Unwanted Territory. escrita por Mhay Beckinsale


Capítulo 7
Uma emoção desconhecida.




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Ela é loira, é perfeita da ponta dos pés até o último fio de cabelo da cabeça. Qualquer um, ficaria encantado com aquela mulher.

Algo, me dizia que eu já a aconhecia, mas não conseguia me lembrar da onde.

– Oi. - ela sorrir, suavemente para mim, cumprimentando-me com á cabeça.

– Tudo bem? - digo.

– Sim. - ela diz, fitando-o toda a casa.

– Vou pedir para Matilde lhe apresentar á casa. - interfere o Becklan, ajudando-a com as malas.

– Não precisa pedir á Matilde, eu mesmo faço questão de apresentá-la á casa.

– Não acho uma boa ideia, você chegou a poucos dias, conhece tão pouco como ela.

– Eu não lhe pedir nada, apenas estou afirmando que eu farei isso! - digo, dando de costas e pedindo para que ela possa me acompanhar. Becklan, não gostou nada dessa história, mas eu não estou nem aí pra ele, Conheço-a de algum lugar, esse é o tempo que vou poder usar, para saber como ela é, ou se ela tem a mesma impressão que eu. É Estranho, Olhar para a imagem do Kol e saber que dentro dele, há o Becklan, também. Ambos, tão diferente, e ao mesmo tempo tão iguais.

“ Ivyne? “. ela diz, assim que chegamos ao corredor dos nossos quartos.

– Me chamou? - pergunto, pois percebo que ela não mobilizou os lábios.

– Preste atenção. - ela retruca, delicadamente.

“ Eu sou Caroline Forbes Storts, sou sua prima distante, Sarah me pediu para vir, ela tem algo em mente, e eu estou fazendo parte disso, então, não temos muito tempo, mas quando a gente tiver eu lhe explico melhor, sei que eles são vampiros, mas eles não sabem nada sobre mim, então finja que não me conhece, ok? “

– Tá. - digo afirmando com a cabeça, era bom saber, que minha mãe, está agindo as coisas lá fora, e mas uma vez pensou em mim e na Mel, mandado uma ajuda necessária. Volto á olhar para ela, tentar ver algo nela, igual ao meu colar. “ Tornozeleira “ ela diz apontado para os pés, porém estava de calça jeans, e não consegui ver, mas eu já intendi, ela tem a mesma joia de família que nós temos, ou seja, acho que ela é a resposta pra tudo que eu tinha dúvida, sinto que eu poderei perguntar ela e ter todas ou quase todas as respostas que eu preciso.

– Acho que por hoje, está bom, não é? - diz Becklan, se aproximando impacientemente.

– Qual é o seu problema? - falo, perdendo á paciência, o que estava o incomodando-o tanto, para não querer que eu ande com ela pela casa.

– No momento, você é o maior deles. - ele fala, em um tom menor, para se encerrar a discussão que eu estava querendo começar.

Fico enfurecida, naquele momento, olho para Caroline, que no momento parecia gritar em seu olhar “ CALMA “. Então, não digo nada, apenas a cumprimento com um simples sorriso e digo “ até amanhã “.

E enquanto a ele, não falo nada, apenas dou de costas e entro no meu quarto.

– O Que tá acontecendo? - ela pergunta.

– Não posso falar. Você sabe. - digo, pegando um papel e uma caneta e escrevendo a real situação.

– Que ótimo! - ela sorrir , alegremente. Assim que acaba de ler o papel que acabo de lhe entregar.

– Tenta fingir o máximo possível, que.. - digo, gesticulando á frase “ Não á conhece “ - E ela está muito diferente desde da última vez que á vimos.

– Ela sempre foi bonita.

– Mas agora está mas. Você tem que ver. - Digo, caindo na minha cama

– Jonny tá todo estranho.

– Jonny? - ela, fala ironicamente. - eu prefiro o chamar de Becklan, e você mesmo disse que não eramos para ficar falando sobre isso.

– Agh! - digo, irritada. - Tem uma hora que não dá, a gente tem que falar..

– Ivyne, Dá pra me contar o por que está assim? eu não estou intendendo o motivo da sua irritação.

– Nem eu mesmo sei, como você saberá? - falo me levantado e entrando no banheiro. Não contarei nada á ela sobre hoje mas cedo, eu tenho que voltar naquele lugar, e agora já tenho companhia para ir.

(…)

O barulho da chuva, está alto. E os raios e os trovões, ajudavam á me impedir de pegar no sono, eu não sei porque eu fico tão nervosa, toda vez que chove dessa forma, eu sempre gostei da chuva, deveria amar quando isso acontecesse, invés de ficar com medo. Olhei para o relógio ali perto e marcava “ 05:35 “ Não acredito, que eu não vou conseguir mas dormir.

Eu precisava ter uma boa noite de sono. Levanto-me e vou até o espelho, vejo o meu estado, por incrível que pareça, não está acabado, ajeito o cabelo todo para trás e endireito a mini camisola, que estava no corpo. Um quarto enorme, como esse e não tem um frigobar, nem uma geladeira, nem nada do tipo.

Como? Isso? Vou descer para beber um pouco da água.

Assim que abro á porta ele estava passando pelo corredor, bem de frente para mim, me olhando de uma forma diferente, como eu nunca vê antes, alguém me olhar assim. Ele estava sem blusa, com o cabelo bagunçado e uma calça de moletom preta.

– Sem sono? - ele me pergunta.

– Um pouco e você? - digo, saindo para fora e fechando á porta devagar.

– Também, insônia é algo que incomoda, não é? - Kol, sorrir e se encosta na parede ali perto.

Tento não olhar para aquele abdômen maravilhoso que está exposto, tento desviar o olhar, mas não consigo, os meus olhos sempre param na direção de sua barriga sarada e dos seus incríveis braços musculosos.

– Nem tanto, no momento é a chuva que me perturba. - digo, com a voz quase em um sussurro.

– Algo tão maravilho lhe incomodar?

– Não necessariamente ela, e sim certos pontos que ela traz.

– Entendi. - ele fala .

– Tá tarde, pra andar uma hora dessa pela casa, o que estava na sua mente? Onde estava pretendo ir?

Eu o olho e por segundos, não falo nada. Será que é Kol, que está falando comigo? Eu nunca, sei diferencia quando é ele e quando é Becklan. Porque realmente se for o Becklan, vou o deixar falando sozinho, até ter uma boa explicação para dizer o que fez comigo e com a Caroline.

– Onde você estava indo Ivyne? - ele me pergunta novamente. E Daí, percebo que estou igual uma maluca, olhando para o nada, invés de o responder.

– Estava indo beber uma água, algum problema com isso? - digo.

Tentando, ver o que ele diria. Eu tenho que saber, quem é. Sei que Kol, não perderia o seu maravilhoso tempo comigo, ele é um idiota e pensa apenas em si mesmo, gostaria de saber que ele é diferente dos outros. Mas acho que isso é impossível. Não posso deixar a sua aparência me confundir, com algo que ele não é.

– Nenhum. - ele fala, pondo uma das mãos dentro do bolso de sua calça. - foi até bom, te encontrar, é que lembra hoje mas cedo, quando Klaus te tacou á metros de distância? E Eu cheguei a te ajudar? Então, depois não me lembro o que aconteceu, como se minha memória fosse apagada, você lembra o que eu fiz?

Naquele momento, a minha respiração para, o meu coração aperta, minhas pernas e cada parte do meu corpo de estremecem. Era ele, não o Becklan. Foi ele que me ajudou, foi ele que se importou. É ele, que agora está falando comigo realmente como uma pessoa legal.

– Ivyne? - ele fala, mas uma vez. - Ivyne você está bem?

– Estou ótima.- digo, recuperando o fôlego e encontrando-o novamente o seu olhar – Depois, que ironizou um pouco com as palavras, você deu de costas e saiu.

Eu não sei o por quê disso? Por que me importo, que ele se preocupe comigo. E porque realmente ele está se preocupando? Eu só sou mas uma peça no meio desse quebra-cabeça.

– Não me lembro disso, também! - ele fala, se aproximando de mim. - Será que um dia encontro respostas, para essas falhas na memória?

– Tudo tem sua resposta, um dia você lembra, ou descobre o porque disso tudo.

– Você fala, como se realmente me intendesse.

– É que eu te intendo. Não posso está na mesma situação que você, mas estou com uma parecida, você deve intender.

– O Que realmente você sabe, Ivyne? - ele fala, se aproximando de mais. Para de frente pra mim, com um dedo de separação entre nós, ele estava com á respiração baixíssima, os seus olhos estavam tão fixos no meu, como se não pudessem ser desviados. Eu queria olhar para outro lado, ou me afastar dele, mas eu não conseguia. Algo, ali me prendia.

– Você realmente não gostaria de ouvir á resposta. - digo. - gostaria?

Ele não responde nada, o silêncio paira, entre nós. Nunca me imaginei, ficar em uma situação assim com ele. Não que eu não goste, está sendo diferente, uma emoção indescritível, eu não consigo explicar, apenas sinto e sei que ele sente também.

– Deveria tentar dormir, eu vou tentar fazer o mesmo. - ele fala, se afastando de mim, levemente. Apenas afirmo com a cabeça.

Ele vai para um lado e eu vou para o outro. Desço as escadas, maluca por um copo da água. Olho para as minhas mãos e ambas estão suadas, assim como o meu corpo por completo. Abro á geladeira e pego á garrafa mas gelada e maior que ali está. Pego um copo médio e a derramo. Bebo, com tanta rapidez, que sinto minha garganta doer, quando água passa entre ela, estava tão gelada. Mesmo assim eu não parava, precisava de algo, para me refrescar.

– Ivyne? - ele, estava ali.

– Pai? - digo, entre dentes, não acreditando que aquilo seja real.

– É bom saber que você veio. - ele diz, vindo para me abraçar.

– O q-q-que realmente está acontecendo aqui? Eu mereço explicações! - digo, dispensando o abraço. Mas já é tarde demais, ele já estava enroscado comigo.

– É uma longa, história. - ele fala. - Apenas, siga os seus instintos, tenho certeza que você saberá me encontrar.

– Pai? - digo, novamente. Mas quando vejo, estou dentro do quarto, com Melanie me olhando assustadamente.

– O Que aconteceu? - pergunto, pondo á mão no corpo.

– Como você chegou tão rápido aqui? -

– Foi real! - falo, me levantando e vendo que tem algo preso na minha camisola.

– Isso é..

– O Pingente que o nosso pai, usava em todas as roupas dele? - digo, pegando-o na mão. - É, é ele sim. Ele esteve aqui, inda pouco. Tocou em mim, falou comigo.

– Então, agora, a gente tem certeza que ele está vivo?

– Sim, Mel. E eu já sei onde nós podemos o encontrar.

(…)

O lugar, estava intacto, do mesmo jeito como da ultima vez em que eu vê. Eu estava parada ali, onde Matilde e aquela mulher ruiva me derrubaram. As vozes, começaram quando eu menos esperava, elas precisam voltar.

– Você tem certeza que é aqui? - pergunta, Caroline.

– Absoluta. - digo, olhando para todos os lados. - Lembra, que lhe expliquei tudo que aconteceu?

– Sim, não me esqueci. É que esse lugar é tão deserto, parece que não tem nada.

– Ou é isso, que eles querem que a gente pensa. - interrompe, Melanie.

– Ivyne, sei que não é apropriado te apressar, mas logo, Klaus estará de volta em casa. E a desculpa que nós usamos, para fazer aula prática, não irá o enrolar, ele é bem mas esperto que os outros. Você sabe disso, precisamos ir rápido com isso.

– Não se preocupe. - falo, me abaixando e tocando-o naquela terra. - Isso não vai demorar.


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