Chapter III - Part II

Narrador - Ponto de Vista

Ariel e Legolas continuavam a conversar sobre guerras e batalhas em que o Príncipe já esteve. Logo, não perceberam que o Rei os observava de longe, sentado em seu trono, carrancudo. Pensava como seu filho, o Príncipe, poderia estar se misturando com uma criatura tão pobre.

"Eu o eduquei tão bem, para se tornar um grande Rei na minha ausência, para o próprio estar sentado numa mesa com uma elfa mixeriqueira, que eu tenho certeza de que quer casar-se com ele, para matá-lo e tornar-se rainha".

Thranduil levantou-se e foi andando até a mesa em que os dois conversavam animadamente. Pôs sua mão sobre o ombro de Legolas e lhes disse calmamente:

— Atrapalho? - Eles negaram com a cabeça, Ariel corando ferozmente por ter sido pega sorrindo tão feliz para o Príncipe. - Bom, sobre o que conversavam? Deve ser algo bem engraçado, pois pude ouvir a risada de vocês do outro lado do salão.

— Tagarelávamos sobre as histórias das batalhas de Legolas. - Ariel disse baixinho, tentando ao máximo não falar nesta conversa.

— Então, sinto desculpas por estragar, mas Philipp estava a sua procura. Disse-me que havia uma confusão na Prisão.

— Bom, sendo assim, devo despedir-me. Até breve, Srta. - Legolas despediu-se de Ariel, com uma piscadela e saiu à passos largos em direção à mesma escada que Tauriel desceu.

— Creio que suas intenções com meu filho não sejam apenas de amizade, certo? - Thranduil pegou o copo de Legolas, e bebericou o líquido.

— Como? Não, não pretendo ter algo a mais que amizade. - Ela gaguejou, vermelha.

— Qual o problema de meu filho então? Não é o elfo que pretende seduzir? Não faz seu tipo?

— Deve estar me confundindo com uma prostituta, mas não! Legolas é um elfo maravilhoso, sincero, esperto e ágil. Não quero ter nada à mais em nossa relação, se é que temos uma. Ele só estava sendo gentil comigo, como Sr. deveria ser também! Não tente passar uma imagem errada de mim, quando não se tem uma. Seria melhor se começasse a pensar em si mesmo, e em como está sendo estúpido por pensar uma coisa dessa de uma pessoa que mal chegou em seu reino.

— Ora essa sua mal-criada! Não deveria tratar um Rei desta maneira tão rude! - Thranduil bateu sua mão tão forte na mesa, que foi capaz de derrubar o vinho de Ariel. 

— Não estou sendo rude, Majestade. Apenas usando o mesmo tom que usou comigo. Com licença. - Ariel levantou-se da mesa rapidamente, e por não conhecer o lugar onde estava habitada, optou por descer as mesmas escadarias que seus elfos conhecidos desceram.

xXx

Enquanto isso, Lilian ficou curiosa por ver sua amiga descer as escadarias, e a seguiu. Ariel não notou que sua amiga a seguia, mas continuou seu caminho. 

O lugar era escuro e úmido, e não parecia se encaixar no palácio onde o comodo estava. Um lugar tão caloroso e iluminado não poderia ter um lugar tão sombrio. Poderia? 

Lilian tropeçou na barra de seu vestido, o que a fez cair em cima de Ariel. A amiga se assustou e deu um grito fino. Rolaram as escadarias, gritando feito galinhas sendo caçadas. Chegaram ao final, caindo no chão úmido. O local parcialmente escuro, apenas tochas o iluminavam. Podia-se notar celas, como se fosse um calabouço, ou uma prisão.

— Elfas estúpidas. - Uma voz bem grave surgiu de trás de uma das celas.