Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 38
Capítulo 38


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoas... desculpem mais uma vez pela demora.
Quero agradecer pela paciência de vocês, sério, eu tenho leitoras incríveis aqui, de verdade. E por falar nisso tenho sentido falta de algumas leitoras nos comentários, falo mesmo. "¬¬
Só pra vcs terem uma ideia de como eu tenho leitoras incríveis, fofas e perfeitas, quero agradecer a recomendação da Amanda, obrigada, sua linda, eu não esperava que essa fic ainda fosse recomendada e também quero agradecer a Jenny Regal pela dica da música que vai acompanhar nossa cap hj. Eu não conhecia e achei que se encaixa muito bem com esse momento da fic então, obrigada e sintam-se a vontade pra mandar dicas de música que pareçam com a fic.
To falando muita coisa aqui, mas isso não posso deixar de lado: a fic bateu os 200 acompanhamentos, não sei se isso é muito, mas pra mim é muito demais *____* pq não imaginei que chegaria a tanto, muito obrigada e continuem comentando eu leio cada comentário e respondo, mesmo que demore um pouco mas respondo. E, finalmente, Boa leitura!



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Uncover

Deitada na cama com os fones de ouvido no volume máximo Emma mexia apenas a boca para cantar o refrão. A música fazia mais do que apenas entrar em seus ouvidos.

♪ ♫ Nobody sees, nobody knows...

Tocava num lugar bem próximo do coração e lhe fazia pensar em coisas que gostaria de simplesmente esquecer por enquanto. Era quase uma sessão de tortura. Estar meio pra baixo e ouvir justamente aquela música que te deixa ainda pior e te faz lembrar de tudo aquilo que gostaria de esquecer. A loira não gostava de lembrar o quão grande era o abismo que unia e ao mesmo tempo a separava de Regina Mills; e, para completar a situação, ainda pensava na burrada infantil que tinha feito indo atrás de Lacey e no quão Regina fora compreensiva e até mesmo fofa. Fofa? Sim. Quem conhecesse Regina Mills há menos de três meses jamais imaginaria que aquela mulher pudesse se transformar em alguém amável. Em anos Emma fora a única que percebeu algo por detrás da máscara de pedra que a morena usava o tempo inteiro. Aquilo a deixava numa felicidade absurda. Fazer Regina feliz era para ela a coisa mais certa e bonita a se fazer, mas sabia de todos os riscos daquele relacionamento, que na verdade nem se poderia dizer ser um relacionamento, efetivamente dito, ninguém havia se comprometido com nada, e isso começava a incomodar Emma.

♪ ♫ Like stars in hiding...

Ela queria sair de mãos dadas com Regina na rua, abraçá-la, mostrar para todos quanto era feliz com ela, o quanto estava apaixonada pensava em passar a vida toda ao seu lado, se ela lhe permitisse; mas ao contrário disso, sentia como se pisasse em cacos de vidro e a qualquer momento Regina fosse desaparecer como fumaça no ar.

Tudo tão secreto, tão escondido, tão bambo como um equilibrista numa corda há metros de altura do chão. Sentia medo e não sabia para quem abrir aquilo. Mulan não falava mais com ela; Neal era “irmão” da Regina; Mary Margaret provavelmente não entenderia, ou diria para ela parar com isso; Ruby não era a melhor pessoa para se pedir um conselho desses, provavelmente diria para ela fazer sexo e resolver as coisas, como se tudo pudesse mesmo ser resolvido assim; Zelena, sua mais nova amiga também não, a garota, além de odiar Regina, era muito instável, Emma não fazia ideia de como ela poderia reagir. Estava só com aquilo. Com seu segredo, seu e de Regina. Um segredo que lhe ultrapassava o peito e lhe pedia, implorava para ganhar asas e tomar o mundo.

♪ ♫ We are a secret, can't be exposed…

Sentia o peso do próprio coração se apertando dentro do peito. Até onde aquilo iria? Onde iria chegar aquela historia? Quais seriam os passos seguintes? E se tudo terminasse mal? Ela era um problema para Regina, um grande problema. Pensava, refletia e não chegava a lugar algum e, pela primeira vez, olhando o teto do quarto, dizia para si mesmo que apenas uns cinco anos a mais seriam perfeitos para que não houvesse tanto problema. Mas ela faria dezoito anos bem no final daquele ano, poderiam segurar mais um pouco, certo? Será que Regina toparia?

Emma sente o celular vibrar embaixo de suas costas. Tira os fones numa pressa sem tamanho e atende:

“Hey, Swan. Quer dar uma volta na praça? Tá um domingo muito chato aqui em casa. Eu pago o Hot Dog dessa vez”.

A loira franze a testa sem saber o que responder. Zelena tinha aquela coisa de ligar pra ela sempre na hora mais estranha.

“Está ocupada agora?”

A garota pergunta ao perceber que Emma demorava demais para responder.

“Não..., eu estava..., ouvindo música”

“Então você vai? Tenho algo importante pra falar com você, não dá pra esperar até amanhã e eu nem gostaria de te falar isso na escola”.

“Deve ser muito importante...”

“Sim”

“Tá..., meia hora, ok?”

“ok!”

Senta na cama apoiando o queixo na palma das mãos enquanto olha as jaquetas penduradas na parte detrás da porta. Sua “animação” era visível. Não tinha visto Regina naquele final de semana o que contribuía, e muito, para que qualquer coisa, por melhor que fosse, se transformasse num tédio sem fim, mas talvez, conversar com Zelena fosse melhor que ficar ali pensando em como sua incrível historia de amor com a diretora da escola poderia terminar das formas mais trágicas possíveis.

Estava parada olhando para o espelho do banheiro. Nele podia ver a si mesma por inteiro. Cada parte de seu corpo, marcas, linhas, curvas que a vida tatua na pele. Rob havia sugerido um final de semana em Boston, apenas Regina e Henry, para que ela pudesse relaxar e esquecer um pouco da insistência de Cora em querê-la no posto de prefeita. Insistia em recusar, mas não sabia por quanto tempo conseguiria. Não estava bem desde aquele dia em que a mãe apareceu na escola, desde que viu como num afresco pintado da forma mais realística possível, o perigo daquela situação. Cora ali ao seu lado, Emma e Zelena como pano de fundo e dentro dela um rebuliço, uma falta de chão infinita. O que era aquilo? Mais uma vez o medo.

Tudo se acumulava com o passar dos anos e agora se revelava cada vez mais perturbador já que uma nova história havia começado, mais um grande problema somado a tudo que Regina já havia passado. Seu relacionamento com Emma era situação delicada e perigosa demais. A morena sabia o quanto tinha a perder, e era muito, praticamente tudo que havia levado anos para construir iria desmoronar assim que essa história vier à tona. Questionava-se o motivo de não terminar aquilo de uma vez. Sentia-se, por vezes, uma megera. Como iria dizer Isso à Emma? Culpava-se. Como pôde se deixar levar por ela? Por aquele sentimento? Por que nãoVia Emma como Todas as garotas da escola, simplesmente como uma garota? Porque que para ela Emma teve de ser mais e lhe despertar todos aqueles sentimentos? Sabia o quanto a garota também sofreria; Cora não pensaria duas vezes antes de fazer algo a Emma para atingi-la e infelizmente a mãe era uma força contra a qual Regina não poderia lutar Foram tantas as tentativas falhas que desistiu e resolveu apenas se manter o mais afastado possível, pois o encontro era sempre perturbador.

Veste-se. Não queria mais olhar para si mesma.

–Mãe, nós precisamos conversar. – Henry fala com uma expressão séria assim que vê Regina descendo as escadas.

Ela olha a expressão do garoto com curiosidade.

–Me parece muito sério. Podemos conversar no escritório?

–Iria mesmo sugerir este lugar. – Fala mantendo a expressão séria.

Regina sorri apoiando a mão no ombro do filho enquanto caminham.

–Então? – Pergunta sentando na poltrona atrás da mesa do escritório enquanto Henry senta-se em frente.

–É sobre o seu noivado. – Fala e faz uma pausa para analisar a expressão da mãe. Regina apenas levanta uma das sobrancelhas, tentando parecer surpresa, mas na verdade já sabia que Henry estava a ponto de lhe questionar certas coisas, principalmente sobre seu comportamento instável das ultimas semanas.

–Não entendo porque essa insistência em casar com o Robin. Sei que vocês são amigos tem muito tempo e não consigo pensar em vocês dois como casal. Pra mim a senhora só entrou nessa por causa da minha avó. Ela está mandando você fazer isso, não é? E a verdade é que você gosta de outra pessoa, só não sei quem ainda, mas gosta e me parece feliz. Tem semanas que analiso seu comportamento, mãe, e como um bom filho eu tenho de dizer que tenho te visto feliz pela primeira vez em todos os meus quase treze anos e acho que você não deveria casar com Robin só por causa da Cora. Primeiro eu pensei que fosse por minha causa, já que seria possível pensar que eu preciso de um pai, uma figura masculina capaz de me dar limites e essas coisas todas que adultos pensam sobre educar os filhos, mas sinceramente mãe, eu não preciso disso. Eu preciso que você seja feliz para que eu possa ser feliz também. – Despeja todas as palavras e respira fundo no final olhando para a mãe e esperando que ela diga alguma coisa.

Regina fica de boa aberta. Sabia que o filho era um garoto esperto demais para sua idade, mas nunca pensou que fosse tão esperto assim. Parecia que ele havia acabado de ler tudo que estava passando com ela e lhe dizer que independente do que fosse ele apoiava, mas será que realmente apoiaria?

–Henry, querido..., - Curva-se para frente apoiando os cotovelos nos joelhos e entrelaçando as mãos. – Não posso dizer que você está errado, por que não está. – Respira fundo. – Acho que você já é grandinho o suficiente pra saber o que está acontecendo. – Faz uma pausa maior. O garoto se contorce na poltrona. Ambos estavam nervosos: Regina com o que iria falar e com a melhor maneira de dizer e Henry com o que iria ouvir e a melhor maneira de reagir.

–Meu noivado com Rob é..., como posso dizer isso... – Procurava as palavras na sua cabeça, mas antes que elas lhe viessem em seu auxilio, o garoto se adiantou:

–É de mentira.

–Essa não era a palavra que estava procurando, mas..., sim..., é de mentira.

–Eu sabia! – Fala soltando um leve soco no ar. – Então por que não termina logo ?

–É uma situação complicada.

–Adultos e suas complicações. – Fala revirando os olhos.

Regina esboça um leve sorriso.

–Sim, adultos e suas complicações.

–Então?

–Como você sabe, Rob e eu somos amigos de infância, ele me ajudou em momentos muito difíceis na minha vida.

–A morte do vovô e meu nascimento.

Regina confirma com a cabeça.

–Cora tem, sim, muita coisa a ver com isso, mas, o principal motivo é que eu quero ajudar Rob. Voce sabe que ele vem de uma família muito tradicional aqui de Storybrooke e ele não é casado porque..., porque..

–Por que ele é gay.

–Henry! – Dessa vez o garoto consegue surpreender a mãe que olha para ele de boa aberta. – Como..

–É meio obvio. Como pode um cara ficar semanas longe da própria noiva, sendo que essa noiva é você? A mulher mais bonita dessa cidade? Não é a toa que ele está perdendo pra outra pessoa.

–ok. Você está esperto demais. Rob é gay, os pais dele não sabem disso até hoje e ele passa semanas fora por causa dos negócios da família e também porque ele tem uma família em Boston. Uma família que não interessa a ninguém dessa cidade, entendeu?

–Entendido! Então quer dizer que vocês não irão se casar?

–Quanto a isso eu não sei, Henry. Sei apenas que eu ajudo Rob com a família e ele me ajuda com Cora. Sem esse noivado ele perde tudo e eu perco você.

–Eu sei. Minha avó tem minha guarda porque você não estava em condições de ficar comigo quando minha mãe, que era sua melhor amiga, morreu.

–É. – Regina levanta e anda até o filho. Abraça o garoto. – Sei que você consegue entender isso e parar de fugir toda vez que vir o Rob, certo?

–Certo. Mas fugir se tornou um hobbie bem legal. –Fala sorrindo enquanto sua mãe o repreende com os olhos.

–Mãe.

–Sim.

–Quando vai me apresentar seu novo namorado?

–Então, Henry, o que você acha de passar o final da próxima semana em Boston com quanto sorvete você aguentar tomar?

–Ok, ok. Não precisa dizer se não quiser. – Fala fingindo impaciência. – Mas, posso convidar a Emma? Diz que sim, mãe, por favor!

Regina respira fundo mais uma vez. A ideia de Rob era justamente que ela ficasse longe de tudo aquilo para poder pensar. Mas a ideia de os três se unirem num final de semana a agradava tanto que não pode dizer não a proposta do filho.

–hahaaa! Amanhã na escola a convido. Vamos tomar todo o sorvete que conseguirmos. – Fala animado abraçando a mãe mais uma vez.

–Boa noite, tocada pelo fogo. – Emma se aproxima mexendo no cabelo de Zelena.

–Tive a liberdade de já comprar seu Hot Dog, ou você prefere sorvete? – Pergunta animada.

–Hot dog está ótimo. – Fala sentando-se no banco ao lado da garota.

–Então, o que você tinha de tão importante pra dizer?

–Está tão curiosa assim que não consegue parar de comer primeiro? – Pergunta sorrindo.

–Desculpa. – Emma engole tudo de uma vez só.

–É uma coisa bem boba, muito boba mesmo. Tenho até de te pedir desculpas por tirar você de casa só pra ouvir minhas bobices. Eu não tenho com quem conversar sobre isso, sabe...

–Nada, sem problema. Sei como se sente. – Fala engolindo o resto de Hot Dog de uma vez só e limpando os dedos no guardanapo.

Zelena sorri mais uma vez do jeito incomum de Emma. Normalmente as garotas sempre tinham uma maneira mais sutil de comer, mas ela não parecia se importar com aquilo.

–Fala!. – Pede sorrindo e arrumando a postura no banco para ficar de frente para a garota.

Zelena descansa a metade de seu Hot Dog em cima de suas coxas e começa a falar:

–Estou gostando de alguém.

–Uh...,! – Emma fala zoando a garota.

–É sério, Swan.

–Ok, foi mal. Pode continuar.

–Na verdade acho que estou, não tenho certeza é, é meio confuso, sabe.

–Sei...

–Pois é. Eu sinto como se essa pessoa tivesse mudado minha vida. Antes tudo era bem..., bem escuro eu só conseguia pensar no quanto minha vida é uma droga e no quanto eu odeio tudo isso, mas agora..., agora tudo me parece tçao diferente, sabe. Tem dias que eu não brigo com ninguém porque não sinto vontade. Até tenho sorrido. Eu me sinto tão, tão...

–Leve.

–Sim. Você também sente isso?

–Sinto.

–Então também gosta de alguém?

–Gosto, mas não pergunte porque não digo quem é.

–Ok, também não vou te dizer.

Emma sorri.

–Ok.

–Ele sabe?

–Ele quem?

–A criatura de quem você gosta. Sabe?

–Não sei. Às vezes acho que sente o mesmo que eu e às vezes acho que não. É complicado de saber por que é uma pessoa muito gentil.

–Entendo. Porque não se declara logo? Assim você vai saber de uma vez.

–Esse é o problema. E se eu for rejeitada? E se eu não for o tipo de garota certa? E se...

–Aaah, para com isso! Não existe essa de tipo de garota certa e não imagino qual garoto dessa cidade rejeitaria você.

–Acho que só está sendo gentil.

–Gentil como seu novo grande amor?

Zelena fecha a cara.

–Ok, desculpa. Sério. Sem zoação. Mas é sério. Você deveria se declarar o máximo que vai acontecer é levar um não. Isso não vai matar você, acredite em mim.

–Obrigada. – Agradece pegando na mão de Emma. – Sei que tivemos nossas desavenças e tals e que demorou um tempo até eu perceber que você é uma pessoa legal e..., e que eu posso confiar em você e..., e falar com você. - Sorri.

Emma percebe o desconserto da garota. Imagina que seja realmente difícil pra ela fazer amizade depois de tanto tempo fechada num ódio que pra ela era totalmente sem sentido.

Põe a mão em cima da de Zelena.

–Fico feliz por você ter mudado tanto e pra bem, claro.

Zelena abaixa a cabeça tentando esconder os olhos. Respira fundo. Seria aquele o momento? Queria tanto dizer à e Emma que ela era a culpada pela mudança, que ela havia mostrado que era possível se abrir para alguém, confiar; era culpa dela se agora Zelena podia entender o sentido da gentileza, mas talvez fosse cedo demais, talvez devesse esperar para encontrar palavras melhores, observar o comportamento da loira mais um pouco até pisar num terreno desconhecido.

–Ok, Swan, Isso já está ficando muito sentimental. – Fala olhando para Emma e cortando o contato de suas mãos.

–Emma, Emma, Emma! – Henry desce do carro da mãe em direção a loira.

–Calma garoto! – Diz abraçando Henry. – Quanto tempo não te vejo?

–Você nunca mais foi lá em casa jogar vídeo game.

–Nunca mais fui convidada.

Henry franze os olhos.

–Tenho um convite para fazer. Eu e minha mãe vamos passar o fim dessa semana em Boston, quer ir conosco? Quanto sorvete você aguentar comer. – Fala entusiasmado.

Emma sorri e olha para Regina que se aproximava dos dois lentamente.

–Ele insistiu que você deveria ir. – A morena fala olhando a garota.

–Isso significa que não devo aceitar? – Pergunta provocando a diretora.

Henry apenas observa aquilo curioso.

–Significa que você aceita se quiser. – Regina fala de forma calma.

–O.K., vou falar com meus pais e, sim... eu vou!.

–Eba!!!!!! Vai ser o final de semana do sorvete!

Emma e Regina sorriem da animação de Henry quando a campainha da escola soa.

–Até mais Emma! – O garoto se despede com um beijo na bochecha da loira.

Paradas quase na entrada da escola as duas se olhavam por um segundo que parecia uma eternidade.

–Ele gosta muito de você. – Regina comenta cortando o contato visual.

–E eu dele. – Fala enquanto procura a íris castanha da mulher que não consegue manter os olhos afastados por muito tempo.

–Você está linda hoje. Está linda todos os dias, mas hoje está mais. – Emma fala com um sorriso meio de lado nos lábios.

–E qual seria o motivo disso? – Regina pergunta entrando no jogo da loira.

–Saudade. Você está me matando de saudade, Regina e isso não se faz. – Fala numa voz mansa, dolorida.

A morena estremece por dentro e umedece os lábios vermelhos tentando conter o sorriso enquanto a loira se aproxima perigosamente.

–Emma..., se afasta. – Regina fala com os olhos quase fechados como quem espera um beijo no escuro e sofre quando ele não acontece.

A garota dá um passo para trás atendendo ao pedido, mas continua seu pequeno jogo de sedução.

–Quando vou poder ficar mais perto? Tipo, bem perto de você?

Regina respira fundo. A vontade que tinha era de sair dali naquele instante e levar Emma para um lugar qualquer em que só estivesse as duas e todo o tempo do mundo, mas era impossível assim como era impossível resistir a ela. Já havia esquecido tudo aquilo que pensara na noite anterior e percebia com clareza todos os motivos: era seus olhos verdes, seu cabelo loiro, comprido, ondulado; era aquele óculos de aro grosso no seu rosto que lhe dava um charme sabichão; era sua postura, sua voz, sua pele, seu jeito de falar e principalmente seu jeito de falar com ela, de dizer que está com saudade, de dizer que a ama, de dizer mil coisas ao seu ouvido; eram seus braços pra onde ela sempre queria voltar e senti-los em volta de si.

–Infelizmente essa semana vai ser complicada. Eu tenho muito trabalho, muito trabalho mesmo e você está me tentando. – Fala olhando Emma sorrir como só ela sabe sorrir.

–Tá, eu aceito isso desde que esse final de semana seja nosso.

–Henry vai estar conosco, esqueceu?

–Aaawn!!! – Faz uma expressão de tristeza arqueando os lábios para baixo.

–Prometo um final de semana nosso mesmo incluindo Henry, ok? – Fala de forma sensual segurando queixo de Emma com a mão e em seguida acariciando o lado de seu rosto com a costa dos dedos.

A garota fecha os olhos com o toque da morena e sorri. Aquilo foi o bastante para fazer de sua semana umas das mais ansiosas que já vivera.


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Notas finais do capítulo

Iai? Gostaram? Digam nos comentários. Abraços.