Narrador:

O clima daquele ambiente estava extremamente pesado a ponto de ser palpável,Violetta creia que o que acabara de ouvir era somente uma brincadeira,de mal gosto,mas uma brincadeira.German e Angie continuavam estáticos,sempre sonharam com o dia em que Violetta descobriria a verdade mas nunca imaginara ser dessa forma.

__Bom,acho que não tenho mais nada para fazer aqui. - disse Violetta totalmente decepcionada,ela virou-se em direção a porta pronta para sair daquela casa todavia um grito agudo vindo da Angie a interrompeu,e não era um grito comum e sim um grito de dor.

__Angie,você está bem querida? - perguntou German preocupado ao ver sua esposa com a mão na barriga se contorcendo de dor.

__Chama um médico! - sugeriu Violetta.

__Não,não precisa eu...- Angie tentou iniciar um dialogo no entanto sua voz foi ficando cada vez mais rouca e ela perdeu os sentidos caindo desacordada nos braços de seu marido.

__Angie,meu Deus....Violetta pegue a chave do carro no meu escritório por favor. - German pediu e assim fez Violetta,German ajeitou Angie em seu colo e olhou triste sua amada.Ele caminhou depressa até a garagem,abriu a porta e a pôs no banco traseiro.

__Aqui está a chave.__disse Violetta entregando a chave para German.__Er..posso ir junto?

__Sim,claro!Entre. - Violetta assentiu e sentou no banco traseiro do carro,ela pegou cuidadosamente o rosto pálido da Angie e o pôs sobre seu colo.
...
Violetta se encontrava naquele momento demasiadamente desesperada,durante o percurso até o hospital se formou um enorme engarrafamento.Violetta já estava extremamente estressada pois a única coisa que German fazia era gritar e xingar.

__Sai da frente porra!! - Gritou German buzinando.

__Preste atenção,gritar e xingar não vai fazer com que o engarrafamento acabe,ok?Respire fundo por favor e tenha paciência a Angie ficará bem,eu garanto. - disse Violetta na tentativa de acalma-lo,ela sentiu-se satisfeita ao perceber que surtiu efeito.

__E como ela está? - perguntou German.

__Não,por favor filha,me perdoa,eu não quis te deixar,ela que te roubou de mim. - dizia a Angie inquieta.

__Ela está delirando.__respondeu Violetta e levou sua mão até a testa da Angie.__Está com febre.

__Não,por favor não a leve,por favor eu faço tudo que você quiser.

__Ore para que esse engarrafamento acabe logo pois ela está muito quente. - disse Violetta deixando German ainda mais preocupado.

...

Finalmente eles conseguiram chegar ao hospital,assim que chegaram logo uns enfermeiros vieram com uma maca e levaram a Angie para a sala de exames,German queria entrar no entanto foi impedido o que o deixou mais apreensivo.Violetta tentava a toda hora acalmar aquele homem mais era inútil.Passaram-se alguns minutos que para German eram inacabáveis horas.

__Violetta Castillo! - chamou um doutor aparecendo do nada na sala de espera.

__Aqui... - respondeu Violetta não entendendo o motivo pelo qual aquele homem a chamara.Então o doutor caminha até ela e ela se levanta juntamente com German.

__A senhora Angeles quer falar com você. - disse ele.

__E..como ela está doutor? - perguntou German.

__Descobrimos que ela está com apendicite,eu a perguntei se ela estava sentindo dores constantes na região abdominal e ela afirmou.

__Sim,mas ela achava que era apenas uma dor de barriga comum. - disse German.

__Dor,é um sinal que algo está errado,o que deveriam fazer era procurar um médico...Bom Violetta,está quase tudo pronto para iniciarmos a cirurgia só que antes a paciente me implorou para que te chamasse.

__Mas,por que logo eu?__ indagou Violetta.__Você é o marido dela,então ela deveria querer vê-lo não a mim que sou apenas sua vizinha.

__Violetta,você é mais que uma vizinha...Vá,talvez a Angie te explique tudo. - Violetta apenas suspirou e seguiu o médico até a sala onde estava a Angie.

__Vou deixa-las a sós,por favor não demorem. - disse o doutor e saiu da sala deixando-as a sós.Violetta olhou para a imagem pálida da Angie e um arrepio percorreu seu corpo.

__Oi. - disse a Angie com a voz rouca.

__Oi.__disse Violetta sentando-se em uma cadeira que estava ao lado da cama da Angie.__Como está se sentindo?

__Bem,pelo menos a dor diminuiu.

__Fico muito feliz.

__Violetta,sobre o que você ouviu hoje...

__Tudo bem Angie,não precisa me explicar nada,eu não entendi o que estava acontecendo,mas acho que para tudo isso existe uma explicação.

__Sim Vilu,tem uma explicação....

Alguns anos atrás...

Angie permanecia sentada naquele banco da rodoviária com duas malas ao seu lado.Ela ainda não creia no que seu pai acabara de fazer.Naquele momento,o que ela mas precisava era apoio,mas de quem?
Então Angie caminhou até um telefone público que havia no local e comprou uma ficha,ela não tinha dúvida de para quem ligaria,apenas discou o número e esperou ansiosamente que a pessoa atendesse.

__Alô? - essa voz soou do outro lado da linha e Angie sorriu animada.

__Maria? - perguntou Angie como seainda não acreditasse que sua irmã havia atendido.

__Angie?Angelita!...Que surpresa minha maninha...Que bons ventos a fizeram lembrar de sua irmãzinha?

__Eu preciso de sua ajuda maninha.Mas antes me diz como está ai em Madri?

__Estou ótima,mais feliz que nunca.Mas fala no que eu posso te ajudar?

__Maria,eu tô grávida.__revelou Angie e o silêncio que paerou do outro lado da linha foi a confirmação do tamanho choque que a Maria havia levado.__E o papai me expulsou de casa.

__Não acredito que ele fez isso!..Quem é o pai Angie?

__Um desgraçado Maria,que se aproveitou da minha ingenuidade para me explorar.

__Ai maninha...Mesmo que eu tente o papai nunca voltará atrás,eu conheço Seu Antônio e sei o quão orgulhoso ele é.

__Eu tô perdida Angie,perdida!Nesse exato momento estou numa estação rodoviária sem ter um lugar para dormir. - disse a Angie em meio a prantos.

__Calma maninha,preste atenção,eu vou pôr uma quantia em dinheiro na sua conta bancária e você vai pegar o primeiro voo para Madri e você ficará aqui em casa.

__Ai,muito obrigada Maria,você foi minha única salvação.

__Daqui a alguns minutos veja se o dinheiro já está em sua conta.

__Ok,mais uma vez,obrigado Maria.

__De nada meu anjo e fique calma,tá?Tudo ficará bem.

__Te amo,maninha.

__Também,meu amor.

Depois daquela ligação,Angie se sentia melhor,mais segura.Ela voltou ao seu lugar e esperou ansiosamente trinta minutos para ir até a agência bancária mais próxima e assim fez,depois de esperar os longos minutos Angie levantou-se arrastando suas malas e se dirigiu a uma agência bancária não muito longe,ela verificou sua conta e viu que sua irmã como havia prometido depositou uma quantia em dinheiro que seria mais que necessária para uma passagem de avião.
Angie sacou o dinheiro,apanhou um táxi e rumou para o aeroporto.Assim que chegou a seu destino ela comprou uma passagem para Madri,o voo seria a alguns minutos e Angie mal esperava para decolar.

Passageiros com destino a Madri,por favor dirijam-se ao portão de embarque.

Essa era sua deixa,Angie pegou suas malas e como a voz eletrônica havia indicado ela seguiu para o portão de embarque.Ela adentrou o avião e assentou em sua poltrona que para seu alivio aparentemente não havia companheiro.Novamente a voz eletrônica ecoou no ambiente dessa vez pedindo para pôr o cinto,e assim ela fez.Angie se virou para a janela e viu o avião decolar suavemente.Em sua cabeça começou a passar um filme sobre tudo que havia acontecido últimamente,Angie se indagava a todo instante como pôde ser tão idiota a ponto de acreditar naquele imbecil,logo ele,o "badalado" do colégio.Em meio a tantos pensamentos Angie acabou perdendo os sentidos e adormeceu.

__Senhora,senhora...já aterrissamos.__anunciou a aeromoça enquanto balançava levemente o ombro daquela moça loira que dormia serenamente.__Senhora...

__Pablo! - murmurou Angie enquanto abria vagarosamente seus olhos azuis.

__Nâo senhora,já chegamos,a senhora precisa se retirar do avião.

__Tudo bem.__disse ela levantando-se de sua poltrona e se surpreendeu ao notar que o avião estava completamente vazio.__Muito obrigada.__a aeromoça assentiu e se dirigiu a cabine de voo.__O que será que me aguarda?

...

Já havia algumas semanas que Angie estava morando com sua irmã e seu cunhado,ao qual finalmente havia conhecido pessoalmente pois no dia do casamento de sua irmã,Angie havia adoecido e não pôde comparecer.A alegria pareava sobre a casa,naquela mesma semana Maria descobriu que estava grávida e claro não se contia de alegria.

Passaram-se sete meses e tanto Maria como Angie estavam com uma enorme barriga,tudo já estava pronto para a chegada do casal de bebês,sim,Maria estava grávida de uma menina e Angie de um menino.Mas um acidente pois a prova a felicidade que havia na casa...

Angie se encontrava sentadaEm uma cadeira de balanço tricotando um sapatinho para seu bebê,ela achava aquilo muito engraçado,pois já havia visto várias cenas de novela semelhante a aquele e ela nunca acreditou que viveria aquele momento tão fofo e lindo.

__Isso aqui é pra você meu amor,logo você estará usando esse lindo sapatinho.

__O que você fazia no telefone com aquela mulher German?! - gritava Mari do auto da escada.

__Apenas estava conversando Maria,pelo amor de Deus para com isso,você está sendo estúpida.

Angie levantou surpresa e caminhou com dificuldade devido ao tamanho de sua barriga até o pé da escada.Ela olhou aquela cena abismada pois nunca havia visto Maria e German brigarem,era como uma miragem,para ela aquele casal era um casal perfeito,o casal modelo para qualquer pessoa.

__O que está acontecendo gente? - perguntou Angie se pronunciando pela primeira vez.

__ Nada Angie,só que o German está me traindo com a ex dele!

__Você está louca,isso sim!Angie,eu estava apenas conversando com ela sobre assuntos de negócios.

__Quer saber? Me deixe com a minha loucura e vai atrás dela. - disse a Maria e desceu as escadas enfurecida,no entanto em um dos degraus ela pisou em falso e acabou caindo da escada.

Infelizmente,o inevitável aconteceu e a Maria perdeu o bebé que ela esperava,junto com o bebê foi interrada a alegria,o entusiamos e a luz daquela casa.Maria ia a todo instante no quarto que seria de sua querida filha que morreu.Alguns meses se passaram e Angie deu a luz a um lindo menininho ao qualDenominou Federico.Um lampejo de luz voltou a brilhar na mansão,German se encantou por seu sobrinho e lhe enchia de carinho cada dia mais.Todos estavam demasiadamente felizes,mas não precisava ser um grande gênio para saber que a felicidade da Maria era superficial.Comovido com a tristeza da esposa,German a aconselhou a fazer uma viagem pela Europa e com a insistência do marido ela aceitou.

O tempo passou e Maria viajava feliz pela Europa enquanto em sua casa Angie ocupava seu lugar vagarosamente.Federico era tratado por German como um filho e Angie se tornava cada dia a companheira que o estava fazendo falta desde do acidente que levou sua filha...

A noite estava fria e para amenizar o frio Angie sentou-se em frente a lareira enquanto pensava em sua louca vida.

__Angie.__chamou German aparecendo com um vinho em mãos.__pegue duas taças pois temos muito o que comemorar.

__ Sério?!E o que é?

__Sabe aquele contrato multimilhionario que eu estava louco para assinar com alguns empresários alemães?

__Sim,não vai me dizer que...

__Eu conseguir!!! - disse German eufórico e no mesmo instante Angie levantou-se do chão e deu um enorme abraço em seu cunhado que claro,retribuiu.

__Er...vou pegar as taças. - disse Angie sem graça ao perceber que o contato entre os dois havia sido um pouco exagerado.

Depois de algumas taças de vinho,o raciocinio dos dois não era mais o mesmo,os assuntos variavam e os risos eram inevitáveis.Os dois se aproximavam cada vez mais um do outro e até queAconteceu o primeiro beijo do casal que levou a outra coisa,a algo mais profundo e ali naquele lugar fizeram amor pela primeira vez.

__Depois disso eu e o German tentávamos a todo custo esconder o que sentiamos um pelo outro mas não adiantou cada dia nos apaixonavamos mais um pelo outro e não podiamos conter esse sentimento.Depois de um tempo a Maria chegou da sua viagem,logo no momento em que eu e o German nos entregamos a paixão que sentiamos,junto com a vinda Maria veio uma noticia que caiu como uma bomba.-eu estava grávida-não demorou muito para que a Maria descobrisse minha gravidez e também o pai do filho que eu esperava.Quando a Maria descobriu essa traição eu estava com quase nove meses e naquele mesmo dia dei a luz a uma linda menina das bochechas rosadas.Movida pela raiva,Maria roubou minha filha da maternidade e sumiu com ela.Eu tentei buscar minha filha mais descobrir que ela antes de viajar me acusou de roubar umas de suas joias mais caras que por conhecidência apareceu do nada na minha bolsa.Eu não podia sair do país,mas o German sim e assim ele fez,ele rumou para Buenos Aires e claro encontrou a Maria com você meu amor,sim,você era o meu bebê,a minha filha que foi roubada dos meus braços.E...quando German encontrou vocês a Maria praticamente obrigou o German a morar com vocês,então você foi registrada com filha da Maria e do German.Com o passar do tempo eu fiquei doente e o German voltou para Madri...

__Para,eu não quero mais ouvir.__interrompeu Violetta.__Primeiro,como você teve coragem de roubar o marido da sua irmã e ainda engravidar dele?

__Violetta,eu não roubei o German da Maria,nós nos apaixonamos e eu não escolhi isso,ou você acha que se eu pudesse escolher me apaixonaria pelo meu cunhado.

__Não me importa se você é ou não minha mãe,mas para mim minha mãe foi aquela que me criou,aquela que esteve comigo em todas as minhas fases.Sei que ela agiu mal em me sequestrar no entanto seu marido a traiu com sua irmã e isso é o cumulo do absurdo Angie! - gritou Violetta com lágrimas nos olhos.Ela levantou-se da cadeira e caminhou em direção a porta.

__Onde você vai filha?

__Violetta,V-i-o-l-e-t-t-a...e respondendo a sua pergunta,eu não tenho nada mais para fazer aqui. - finalizou Violetta e saiu da sala deixando Angie desconsolada.

__Violetta.__chamou German assim que viu Violetta entrar na sala de espera aos prantos.__O que aconteceu,por que esta chorando?

__Não,não aconteceu nada senhor,ou melhor...papai.__disse sarcástica deixando German estático.__Agora tenho que ir. - então Violetta caminhou para fora do hospital contudo ela desejava que aquilo tudo não passasse de um pesadelo e que logo iria acordar e estaria em sua cama abraçada ao homem que amava,mas seu desejo era impossível de torna-se realidade,ela havia errado muito no passado e agrea chegou seu castigo.