Harry Potter: Uma nova Chance escrita por Natallya Lopes


Capítulo 6
A Marca no Céu Ou Um Novo Senhor para Winka


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura



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Agarrados às compras, o Sr. Weasley à frente, todos correram para a floresta seguindo o caminho iluminado pelas lanternas. Ouviam a algazarra de milhares de pessoas que se movimentavam a volta deles, gritos, gargalhadas e trechos de canções. A atmosfera de excitação febril era extremamente contagiosa; Harry não conseguia parar de sorrir. Caminharam pela floresta durante vinte minutos, conversando e brincando em voz alta até que finalmente emergiram do outro lado e se viram à sombra de um gigantesco estádio.

A copa foi fantástica, se perguntassem a ele o que ele mais gostou poderia dizer que foi o resultado do jogo, o placar piscar por cima da multidão da BULGÁRIA: CENTO E SESSENTA; IRLANDA: CENTO E SETENTA . A Irlanda Venceu, mas Krum pegou o pomo. Quando os times vieram ao camarote pegar a taça, Harry discretamente pediu um autografo ao Krum para Rony, afinal tinha planos e precisava da ajuda do amigo.

O que não foi surpresa foi o fato de Krum se sentir lisonjeado com o interesse do menino que sobreviveu e ficou feliz em saber que ele era fã do jogador. Harry acho que Rony fosse explodir tanto que ficou vermelho, Harry so não conseguia identificar se Rony ficou vermelho pelo fato de Krum ter demonstrado interesse em Hermione ou pelo fato do ídolo esta dando um autografo. O foto chato da noite ficou pela Winky o Elfo domestico esta no camarote, Harry já sabia de tudo que iria acontecer, mas resolveu não alterar nada no inicio afinal era preferível que as coisas acontecessem dessa forma o inicio.

__

Ao sair do estádio eles foram engolfados pela multidão e regressava aos acampamentos. O ar da noite trazia aos seus ouvidos cantorias desafinadas quando retomavam o caminho iluminado por lanternas, os leprechauns continuavam a sobrevoar a área em alta velocidade, rindo, tagarelando, sacudindo as lanternas. Quando os garotos chegaram finalmente às barracas, ninguém estava com vontade de dormir e, dado o nível da barulheira, a toda volta, o Sr. Weasley concordou que podiam tomar, juntos, uma última xícara de chocolate, antes de se deitar. Logo estavam discutindo prazerosamente a partida; o Sr. Weasley se deixou envolver por Carlinhos em uma polêmica sobre jogo bruto, e somente quando Gina caiu no sono em cima da mesinha e derramou chocolate quente pelo chão que o pai deu um basta nas retrospectivas verbais e insistiu que todos fossem se deitar. Hermione e Gina se transferiram para a barraca vizinha e Harry e os Weasley vestiram os pijamas e subiram nos beliches.

Do outro lado do acampamento eles ainda ouviam muita cantoria e uma batida que ecoava estranhamente.

– Ah, fico feliz de não estar de serviço - murmurou o Sr. Weasley cheio de sono. -

Eu não iria gostar nem um pouco de ter que dizer aos irlandeses que eles precisam parar de comemorar.

Harry, que ocupava a cama superior do beliche de Rony, ficou olhando para o teto de lona da barraca, observando o brilho ocasional das lanternas dos leprechauns que sobrevoavam o acampamento e aguardando o que ele sabia que ao iria acontecer. De repente o barulho de comemoração havia mudado para algo pior, ouvia gritos e um tropel de gente correndo ele pulou da beliche indo acorda Rony e viu o Sr. Weasley vindo.

–Eles vinheram, como você disse – Falou o Sr. Weasley assuntado.

Harry saiu da barraca indo acorda as meninas, os Weasley não ficaram muito felizes quando notaram, mas Harry os fez calar com apenas um olhar. Ele lutou Contra Voldemort não seria ciúmes de irmão que faria deixar de proteger sua ruiva.

Nesse momento o Gui falou

–Fred, Jorge cuidem da Gina e vão para a floresta. Fiquem juntos e cuidem um dos outros. Voces tem minha autorização para usar magia caso seja necessário. Rony, Harry, Hermione. Vao também... Rapido vão...

Hermione assustada saiu correndo junto com os outros em direção a floresta segurando a mão de Rony enquanto Gina segurava na de Harry ,os gêmeos seguiam na frente com a varinha em punho, enquanto isso Gui, Carlinhos, Percy e o Sr. Weasley corriam em direção as encapuzados que avançavam em direção ao acampamento, só que dessa vez sem trouxas sendo torturados, eles estavam apenas com as varinhas nas mãos lançando feitiços para o alto para chamar atenção.

As lanternas coloridas que antes iluminavam o caminho para o estádio tinham sido apagadas. Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores; crianças choravam; ecoavam gritos ansiosos e vozes cheias de pânico por todo o lado no ar frio da noite.

Harry se sentiu empurrado para cá e para lá por pessoas cujos rostos ele não conseguia distinguir. Eles ouviram Rony dar um berro de dor.

– Que aconteceu? - perguntou Hermione ansiosa, parando tão abruptamente que Harry quase deu um encontrão nela. - Rony, onde é que você está? Ah, mas que burrice... Lumus!

Ela iluminou a varinha e apontou o fino feixe de luz para o caminho. Rony estava esparramado no chão.

– Tropecei numa raiz de árvore - disse ele aborrecido, pondo-se de pé.

– Gina, você esta bem – perguntou Harry preocupado.

– Sim, so um pouco assustada.

– Ora, com pés desse tamanho, é difícil não tropeçar - disse uma voz arrastada às costas deles.

Harry, Rony e Hermione se viraram rapidamente. Draco Malfoy estava parado sozinho perto deles, encostado a uma árvore, numa atitude de total descontração.

Os braços cruzados, parecia ter estado a contemplar a cena no acampamento por uma abertura entre as árvores.

Rony disse a Malfoy que fosse fazer uma coisa que Harry sabia que o amigo jamais teria se atrevido a dizer na frente da Sra. Weasley.

– Olha a boca suja, Weasley - disse Malfoy, seus olhos claros reluzindo. - Não é melhor você se apressar, agora? Não quer que descubram sua amiga, não é?

Ele indicou Hermione com a cabeça e, neste instante, ouviu-se no acampamento uma explosão como a de uma bomba, e um relâmpago verde iluminou momentaneamente as árvores à volta deles.

– Que é que você quer dizer com isso? - perguntou Hermione em tom de desafio.

Nesse momento, Harry não estava com cabeça para as besteiras de Draco.

–Sinto muito Draco, Estupefaça –Todos olhavam assustados para ele que apenas levantou os ombros e disse- O que eu menos preciso agora é ter que lidar com o Malfoy, vamos continuar andando. – E devolveu a varinha a Gina, no meio da confusão tinha tirado do bolso de trás da menina, pois sabia que não estava com a sua.

Fred, Jorge não estavam em nenhum lugar à vista, embora o caminho estivesse apinhado de pessoas, todas espiando nervosamente a confusão no acampamento, por cima dos ombros.

Um grupo de adolescentes de pijamas discutia em altos brados um pouco adiante no caminho. Quando viram Harry, Rony e Hermione, uma garota de cabelos espessos e crespos se virou e disse depressa:

– Ou est Madame Maxime? Nous l"avons perdue...

– Hum... quê? - perguntou Rony.

– Ah... - A menina que falara deu as costas para ele, e quando os garotos continuaram andando ouviram-na dizer claramente: - Ogwarts.

– Beauxbatons - murmurou Hermione

– Como disse? - falou Harry.

– Devem estudar na Beauxbatons - esclareceu Hermione. - Você sabe... Academia de Magia Beauxbatons... Li sobre ela em Uma avaliação da educação em magia na Europa.

– Ah... sei... certo - disse Harry.

Harry não soltava a mão de Gina nenhum minuto e continuavam a avançar, logo, logo chegaria onde queria.

– Fred e Jorge não podem ter ido tão longe assim - comentou Rony puxando a varinha do bolso, acendendo-a como fizera Hermione e esquadrinhando o caminho. Harry enfiou as mãos nos bolsos da jaqueta à procura da própria varinha, mas não estava lá. Tudo corria como ele se lembrava. Estava tudo dentro do plano.

– Ah, não, eu não acredito... Perdi a minha varinha!

– Está brincando!

Rony e Hermione ergueram bem as varinhas para projetar seus finos raios de luz mais

à frente no caminho; Harry olhou para todo

lado, mas a varinha não estava visível em lugar algum.

– Talvez tenha ficado na barraca - disse Rony.

– Talvez tenha caído do seu bolso quando você estava correndo? - sugeriu

Hermione ansiosa.

– É - falou Harry -, talvez...

E Harry ouviu Gina falar baixinho “Não se preocupe, eu protejo você.” E não pode evitar sorrir com essa frase, ele sabia que Gina era ótima com azarações e não se preocupou nem um pouco de estar sem varinha.

Um rumorejar fez os três se sobressaltarem, Harry já imaginava o que era. Winky, a elfo doméstica, estava tentando sair de uma moita de arbustos ali perto. Movia-se de um jeito esquisitíssimo,com visível dificuldade; era como se alguém invisível estivesse tentando segurá-la.

– Tem bruxos malvados aqui! - guinchou ela nervosa, ao se curvar para frente e se esforçar para correr.

E desapareceu entre as árvores do outro lado da via, ofegando e guinchando enquanto lutava com a força que a retinha.

– O que foi... – Antes que Hermione terminasse de falar Harry cortou

– Mione, não se preocupe sim, ela vai ficar bem.

Um novo estrondo ecoou na orla da floresta.

– Vamos continuar andando, vamos? - disse Rony

Os garotos seguiram o caminho que se aprofundava na floresta, atentos para avistarem

Fred, Jorge. Passaram por um grupo de duendes que davam gargalhadas à vista de um saco de ouro que, sem dúvida, deviam ter ganho apostando na partida, e que pareciam imperturbáveis diante da confusão no acampamento. Mais adiante, depararam com um trecho iluminado onde puderam avistar algumas Veelas, mascotes da Bulgária, Harry tratou de apressar o passo puxando Rony consigo.

Quando a algazarra das veela com seus admiradores se tornou completamente inaudível, os três já estavam no coração da floresta. Pareciam estar sozinhos agora; tudo estava muito mais quieto.

Harry espiou para os lados.

– Acho que podemos esperar aqui, sabe, dá para ouvir uma pessoa chegando a mais de um quilômetro.

Nem bem ele dissera essas palavras, Ludo Bagman saiu de trás de uma árvore um pouco adiante.

Mesmo à luz fraca das duas varinhas, Harry viu que uma grande mudança se operara em Bagman. Ele já não parecia displicente e rosado; não havia mais elasticidade em seu andar. Parecia muito pálido e cansado e Harry pensou “ Os duendes atacaram”

– Quem está aí? - perguntou o bruxo, piscando os olhos, tentando distinguir os rostos dos garotos. - Que é que vocês estão fazendo aqui sozinhos?

Eles se entreolharam surpresos.

– Bem... está acontecendo um tumulto - disse Rony.

Bagman arregalou os olhos para ele.

– Quê?

– No acampamento...Pessoas encapuzadas

– Desgraçados! - Ele pareceu ficar muito perturbado e, sem dizer mais nada, desaparatou com um pequeno estalo.

– Não anda muito bem informado o Sr. Bagman, não é? - comentou Hermione franzindo a testa.

Rony tirou, então, a pequena estátua de Krum do bolso, colocou-a no chão e ficou por instantes observando-a andar. Igualzinho ao Krum verdadeiro, o modelo andava com os pés para fora e tinha os ombros caídos, bem menos impressionante andando feito pato do que montado na vassoura. Harry escutou com atenção se vinha algum barulho do acampamento. Tudo parecia silencioso; talvez o tumulto tivesse acabado.

– Espero que os outros estejam bem - disse Hermione depois de algum tempo.

– Estão - disse Rony;

– Imagine se o seu pai apanhar o Lúcio Malfoy - disse Harry sentando-se ao lado de Rony para observar a estatueta de Krum andando por cima das folhas secas. - Ele vive dizendo que gostaria de ter alguma coisa contra o Malfoy.

– Isso ia apagar aquele risinho na cara do nosso amigo Draco, ah, ia - disse Rony.

– Vocês acham que eles andaram bebendo ou só...

Mas Hermione parou de falar abruptamente e espiou por cima do ombro. Harry e Rony também se viraram depressa. Harry sabia o que aquilo significava. Estava chegando a hora de mais uma mudança. Parecia que alguém estava cambaleando em direção à clareira em que se encontravam. Eles esperaram prestando atenção ao ruído dos passos desiguais por trás das árvores escuras. Mas os passos pararam repentinamente.

– Alôô? - chamou Harry.

Silêncio. Harry se levantou e espiou atrás da árvore. Estava escuro para ver muito longe, mas ele sentia que havia alguém logo além do seu campo de visão.

– Quem está aí? - perguntou.

E então, sem aviso, o silêncio foi rompido por uma voz diferente de todas que tinham ouvido antes; e ela não soltou um grito, mas algo que lembrava um feitiço.

– MORSMORDRE!

– Quem...? - exclamou Rony, ficando em pé de um salto e arregalando os olhos para a coisa que aparecera.

Por uma fração de segundo, Harry viu como aquele crânio parecia outra formação de duendes irlandeses. Mas se olhasse bem perceberia que era um crânio colossal, aparentemente composto por estrelas de esmeralda e uma cobra saindo da boca como uma língua. E como era de se esperar, pelo menos para Harry, toda a floresta ao redor deles explodiu em gritos. Ele apenas abraçou Gina e pediu para que todos ficassem perto. E em menos de alguns segundos uma série de estalos anunciaram a chegada de vinte bruxos, saídos do nada, a toda volta.

Harry se virou e numa fração de segundo registrou um fato: cada um dos bruxos puxara a varinha, e cada varinha estava apontada para ele, Rony ,Hermione e Gina. Sem parar para pensar, berrou

– ABAIXA! - Ele agarrou Gina e Rony, que estava com Hermione e puxou-os para o chão.

– ESTUPEFAÇA! - berraram vinte vozes desencadeando uma série de lampejos, e Harry sentiu seus cabelos ondularem como se um vento poderoso tivesse varrido a clareira. Ao erguer a cabeça um centimetrozinho, ele viu jorros de luz flamejante sairem das varinhas dos bruxos e sobrevoarem seus corpos, entrecruzando-se, ricocheteando nos troncos das árvores, saltando para a escuridão...

– Parem! - berrou uma voz que ele reconheceu. - PAREM! São os meus filhos!

Harry rolou o corpo que usara para proteger Gina e viu o Sr. Weasley vindo em direção ao ajuntamento, com uma expressão aterrorizada no rosto.

– Rony, Harry... - sua voz tremia - ... Gina, Hermione, vocês estão bem?

– Saia do caminho, Arthur - disse uma voz fria e ríspida.

Era o Sr. Crouch. Ele e os outros bruxos do Ministério fechavam o cerco em torno dos garotos. Harry levantou-se para encará-los. O rosto do Sr. Crouch estava tenso de cólera.

– Qual de vocês fez aquilo? - perguntou aborrecido, seus olhos penetrantes indo de um garoto para o outro. - Qual de vocês conjurou a Marca Negra?

– Francamente senhor, Acha mesmo que algum de nos iria conjurar a marca de Voldemort/ - Ouve um estremecimento geral a menção do nome – Caso queira saber foi daquele local que foi conjurado à marca.

Alguns dos bruxos do Ministério, exceto o Sr. Crouch voltaram a erguer e apontar as varinhas na direção que ela indicara, procurando ver entre as árvores escuras.

– Tarde demais - disse a bruxa de penhoar de lã, sacudindo a cabeça. - Já devem ter desaparatado.

– Acho que não - disse um bruxo com uma barba curta e castanha. Era Amos Diggory, o pai de Cedrico. - Os nossos raios passaram direto por aquelas árvores... há uma boa chance de os termos atingido...

– Amos, cuidado! - disseram alguns bruxos em tom de alerta, quando o Sr. Diggory aprumou os ombros, ergueu a varinha, atravessou a clareira e desapareceu na escuridão. Hermione observou-o sumir, levando as mãos à boca.

Alguns segundos depois, eles ouviram o Sr. Diggory gritar.

– Acertamos, sim! Tem alguém aqui! Inconsciente! É... mas... caramba...

– Você pegou alguém? - gritou o Sr. Crouch, parecendo muitíssimo incrédulo. – Quem? Quem é?

Eles ouviram gravetos se partirem, folhas farfalharem e, por fim, passos quando o Sr.

Diggory reapareceu por trás das árvores. Trazia uma figura minúscula e inerte nos braços. Harry reconheceu a toalha de chá na mesma hora. Era Winky.

O Sr. Crouch não se mexeu nem falou enquanto o Sr. Diggory depositava o elfo do Sr. Crouch no chão aos seus pés. Todos os bruxos do Ministério se viraram para o Sr. Crouch. Durante alguns segundos o bruxo permaneceu paralisado, os olhos ardendo no rosto branco, olhando para Winky. Então, ela pareceu voltar à vida.

– Isto... não pode... ser - disse ele aos arrancos. - Não...

Contornou rápido o Sr. Diggory e saiu em direção ao lugar em que o bruxo encontrara Winky.

– Não adianta, Sr. Crouch - gritou Diggory para ele. - Não há mais ninguém aí.

Harry então tomou a dianteira da situação

– Sei que é um momento constrangedor por isso peço a vocês que me deixem tratar com o Sr. Crouch.

– Mas Olhe aqui. - O Sr. Diggory ergueu uma varinha e mostrou-a ao Sr. Weasley. - Estava na mão dela. Então, para começar, violação da Cláusula 3 do Código para o Uso de Varinhas. Nenhuma criatura não-humana tem permissão para portar ou usar uma varinha.

Harry que já esperava por isso respodeu.

–É a minha varinha, a pessoa que conjurou deve ter usado e Winka a encontrou, dei-me conta que estava sem ela quando entramos na floresta em busca de abrigo.

Todos estavam impressionados com o poder que emanava de Harry Potter e sem perceber acabaram dando espaço para que ele pudesse falar com o Sr. Crouch, quando ele retornou de entre as arvores com a varinha em punho sussurrou ao chegar perto da elfo.

– Enervate!

Winky mexeu-se fracamente. Seus grandes olhos castanhos se abriram e ela piscou várias vezes de um jeito meio abobado. Observada pelos bruxos em silêncio, ergueu o tronco aos poucos e se sentou. Avistou, então, os pés de Harry lentamente, tremulamente, ergueu os olhos para fixar seu rosto; então, mais lentamente ainda, olhou para o céu, ela soltou uma exclamação, olhou a clareira em volta, agitada, e irrompeu em soluços aterrorizados.

Apesar dos pedidos de Harry Amos resolveu falar com Winka.

– Elfo! - disse o Sr. Diggory severamente. - Você sabe quem eu sou? Sou do

Departamento para Regulamentação e Controle das Criaturas Mágicas! Winky começou a se balançar no chão para a frente e para trás,a respiração saindo em fortes arquejos. Harry teve que se lembrar de Dobby em seus momentos de aterrorizada desobediência.

– Como você está vendo, elfo, a Marca Negra foi conjurada aqui há alguns instantes - disse o bruxo. - E você foi descoberta, pouco depois, logo embaixo dela! Sua explicação, por favor!

– Eu... eu... eu não estou fazendo isso, meu senhor! - Winky ofegou. - Eu não estou sabendo, meu senhor!

– Você foi encontrada com uma varinha na mão! - vociferou o Sr. Diggory- Então - disse o Sr. Diggory, seu olhar endurecendo ao se virar novamente para Winky que se encolhia aos seus pés. - Você encontrou a varinha, não foi, elfo? E você a apanhou e pensou em se divertir com ela, é isso?

– Eu não estava fazendo mágica com ela, meu senhor! - guinchou Winky, as lágrimas correndo pelos lados do nariz achatado e grande. - Eu estava... eu estava... eu estava só apanhando ela, meu senhor! Eu não estava fazendo a Marca Negra, meu senhor, eu não sei fazer!

– Não foi ela! - afirmou Hermione. Ela parecia muito nervosa, dizendo o que pensava diante de todos aqueles bruxos do Ministério, mas, ainda assim, decidida. - Winky tem uma vozinha esganiçada e a voz que ouvimos dizer a fórmula era muito mais grave! - Ela olhou para os lados à procura de Harry e Rony, à procura de apoio. - Não parecia nada com a voz da Winky, parecia?

– Não - confirmou Harry, sacudindo a cabeça. - Decididamente não parecia voz de

– É, era uma voz humana - disse Rony.

– Eu não estava fazendo isso! - guinchou o elfo, seus olhos revirando aterrorizados. - Eu não estava, eu não estava, eu não sei fazer!

– Você foi apanhada com a mão na botija, elfoo - rugiu o Sr. Diggory. - Apanhada com a mão na varinha culpada!

– Amos - disse o Sr. Weasley em voz alta -, pense um pouco... pouquíssimos bruxos sabem fazer esse feitiço... onde ela o teria aprendido?

– Talvez Amos esteja insinuando - disse o Sr. Crouch, a fúria reprimida em cada sílaba

– que eu rotineiramente ensino meus criados a conjurarem a Marca Negra?

Seguiu-se um silêncio profundamente desagradável.

Amos Diggory pareceu horrorizado.

– Sr. Crouch... de... de jeito nenhum...

– Bem como eu pedi anteriormente, me deixe tratar disse com o Sr. Crouch – Harry falou colocando todo seu desgosto na voz. Mas antes que todos se retirassem o Sr.Crouch voltou a falar.

– Amos - disse o Sr. Crouch secamente -, estou muito consciente de que normalmente você iria querer levar Winky para interrogatório no seu departamento.

Mas vou-lhe pedir que me deixe cuidar dela.

O Sr. Diggory fez cara de quem não achava a sugestão muito boa, mas ficou claro para Harry que o Sr. Crouch era um funcionário tão importante no Ministério que o outro não se atreveria a recusar o pedido.

– Pode ficar tranquilo de que ela será castigada - acrescentou o Sr. Crouch friamente.

– M-m-meu senhor... - gaguejou Winky, olhando para o Sr. Crouch, seus olhos rasos de lágrimas. - M-m-meu senhor, p-p-por favor...

O Sr. Crouch encarou o elfo, seu rosto ainda mais agressivo, cada ruga nele profundamente marcada. Não havia piedade em seu olhar.

– Esta noite Winky se portou de uma forma que eu não teria imaginado possível - disse ele lentamente. - Eu a mandei permanecer na barraca. Mandei-a permanecer ali enquanto eu ia resolver o problema. E descubro que ela me desobedeceu.

Isto significa roupas.

– Não! - berrou Winky, prostrando-se aos pés do Sr. Crouch.

– Não, meu senhor! Roupas não, roupas não!

Harry bufou e perdeu completamente a paciência. – Viu era justamente isso que eu queria evitar. – E todos olhavam assustados para Harry.

–Sr. Chouch o senhor ficou decepcionado com o comportamento da Winka hoje porem a culpa não é apenas dela, lembre-se que ela apenas cumpre ordem, se algo aconteceu pode não ter sido culpa dela e sim de outra pessoa. – com um olhar significativo o Sr. Crouch pareceu entender o que Harry estava falando e ficou branco, antes que ele pudesse falar alguma coisa Harry voltou a falar – Winka é uma boa elfa que teve um dia ruim, caso o senhor não queira mais os serviços dela eu aconselho ao senhor a transferir o elfo para outra pessoa com um ritual, assim seus segredos serão guardados e ninguém ira descobri-los.

Todos olhavam para Harry assutados, como o garoto sabia tanto? Mas é claro que eles pensaram que o pupilo de Dumbledore estava tendo uma educação mais rígida que os demais. Hermione não cabia em si de orgulho do amigo e Gina suspirava com aquela atitude do garoto. O Sr. Chouch apenas olhava ate que Harry falou. – E Entao? O que acha?

Assustado como o que aquele garoto poderia saber ele apenas respondeu – Mas quem iria querer uma elfa que não obedece?

– Ora já disse que Winka e uma ótima elfa, mas o senhor esta com sorte justamente hoje estava comentando com o Sr. Weasley e ele me falou do desejo da Molly de ter um ajudante, então resolvemos vários problemas de uma so vez.

O Sr. Crouch ainda estava em estado de choque ate que Harry falou – Bem podemos fazer aqui não é? Sr. Diggory creio que o senhor saiba o ritual ao é?- Quando o senhor mais velho assistiu a cabeça ele continuou - Ótimo, venho Sr. Weasley, Sr. Crouch dêem as mão. Winka voce poderia ficar em baixo da mão unida do seu antigo senhor e do seu ovo senhor por favor?

A elfa que não esperava ser tratada com tanta delicadeza obedeceu sem nem pestanejar, E Amos realizou o ritual de troca de fidelidade da elfa sobre os olhares assustados daqueles que ali estavam que se perguntaram como um garoto daqueles consegui dobre o Bartô assim tão rápido.

Quando por fim o ritual foi terminando cerca de 15 minutos depois, Winka ficou parada esperando as ordens do seu novo mestre, o Sr. Weasley se abaixou para ficar na altura da elfa e falou.

–Winka é um prazer ter voce na família, seja muito bem vindo – A elfa chorava de tanta emoção com o carinho que o novo mestre estava demonstrando por ela – quero que va para a toca e conte a Molly que será nossa nova elfa domestica.

–Sim senhor – e com uma reverencia desapareceu no ar.

– Bom, acho que vou levar o meu pessoal de volta à barraca, se ninguém tiver objeções a fazer. Amos, a varinha já nos informou tudo que pôde, se Harry puder levá-la, por favor...

O Sr. Diggory entregou a varinha a Harry e ele a embolsou. E os cinco saíram em direção a barraca deixado todos boquiabertos com o que tinha acontecido na clareira.

Quando já estavam longe e não puderam mais ver os bruxos Harry falou:

– Sr. Weasley Acho melhor aparatarmos direto na cabana, com certeza terá jornalistas e pessoas querendo saber o que aconteceu na entrada da floresta.

–Voce tem razão Harry. Deem as mãos. Onde estão os Outros?

–Os perdemos quando entramos na floresta papai – respondeu Gina- eles já devem estar na cabana.

– Bom, vamos logo para lá então – e som um estalo seco aparataram em frente à cabana.

Quando apareceram em frente a cabana em que estavam hospedados a primeira coisa que notaram era que estava tudo silencioso não havia sinal de bruxos mascarados, embora várias barracas destruidas ainda fumegassem.

Carlinhos meteu a cabeça pela abertura da barraca dos garotos.

– Papai, que é que está acontecendo? - perguntou ele no escuro. - Fred, Jorge já voltaram, mas os outros...

– Estão aqui comigo - respondeu o Sr. Weasley, se abaixando pra entrar na barraca. Harry, Rony, Hermione e Gina entraram atrás dele.

Gui estava sentado à pequena mesa da cozinha, apertando um braço com um lençol, que sangrava profusamente. Carlinhos tinha um rasgão na camisa e Percy ostentava um nariz ensanguentado. Fred, Jorge e Gina pareciam ilesos, embora abalados.

– Pegou ele, papai? - perguntou Gui bruscamente. - A pessoa que conjurou a

Marca?

Antes que o Sr. Weasley pudesse respoder ouviu-se um estralo dentro da cabana o que assustou a todos que imediatamente apontaram as varinhas para o local do barulho

– Oh senhor, desculpe Winka. Winka não queria assusta os senhores – Winka falava assustada.

– O que a elfa do Sr. Crouch esta fazendo aqui – perguntou Percy, e antes que ele continuasse falando o Sr. Weasley o cortou.

– Depois eu explico tudo, Winka aconteceu alguma coisa?

A mudança em Winka era visível, ela adorava o Bartô porque era seu mestre, mas ela sabia que não era bem tratada. Quando chegou na Toca encontrou a Sra. Weasley acordada na cozinha tomando um chá ao que parecia ela estava com um mal pressentimento e não conseguiu dormi, quando Winka chegou e a magia de servidão que fazia a elfa servi a qualquer Weasley reconheceu , esta também sentiu o que estava acontecendo sem que nada fosse dito.

Molly ficou maravilhada com a elfa, mas sabia que tinha que ser rápida em trocar a roupa que ela usava antes que o vínculo se firmasse e ela não aceitasse a troca de uniforme, com um balançar de varinha conjurou um vestidinho amarelo com avental alem de meia, luvas e um chapéu. Depois de perguntar o nome da elfa, pediu que trocasse o antigo uniforme do seu antigo senhor pelo novo e disse que não era preciso usar completo que ela usasse so o vestidinho e que quando ela sentisse vontade usasse a luva, sapatos e chapéu. E foi assim com um novo uniforme que Winka apareceu para os outros Weasley;

– Ah meu senhor, perdoe Winka, mas minha senhora esta desolada, preocupada com o que aconteceu. Tive que conta o que aconteceu na floresta a minha senhora e ele esta preocupada e mandou winka vim ver se seus meninos estavam bem. – falou winka olhando para cada um inclusive Harry e Hermione.

– Não se preocupe Winka, avise a Molly que estamos todos bem que nenhum dos seus meninos se machucou – Gui escondeu o braço nesse momento – avise-a que estou cuidando de todos e que vamos voltar assim que possível.

Winka acenou com a cabeça e com um ultimo olhar para todos aparatou.

Com um sorriso o Senhor Weasley passou a relatar tudo o que aconteceu na floresta e sobre a marca negra que foi conjurada.

Ate que no meio de uma discussão acalorada entre Hermione Percy sobre Winka onde Percy defendia o Sr. Crouch e Hermione defendia Winka, o Sr, Weasley achou melhor dar um fim as discussões da noite

– Vamos dormir mais um pouco e depois tentar pegar um portal bem cedo para sair daqui.

Harry voltou ao seu beliche satisfeito era quase cinco da manhã e estava satisfeito com tudo que aconteceu, tudo estava correndo dentro do previsto, tinha Gina ao seu lado durante toda a noite e parecia que Rony e Hermione estava se entendendo. Lembrou-se que tinha que escrever para Sirius, estava com saudade do padrinho. Com esse pensamento e o roncos de Carlinhos preenchendo a cabana Harry adormeceu.


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Notas finais do capítulo

E entao o que estao achando da Historia? o proximo capitulo ja esta escrito mas so sai com uma recomendação.
Bjus