Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 44
Capítulo 44


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas....olha eu aqui de novo. ;)
boa leitura!!! ♥

*indicando música para este capítulo: https://www.youtube.com/watch?v=Tt0Dc4PVV3g



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"Atenção todos os alunos do ensino médio dirijam-se ao teatro após o almoço. Alunos do ensino médio dirijam-se ao teatro após o almoço".

Saia a voz da senhorita Blue por todas as caixas de som nas paredes do refeitório enquanto, na mesa de sempre, próximo das janelas, o pequeno grupo de Emma conversava, ria e comia o costumeiro frango à parmegiana das segundas feiras.

– O que será? – Tinker pergunta curiosa.

– Provavelmente avisos. - Ruby responde desinteressada.

– Eu sei, mas avisos de quê? – Insiste.

– Sei lá. Regras novas, obras novas, coisas novas pra escola. Geralmente é isso. - Diz agora com mais desinteresse.

– Tá, não precisa ser grossa. - Tinker diz levantando as mãos para o alto.

– Não estou sendo grossa. – Retruca de boca cheia. - Só sei que é a mesma coisa de sempre. Sempre que algo novo vai acontecer na escola a diretora Mills chama os alunos interessado ao teatro e dá todos aqueles comunicados. Você sabe disso, fadinha.

– É. E eu odeio esse apelido. - Comenta meio brava. Ruby dá de ombros voltando a atenção ao seu prato de comida enquanto revira os olhos para a garota.

Tinker e Ruby nuca foram melhores amigas. 'Fadinha', como muitos costumavam chamá-la por seu corpo pequeno, maneiras delicadas e sua grande preocupação em sempre fazer o que é correto, era um apelido que a irritava em demasia; Ruby sabia e não se importava. A grande verdade era que apenas aturava a ‘fadinha’ no grupo por August; pensava que a loirinha falava demais, perguntava demais, era intrometida demais e, principalmente, tinha certeza que ela não via com bons olhos seu jeito “livre” de ser, pois era aquele tipo de pessoa que adora seguir todas as regras, enquanto a loba tinha uma personalidade que transbordava a transgressão. Não entendia realmente o que a garota fazia ali assim como também não entendia Ariel e Eric, mas ao menos o dois só lhe causava uma vontade enorme de vomitar com tantos corações apaixonados que rodavam em suas cabeças quando falavam um com outro; fora isso, nada mais a incomodava.

Tinker sempre fora mais próxima de August. Eram vizinhos e haviam crescido praticamente juntos. Se juntara ao grupo ainda no fundamental quando August conheceu Neal e consequentemente Mulan e Ruby, visto que os três eram inseparáveis desde sempre. O interesse de Tinker sempre fora ser mais que amiga de Neal, ele era o único que se um dia viesse a chamá-la de fadinha, com certeza não se importaria, mas nunca tivera coragem suficiente para demonstrar o que fosse para o garoto e, quando Emma chegou à escola, jurava que algo aconteceria entre os dois, principalmente depois daquele beijo na praia quando passou a sentir-se ameaçada e passava horas analisando a loira e seu belo par de olhos verdes perguntando-se o que Neal havia visto em Emma que ela própria não tivesse. Cabelos loiros, olhos verdes. Tá certo que não tinha a altura de Emma nem seu porte atlético e ficava feliz com isso, Emma às vezes parecia um garoto, nem um pouco feminina e nem um pouco confortável naquele uniforme. O que Neal havia visto nela? Aquela foi uma pergunta que perturbou a fadinha durante semanas até perceber que o seu querido Neal não tinha chances com Emma. Tinker não sabia quem, mas pelas conversas entre Emma e Mulan, todas cheias de segredos; era claro, pelo que pôde captar que Emma estava com alguma garota e não era Mulan nem Ruby. Alguém misterioso. Sendo assim, pôde então voltar para sua posição de sempre, sua paixão nunca declarada por Neal.

– Você não está comendo. - Mulan comenta enquanto observa a amiga loira bater a colher num pedaço de frango dentro do prato sem vontade alguma.

– Eu sei. - Responde sem entusiasmo.

– Está sentindo falta do casal maravilha? - Ruby pergunta se referindo a Eric e Ariel que haviam viajado com a família do garoto no final de semana e ainda não haviam retornado.

–Brigou com o “namorado”? – Tinker pergunta fazendo as aspas com os dedos.

Mulan e Ruby encaram a fadinha na mesma hora com os olhos espantados. Nunca, jamais, em nenhuma ocasião tinham visto Tinker fazer algo do tipo. O sarcasmo não combinava com ela.

As duas se encaram e em seguida encaram Emma.

– Não. Só estou sem fome. - Diz sem se importar deixando o garfo ao lado do prato para ver a hora na tela do telefone celular.

Meio dia e trinta. Faltava mais de meia hora para o horário do almoço terminar e todos eles se dirigirem ao teatro. Tudo que Emma não queria ver naquele momento era a diretora Regina Mills em seu terninho sério e sexy falando com a voz firme do palco do teatro enquanto ela estaria numa daquelas poltronas relendo aquela mensagem com um simples "desculpe" e se perguntando se Regina a veria ali em meio a tantos alunos. Seus pensamentos vão longe e retornam de forma brusca quando Alan aparece ao seu lado espalhafatoso e eufórico.

O garoto gira o corpo em apenas um pé, joga os cabelos lisos pra um lado enquanto senta no banco ao lado de Emma:

– Adoro essa nossa diretora. Regina Mills hoje subiu no meu conceito! - Diz empolgado gesticulando com as mãos.

Emma tenta esconder o desconforto ao ouvir o nome da diretora. Não queria ir ao teatro para vê-la falar, bastavam os dois horários de literatura que tivera pela manhã; também não queria ouvir falar dela. Não que estivesse com raiva, não estava com raiva, apenas tentava separar em sua cabecinha as várias facetas de Regina: a mãe, a diretora, a professora e a mulher; aquela conversa não a ajudaria muito, pelo contrário, era estranho ouvir falar da diretora Mills, tornava o que tinham, fosse o que fosse, ainda mais clandestino e impróprio. Essa situação mexia com Emma de uma forma indisfarçável, principalmente depois daquele silêncio.

– O que aconteceu? – Tinker pergunta curiosa.

–Bom, querida, não sei se já posso contar. O pronunciamento de nossa digníssima diretora com certeza vai tocar no assunto, porém... Eu não me contenho, né? Todo mundo aqui sabe que notícia é comigo mesmo. – Diz se gabando. Faz uma pausa e continua: - Mês passado nós do jornal da escola enviamos um pedido formal à diretoria pedindo algumas coisas, melhorias no nosso ramo de trabalho. – Fala como se aquilo fosse realmente uma empresa. – Eu como editor chefe tive uma pequena reunião com a senhorita Mills com o intuito de explicar nosso pequeno projeto.

–Fala logo, Alan! – Ruby diz sem paciência.

O garoto cerra os olhos em desaprovação e continua: - Bem, nós pedimos que o jornal da escola se torne mais abrangente, não apenas com noticias mensais e em formato online, pedimos que ele seja mais acessível, impresso e semanal com entrevistas, noticias e matérias variadas que são de interesse coletivo da nossa pequena comunidade escolar.

–E ela aceitou? – Mulan pergunta surpresa cruzando os braços.

–Sim e não foi só isso.

–O que mais? – Tinker pergunta.

Mulan levanta os olhos para encarar Tinker. Não sabia por que, mas a garota a estava incomodando desde aquela ironia com Emma.

–Vamos ter um programa de rádio! – Diz alterando a voz de forma eufórica.

–Um programa de rádio? Como assim? Regina concordou com isso? – Neal pergunta boquiaberto.

–Sim, meu bem! Meus argumentos foram muito persuasivos. Falei para nossa diretora o quanto é tediosa essa nossa hora do almoço...

–Não acho tediosa. – August comenta cortando o colega enquanto fazia o de sempre: olhar para Elsa ao longe como se não houvesse amanhã.

–Todo mundo sabe por que você não acha tediosa, August! – Tinker comenta sorrindo enquanto Mulan, mais uma vez, cerra os olhos para encarar a garota.

–Ok, ok.. Eu acho tediosa. – Diz Alan tentando continuar o assunto. – Sugeri que fizéssemos um programa de rádio durante a hora do almoço. Vamos receber pedidos de músicas, dar avisos, recados do coração... – Diz de forma maliciosa.

–Recados do coração? Tem certeza que Regina aceitou isso? – Neal insiste na pergunta.

–É claro que aceitou, é uma ideia genial! – Alan fala como se fosse óbvio.

–E quem vai ser o radialista? Você? – Ruby pergunta de forma zombeteira.

–Por que não eu, lobinha? Algum problema com minha voz de veludo? – Responde no mesmo tom.

–Com licença! – Neste momento, Emma se levanta do banco de forma inesperada atraindo toda a atenção do grupo para si.

–O que foi, loirinha? Meu brilho foi demais para você? – Alan pergunta jogando o cabelo com os dedos.

–Sim, tem muita purpurina no ar. Preciso respirar um pouco. – Diz irônica fazendo gestos com as mãos no ar e dando as costas para a mesa sem encarar ninguém.

Mulan fez menção de levantar, mas Ruby a breca pondo a mão em sua coxa:

–Deixa ela sozinha um pouco. – Diz a loba. – Talvez precise pensar em algo e essa conversa toda pode não estar ajudando.

Mulan consente se ajustando novamente ao assento.

–Então..., acho que eu estava certa afinal. – Tinker diz tomando o ultimo gole de seu suco.

Mulan encara a garota novamente. Suas intuições sobre as pessoas raramente falhavam e via, com clareza, que Tinker tinha algum problema com Emma.

–O que você pensa que sabe sobre Emma?! – A morena pergunta de forma direta e dura arqueando as sobrancelhas.

–Uau! O clima esquentou aqui, A-D-O-R-O! Continuem, please! – Alan pede enquanto cruza as pernas.

A fadinha põe o copo na mesa sem entender absolutamente nada.

–Por que você está falando assim comigo? – Pergunta meio assustada.

–Não se faz de besta. Eu vi o jeito irônico que você falou com Emma. Responde. O que você pensa que sabe sobre ela?

–Hey, calma... – Pede pacientemente. – Eu só fiz uma pergunta pra Emma. Somos todos amigos aqui, certo? – Questiona olhando para todos os companheiros de almoço.

–Pelo que vejo acho que nem todos, queridinha. – Alan se intromete.

–Não põe mais lenha. – Neal pede de forma calma.

Alan descruza as pernas devagar, levanta-se arrumando o uniforme no corpo esguio, dizendo em seguida: - Se alguém aqui for brigar, gritem, por favor, não posso perder isso por nada. Beijos para vocês, fui.... – Conclui dando as costas.

–Ninguém aqui vai brigar, certo? – Neal pergunta olhando para Mulan e Tinker.

A garota loira encarava a morena com receio. Aqueles anos de convivência no grupo a fizeram entender que ali na escola havia algumas pessoas com as quais não era prudente começar uma briga e uma delas era Mulan.

–Não se depender de mim. – Responde a loira.

–Mulan? – Pergunta agora olhando para a morena.

–Ok. – Responde de forma seca e ainda encarando a garota.

***

Emma andava pelo corredor quando ouve passos rápidos em sua direção. Antes mesmo de virar-se para ver quem era, a voz de Zelena preenche o espaço entre as paredes.

– Emma!! - Diz alto enquanto se aproxima da loira. – Ufa, sempre tenho de correr atrás de você - Fala num tom divertido.

– O que foi? - Pergunta sem emoção.

– Nada... Está tudo bem? Eu te enviei mensagem e te liguei todo esse final de semana e você não respondeu, nem retornou. O que aconteceu? - Pergunta esperançosa enquanto seus olhos azuis brilhavam nas órbitas brancas olhando para a loira a sua frente.

– Nada. Estava ocupada e estou ocupada agora então, se me dá licença. - Pede encarando o rosto de Zelena cuja expressa contente havia sido perceptivelmente ofuscada com a resposta evasiva de Emma.

– Eu fiz alguma coisa que você não gostou? - Pergunta preocupada.

– Provavelmente você fez muitas coisas que eu não aprovaria, mas não quero saber. Agora se me permite tenho de ir. - Diz de forma inexpressiva dando as costas para a garota.

– Espera! - Zelena pede segurando o braço esquerdo de Emma fazendo a loira virar para si novamente.

Emma vira-se levemente irritada e encara mais uma vez os olhos profundos e receosos da ruiva.

– Eu vi que você sentou de novo na mesa com seus amigos. Voltou a falar com Mulan? Por isso que está agindo assim comigo? Ela passou esse tempo todo te falando do quanto eu sou uma pessoa ruim? - Pergunta tudo de uma vez tentando captar todas as expressões da loira. Em vão. Emma não demonstrava nada, nem interesse por suas palavras, nem desprezo. Absolutamente nada. A loira estava num estado apático e frio. Olhava para Zelena e lembrava-se das palavras de Regina. Imaginava Henry criança sendo maltratado por ela e não sabia de onde tirava o equilíbrio que não a deixava avançar o punho fechado na direção daquelas íris azuis.

– Mulan não perderia seu tempo falando mal você. Pode ter certeza. - Diz inexpressiva e ansiosa por sair daquela situação antes de esquecer que estavam no corredor da escola e seu limite de advertências estava por um fio.

– Olha Emma, não sei o que fiz pra você, até onde sei não fiz nada e estávamos indo bem, pensei que você fosse minha amiga. Que gostasse de mim...

– Eu pensei que poderia ser sua amiga. Pensei que você fosse apenas uma pessoa solitária e mal interpretada pelas outras pessoas, com certeza viver assim não é fácil, mas... – Faz uma pequena pausa. Falava como quem fala com um poste. Não se sentia bem com aquilo, não era o jeito certo de tratar uma pessoa, mas o que Zelena havia feito a Henry era imperdoável, mesmo que tenha sido há alguns anos, ainda assim, não queria aquela proximidade. Toda a compaixão que sentia por Zelena havia se transformado em repúdio. - Sinto muito, não posso ser sua amiga. Procure outra pessoa. – Fala de forma dura e, mais uma vez dá as costas para a garota e segue sem pensar duas vezes.

Zelena continua parada no corredor tentando digerir tudo que acabara de acontecer. Não era possível que Emma pudesse mudar assim de uma hora para outra sem que nada tivesse acontecido. Algo aconteceu, e ela arranjaria um jeito de descobrir.

***

–Pensei que não viria mais. – Diz indo em direção à loira.

–Tive uns problemas no caminho. – Fala abraçando o garoto e bagunçando seus cabelos castanhos.

Henry puxa Emma pela mão levando a garota até a borda da piscina.

–Nós podemos estar aqui a essa hora? – A garota pergunta meio preocupada. – Sabe como é, estou com a corda no pescoço de tantas advertências. – Sorri um sorriso amarelo.

–Relaxa. Eu sempre venho aqui na hora do almoço e ninguém nunca me pegou. – Fala sorrindo indicando um lugar ao lado do seu.

–É um lugar legal. – Comenta sorrindo.

–É. Gosto da piscina.

–Minha escola em Boston não tinha uma piscina. Não era uma escola grande. – Comenta enquanto tira os sapatos para por os pés na água.

–Você nunca me falou sobre Boston. Era legal morar lá? – Pergunta enquanto tira do bolso do casaco um saco de batatinhas e oferece à amiga.

–Obrigada. Era ótimo. Tinha alguns amigos, não tantos como aqui, mas o suficiente para extrapolar meu número de advertências na escola. – Diz sorrindo.

Henry olhava para ela com curiosidade.

–Mas não estou aqui para falar da minha vida em Boston. Quero saber da sua namorada. – Diz mudando de assunto e vendo as bochechas do garoto corar.

–Não tenho namorada.

–Ok.. estou aqui para saber da sua futura namorada. – Corrige mostrando-se animada.

–Eu falo, mas primeiro você tem de me dizer o que te deixou mal ontem. Tem certeza que não foi minha mãe? Sei que ela pode ser meio desagradável às vezes.

–Eu sei, garoto. Não foi sua mãe. – Fala e faz uma pausa.

–Então? – Pergunta tentando retomar o assunto.

–É algo que não posso contar, Henry.

–Acha que sou criança demais para entender?

–Não, não é isso. Você tem uma cabeça bem madura pra sua idade. É que...

–É um segredo?

–É..., é algo como um segredo que não envolve apenas a mim, envolve outra pessoa e não posso sair por aí contanto os segredos dos outros, por mais que ele também seja meu. Você entende?

–Sim. Eu sabia que você não contaria.

–Como?

–Não sei. Dá pra perceber quando os adultos tentam guardar um segredo. Geralmente eles dizem que sou jovem demais para entender, ao menos você me falou outra coisa então não vou cobrar, mas só dessa vez, ok?

–Ok. Agora me diz..., quem é a garota?

As bochechas de Henry ficam rosadas rapidamente. Emma sorri ao percebê-lo desconcertado.

–É a Anna. – Diz baixinho e envergonhado com os olhos fixos na água.

–Anna? Do segundo ano?

–É. – Confirma ainda com as bochechas rosadas. – Ela é do segundo ano. Nunca vai olhar pra mim.

Emma se compadece ao ver o garoto com a cabeça baixa olhando diretamente para a piscina com os olhos distantes como se buscasse conforto em algum lugar na transparência da água. Aproxima-se de Henry passando o braço por seu ombro até ele relaxar o tronco em seu corpo. Olhando na mesma direção que o garoto e com o peito cheio de algo que Emma não sabia descrever, diz:

–Claro que Anna pode olhar pra você. Você é um garoto incrível. Tem só doze anos, tá certo, Anna tem dezesseis, nessa idade as meninas só olham pra babacas como o Killian, mas..., você é muito melhor que ele. Você vai ver, daqui a alguns anos, quando se tornar um rapaz incrivelmente bonito, esperto, inteligente, gentil, um verdadeiro príncipe, Príncipe Mills. – Diz sorrindo enquanto Henry vira a cabeça para encará-la. Os olhos verde-azulados do garoto fitam com profundidade os esmeralda, criando um laço ainda mais forte no apreço que o garoto já sentia pela loira desde a primeira conversa que tiveram no castelo da praia.

–Você acha mesmo? – Pergunta com a voz baixa.

–Tenho certeza.

–Como pode ter tanta certeza?

–Henry..., só de olhar pra você eu sei. É meu super poder, lembra? Eu sempre sei essas coisa sobre as pessoas.

–Hum... por isso que você gosta da minha mãe? Porque sabe que ela não é tão má quanto dizem? – Pergunta tranquilamente deixando Emma completamente desarmada.

–É..., sua mãe não é uma pessoa ruim. - Responde com cuidado, escolhendo as palavras da melhor forma para que nada transparecesse o que não poderia ser transparecido. Tomando o ar depois de meio segundo calada, continua: - Ela só tem os fantasmas dela, assim como todas as pessoas tem e se ela se deixa abater com ele mais que as outras pessoas significa que ela tem uma sensibilidade maior, uma paixão maior, significa que ela ama e odeia na mesma intensidade, no modo ‘hard’. Entende?

–Sim. – Responde sorrindo voltando a olhar para a água calma da piscina.

–Você acha que quando eu crescer Anna vai olhar pra mim?

–Me pergunto que mulher dessa cidade não vai olhar para você. Vou até sentir ciúmes. – Diz encostando sua cabeça loira na cabeça de Henry.

–Você nunca precisa sentir ciúmes de mim, Emma. Você vai ser sempre como uma..., como uma... – Passa uns segundos tentando definir o que Emma significava para ele, sem sucesso. – Eu não sei dizer o que você é pra mim, Emma. É como se qualquer coisa que eu pudesse pensar agora fosse pouco. – Diz numa simplicidade deixando o momento seguinte ser preenchido por um silêncio que faz o mundo de Emma cair. Como é possível nomear um sentimento quando palavras são poucas, quando a expressão exata ainda não passou pela genialidade de um poeta e não podemos alcançar a palavra certa para definir o indefinível? Silencia-se.

Os dois permanecem em silencio por vários minutos. Ele confortável com a cabeça repousando no ombro dela e ela com os braços em volta do pescoço dele. Olhavam a água refletindo a silhueta de duas pessoas que eram mais que amigos, mais que irmãos, que eram algo impossível de definir.

–Eu entendo,garoto. Agora entendo...


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Notas finais do capítulo

Então pessoas.. eu vou inserir mais um personagem na fic e eu queria a opinião de vocês. O personagem novo é uma mulher, mais ou menos 30 anos, será professora da escola da Emma e eu quero nomes. Queria ou o nome de uma personagem feminina de OUAT que ainda não tenha aparecido aqui na fic ou se vcs acharem melhor eu invento um personagem novo. Porque estou pedindo a opinião de vocês? hehehe... por que eu gosto quando vcs opinam nas coisas. Então deixem nos comentários ou uma personagem de OUAT ou outro, não sei.. enfim.. opinem que eu vou ler tudo e escolher o que se encaixar mais na personalidade dessa pessoa nova. Obrigada.