Como Romeu e Julieta escrita por C0nfused queen


Capítulo 6
Capítulo 6.




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–Julieta – falei simplesmente.

O silencio pairou entre nós e ele tentou quebrá-lo fazendo perguntas pessoais, às vezes eu as retribuía e fiquei surpresa em como nos tínhamos tantas coisas em comum.

–Sabe? – ele falou enquanto eu ainda sorria da historia que a pouco ele contara – No inicio eu achei que o casamento seria algo ruim, que eu não iria me adaptar e que eu nuca conseguiria ser feliz...

Eu parei de sorrir e o encarei agora séria eu não aceitaria jamais um casamento arranjado e mesmo que não parecesse tão ruim tê-lo ao meu lado, não era ele quem eu amava.

–Paris... – eu comecei mais ele me interrompeu.

–Não Julieta, ouve... – ele falou pegando meu rosto me forçando a olhar para ele – Nós podemos ser felizes, temos tanto em comum, vai ver nesse casamento totalmente arranjado acabamos ganhando algo em troca.

Eu me desvencilhei de suas mãos e segui para casa o deixando sozinho no jardim. O restante do jantar ocorreu como o esperado, tirando é claro alguns olhares da parte de Paris.

Depois de muitas conversas desinteressantes e tacas e tacas de vinhos finalmente nos despedimos de todos e fomos para casa. O caminho até a mansão dos Capuletos foi rápido e ao chegarmos corri para o meu quarto, subindo as escadas de maneira desesperada a fim de fugir das perguntas por parte de meus pais sobre o que meu noivo e eu tanto conversamos.

Ao entrar em meu quarto tive que reprimir um grito ao encontrar Romeu deitado em minha cama lendo um de meus livros.

–Como foi? – ele perguntou sem tirar os olhos do livro.

Eu não respondi apenas deitei ao seu lado e aconcheguei minha cabeça em seu peito, eu tinha medo, tanto medo de perdê-lo, de ser obrigada a casar e viver o resto de minha vida infeliz. Ele me abraçou e afagou meus cabelos.

Eu desfiz a minha tranca e pedi a sua ajuda para tirar o meu colar, quando tocou minha pele eu senti uma corrente elétrica passar por todo o meu corpo, porém algo nele assumiu um ar diferente, um ar de preocupação, ele retirou o colar e me virou para ele.

–Seu pescoço? – ele me encarava – O que houve?

–Minha mãe... – eu não precisei continuar ele entendeu tudo.

Colocou o colar de lado e pegou algo no criado mudo.

–Particularmente... – ele colocou meu antigo pingente em meu pescoço – Gosto mais desse.

Eu sorri e o abracei, passamos algum tempo assim, conversando e eu bocejando de tempos em tempos. Até que eu peguei no sono.

“Julieta! – alguém gritava o meu nome.

Não consegui identificar onde estava devido à escuridão, à medida que caminhava sentia meus pés doendo, como se pisasse em espinhos, até que tropecei em algo talvez um galho e me vi em um circulo com toda a minha família ao redor, com olhares que indicavam repreensão e desaprovação, tentei inutilmente me levantar, mas cada movimento que eu fazia apenas aumentava os cortes em meus pés, até que eu toquei em algo ao meu lado, quando voltei minha atenção para o mesmo gritei de aflição, Romeu estava ao meu lado, talvez morto e nas mãos de meu pai jazia um punhal ensangüentado, eu implorei para que ele não fizesse nada, mas ele veio em minha direção...”

Acordei em um sobressalto e levei minha mão ao peito, lagrimas rolavam de meu rosto sem a minha aprovação. Romeu ao meu lado dormia tranquilamente, até notar o ruído produzido pelo meu choro ele levantou e tocou levemente o meu ombro, eu estava muito suada e tremia sem parar, ele me abraçou e falou palavras reconfortantes. Em poucos minutos minha respiração já estava mais regulada e eu me encontrava dormindo nos braços de Romeu.

Acordei com os raios de sol em meu rosto, ainda podia sentir os braços de Romeu ao meu redor o que fez eu me sentir mais segura, aos poucos fui abrindo os olhos e quando o fiz encontrei Elle me encarando, sua expressão variava de surpresa para reprovação.

Rapidamente levantei e pedi para que Elle fizesse silencio, peguei um de meus travesseiros e o lancei em Romeu, que acordou num pulo e começou a reclamar, até que notou a presença de Elle.

–Mas o que significa isso?

–Calma... Elle eu posso explicar, mas, por favor, não fale nada. – eu pedia desesperada.

–Senhora... Não deveria se preocupar comigo e sim com os seus pais.

Antes que eu pudesse responder alguém bateu em minha porta.


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Notas finais do capítulo

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