Bem-vindo ao Colégio Van Helmont escrita por Clara Cristiane


Capítulo 2
Capítulo 2




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*27/03 - Terça*

Temos um total de 6 mortes por enquanto. 4 do sexo masculino e 2 do sexo feminino, fora que não tínhamos nenhum padrão, 2 envenenamentos, 1 afogamento e 3 dilacerações. Até agora a única coisa que tínhamos em comum é que eles eram do mesmo ano e que as câmeras estavam desligadas...

Para um colégio chique e moderno isso era um déficit, ou... Uma coincidência! Quem quer que seja o assassino não queria ser notado. Meio óbvio, não? Mas, por saber disso tenho certeza que essa pessoa tem acesso as câmeras de seguranças. Hora de bater um papo com o zelador de lá.

– Olá, eu estou morando na ala D, e percebi que as câmeras não estão funcionando muito bem. Com quem eu poderia falar?

– Ala D? Bem, a senhorita pode ir no pavilhão perto daqui, tenho certeza que o segurança pode lhe ajudar com isso – Respondeu o zelador.

– Muito obrigada.

Aquele zelador não tem senso de espaço, com certeza a velhice já deve estar afetando-o. O pavilhão ficava pelo menos 1 quilômetro do local onde estava, foi uma bela caminhada, mas finalmente cheguei.

– Olá, eu estudo no curso de tecnologia e informática, e gostaria de saber se vocês poderiam me deixar ajudar por aqui...

– Eu não sei quanto a isso mocinha... O chefe não gostaria de saber que temos uma aluna trabalhando por aqui.

– Isso não é problema para mim, na verdade, o senhor não precisa falar para ninguém! É que eu estou trabalhando numa nova versão de vídeo... O senhor sabe, o futuro é cheio de engenhocas, não? E em que lugar mais eu poderia testar do que se não aqui?

– É verdade...

– Muito obrigada! Passo aqui depois da aula de amanhã?

– Claro, sinta-se a vontade.

Bem, isso foi mais fácil do que eu pensei. Aquele segurança realmente era muito idiota. Não é a toa que alguém enganou ele!

*28/03 - Quarta*

Pelas fitas que eu consegui ver do registro do pavilhão, percebi que realmente poucas pessoas tiveram acesso ao local nos últimos dias. Robôs, segurança, faxineiro, diretor, e nada mais nada menos do que Michael, o aluno de microbiologia avançada. Tenho alguém para checar amanhã.

Depois de enrolar mais um pouco ali dentro fui direto encontrar com Mags e Roger.

– Tenho um suspeito na mira. – Afirmei confiante.

– E quem é? – Perguntou Roger.

– Michael Willow, um filho bastardo do dono da empresa de tecnologia Willow & Cia.

– Meu Deus! Da família Willow? Tem certeza? – Perguntou Mags com uma cara de surpresa.

– Absoluta, me ofereci para trabalhar nas câmeras de segurança da Ala D. Aposto que nos outros deve ter acontecido a mesma coisa. Roger, fique de se certificar que os outros dêem um jeito de confirmar isso até depois de amanhã. Precisamos ter certeza.

– Claro, mas só tinha ele de suspeito?

– O único em potencial pelo menos. Os outros já faziam parte da rotina do local, robôs, segurança, faxineiro e diretor. Nada de anormal... – Respondi.

– Então enquanto você vai abordar nosso suspeito, que tal eu invadir o quarto dele para achar as armas? – Se ofereceu Roger.

– Eu sei que você se gama em invadir locais Roger... – Falei e pisquei para ele. – Estou realmente curiosa para saber qual foi o veneno e gostaria de saber porque essa pessoa mimada ia querer matar alguém...

– Olha quem fala... Você tinha tudo para se dar bem na vida querida, mas mesmo assim você decidiu cortar a garganta de sua família! Vai saber o que esse garoto estava pensando... – Falou Mags.

– Ok sua assassina carnificeira, 15 pessoas se lembra? Não somos as pessoas certas para julgar. – Retruquei.

– Tem razão, pensar que estou aqui porque minha namorada me traiu. – Comentou Roger.

– Deixe de ser cínico Roger! Todo mundo sabe que a coitada não fez nada! Você é que é paranóico e pensou que isso aconteceu, mas tenho que admitir, a cena do crime deve ter assustado muita gente. Não é toda hora que a podemos ver tripas pelas paredes. – Mags respondeu.

– Se você diz... O jornal não divulgou as provas que eu tinha, eu a vi com outro cara andando por ai em plena luz do dia. – Roger tentou retrucar, mas falhou.

– Roger, era o professor dela. Todo mundo sabe disso, e quando eu digo todo mundo é todo mundo mesmo! Apareceu nos jornais, a guria tinha aulas de piano com o dito cujo cara, você que era doente mesmo a ponto de não perceber isso! E fim de conversa, você sabe que estou certa, esses meses todos de terapia não te ajudaram mesmo? – Perguntei.

– Está certa, mas não vamos bancar os cínicos por aqui, se é para detonar vamos detonar por inteiro. Como aquele povo não viu seu “alter ego”? Ein? – Perguntou.

Fiquei estupefada. Como ele sabia daquilo? Ninguém nunca notou! Nem mesmo aquele doutor super avançado! Como em 5 meses ele podia ter descoberto aquilo? Ele invadiu meu computador?

– Seu filho da puta! Quem disse que eu tenho um alter ego? – Perguntei como se fosse o erro mais comum do mundo.

– Não se faça de santa, você é malvada demais para que alguém não tenha percebido que quando você fica doce essa pessoa com certeza não é você...

– É sério isso? – Perguntou Mags.

– Claro que não! É proibido ser gentil de vez em quando?

– Não no seu caso. Negue o quanto quiser, eu sei a verdade sobre você e sei que Sofia me traia com o professor de piano dela, não preciso ser forçado a entender algo que não é verdade. – Roger afirmou.

– E eu não preciso de loucos me julgando... Estou indo para o meu dormitório, espero que vocês tenham uma boa noite, tentem não matar ninguém seus maníacos. – Me despedi.

– Até mais little bitch! – Mags acenou enquanto se despedia.

– Até depois, Rebekah... – Disse Roger.

Aquele maluco realmente sabia.


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