P.O.V Amanda.

Faz 1 semana em que o apocalipse zumbi começou, meus pais morreram a 3 dias atrás, quando lembro deles sinto uma grande dor no peito, mas tenho que ser forte.

Senti minhas lagrimas escorrendo pelo meu rosto, eu já estava chorando, mas tentava ser o mais silenciosa possível, não queria atrair a atenção de nenhum zumbi, eu só tinha um pedaço de madeira que tinha achado no chão para me proteger e minha mochila com algumas pesas de roupa e meu remédio.

Estava caminhando sem rumo pela rua, os prédios aparentavam estar abandonados, mas eu sabia que se entrasse em um deles eu seria atacada, não queria correr o risco, as ruas estavam cheias de sangue com algumas pessoas mortas no chão com as tripas para fora, estava ficando enjoada, parece que pessoas mortas com os órgãos para fora demoram mais tempo para se transformar.

Enquanto eu caminhava escutei um barulho, gelei na hora, corri para o primeiro lugar que eu vi, que por sorte era atrás de uma grande caçamba de lixo, lentamente fui espiar do lado da caçamba, vi um zumbi andando, meu coração começou a acelerar e lagrimas se formavam de novo em meus olhos, estava começando a ficar tonta, tinha problema de anemia e ansiedade, por isso quando eu ficava nervosa começava a me sentir mal, era sinal de que eu tinha que tomar meus remédios, mas eu não tinha mais água para poder tomar o remédio. O zumbi estava se afastando, era minha chance, levantei, não queria ficar nem mais um segundo ali, assim que fiquei em pé me senti fraca e para não cair me segurei na coisa mais próxima de mim que era a caçamba de lixo, acabei fazendo um barulho bem alto, o zumbi olhou para mim instantaneamente, era impossível me proteger com aquela madeira neste momento, corri o mais rápido que eu conseguia, não aguentava mais, meu corpo implorava por descanso, não importava quantas ruas eu virasse, ele não parava de me perseguir, provavelmente era um velho rabugento igual ao senhor Epaminondas (do desenho a casa monstro) quando ele ainda um humano, não prestava atenção em mais nada até que eu escuto um tiro, quando olho para traz o zumbi que estava me perseguindo agora estava caído no chão, meu corpo não aguentava mais e me deixei cair no chão em busca de ar, quando olho para frente vejo um garoto vindo em minha direção.

P.O.V Frederick

Estava indo para o supermercado, tinha que conseguir comida, a que eu tinha já tinha acabado, logo em seguida eu iria procurar uma loja com munição, só tinha cinco balas no meu revólver eu precisaria ter mais balas guardadas, por mais que eu me dê melhor com um facão eu não posso contar somente com ele, o revolver pode me ajudar a atirar quando eu estiver longe do zumbi. Enquanto caminho vejo uma coisa que chama minha atenção, uma garotinha, devia ter por volta de seus 7 ou 8 anos de idade, ela corria em minha direção mas não parecia me ver, e logo atrás tinha um zumbi, não pensei duas vezes, puxei o revolver do meu bolço e mirei na cabeça dele, uma coisa que eu aprendi quando meus irmãos ainda eram vivos era que seu eu atirasse na cabeça eles morriam, tiros no peito parece só atrasa-los então prefiro ir logo só na cabeça, puxei o gatilho e o zumbi caiu no chão, a menina olhou para traz e seu corpo caiu no chão, corri em sua direção, ela estava machucada? Ajoelhei-me do seu lado e ela me encarou.

– Você está bem? Qual é o seu nome? – perguntei.

– S-Sim , Amanda– Ela respondeu, ela parecia estar com dificuldade para respirar.

– Você tem asma?-

– Não, e-eu tenho anemia, pr-preciso tomar meu remédio –

– a onde esta seu remédio?-

– mochila –

Peguei sua mochila e abri, tinha roupas e uma caixa vermelha, quando abri tinha duas caixas de remédio, peguei e li o nome, um se chamava ácido fólico e o outro se chamava sulfato ferroso, ela não tinha nenhuma garrafa de água em sua mochila.

– Você consegue engolir sem água? –

Ela fez um sinal negativo com a cabeça, estávamos perto do supermercado então peguei sua mochila pus no ombro e a peguei no colo, não podia deixa-la sozinha, ela podia se machucar ou pior, ser devorada. Ela colocou sua cabeça em meu ombro, ela era realmente fofa, eu já avistava o supermercado, não parecia ter nenhum zumbi ali. Entrei e olhei para os lados, realmente não tinha zumbis ali, fui em direção das coisas refrigeradas e coloquei Amanda no chão sentada, peguei uma garrafinha de água e seu remédio e entreguei a ela, ela tomou e me entregou a garrafa de água.

–Não quer beber mais? – perguntei.

–Não, obrigada- respondeu um pouco tímida.

–Esta com fome? –

–Sim – ela respondeu ficando vermelha.

–Não precisa ficar com vergonha de mim- acariciei sua bochecha e fui atrás de comida, achei pão, patê e uns biscoitos, peguei um saquinho com talheres descartáveis para passar o patê no pão, voltei para o lugar a onde Amanda estava, sentei na sua frente e fiz um pão para ela.

–Aqui Amanda, coma tudo, você precisa se alimentar bem.-

– Pode me chamar de Nanda, era assim que meus pais me chamavam, qual é o seu nome?-

– Meu nome é Frederick, mas para você pode ser Freddie- ela sorriu quando eu disse isso, ela era branca, cabelos cumpridos até a cintura, olhos azuis e era bem pequena e aparentemente ela precisa engordar um pouco, bem diferente de mim que tenho 1,88 de altura e 86 quilos, meus músculos não são muito grandes, mas sou bem definido, meus olhos são castanhos igual ao meu cabelo e para dar um charme tenho uma pequena cicatriz em meu lábio inferior.

Nanda tinha terminado o seu pão e estava comendo biscoito, um barulho me fez levantar imediatamente, passos, Nanda se levantou assustada, a coloquei atrás de mim e peguei meu facão, os passos se aproximavam. Será que era uma pessoa ou um zumbi? Os passos se aproximavam lentamente cada vez mais...