamos no lugar, ele retirou uma arma do bolso e me disse que iria assaltar o velho Parker, me pediu para que ficasse de vigia na porta. - ele pausou bruscamente e respirou fundo - No instante que fui impedi-lo apenas ouvi o disparo e pude ver o corpo de Parker no chão.

Assim que terminou de falar houve um breve silêncio, Dominic fora o primeiro a dizer algo.

– Se não foi você quem atirou, então por que assumiu? - questionou pasmado.

– Ele era meu irmão caçula, o que queria que fizesse? Não poderia entregá-lo. - respondeu - Sempre fora um bom menino e no meio daquela maldita confusão, disse que tinha passado na Yale, não iria dar esse desgosto para meu pai, pois quem sempre fora rotulado como a ovelha negra da família era eu.

Antes que pudesse dizer algo mais, seus olhos se depararam com James Nórton parado próximo ao balcão. Não lhe restava nenhum vestígio do sorriso que exibia há pouco. Com as mãos cerradas, Ron tinha o semblante rígido pela raiva.Voltou o olhar a Dominic, e Steven girou a cabeça para atrás e se deparou com James encarando-os com um maldito sorriso nos lábios.

– Ora, ora, uma pequena reunião de funcionários? - disse James ao se aproximar - Roman, que prazer em te ver, aliás, mande um beijo para sua deliciosa cunhadinha. - provocou. Ron ameaçou de se levantar mas Dominic o conteve - Não fique com raiva, ela é dura na queda, uma das vadias que não consegui comer ainda.

Sem pestanejar Roman se levantou com tamanha rapidez que Dominic não conseguiu para-lo, sentiu a raiva o consumir por dentro. Segurou James pela gola da sua camisa e praticamente o ergueu do chão, dava pra ver nos olhos de Ron a fúria.

– Filho de uma puta, eu vou te matar! - vociferou Roman entre os dentes. Porém, antes de desferir um soco no meio do rosto de James, McCall e Dominic interromperam.

Os lábios de James se curvaram em um sorriso sombrio aumentando a raiva de Roman, que era contido por Dominic.

– Cai fora daqui, James. - disse McCall.

O rapaz fez pouco caso das palavras de McCall. Uma pequena plateia começava a se amontoar ao redor deles, Roosevelt se aproximou com seu taco de beisebol nas mãos.

– Vocês novamente causando confusão? - questionou encarando ambos. - Será que terei que ensinar umas boas lições para os rapazes? Creio que não irão gostar. Agora fora os dois do meu bar! Só voltem aqui quando tiverem modos de homens de verdade.

Roman deixou escapar um longo suspiro e teve que pressioná-lo a sair por entre os dentes, já que sua mandíbula estava retesada.

– É melhor irmos embora. - anunciou Dominic entreolhando ambos, McCall assentiu, já Roman sentia seus nervos a flor da pele. - Te dou uma carona.

– Preciso refrescar a mente. Obrigado, vejo vocês amanhã. - Ron agradeceu cobrindo cobriu a cabeça com o capuz de sua blusa e caminhou na direção da rua deserta.

Dominic encarou McCall um pouco preocupado, mais não poderia obrigá-lo a entrar em seu carro. O céu estava com um tom de laranja acinzentado, os galhos mortos se amontoavam sobre a calçada, e milhões de gotículas de chuva minúsculas molhavam o asfalto.


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