The Founders escrita por Sleepyhead


Capítulo 3
A Notícia


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, estava em semana de provas. Tenho alguns leitores fantasma, se apresentem povo. Lá vai mais um capítulo...



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Godric abriu lentamente os olhos, esperando ver os raios solares tocando seu rosto, mas, ao contrário, tudo ainda estava escuro. Aliás, sua visão estava turva e borrada, o quarto todo estava rodando. Fechou novamente os olhos e abriu-os em seguida, piscando freneticamente. Só naquele momento notou que não lembrava do que havia acontecido e só naquele momento percebeu que seu braço e a coxa estavam enfaixados, círculos de sangue seco marcavam o meio das ataduras. A dor agora estava suportável naquelas regiões, mas sua cabeça latejava, como se tivessem pregos espetando-a de dentro para fora.

Levantou muito rapidamente e sentiu as pontadas de dor voltarem , soltou um gemido abafado. Estava em um cubículo de paredes de pedra rústica, a cama em que estava sentado possuía um colchão muito duro e o chão era tão frio que ele não conseguiu permanecer com os pés descalços tocando-o. Olhou em volta, mas não viu e nem ouviu ninguém. Estava sozinho.

Procurou com dificuldade os sapatos debaixo da cama e calçou-os. Apoiou-se então na cabeceira da cama e ergueu-se. A partir de então, ele começou um caminhada, arrastando-se pelas paredes ásperas à procura de alguém. Seguiu por um pequeno corredor e desceu três degraus... nada. Andou um pouco mais e adentrou na cozinha... nada. Pelo resto dos cômodos que passou tudo o que encontrou foi o vazio, a solidão e o... silêncio. Um súbito pensamento passou por sua mente e ele tateou loucamente as vestes à procura da varinha, ela não estava em seus bolsos e não estava no cinto, talvez a tivessem tirado dele e guardado em algum lugar. Voltou ao quarto na esperança de encontrar a sua pena de fênix e cedro, vinte e dois centímetros, ou seja, a varinha que herdara de sua mãe, Lady Irene Gryffindor. Ela estava no criado-mudo que havia aos pés da cama.

Caminhou até a porta, empunhou a varinha, apontando-a para o vazio à sua frente e berrou:

Finite Incantatem!

Rapidamente, um zumbido de vozes ecoou pelo pequeno corredor. Godric seguiu o barulho até parar em frente a uma porta de madeira.

– Acha que Godric vai fica bem? – falavam as vozes

– Provavelmente, fizemos o possível para estancar o sangue e fechar os ferimentos, talvez ele se cure por completo amanhã – disse outra voz

– Você sabe que ele me salvou um vez... queria poder fazer o mesmo – e Godric soube que quem falava era Helga, e a outra voz só poderia ser Rowena

– E você fez isso, agora tente se acalmar – Rowena disse, calmamente – Por que acham que Godric extrunchou?

– Griffyndor não é perfeito, poderia ter extrunchado por qualquer coisa – disse uma outra voz mais grossa. Salazar.

– Não foi o que eu perguntei–

Mas ele está certo, não sou perfeito – disse Godric que estava apoiado no batente da porta

Helga fitou-o surpresa e levantou-se em um sobressalto, pegando em seguida o braço de Godric e sentando-o em uma cadeira. Ele então agradeceu gentilmente com um movimento de cabeça.

– Abaffiato? – ele perguntou sério

– Não queríamos acorda-lo, você precisava... precisa descansar

– Poderiam me contar o que aconteceu? As minhas lembranças são como um borrão

– Achávamos que poderia nos contar, também não sabemos

– Salazar estava comigo, conte-nos – disse com um pouco de ódio na voz

– Quando eu aparatei na floresta você já estava caído, deduzi que havia extrunchado e saí para procurar Rowena – fez uma pequena pausa – e Helga

– Lembro de você dando as costas e saindo, fingindo não escutar minhas súplicas.

– Como eu disse, fui procurar as moças, ou seja, ajuda.

– Um bruxo tão bom quanto você se diz deveria saber feitiços de cura

– E eu sei – respondeu seco

– E por qual motivo não me ajudou? – Godric gritou

– Deixe de ser tão mal agradecido, eu lhe salvei – fez-se outra pausa – novamente

– Parem de brigar, isso não vai resolver nada, não vai dar em coisa alguma – disseram as moças

– Tínhamos assuntos pendentes, se não me engano

Rowena havia se esquecido completamente do real motivo deles terem vindo ali e ao lembrar esbanjou um enorme sorriso. Helga fez o mesmo. As duas arrumaram-se nas cadeiras, trocaram olhares e finalmente uma delas disse:

– Temos uma proposta

– Que tipo de proposta? – disseram os dois em uníssono

– Não sei se lembram, mas, na saída da floresta proibida – ela riu – existe uma imensa planície vazia.

– A onde querem chegar? – Godric perguntou impaciente

– Uma coisa de cada vez – disse Helga

– Então – Rowena continuou – Acho que todos nós estudamos em casa, aprendemos com o grande livro todos os feitiços básicos e até hoje ainda existem feitiços desconhecidos aos nossos olhos. Lembro-me de que a minha magia só veio aparecer quando eu tinha oito ou nove anos, me recordo de ter feito algumas janelas quebrarem por causa dos vários objetos que estavam flutuando à minha volta, no ano seguinte a minha mãe me ensinou em casa como manejar a varinha que ganhei do meu pai, e me ensinou a aperfeiçoar e ter controle sobre os meus feitiços...

– O mesmo aconteceu comigo e deve ter acontecido com vocês também – disse Helga

– Sim, mas ainda não entendo a onde querem chegar com isso – perguntou Godric

– Godric, você me salvou daquele dragão, é um grande bruxo. E você, Salazar, tem dons magníficos que muitos bruxo não tem. Rowena é extremamente inteligente e eu... digamos que também tenho meus truques – ela respirou fundo – poderíamos ser um quarteto de bruxos muito poderoso

– Vocês estão querendo que nós nos juntemos e protejamos os outros de algo ou alguém que possa fazer mau de alguma forma? – disse Salazar – eles podem se cuidar sozinhos

– Sim, eles podem, mas... e os filhos deles?

– Eles os ensinam a se proteger como os nossos pais nos ensinaram

– Muitos bruxos não tem tempo de repassar conhecimentos, outros nem se importam. Pense no futuro Salazar

– Isso eu entendi, mas o que querem? – Godric perguntou

– Não está óbvio? – disse Rowena

– Olha, essas pessoas podem se proteger e se acontecer alguma coisa elas ajudam umas as outras e... – dizia Salazar

– Não é disso que estamos falando – Helga interrompeu-o – Sabemos que os adultos sabem se proteger, quem não sabe são as crianças. Elas precisam de alguém. E nós queremos ajuda-las.

– Sejam diretas

– Queremos construir um escola de magia para ensinar as crianças a se protegerem

– Vocês querem ensinar magia? – Salazar disse surpreso – E construir uma escola?

– Isso – responderam as duas em uníssono

– Eu disse que precisariam de tempo para pensar.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro me avisem, comentem amores! bjs, até o prox cap.



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