O Legado de Jack Sparrow escrita por Costa


Capítulo 1
Prólogo




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Em certa ilha do pacifico um pequeno barco atraca trazendo apenas um homem de bandana, chapéu, roupas rasgadas e muitas correntes e anéis. Ele adentra na ilha passando pelas pessoas da cidadezinha que havia ali. O homem anda de forma engraçada, cambaleante, provavelmente está muito cansado ou bêbado. Por onde passa as pessoas o olham de cima a baixo com olhar de reprovação. O homem não parece ligar e entra num bar, mas logo é jogado para fora caindo no chão de terra.

– Não aceitamos pessoas que não podem pagar. - Diz um homem alto e careca que lançara o homem mal vestido para fora. O sujeito, então, simplesmente pega seu chapéu que caíra, põe na cabeça e segue andando cambaleante sem rumo pelas ruas. No cair da noite o homem se encontra numa esquina, jogado no chão, com seu chapéu sobre o rosto, aparentemente dormindo. Um garotinho se aproxima cautelosamente com uma garrafa de vidro preenchida até a metade em uma das mãos.

– Jack Sparrow!? - Diz o garoto gaguejando um pouco. O homem jogado ao chão nem se mexe. – Jack Sparrow! – Repete o garoto com uma voz mais firme, insistindo. O homem move a cabeça rapidamente, quase não dando pra notar. Após alguns segundo em silencio, ele diz algo.

– Vá embora, garoto. Xô! – Diz balançando uma das mãos molemente como se espantasse uma mosca, com o chapéu ainda sobre o rosto.

– Trouxe rum. – Diz o menino balançando a garrafa de modo que o som do liquido se movendo desperte o interesse do homem (tática que funciona, perfeitamente). Sem se apoiar em nada, o homem se põe sentado flexionando apenas o abdômen e toma rapidamente a garrafa da mão do menino.

– É Capitão Jack Sparrow. – Diz em tom de correção enquanto remove a rolha da garrafa, virando-a na boca logo em seguida.

– Ah! Desculpe Capitão! - Diz o garoto mostrando respeito por aquele homem vagabundo.

– Um garoto da sua idade não deveria beber. - Alerta Sparrow limpando a boca ao terminar de dar o gole.

– Não estava bebendo. Trouxe para você.

– Garoto esperto. – Diz Jack sorrindo antes de virar novamente a garrafa. O garoto fica então ali assistindo Jack beber, da mesma forma que se admira uma bela pintura. – É melhor você ir. Seus pais não vão gostar de saber que você andou roubando rum e saindo no meio da noite para encontrar um terrível pirata como eu.

– Ah, tudo bem, não tenho pais. – Diz forçando um sorriso. Jack faz uma expressão estranha, como se tivesse sentindo um gosto ruim na boca.

– Qual seu nome garoto?

– John Sulivan, Capitão.

– Como sabia meu nome?

– Como não reconheceria o grande capitão Jack Sparrow!? Já ouvi muitas estórias sobre você. Para mim você é o melhor.

– Claro que ouviu. – Diz Sparrow num tom de importância. – Eu sou o grande capitão Jack Sparrow. – Sua última afirmação vai abaixando de tom até sair como um sussurro, como se não concordasse inteiramente com o que estava dizendo. Seu olhar para o restante de rum na garrafa transmitia certa tristeza. Jack toma o último gole. Ao terminar de beber, coloca a garrafa vazia de lado e se vira para o garoto.

– Quer ganhar uma coisa legal? – O garoto sorri animado e acena positivamente com a cabeça. Jack mexe nos bolsos e tira uma caixinha preta, abrindo-a em frente aos olhos do garoto mostrando se tratar de uma bussola.

– Uau! Uma bussola! – Diz John.

– Não é só isso, meu caro amigo de meio metro! Ela é especial, pois aponta na direção daquilo que você mais quer neste mundo.

– Uau! - Os olhos do garoto brilham, mas seu sorriso dá lugar a uma expressão de duvida. - Você não a quer mais? – Jack acena negativamente com a cabeça.

– O lugar para onde vou, ela não será útil. Pois irei a um lugar que não pode ser achado, e para isto, preciso me perder. Pelo menos foi o que aprendi com certo pirata desprezível.

***

Meio dia e um homem desperta num pequeno barco a vela que mal comportava seu corpo deitado. Ele se levanta, ficando sentado no pequeno barco enquanto mexia em uma sacola a procura de algo. É um homem estranho: Usa bandana, chapéu, anéis e correntes, além de um cabelo longo. Pendurado em seu pescoço há uma pequena caixa preta.

– Tortuga! - Diz a si mesmo ao avistar uma ilha logo a frente, através da luneta que achara em sua sacola.


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