Por toda a minha vida escrita por Elle Targaryen


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Heeeey... quero agradecer pelas pessoas que comentaram, as que estão acompanhando e as que favoritaram. Não imaginei que se interessariam pela história. Enfim.. obrigada!!!!!

Sem mais delongas, vamos ao capítulo!



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Quase não havia movimento nas ruas. As poucas pessoas que tinham ali andavam devagar como se tivessem todo o tempo do mundo. No início Emma acha aquilo tedioso, mas depois de tanto observar a cidade, percebe que a lentidão e o vazio são coisas admiráveis; além de a cidade ser bem charmosa, limpa, espaçosa e confortável. Lembra, de súbito, do comentário da mãe: tem mar em Sotrybrooke e, claro, ela precisava ver, só não sabia qual direção seguir. Se aproxima de um garoto que passeava com um cachorro. Pergunta em qual direção ficava a praia, segundo ele não era muito longe. Decide seguir até lá.

Quando avista a areia e o mar era tudo tão bonito e solitário que conseguia apenas ficar parada por alguns minutos observando. Ao longe, naquele horizonte onde imaginamos o céu encontrando a água, era de uma escuridão sem fim, parecia nem haver horizonte. Imagina que se por acaso se jogasse na água e nadasse até aquela escuridão poderia ser sugada por um buraco negro e ir parar nas estrelas, e quantas estrelas havia naquele céu? Pareciam infinitas!!! ''Ok.,, Emma" Diz para mim mesma. "Chega de loucura e vamos para a areia".

Desce até a areia e caminha pela praia sentindo a maresia, o cheiro da água salgada trazida pelo vento frio, quando é surpreendida por uma espécie de construção pequena de madeira. "Curioso". Pensa. Aquela coisa ali no meio da areia parecia um pequeno castelo. Caminha até lá. Ao se aproximar vê um garoto de mais ou menos onze ou doze anos sentado entre o que deveria ser as torres do castelo. Ele parecia meio triste, cabisbaixo. Aproxima-se, perguntando:

– Hey...! Você é o rei deste castelo?

Ele assusta um pouco com a aproximação repentin, mas logo sorri:

– Sim, sou o rei Henry, o desbravador!

– Muito prazer, vossa majestade, Emma Swan do reino dos patinhos feios. - Falei fazendo uma reverência com a cabeça.

O garoto não parava de rir.

Emma imagina que poderia ser contratada como bobo da corte e por incrível que pareça, aquele pensamento não a incomodava. Já fora do tipo que se incomodava com as pessoas rindo dela, das suas ironias, besteira de adolescente mimada que fora um dia ou ainda era, não sabia definir. O fato era que aquele garoto rindo da sua "piada" idiota não a incomodava, pelo contrário, sentia-se infinitamente satisfeita de proporcionar-lhe aquele sorriso. Ele parecia triste quando chegara e agora a “palhaça” Swan lhe propusera um pequeno milagre.

– Então, Emma..., te convido formalmente a entrar no meu humilde castelo -. Diz contendo o riso e fazendo gestos com as mãos mostrando a loira um lugar para sentar ao seu lado.

– Com todo gosto, meu rei! - Falei sorrindo e senta-se.

– Você é nova na cidade, não?

– Sou. Cheguei hoje com meus pais. Com certeza você sabe sobre o novo xerife.

– Sei. Todo mundo sabe que ele chegaria por esses dias.

A garota esboça um sorriso tímido.

– Pois é, imaginei isso. Cidade pequena..., sem segredos. - Sorriem em conjunto.

– Você é filha do xerife! – Afirma o garoto.

– Exatamente. – Confirma a garota.

–Hum... - Murmura pensativo e solta: - Você é tipo assim.., uma Lady do reino de Storybrooke.

Emma Gargalha litros com aquilo.

– Lady, eu..., imagina! Estou mais pra bobo da corte mesmo. - E continuei a falar sem dar espaço para o garoto retrucar, estava curiosa sobre o porquê de ele estar tão cabisbaixo.

– O que você faz aqui sozinho? Você não é muito jovem para sair por aí sozinho à noite? Cadê seus pais?

–Hey! Não sou mais criança, sou um rei e vim aqui desbravar terras desconhecidas -. Diz fazendo uma cara de vitorioso.

–Sei, sei.., - Concorda cerrando os olhos..

O garoto parecia pensativo. Fica calado por uns segundos e em seguida desabafa:

– Talvez eu não seja um rei, mas sim um príncipe: Henry, o príncipe desbravador. - Fala com uma expressão divertida.

Passam um tempo em silêncio olhando pro mar. O semblante de Henry havia mudado outra vez. Ficou meio tristonho e disse sem olhar para a nova amiga:

– Minha mãe, a rainha – Faz uma pequena pausa e continua: - Ficou noiva de um cara; ele não é uma pessoa ruim só que..., sei lá! Acho que ela não o ama. Não entendo porque eles estão juntos se não se amam. Eu queria ver minha mãe feliz. Não entendo por qual motivo os adultos são assim, parece que não percebem, não veem que estão indo contra seu final feliz; eu percebo, eu vejo nos olhos deles e não acho certo.

Aquilo deixa Emma sem saber o que dizer. Um garoto tão jovem se questionando sobre as atitudes de adultos, atitudes que ninguém costuma questionar, as pessoas simplesmente aceitam o mais fácil, mais prático; raras vezes se propõem enfrentar os riscos e procurar o desejam de verdade. Emma entendia aquilo. Ela estava passando por um momento de negação do novo.

Passados alguns minutos pensativos, olha para ele e diz:

– Garoto, os adultos são um pouco confusos mesmo. Acho que quando se fica mais velho muita gente deixa sua realeza infantil de lado e não faz mais castelos na areia e nem se permite ser bobo da corte, deixam de ser desbravadores, valentes, corajosos e aceitam o que pensam ser mais correto para si e pra família principalmente. Eles não fazem por mal..., apenas perdem a coragem.

Meio segundo e Emma pensa: “de onde tinha tirado aquelas palavras?” Se contasse a si mesma que havia dado um conselho tão bonito como aquele nem ela acreditaria.

Ele sorri sem graça querendo se fazer perceber que entende o que loira acabara de dizer. Ela sorri de volta pra ele quando ouve alguém chamar pelo nome de Henry e vir meio desesperado naquela direção

–Henry! Finalmente te encontrei, sua mãe está preocupada. Você sumiu por horas, já estava ficando cansado de tanto te procurar.

Finalmente ele para diante dos dois. Olha pra Emma e em seguida de volta pra Henry e pergunta:

– Quem é sua amiga?

– É Emma, filha do novo xerife. - Responde.

O rapaz tem um olhar meio engraçado, como se estivesse tímido e sorri a cumprimentando com a cabeça:

– Prazer, srtª Swan. Neal Cassidy.

A loira sorri devolvendo o que chamara internamente de excesso de gentileza quando ele recomeça a falar com Henry.

– Precisamos ir, sua mãe está furiosa.

– É melhor ir mesmo, garoto, ou a rainha mandará toda a guarda real atrás de você. - Henry sorri. Neal os olha com uma expressão curiosa.

–Até outra hora, Emma e obrigado. - Henry diz abrindo os braços para abraçá-la.

Abraçam-se.

Ele desce do castelo. Neal despede-se e a garota fica lá sentada vendo os dois irem embora e pensando em como tudo aquilo era inusitado. Olha o céu coberto de estrelas, "Tudo parece tão infinito agora", diz a si mesma. Sente novamente o sal no vento gelado, "Com certeza voltarei aqui mais vezes". Desce do castelo e retoma a caminhada agora de volta a casa.

Abre a porta.

Seus pais estavam acomodados no sofá vendo televisão. Aproxima-se por trás e os abraça, deposito um beijo em cada rosto.

–Pelo visto o passeio foi bom, né?

–Foi, mãe. Fui até a praia e essa cidade parece legal.

– Quem bom, Emma. - Diz David. - Fico feliz que você tenha mudado de ideia.

– E eu fico feliz que vocês sejam felizes um com o outro. – Os três sorriem.

Acomoda-se com eles para ver TV enquanto se permite divagar: "Mudar, poder mudar, saber que se pode mudar para melhor é algo bom, é algo sempre bom só nos é necessário um pouco de coragem”.


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Notas finais do capítulo

Então, minha gente... espero que gostem do capítulo e tenham um pouco de paciência, não quero apressar a história porque eu pensei nela assim mesmo.
Esse capítulo ficou pequeno, mas ele é importante.

Obrigada pra quem ler.
sugestões eu críticas é só comentar.