The Founders escrita por Sleepyhead
Notas iniciais do capítulo
Desculpem a demora, estava em semana de provas. Tenho alguns leitores fantasma, se apresentem povo. Lá vai mais um capítulo...
Godric abriu lentamente os olhos, esperando ver os raios solares tocando seu rosto, mas, ao contrário, tudo ainda estava escuro. Aliás, sua visão estava turva e borrada, o quarto todo estava rodando. Fechou novamente os olhos e abriu-os em seguida, piscando freneticamente. Só naquele momento notou que não lembrava do que havia acontecido e só naquele momento percebeu que seu braço e a coxa estavam enfaixados, círculos de sangue seco marcavam o meio das ataduras. A dor agora estava suportável naquelas regiões, mas sua cabeça latejava, como se tivessem pregos espetando-a de dentro para fora.
Levantou muito rapidamente e sentiu as pontadas de dor voltarem , soltou um gemido abafado. Estava em um cubículo de paredes de pedra rústica, a cama em que estava sentado possuía um colchão muito duro e o chão era tão frio que ele não conseguiu permanecer com os pés descalços tocando-o. Olhou em volta, mas não viu e nem ouviu ninguém. Estava sozinho.
Procurou com dificuldade os sapatos debaixo da cama e calçou-os. Apoiou-se então na cabeceira da cama e ergueu-se. A partir de então, ele começou um caminhada, arrastando-se pelas paredes ásperas à procura de alguém. Seguiu por um pequeno corredor e desceu três degraus... nada. Andou um pouco mais e adentrou na cozinha... nada. Pelo resto dos cômodos que passou tudo o que encontrou foi o vazio, a solidão e o... silêncio. Um súbito pensamento passou por sua mente e ele tateou loucamente as vestes à procura da varinha, ela não estava em seus bolsos e não estava no cinto, talvez a tivessem tirado dele e guardado em algum lugar. Voltou ao quarto na esperança de encontrar a sua pena de fênix e cedro, vinte e dois centímetros, ou seja, a varinha que herdara de sua mãe, Lady Irene Gryffindor. Ela estava no criado-mudo que havia aos pés da cama.
Caminhou até a porta, empunhou a varinha, apontando-a para o vazio à sua frente e berrou:
– Finite Incantatem!
Rapidamente, um zumbido de vozes ecoou pelo pequeno corredor. Godric seguiu o barulho até parar em frente a uma porta de madeira.
– Acha que Godric vai fica bem? – falavam as vozes
– Provavelmente, fizemos o possível para estancar o sangue e fechar os ferimentos, talvez ele se cure por completo amanhã – disse outra voz
– Você sabe que ele me salvou um vez... queria poder fazer o mesmo – e Godric soube que quem falava era Helga, e a outra voz só poderia ser Rowena
– E você fez isso, agora tente se acalmar – Rowena disse, calmamente – Por que acham que Godric extrunchou?
– Griffyndor não é perfeito, poderia ter extrunchado por qualquer coisa – disse uma outra voz mais grossa. Salazar.
– Não foi o que eu perguntei–
Mas ele está certo, não sou perfeito – disse Godric que estava apoiado no batente da porta
Helga fitou-o surpresa e levantou-se em um sobressalto, pegando em seguida o braço de Godric e sentando-o em uma cadeira. Ele então agradeceu gentilmente com um movimento de cabeça.
– Abaffiato? – ele perguntou sério
– Não queríamos acorda-lo, você precisava... precisa descansar
– Poderiam me contar o que aconteceu? As minhas lembranças são como um borrão
– Achávamos que poderia nos contar, também não sabemos
– Salazar estava comigo, conte-nos – disse com um pouco de ódio na voz
– Quando eu aparatei na floresta você já estava caído, deduzi que havia extrunchado e saí para procurar Rowena – fez uma pequena pausa – e Helga
– Lembro de você dando as costas e saindo, fingindo não escutar minhas súplicas.
– Como eu disse, fui procurar as moças, ou seja, ajuda.
– Um bruxo tão bom quanto você se diz deveria saber feitiços de cura
– E eu sei – respondeu seco
– E por qual motivo não me ajudou? – Godric gritou
– Deixe de ser tão mal agradecido, eu lhe salvei – fez-se outra pausa – novamente
– Parem de brigar, isso não vai resolver nada, não vai dar em coisa alguma – disseram as moças
– Tínhamos assuntos pendentes, se não me engano
Rowena havia se esquecido completamente do real motivo deles terem vindo ali e ao lembrar esbanjou um enorme sorriso. Helga fez o mesmo. As duas arrumaram-se nas cadeiras, trocaram olhares e finalmente uma delas disse:
– Temos uma proposta
– Que tipo de proposta? – disseram os dois em uníssono
– Não sei se lembram, mas, na saída da floresta proibida – ela riu – existe uma imensa planície vazia.
– A onde querem chegar? – Godric perguntou impaciente
– Uma coisa de cada vez – disse Helga
– Então – Rowena continuou – Acho que todos nós estudamos em casa, aprendemos com o grande livro todos os feitiços básicos e até hoje ainda existem feitiços desconhecidos aos nossos olhos. Lembro-me de que a minha magia só veio aparecer quando eu tinha oito ou nove anos, me recordo de ter feito algumas janelas quebrarem por causa dos vários objetos que estavam flutuando à minha volta, no ano seguinte a minha mãe me ensinou em casa como manejar a varinha que ganhei do meu pai, e me ensinou a aperfeiçoar e ter controle sobre os meus feitiços...
– O mesmo aconteceu comigo e deve ter acontecido com vocês também – disse Helga
– Sim, mas ainda não entendo a onde querem chegar com isso – perguntou Godric
– Godric, você me salvou daquele dragão, é um grande bruxo. E você, Salazar, tem dons magníficos que muitos bruxo não tem. Rowena é extremamente inteligente e eu... digamos que também tenho meus truques – ela respirou fundo – poderíamos ser um quarteto de bruxos muito poderoso
– Vocês estão querendo que nós nos juntemos e protejamos os outros de algo ou alguém que possa fazer mau de alguma forma? – disse Salazar – eles podem se cuidar sozinhos
– Sim, eles podem, mas... e os filhos deles?
– Eles os ensinam a se proteger como os nossos pais nos ensinaram
– Muitos bruxos não tem tempo de repassar conhecimentos, outros nem se importam. Pense no futuro Salazar
– Isso eu entendi, mas o que querem? – Godric perguntou
– Não está óbvio? – disse Rowena
– Olha, essas pessoas podem se proteger e se acontecer alguma coisa elas ajudam umas as outras e... – dizia Salazar
– Não é disso que estamos falando – Helga interrompeu-o – Sabemos que os adultos sabem se proteger, quem não sabe são as crianças. Elas precisam de alguém. E nós queremos ajuda-las.
– Sejam diretas
– Queremos construir um escola de magia para ensinar as crianças a se protegerem
– Vocês querem ensinar magia? – Salazar disse surpreso – E construir uma escola?
– Isso – responderam as duas em uníssono
– Eu disse que precisariam de tempo para pensar.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Se tiver algum erro me avisem, comentem amores! bjs, até o prox cap.