A filha do Mal escrita por Cami Guimarães


Capítulo 3
Em Hogwarts


Notas iniciais do capítulo

Heey pipocas!
Está ai mais um capítulo pra vcs!
Beijos da Cami, e digam o que acharam ok?



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Sai pela porta e parei na escada mesmo. Apoiei a cabeça entre as mãos e pensei no que fazer.
Não é facil descobrir que você é filha de uma comensal, e por isso as pessoas vão te julgar e te olhar torto.
Senti uma mão em meu ombro, e levantei a cabeça para ver quem era.
Pude ver o Harry.
–Me desculpa, não queria falar daquele jeito com você. Acho que me exaltei. Não quero te julgar pelo fato de você ser filha daquela mulher...
–Tudo bem... - disse baixo
Ele me abraçou (!) e depois nós voltamos juntos para junto dos outros.
Entramos com muitos olhares em cima de nós, mas isso deixa quieto...
Depois de uns dez minutos o velho - que se chamava Dumbledore- voltou a dizer:
–Agora todos para seus salões comunais! - ele estalou os dedos e toda a comida sumiu.
Eles me ajudaram a ir para o salão. E chegando lá continuamos conversando.
Por uma benção de Merlin tinha uma cama sobrando no dormitório da Gina e da Mione.
–Eu não quero ser curiosa... -começou dizendo a Gina - e sei que nos conhecemos a pouco tempo, mas eu quero saber o sentido do que o chapéu seletor te disse...
Eu não sabia se podia confiar nelas ainda, era cedo de mais...
–Eu também quero Gina, quando eu descobrir eu te conto, ele falou meio que embolado, sei lá, estranho...
A Mione ficou um pouco desconfiada, mas acho que ela acreditou.
Fomos dormir, e mais uma vez ocultei minhas lembranças na porta do sono...
***
Não acordei com ninguém falando, nem gritando, nem precisando correr atrás de alguma vaca por ter pego algo meu.
Acordei porque a Gina me acordou de leve:
–Ei hoje tem passeio a Hosmegad, acorde para ir conosco... - ela disse enquanto abria as cortinas lentamente
–Ah sim, obrigada pelo convite! - disse ainda com sono
Cambaleei até o banheiro e sai de lá novinha em folha.
Coloquei minhas roupas normais, shorts e tênis e me senti confortável naquela manhã de primavera.
***
Fomos eu, o Harry, o Rony, o Fred, o George, a Mione e a Gina juntos a Hosmegad. Eu não sabia o por que deles estarem me acolhendo, mas eles estavam.
Quando estávamos no três vassouras, tomando algo chamado cerveja amanteigada - isso era muito bom, melhor do que tomar chá em bistrô - um cara chamado Draco Malfoy resolveu nos atazanar.
–Olha só Zabine, eu tenho uma priminha... mas acho que devo chamar de desgraça! Afinal, ela está na Grifinoria! Deixa a tia Bella saber... - disse ele frio
–Essa coisa loira aguada está falando comigo Harry? - falei mais fria ainda e causei risadas entre os meus "amigos" - Acho que sim né... Bem, avise a ela mesmo, que eu fui, e sou diferente, e que não vou estar com o Lord das Trevas -eles pararam de rir -, você sabe, o sem nariz, o Voldemort.
Ele ficou parado na minha frente. Sem falar, e quase sem respirar.
Depois Zabine o cutucou e eles saíram do bar.
–Ai ai, essas pessoas me fazendo perder a compostura... - falei com sotaque francês e colocando as mãos na cabeça dramaticamente.
Eles riram de novo.
E o resto do domingo seguiu assim, cheia de risadas e alegrias, e eu me esqueci dos problemas por algumas horas.
***
"O suor escorria pela testa, mas ela aguentava firmemente a dor. O sangue subia a cabeça, mas ela aguentaria a dor de maneira digna. Seus olhos cinzentos já estavam pretos opacos a essa hora.
Mas a mãe não desistia de lhe torturar.
–Crucio! Crucio! - dizia ela rindo loucamente - Está bom assim filhinha?
Ela estava deitada no meio da enorme mesa, rodeada de comensais, e com Voldemort na cabeceira.
–Vamos logo Diane! Aceite para a sua mamãe! - gritou Bellatrix - Crucio!
Diane mantia sua expressão forte mas se contorcendo a cada maldição.
–Já chega! Tudo bem! Eu o faço. - gritou Diane em desespero."
Abri os olhos assustada e suando frio. Olhei para a janela. Ainda estava escuro lá fora. Para não ser atormentada por mais pesadelos do gênero decidi não dormir mais. Desci para o salão comunal.
Sentei numa poltrona de frente para a lareira e fiquei olhando as chamas dançando.
–Perdeu o sono? - me assustei com a pergunta por que não tinha visto ninguém ali.
–Que susto Harry! Sim... Quer dizer perdi tecnicamente...
–Minha intenção não era assustá-la, desculpa... Mas como tecnicamente? - ele perguntou coçando a nuca
–Perdi por um pesadelo... - respondi baixo pois um calafrio impediu a minha voz de sair normalmente
–Também... - ele disse sentando no sofá a minha frente
–Conte me o pesadelo. - disse
–Meus pais, morrendo, vi tudo de novo. Mesmo depois desse tempo eu ainda tenho pesadelos com isso...
–Aah sim. Desculpe tocar num assunto delicado como esse...
–Nada! E você? O que te atazanou essa noite?
–Eu sendo torturada pela minha mãe querida. Aquela vadia me forçava a fazer algo que ela queria, e no fim acabei cedendo, depois de tantos cruciatos... senti a dor em mim...
–Acho que isso é pior que o meu...
–Você só acha... seus pai eram e ainda são herois e estão mortos, minha mãe é uma vadia louca e esta por ai matando pessoas por esporte depois de tortura-las!
–Sinto em dizer... mas concordo!
Dei um sorriso sincero.
–Obrigada por ser sincero. Gosto da sinceridade. Aprendi nesse tempo que a dor fica mais fácil de lidar quando é aceita...
–Pensamos igual.
–Gosto disso também - dei um sorriso e olhei para baixo - de pessoas que pensam como eu...
–Estou ficando com sono...
–Também, mas o medo de dormir é maior...
–Vamos fazer assim: você deita do meu lado, no chão. Juntos talvez os pesadelos não queiram nos atacar! - ele disse com os olhos brilhando feito criança
–Ideia brilhante! - disse animadas
Deitei me devagar no chão, e ele logo em seguida.
–Boa noite Den... - sussurrou ele
–Boa noite Harry... - sussurrei em resposta
Fiquei admirando o teto até pegar nos sono, e mergulhar numa escuridão profunda, sem sonhos nem pesadelos.


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