A arte da sedução. escrita por Vanussa Silva
Notas iniciais do capítulo
Oi!
A arte da sedução,capitulo 23,um acidente
Aquele papel se encontrava totalmente molhado,minhas lágrimas caim a todo tempo em cima do mesmo.Eu não podia acreditar,eu não conseguia ver o ponto de vista da mamãe,ou melhor da Maria,com relação a tudo isso e agora vejo que ela estava arrependida e todos tiveram uma parcela de culpa,a Maria,a Angie,o German e eu...eu preciso voltar para casa agora mesmo,eu preciso encontrar a Angie,eu preciso falar com a minha mãe,meu Deus e preciso pedir-lhe desculpas,eu me arrependo por tudo que eu disse a ela.
— Para,eu não quero mais ouvir. - eu interrompi. - primeiro como você teve coragem de roubar o marido da sua irmã e ainda por cima engravidar dele!
Eu mais do que ninguém deveria entende-la,eu que por amor menti tanto,eu que por amor sofri tanto.
— Eu preciso ir embora. - disse para mim mesma,guardei todos as cartas e fotos na caixa,vesti a mesma roupa que eu trajava antes,peguei minha bolsa e desci apressadamente.
— Oi Vilu. - disse a Verônica saindo do escritório e logo em seguida saiu o León.
— Adivinha? - ela pediu empolgada. - Enfim aquela velha,quer dizer a titia. - ela corrigiu. - fez algo de bom.Ela resolveu me dar a mansão dela em Madri e seu futuro marido foi presenteado com essa casa fabulosa. - ela anunciou,mas seu semblante empolgado se apagou ao notar minha face totalmente avermelhada e meus olhos inchados que apesar de tanto chorar ainda deixava escapar algumas lágrimas.
— Tenho que ir embora. - foi a única coisa que conseguir pronunciar.
— Mas por que amor? - o León indagou preocupado e caminhou para perto de mim,ele acariciou meu rosto com o polegar e eu fechei meus olhos. - Por que está assim?O que aconteceu minha vida?Você está se sentindo mal?
— Sim León. - respondi. - Eu me sinto mal comigo mesma,eu preciso falar,eu preciso falar com minha... - não conseguir completar a frase e o choro desesperado tomou conta de mim.
— Ela tá muito nervosa León. - disse a Verônica. - Vilu senta aqui. - ela disse e me direcionou até uma poltrona e fez com que eu sentasse.
— Eu quero ir embora Verônica. - eu disse impaciente. - León,me leva por favor. - eu supliquei.
— Mas Violetta,eu queria te apresentar para minha tia. - ele disse. - Além do mais,faz tempo que não vejo o que restou da minha família,por favor né.
— Tudo bem León,pode ficar,mas eu não,se você não quer ir comigo eu irei sozinha. - disse tentando me levantar mas a Verônica me impediu.
— Violetta raciocina por favor! - pediu ela impaciente. - Você está grávida! Você não conhece essas estradas,como você quer viajar sozinha?Se acontecer alguma coisa?Pelo amor de Deus pensa! - ela aumentou o tom de voz e eu respirei tentando refletir suas palavras. - Se você não quer fazer por você,faça por esse filho.
— Me perdoe Verônica. - eu disse mais calma. - Mas tenho que ir,eu pego um táxi,mas eu preciso ir,eu não posso te explicar agora,mas eu tenho que ir.
— Tudo bem Violetta,eu vou com você. - disse o León. - Depois eu resolvo os tramitis dos documentos da casa com o advogado.
— Não León por favor fica. - eu pedi. - De qualquer maneira eu prefiro resolver isso sozinha,é algo meu.
— Mas Violetta...
— Por favor. - eu o interrompi,me levantei,fui até ele e o abracei. - eu vou ficar bem. - sussurrei em seu ouvido e ele beijou suavemente minha bochecha.
— Tudo bem,vou chamar o táxi pra você. - ele disse.
...
O automóvel aonde eu me encontrava se aproximava da rua onde encontrava-se minha casa e a casa da minha mãe,minhas mãos suavam,e sobre meu colo encontrava-se a caxinha,meus olhos marejavam a todo o momento.Já estava quase anoitecendo,e a cidade se escurecendo me deixava ainda mais ansiosa.
— O senhor pode ir um pouco mais rápido? - pedi tentando ser o menos grossa e apressada possível.
— Não posso senhora,primeiro que se algum guarda de trânsito me pega eu terei que pagar mais do que receberei da senhora e também sempre zelei pela minha segurança e as dos meus passageiros. - ele respondeu e obviamente eu fiquei um pouco sem graça. - Mas aonde você vai que está com tanta pressa?
— Eu preciso fazer algo que eu deveria ter feito antes e não posso mais perder tempo. - eu respondi.
— Tudo bem. - ele disse. - E olha, - ele apontou e eu olhei para fora da janela. - Já chegamos,agora você pode ficar tranquila.
A felicidade e o nervosísmo me consumiram,rapidamente,assim que o automóvel estacionou em frente a minha casa,desci do mesmo,paguei o taxista,nem esperei o troco e rumei quase correndo até a casa que estava na frente da minha.
Toquei a campainha,mas não obti resposta,insisti e segui apertando continuamente aquele pequeno botão.Eu batia o pé no chão,eu estava transpirando nervosísmo.Eu estava a ponto de gritar,todavia a porta finalmente se abriu.
— Vilu? - disse o Federico com expressão de surpresa. - Eu vi você saindo hoje cedo com malas,estava com o León.Vocês não viajaram?
— Não. - respondi. - Quer dizer,sim. - me corrigir. - Olha,depois te explico Federico.Mas agora eu preciso falar com sua mãe,onde ela está?
— Escuta Violetta,se você veio aqui para rejeita-la,e humilha-la novamente pode dá meia volta,eu não vou permitir. - ele disse. - A mamãe já passou por muitas coisas,sei que a atitude dela foi errada,mas ela é humana e assim como eu e como você tem todo direito de cometer erros e nenhum de nós devemos julga-la.
— Federico,por favor. - eu pedi
— Não Violetta! - ele respondeu. - Não vou deixar você falar com ela para faze-la sentisse pior,sei que é difícil para você,mas enquanto você está guardando todo esse rancor,você está perdendo uma nova oportunidade de ter uma família. - ele disse. - E além do mais ela não está aqui.
— Você não entende,eu tenho que falar com ela. - eu insistir e me afastei da casa caminhando pela calçada.
— Não. - ele me seguiu. - Quando você resolver ser um pouco mais compreensível eu permitirei que você fale com ela,mas por enquanto fique longe da mamãe. - ele gritava enquanto me seguiu.
— Imbecil,eu preciso pedir...
— Violetta! - um grito me interrompeu.
Olhei para o outro lado da rua e vi a figura daquela maravilhosa mulher me fitando com os olhos inundados de agua,automaticamente meus olhos marejaram e meus lábios estamparam um enorme sorriso,eu não podia acreditar,finalmente!
Ela saiu da calçada e atravessou a rua,todavia o barulho insurdecedor de uma buzina interrompeu sua travessia e quando me dei conta vi o corpo pequeno da minha mãe estendido no meio da rua.
— Mamãe!!!!!!
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espero que tenham gostando e por favor comentem.