Destino ou apenas Coincidência escrita por Nena chan, Inngryd


Capítulo 7
Bonequinha de sangue


Notas iniciais do capítulo

Finalmente postei o capitulo 7 o/ Tentei caprichar neste capitulo e só consegui terminar ele esses dias, desculpem a demora pessoal . Espero que gostem e deixem reviews!!! Mesmo que seja bem curtinha, lembrem-se que não vai cair a mão de vocês se deixarem uma review (não sou boa em fazer piadinhas -.-' ).

Beijos nena chan



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Capitulo VII


Em um dia nublado e frio, as possas de água ainda não haviam secado da ultima chuva. Saiory e Zero estão em mais uma missão, na carta endereçada a Zero dizia que alguns vampiros nível E formaram um grupo para reunir-se um pouco antes de anoitecer e alimentar-se.

- Parece que esses vampiros se tornaram nível E há poucos dias. (Afirma ele com uma expressão séria)

- Hum...então se eles se tornaram a pouco tempo isso quer dizer que ainda estão totalmente conscientes de seus atos. (Ela diz pensativa e preocupada)

Porque eles se arriscam tanto? Eles devem saber que um grupo como aquele chama atenção da Organização e cedo ou tarde chagarão caçadores para acabar com a festa. E ainda mais porque não atacam de noite? Deve ser porque a essa hora o movimento é maior e ainda dá tempo de, se ainda estiverem com fome, alimenta-se a noite. Eles devem saber disso e fizeram o grupo de propósito. Então só pode ser... Saiory se assusta com o que acabara de concluir em seu pensamento.

- É uma armadilha! Eles sabem que vamos persegui-los e eles estão aguardando por isso para acabar conosco. (Diz ela em um tom um pouco alterado e completando seu pensamento em voz alta)

- Eu sei disso, eles pensam que como ainda estão conscientes de seus atos e estão em número maior podem nos vencer. (Zero conclui como se fosse algo muito óbvio)

- Às vezes me surpreendo com tamanha confiança que deposita em si. Bom, mas se é o que você acha fazer o que. Vamos nessa! (Ela afirma toda animada apontando para o céu acinzentado, como se nada pudesse impedi-los)

Zero suspira ouvindo as besteiras dela, é o que ele pensa no momento, e com o olhar apressa ela para que andasse mais rápida. Ela entende perfeitamente o que ele quis dizer e vai eufórica para a missão. Afinal essa é uma missão que exige mais estratégia e precisão por parte deles. Uma missão digna de um caçador como o Zero e um treinamento a mais para mim. Pensa ela ansiosa. Cada vez mais eles vão se afastando da cidade e se aproximam de uma floresta densa e silenciosa. Zero e Saiory sentem um mau pressentimento quanto aquilo, mas seguem em frente mesmo assim. As plantas e as árvores vão diminuindo de número e algumas partes de um depósito vão surgindo. Os dois acabam de frente ao depósito em meio à floresta, um lugar que parece ter sido esquecido por todos. Mas não é um lugar abandonada, estava evidente que esta sendo usado. Só que não se percebe nenhum movimento nem de fora nem de dentro do lugar. Saiory olha para Zero e este olhando para frente cerra os olhos atento. Ela sente a presença de oito vampiros dentro do local.

- É o seguinte, há três homens perto da entrada, dois nos fundos e três espalhas pelo depósito. Vou cuidar dos três da porta e dos outros três, você fica com os dois dos fundos. (Zero cochicha o plano, como se fosse o general dando ordens ao soldado)

 -Ok, vamos logo! (Ordena ela já indo sorrateiramente para os fundos e sem olhar para ele)

Zero fica um pouco confuso, porque jura que ela iria reclamar e brigar com ele por estar com um número bem menor que o dele para enfrentar. Mas logo foca seu objetivo e corre como silencioso como o vento para a entrada. Quase que no mesmo minuto os dois, nem um pouco discretos e nem querendo chamar a atenção, chutam a porta com uma das pernas e um som estrondoso quebra o silêncio que envolvia o local. Os vampiros olham para os novos visitantes como se fossem a janta que estavam esperando para aquele fim de tarde. Os três vampiros da frente avançam em cima de Zero e este consegue se desviar deles e dispara com a bloodrose no vampiro mais perto, a bala acerta de raspão no ser. Os outros dois vampiros aproveitam que Zero está ocupado e avançam em cima dele. Zero deixa que um vampiro se aproxime o máximo possível e quando está quase alcançando o caçador pula, praticamente voa, fazendo com que a criatura se espatife de encontro com a parede. Aproveitando que pulou Zero dispara para o outro vampiro que também havia avançado nela e consegue acertar na barriga. O vampiro se afasta com a mão em cima do ferimento e assim que disparou a arma Zero toma impulso e cai com força sobre a cabeça do ser ferido. Matado ele o caçador parte para o vampiro que se levantava do chão, depois da pancada na parede, e defere um chute no peitoral da criatura. O vampiro se encolhe com a respiração falhando, mas mesmo assim não se dá por vencido e parte para cima do caçador. Ele usa toda a sua força e consegue ficar atrás de Zero com as presas perto do pescoço do caçador. Contudo Zero é mais rápido e da uma cotovelada no vampiro e vira-se rapidamente disparando um tiro no ser, que cai morto no chão.

Saiory observa que os dois vampiros do fundo afastam-se dela, um em cada canto da parede. Ela retira suas kodashis das botas e atira uma para cada lado onde os vampiros se encontravam. Porém, ambos os vampiros são mais velozes e resolvem atacar um de cada vez. Sayori percebe que não ia dar tempo para recuperar as armas caídas no chão e pensa na melhor maneira de ganhar tempo e recuperar as armas. Ela gira em 360 graus e difere um chute certeiro na face do vampiro, que é jogado para longe. O segundo vampiro aproveita e coloca uma de suas garras no pescoço de Saiory, rapidamente ela morde o pulso dele com toda a força, fazendo-o sangrar e o vampiro recuar de dor. Então ela para prevenir-se acerta um chute nas partes baixas do vampiro, que contorce de dores. Saiory sai correndo em direção a uma das kodachis, mas uma de suas pernas é segurada pelo primeiro vampiro que atacou e ela cai no chão. Ele a puxa lentamente para ele e quando está face a face com o ser ela perfura os olhos dele com dois dedos. Antes que o segundo vampiro se se recupera ela pega uma das armas e enfia no coração do vampiro agora cego. Restando o outro vampiro ela dirige seu olhar para o canto que ele estava na ultima vez que o viu e percebe que ele não se encontra mais lá. Seu coração dispara de nervosismo e um par de caninos afiados se crava em seu pescoço. Ela se assusta e pisa com força no pé do ser, mas ele não recua e continua a sugar seu precioso sangue. Saiory finge para o vampiro que se rendeu e não tem mais forças para fazer nada contra. O vampiro cai em sua armadilha e ela com um movimento veloz perfura o crânio do ser com a kodachi. Ele cambaleia tonto e põe a mão na cabeça ensangüentada, poucos segundos depois cai estático no chão.

Os três vampiros restantes observavam a luta esperando que os seus “companheiros” vencessem e trouxessem a janta. Queriam poupar esforços deixando o trabalho mais pesado para os outros. Quando dão por si e percebem que terão que lutar por sua sobrevivência ficam chateados de serem interrompidos no meio da ceia. Cada vampiro estava se alimentando de uma vitima humana, para ser mais especifico mulheres. Seu sangue já havia quase que sido sugado completamente, não tinha mais meio de recuperar as pobres vidas daquelas vitimas. Os vampiros largam seu “lanche” e preparam-se para acabar com aquele que interrompeu seu momento de degustação, como eles chamavam. Zero olha abismado para as mulheres caídas no chão e uma espécie de fúria domina seu corpo ficando fora de si. A bloodrose reage a este sentimento forte de seu dono e espinhos surgem de dentro da mesma, rumo aos vampiros. Os seres olham assustados para aquela arma abominável e tentam se desviar dos espinhos em direção a Zero. Os espinhos perseguem as criaturas e conseguem atingir dois deles, e envolvendo seus corpos perfurando as pálidas peles. Os vampiros gritam de dor tentando em vão escapar daquela situação embaraçosa para eles, mas a cada tentativa de fuga os espinhos esmagavam mais músculos e ossos dos seres. Zero observava o sofrimento dos dois com certo olhar sádico, o terceiro vampiro ainda tentando sobreviver descia-se velozmente dos espinhos encaminhando-se a porta dos fundos. Mais e mais espinhos surgem da bloodrose rápidos como um raio enroscando os braços e pernas da criatura sedenta. O vampiro arrebenta alguns espinhos com uma das garras, contudo mais espinhos aparecem e enroscam não só as partes que ele conseguiu se livrar como o corpo todo. Chega uma hora em que só se vê um ninho de espinhos e mais nada, o emaranhado se contorce e só ouve-se um barulho agonizante de dor.  E então o ninho se desfaz e um corpo cai espatifado no chão. Neste instante um dos três vampiros que estavam tomando conta da entrada e que tinha levado uma bala de raspão surgiu de repente aproveitando o momento que Zero está detraído com o outro vampiro. Saiory percebe o movimento do ser e rapidamente fica entre o vampiro e Zero com as duas kodachis na mão. Zero que não podia fazer nada porque ainda está ocupado com o outro vampiro apenas olha para trás pensando numa maneira de deter o vampiro que o ataca. Saiory vai para cima do ser e com uma das mãos finge que vai ataca-lo com uma kodashi e quando ele desvia desta, ela aproveita e abre mais o ferimento de antes com a outra arma livre. O vampiro mesmo ferido chega ao pescoço de Zero, quando está prestes a dilacerá-lo com suas mandíbulas Saiory perfura a boca dele com uma kodachi. Só que ela não percebe que ele fez aquilo para distraí-la, pois no momento que ela o ataca o ser difere com uma das garras as costas do caçador. Zero curva-se um pouco pelo ferimento, mas continua firme e forte agora já acabado com sua presa, preparando-se para matar o que o feriu. Saiory fica revoltada por ter sido enganada pela criatura e vai se vingar, também pelo fato do Zero ter sido ferido. Ela rapidamente soca o rosto dele e enquanto ele está tonto aproveita para enfiar uma espada no coração dele e com a outra perfura o crânio dele. Sua blusa branca de tecido leve fica encharcada de sangue e sua calça fica manchada pelo mesmo. Ela faz uma careta pela roupa que vai direto para o lixo e segura à blusa pensando que não tinha mais jeito de salva-la. Zero observou a batalha dela com o vampiro e fica com orgulho do aprendiz, depois uma gota surge em sua cabeça a vendo olhando feio para a camisa. Estranha é pouco para ela, muito pouco. Depois de todo esse extermínio a vampiros e essa cena dilacerante pra qualquer humano em sã consciência para ela o que é revoltante é sua roupa estar suja. Eu nunca vou entendê-la. Pensa ele ainda com a gota na cabeça. Depois de reclamar para si que uma de suas blusas favoritas se foi ela finalmente dá-se conta da presença de Zero junto dela. Ela toma um susto percebendo ele tão perto e analisando a expressão indignada de antes dela. Afasta-se rapidamente dele indo para um canto.

- O que pensa que está fazendo? (Pergunta com uma expressão de vou te matar agora, por ele ter espiando ela enquanto estava distraída).

- Estava vendo até quando ia ficar olhando para a roupa em vez de sair daqui. (Ele diz em tom de sarcasmo e impaciente para ir embora)

- Ta, ta! Não sei por que a pressa. Ahh! (Grita ela assustada, pulando em cima do Zero, quando pisa no braço fora do corpo de algum dos vampiros.).

Zero segura Saiory nos braços quando ela se joga assustada. Ela segurando inconscientemente o pescoço de Zero ainda olhando para o braço decepado. Quando ela dá por si que está sendo levada para fora por ele. Assustando se mais uma vez, só que agora por estar sendo carregada sem ter se deixado. Ela se debate em vão para sair daquela situação desconfortável, mas Zero continua a levá-la para fora do depósito como se nada estivasse acontecendo. Quando saem pela porta da frente Zero solta Saiory no chão com muita “delicadeza”.

- Ai! Mas delicado impossível! (Reclama ela afagando a polpa das nádegas doída pela queda)

- É melhor não aparecermos em público assim, e não vamos dar chance para nenhum vampiro sentir nosso cheiro de sangue. (Zero ignora a reclamação dela e comenta sério sobre como voltar para casa)

- Eu sei disso, vamos pelos lugares menos freqüentados e iluminados. Perceba se algum vampiro se aproximar.  O que faremos com os corpos das pessoas mortas? (Pergunta ela com expressão triste pensando nas vitimas)

-Mandarei uma carta para o conselho para eles cuidarem disso. Ninguém virá para estes lados mesmo, pelo menos nisso aqueles malditos vampiros serviram pra algo. (Zero fala em tom indignado e cerrando o punho)

Ela apenas afirma com a cabeça. Enquanto caminhavam Saiory sente cheiro do sangue de Zero.

-Como está o ferimento? (Pergunta já sabendo da resposta dele)

-Já está cicatrizando. (Responde sem expressão)

-Então tá! (Ela fala chutando pedrinhas no caminho e olhando para elas)

Ele olha para a expressão longe dela e fica curioso, até que se lembra do que pensou no dia anterior quando estava no banco de madeira.

-Eu sei que hoje você acordou com muita disposição para trabalhar e tudo o mais. Só que... tenho uma coisa para te falar.

Ele para de falar lembrando-se de quando chegou ao quarto de manhã e se assustou com ela pulando de alegria no quarto apressando ele para irem trabalhar. Então continua a dizer.

-Acontece que ou você se empenha e leva a sério sua função de ajudante ou não serei mais bonzinho com você e não deixarei mais que trabalhe comigo. (Ele cruza os braços e fecha os olhos fingindo estar zangado enquanto fala)

Quando ele termina de falar Saiory fica olhando para ele com cara de interrogação por uns minutos e então desaba a rir.

-Qual a graça sua tonta estranha? (Pergunta incomodado com a risada)

-HAHAhaha....haha...ha....ai ai....essa foi engraçada! Você! Bonzinho comigo? HAHAHAHHA (Ela desaba a rir mais uma vez, só que no chão agora)

Antes que Zero pudesse defender-se e contra argumentar Saiory para de rir e enxugando as lagrimas no olho resolve falar.

-Vou fingir que acredito nessa, e tem mais uma coisa.

Ela fica de costas a ele e quando começa a andar fala.

-Eu posso ficar sem nenhuma roupa ou morar na rua até, mas não volto atrás com a minha palavra. Se disse que quero trabalhar com você é porque vale a pena, até mais do que eu imaginava. (Ela fala sincera e séria)

Zero para por um instante pensando naquelas palavras e um leve sorriso surge involuntariamente no seu rosto. Ele então continua a andar com ela.

Os dois foram sorrateiros no caminho de casa. Foram direto para o banho para limpar o sangue de seus corpos. Esse sangue todo está me deixando tonta. Ainda bem que joguei minha roupa fora, quase estava me transformando. Mesmo tendo me acostumado a ficar sem sangue ainda fico um pouco enjoada com grande quantidade. Quando me feri para proteger Zero outro dia não estava com dor pelo ferimento, mas pelo cheiro de sangue que penetrava em mim e me consumia. Estava ficando louca já para morder o primeiro que viesse bulir comigo. Sorte que o ferimento estava aos poucos cicatrizando e a dor diminuindo. Ainda bem que no outro dia Zero não ficou desconfiado de eu estar andando bem no festival. O que me incomoda é de não poder usar minha velocidade e força verdadeira, por outro lado é divertido saber como é a de uma pessoa normal. E ainda por cima não tenho apetite nenhum pela comida humana, por mais que eu tente saboreá-la e desfrutar da felicidade que os humanos sentem quando provam algum alimento. Eles parecem tão satisfeitos só por um vegetal ou algo de açúcar, queria poder acabar com essa sede por sangue. Sinto-me um animal aprisionado nessa ânsia por sangue. Poder controlar a vontade de se alimentar assim como os humanos fazem, quando querem resistir à tentação de algum odor tentador. Simplesmente pensam em algo ou ficam firmes e a vontade passa, mas conosco é diferente. É preciso saciar antes que algo ruim aconteça. Às vezes sinto inveja dos humanos, de sua fragilidade e desejos banais. Sentir todo êxtase em um momento, gesto ou em uma ocasião tão simples. Desfrutar cada dia como se fosse o último e cada oportunidade sendo única na vida. De qualquer jeito tenho que me conformar que sou um sangue puro e não há mais nada a se fazer em relação a isso. Pensa Saiory desanimada e já saindo do banho. Ela avisou a Zero que estava com um pouco de dor de cabeça e iria para cama mais cedo. Essa é o começo de uma seqüência de mentiras que ela teria de contar para ele daqui para frente se quisesse que ele não descobrisse seu segredo. Ela abre seu armário simples e retira um vestido azul marinho e coloca botas de cano curto preto de salto baixo e fino. Por fim penteia os cabelos que estão um pouco abaixo do ombro e perfuma-se. Antes de abrir a porta checa o visual no espelho e tenta lembrar-se do endereço da carta já em cinzas. Com certa dificuldade e bastante tempo passado ela encontra a grande mansão dos Kuran. Ufa! Demorou mas finalmente encontrei o lugar. Estou um pouco nervosa, afinal faz anos desde a última vez que visitei a casa de um puro sangue. Espero que esteja nos padrões de roupa que eles usam. Mas quem se importa? Se não gostarem paciência. Saiory pensa apreensiva dando de ombros. Ela bate na grande porta e espera uma resposta. Quase que imediatamente a porta se abre e um jovem formoso e de ar misterioso sorri recipiente.

- Boa noite Tsunaiky Saiory. Seja bem vinda. (Curva-se para cumprimentar a convidada)

- Boa noite Kuran Kaname. (Ela responde o cumprimento)

-Queira entrar, por favor. (Ele sai da porta nobremente fazendo um movimento com o braço para que ela adentrasse o lugar)

Saiory entra pedindo licença e por um instante percebe um vulto escondendo-se atrás do anfitrião apressadamente. Não consegue ver a tempo quem era, porque na hora Kaname se pronuncia.

-Eu gostaria de apresentar-lhe Kuran Yuuki. (Ele diz educadamente e olhando para trás)

Uma figura pequena e amável aparece de trás dele e sorri receptiva, apesar do pequeno rubor na face.

-Bem vinda! (Yuuki diz com uma voz calma e meiga)

-Pode ficar a vontade Saiory, não precisa mais se esconder neste disfarce de humana. (Kaname fala de forma a deixá-la mais confortável)

Ouvindo isso Saiory fecha os olhos levemente e um forte espírito invade aquela casa. Mostrando o lado puro sangue dela, figura oposta do lado humano dela. Yuuki recua um pouco e a mão de Kaname a impede, ele ainda olhava para a transformação de Saiory. Essa presença é totalmente diferente do que eu senti quando ela chegou. Antes senti algo descontraído e alegre, agora algo forte e obstinado. Nunca senti nenhuma presença igual a essa, marcante como a dela só a de Kaname... que eu me lembre neste momento. A imagem de Zero veio-lhe a mente, mas logo se foi como naquele dia que se viram pela ultima vez.  Um súbito desconforto tomou conta de seu corpo e Yuuki começou a temer a visita a sua frente. Então olha para seu irmão e a tranqüilidade invade sua mente fazendo com que ela se acalme. Afinal o que poderia acontecer de mal se o irmão dela está lá com ela. Ainda mais foi o seu irmão que convidou a menina a sua frente. Yuuki pensa mais relaxada. Mas ainda está assustada com todo aquele poder transbordando da visitante. Depois de alguns segundos Saiory abre os olhos, mas eles não estão mais cor de mel e sim de um vermelho intenso. A mais nova visitante olha para os dois e sente que seu verdadeiro eu se revela. Mas sabiamente sente o temor na anfitriã e resolve agir como quando era humana. Respondendo a receptividade dos anfitriãos.

-Que bom! Estava nervosa para saber como seria o outro sangue puro, mas agora estou mais tranqüila. É um prazer conhecê-la!! (Saiory cumprimenta fervorosamente sacudindo com as mãos as de Yuuki.)

Yuuki tem um leve susto, mas logo suas barreiras caem e ela também se anima com o que Saiory diz.

-Eu também devo confessar que estava sentindo o mesmo. Que bom que se sente assim. (Ela responde a Saiory de forma simpática)

E pensar que por um instante fiquei com medo dela. Eu não esperava que ela tivesse esse tipo de atitude... tão aberta e sociável, ainda mais de mim que sou uma estranha para ela. Pensa Yuuki feliz por antes estar enganada.

-Aqui está Saiory. (Kaname segura uma taça de cristal com um liquido avermelhado de uma mesinha no canto e oferece a ela.)

Ela segura a taça na mão e aproxima-se para sentir o odor, é sangue.

-Não se preocupe, tome um pouco sei que deve estar com muita sede.

Saiory bebe todo o liquido como se estivesse com uma sede insassiavel. Devolve a taça para ele, que o coloca no mesmo lugar de antes.

-O jantar está servido. (Diz uma voz dedicada e firme, uma moça de cabelos curtos aparece avisando).

-Essa é Seiren. (Apresenta a Saiory a menina calada)

-Prazer. (Responde curvando-se gentilmente para Seiren)

-Obrigado. Vamos todos a mesa. (Kaname interrompe o momento com uma voz autoritária)

Todos se sentam à mesa. Um banquete farto ocupa toda mesa comprida.  Depois de se servirem Kaname se pronuncia.

-Como está o jantar Saiory? (Pergunta juntando as mãos e em tom interessado na conversa)

-Está ótima! Dê meus parabéns a .... Seiren que ela deve ter se esforçado para fazer o melhor para a janta. (Alegra-se Saiory dando um sorriso divertido e simpático, pensando que Seiren trabalha na mansão)

Yuuki se surpreende mais uma vez. Mas dessa vez não por Saiory ter aquele poder e sim pela atitude humilde dela. Parecia como se tratasse a todos assim, tão espontânea e a vontade.

-Não se preocupe quanto a isso, eu lhe direi. Deve estar se perguntando o porquê de eu a convidado, não é mesmo?

Saiory percebeu que não era bem esse sentido que ele dera a pergunta. Na verdade ele já tinha lhe dito qual o motivo, apresentar Yuuki. Só que pelo jeito não era bem esse motivo, havia outro junto a este que lhe dissera.

-Sim, estou bem curiosa. (Ela responde sincera)

-Eu gostaria que freqüentasse a nossa casa. (Ele diz ainda com as mãos juntas e com a expressão séria)

-Eu não me importo em absoluto quanto a isso, mas gostaria de saber o motivo. (Saiory se assustou com a pergunta, afinal ela é uma estranha e ele a chama como se a conhecesse há anos. Yuuki também se assustou com a pergunta, pelo mesmo motivo de Saiory.).

-Pelo motivo que lhe disse antes e porque seria muito agradável a sua presença em meio a mim e Yuuki. Sei que vocês se dariam muito bem e também sei que não tem amigos aqui como “nós”. (Ele diz ainda sério, mas seu jeito de dizer parecia que ele sorria por dentro, como se algo o divertisse.)

Saiory para pensativa e olha para Yuuki. A Kuran entende o olhar pedindo permissão e aprovação antes da resposta da visitante.

-Seria uma alegria para mim conhecê-la mais. (Diz Yuuki sorrindo de forma educada e simpática)

-Sério?? Então virei com prazer! (Saiory fala contente, com os olhinhos brilhando)

Kaname se levanta da mesa, depois que todos comeram, e caminha a sala ao lado.

-Vamos nos sentar em um lugar mais agradável, meninas. (Ele as olha de lado com um brilho sedutor, irresistível pra qualquer vampira que fosse)

As duas imediatamente se levantaram e foram para sala, ainda sobre o efeito do olha de Kaname.  Kaname senta-se seguido de Yuuki ao lado dele, ele aponta a poltrona espaçosa ao lado deles para Saiory. Os três começam uma longa conversa sobre assuntos atuais, coisas banais. Kaname não queria ainda entrar em detalhes sobre a sociedade de vampiros nem sobre os acontecimentos da vida dele como a de Yuuki. Por isso conversa sobre assuntos do dia-a-dia, porque sabe que assim será mais fácil para as duas conversarem e ficarem mais a vontade. E realmente elas papearam como se fossem já conhecidas de algum tempo. As horas foram passando e a conversa estava animada, Kaname falava quando necessário e às vezes opinando no que as duas comentavam. Saiory então olha pela janela e percebe o que o céu está começando a clarear.

-Nossa, já é tarde! Desculpem-me, mas preciso ir. Sabe como é, já está amanhecendo. (Ela diz em tom de desculpas)

-Ah... (Yuuki faz cara de triste pela visitante agora de aspecto agradevel para ela ter que ir embora)

-Tudo bem, não prefere que eu a acompanhe? (Ele diz em tom cordial e cara de simpático)

-Não, eu já aprendi o caminho. Pode deixar que sei me virar. (Eu acho, pensa ela. Sorri abertamente para eles)

Os três se levantam e caminham até a porta da frente. Yuuki abre a porta para Saiory que dá uma passo fora da casa, virando-se para o casal.

-Obrigada pela noite, e desculpe-me ter que sair assim. Gostaria de ficar mais, juro. (Saiory fala sem graça de ter que ir, tabém gostará da companhia de Yuuki)

-Venha nos visitar amanhã! (Convida Yuuki animada dando tchau para a visistante que partia.)

-Está certo! (Responde Saiory já virando-se para sair)

Kaname faz sinal para Yuuki entrar e vai ao lado de Saiory. Então fala quase que susurrando em seu ouvido por tras dela.

-Eu percebi o que fez, fico feliz que tenha mudado seu jeito pela Yuuki. (Um arrepio sob por Saiory pelo aparecimento repentino)

-Não fiz nada demais. (Ela fala ainda virada a ele e com a expressão séria no momento)

Kaname sorri com um ar de malicia mesclado de satisfação e sai em direção a casa. Saiory fecha os olhos e sua aparência humana retorna ao corpo. Ela ainda com dificuldade encontra a pensão e cumprimenta o dono dela que pegava a correspondencia. Ele sorri gentil em retribuição e ela abre a porta de seu quarto. Então olha para sua cama que no momento está muito atraente e se entrega ao sono. Longe dali uma jovem puxava as cobertas para dormir já vestida com o pijama. Ela ouve um pequeno ranger e a porta se abre. Fica um pouco confusa por ele estar ali e lembra-se que não havia lhe dado um beijo de "boa noite". Vai até sua direção e o beija carinhosamente na boca, susurrando boa noite para ele. Ele retribui o beijo e deseja boa noite a ela, seguindo-a até a cama. Ela deita-se e ele a cobre com o cobertor quente, caminha até a janela ainda aberta com o olhar vazio para a paisagem afora. Ela contempla-o silenciosamente olhando fixamente.Ele ainda olhando para fora diz:

-O que achou?

-Obrigado pela surpresa irmão. (Ela diz agradecida)

-Que bom.

Dizendo isso ele fecha as cortinas, o quarto mergulha na escuridão, vai até a porta e fecha a porta. A jovem já fechava os olhos sorrindo feliz para o sonho que viria. Esse será seu novo brinquedo Yuuki, agora vai poder brincar com ele todos os dias. Estava só esperando sua aprovação para dar-lhe está boneca nova. Chamada Saiory. Pensa o jovem com um olhar como o de um jogador que acabará de pensar na jogada que executará em seu jogo.


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Notas finais do capítulo

Para os fãs de Kaname, não fiquem chateados por eu ter feito o Kaname um poquinho malvado nesse capitulo. Não estou querendo deixar uma má impressão dele, estou apenas tentando seguir ele como no manga. Só que não pude resistir de fazer ele meio maligno no final *.*