Our Promise escrita por Daughter of Universe


Capítulo 30
Capítulo XXIX: Daniel Costa: The Treasurer Mad


Notas iniciais do capítulo

Lumus*
Olá gafanhotinhos da tia!
Estou um tanto sumida ultimamente...
Mas apareci de novo!
O cap tem o "XXIX" do capitulo anterior pq eu fiz alguns capítulos com a numeração errada e enfim
Vamos descobrir o passado do nosso psicopata Costa?
Aliás, obrigada, gente, pelos f**king 16.837 VIEWS! ISSO É UMA META QUE EU NUNCA SONHEEEI EM CONQUISTAR! Sério, muito, muito, muito obrigada! Se a fic chegar aos 100 comentários, eu posso fazer um bônus ;)
Savvy?
Nox*



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Nada.

Daniel Costa nunca se sentiu a vontade entre os outros. Desde o princípio, ele sempre sentia um grande vazio no peito. Não esboçava sentimentos e nem nada do tipo. Ele vivia sozinho com a mãe solteira. O pequeno menino adorava brincar com facas e flechas, ele as atirava em um alvo, imaginando um dia estraçalhar a cabeça do pai que o abandonara como sempre estraçalhava aquele alvo desgastado e velho.

(Na: Ou seja, ele era doido de pedra.

Austin: Concordo plenamente.

Ally: Querem calar a boca? Eu quero descobrir a história do bichin L.

Daniel: É, estou me achando fabuloso.

Na: Falou, humildão.)

Ele gostava de cortar as coisas com objetos que faziam sua pele sangrar. Ele gostava de ver o líquido avermelhado escorrer por seu dedo e cair. Um dia, experimentou o sangue, e gostou do sabor.

Tem gosto de framboesas.

Foi o que o garotinho pensou, logo após de chupar o sangue que saiu de seu dedo, ao ser espetado por uma agulha.

Mas seu objeto cortante preferido, era a tesoura. Ele as adorava. Ele pegava as tesouras pontiagudas e, com elas, mandava os coleguinhas a fazer tudo que ele queria. Ele puxava as meninas e os meninos para algum canto da escola rural, no meio do intervalo, e os ameaçava com a tesoura na garganta. Ele aprendeu isso com os assassinos de tevê que sempre estavam em filmes de terror.

Eles deviam o satisfazer sexualmente, e, depois, arrancar, pedaço por pedaço, sua pele fora. Eles gritavam e imploravam para que ele parasse de fazer aquele tipo de coisa. Elas ficavam em carne viva, e, depois, Daniel simplesmente cortava sua garganta e as jogava no lago profundo de sua fazenda. E o garotinho sempre se sentia um herói fazendo isso. Ele achava que aqueles colegas mereciam a morte.

Ele ria, olhava para os cadáveres mortos e alisava a ponta ensanguentada da tesoura.

E, quando voltava para casa, se olhava no espelho e olhava a própria expressão: Gotas de sangue, traços cansados e de risos constantes. E então ele puxava o próprio cabelo e começava a gritar:

— VOCÊ! VOCÊ MATOU ELAS! TODAS ELAS! FOI VOCÊ! – Ele gritava para si mesmo. Em seu reflexo, via-se sorrindo maliciosamente, com a tesoura ensanguentada em mãos. –  ELES VÃO IR ATRÁS DE VOCÊ! VÃO TE PERSEGUIR, VÃO TE ACORRENTAR... CALADO!  HAHAHA! CALADO!

E o banheiro permanecia em silêncio, apenas se ouvia os risos do esquizofrênico no banheiro, apontando para o espelho e gritando, ora horrorizado, ora rindo, ora confuso.

A mãe, já com seus fios brancos, escutou os risos do filho e sorriu, imaginando que este devia estar brincando. Os traços de velhice chegavam cedo para ela, e seus olhos ainda brilhavam intensamente, como se sorrissem para o mundo. Ela assistia à tevê, calmamente.

Estava passando um filme chamado Caça-Fantasmas, mas a parabólica parecia estar funcionando mal, por causa da chuva forte e barulhenta do lado de fora. Mal sabia ela, que o filho estava atrás dela, segurando a tesoura nas mãos, sorrindo docilmente.

— Olá, mamãe! – Ele sorriu, e beijou sua bochecha.

— Olá meu... fi-Filho? – Ela encarou seu filho, estava com a roupa e rosto manchados de alguma substância vermelha.

— Você é a melhor, mãe. Mas eu tenho que acabar com isso. Vou atrás de Carlos Costa. Vou acabar com aquele idiota que te abandonou, não se preocupe. E você, você vai ser um obstáculo, uma perda de tempo.

— Do que você tá falando? Meu filho, o quê houve com você? – Ela estava preocupada, o filho estava falando maluquices de mais.

— Estou dizendo que você não vai mais precisar se preocupar com o meu pai. Eu te amo, mãe. – Ele sussurrou, chorando. Mas logo deu um sorris macabro, e levantou o rosto. Com a voz muito diferente. – Mas eu preciso fazer isso. Você vai me atrapalhar. Você só atrapalha. Vou te deixar ir. Não tem mais nenhum assunto inacabado. Por que eu não quero ser o seu, e o papai não vai ser.

Ele terminou isso e enfiou a tesoura no coração de sua mãe, perfurando- o por completo. A mulher desabou no chão, com lágrimas no rosto.

— P-Por que...

— Eu te juro. Foi pro seu bem. Durma bem, mamãe... – Ele sorriu macabramente, mas tornou a chorar. – A sua família ama você.

A mulher fechou os olhos e o filho chorou mais, abraçando o cadáver da mãe.

— MÃE! ACORDA! ME... ME DESCULPE... Desculpe... O QUE VOCÊ FEZ, SEU IDIOTA? – Ele gritou e socou a parede, suspirando.

Ele tirou a tesoura e, junto dela, o órgão sensível. Colocou o coração da mãe em um pote e recortou seu rosto, fazendo uma máscara e colocando-a no pote.

Ele passou anos andando, cortando, matando, e até foi parar em uma clínica de reabilitação.

Mas seu mundo parou quando ele a conheceu.

Ela era deslumbrante e feminina, tímida e meiga com todos. Um pouco grossa, não era como a maioria das menininhas que ele pegava só por diversão. Ela era... Diferente.

Ela o lembrava de sua mãe. A única mulher que sempre permaneceu com ele, seus restos mortais, pelo menos. Que ficavam escondidos dentro da bolsa, em sua casa, onde mais cadáveres se encontravam, alguns enterrados, outros mutilados.

Ele a queria para si. Para se satisfazer e depois a matar, como fez com a mãe. E fazer seu rosto de enfeite em uma linda máscara, junto ao seu coração.

Ally era a exceção de tudo que ele já tinha visto. Ela era tudo, ele era o nada. Ela era o oposto dele. As pessoas a adoravam, as pessoas o odiavam. Era a combinação perfeita!

— Olá...?

Ela sorriu para ele, se sentando ao seu lado na aula de química.

— Olá. – Disse Daniel, sorrindo para a morena.

— Tudo bem com você? Eu acho que nunca nos falamos. – Ela riu baixo e eu também.

— É, eu sou meio... h-hãn... Esquisitão. – Ele sorriu torto, quase incerto da resposta.

— Ah sim, entendo. Eu também sou, as vezes.

Daniel e Ally se tornaram melhores amigos, eles conversavam e desabafavam, eles riam, comiam e faziam o que qualquer outra dupla de amigos faz.

Ela era a trégua na matança de Daniel. Para Costa, ela era o a luz do Sol em seu escuro dia de inverno. Como dizem, após toda guerra, há uma calmaria, e isso aconteceu com Daniel.  Até que...

— OH! MEUS DEUSES! – Exclamou Ally, chegando com tudo na frente de Daniel, que se encontrava na praça. Ele olhou para ela e sorriu.

— Diga, Allyzita.

— Estreou Jogos Vorazes! – Ela pulou nele e riu.

Ele a segurou e franziu o cenho.

— Jogos Vorazes? O que é isso?

Ela abriu a boca em um “o” perfeito.

— V-Você não sabe? É uma saga de livros sobre jogos, em que dois tributos de cada distritos, um menino, e uma menina, são escolhidos para irem aos Jogos Vorazes, onde você tem que matar para sobreviver. Se você for o único a sobreviver, você ganha.

Ele questionou isso. Assassinos em série são respeitados agora? Então ele diria que matava MUITAS das pessoas que via na frente.

Mas achou que aquilo a assustaria. COM CERTEZA ASSUSTARIA, SEU IDIOTA.

— Eu acho que você daria um belo cadáver neste campo, gata. – Disse ele, sem perceber.

— O-Oque disse? – Ally arregalou os olhos, franzindo o cenho.

— Eu estava te zoando – Começou a rir, mas por dentro, estava com medo. Sammy estava o  atormentando de novo.

— Ah sim, que susto você me deu! – Ela riu e ele também.

E quanto mais o tempo passava, Sammy ficava mais irritado. Ele não gostava da moleza de Daniel. Toda vez que se olhava no espelho, o quebrava.

— Ele não gosta disso... Ele não! AH! SAMMY! PARE COM ISSO, P-POR... Mate-a-garota. Garoto mole. – Ele disse a última parte como um robô, desmaiando logo depois.

E então, Daniel pediu Ally em namoro. Mas, bem quando eles estavam namorando, ela veio com um papo esquisito.

— Ei Danny, por que não me leva a sua casa e nem me apresenta aos meus pais? Tem vergonha? – Ela perguntou inocentemente. Era óbvio que ele não contara sobre a mãe, nem nada de seu passado. E sua casa estava fedendo a cadáver.

— AAhn, minha mãe  está viajando muito ultimamente, quase nem para em casa... E ela não gosta que as pessoas vão até lá. – Ele disse, incerto.

— Ah, sim. – Ela disse, dando de ombros, mas ainda estava desconfiada.

Quando Daniel se despediu de Ally na praça, a moça fingiu ir embora, e quando teve certeza que Daniel Costa já se encontrava distante o suficiente, ela o seguiu até sua casa.

Quando chegou lá, depois de muita caminhada, chegou a uma casa caindo aos pedaços avermelhada. Ela continuou o seguindo, e observou a casa. O portão branco era desgastado e a grama já estava muito alta. As árvores pareciam estar ali a décadas e a casa exalava um fedor horrível. Ela se sentia como se estivesse em um cemitério. Parecia estar pisando em corpos mortos, pois quanto mais pisava, ouvia um “clec” e outro “clec”.

Quando chegou a varanda, viu um poço e um tanque pequeno, junto a máquina de lavar roupas. Tudo ainda estava fedendo. Ela entrou pelos fundos, a porta rangeu um pouco e ela ouviu Costa gritar ao banheiro. Coisas como: “Mate-a!” ou “NÃO! NUNCA! SAIA, SAMMY! VOCÊ NÃO VAI ESTRAGAR MINHA VIDA DE NOVO” e um barulho como um vidro quebrado.

Quem era Sammy?

Ela observou a cozinha e levou um susto. Havia uma bancada de tesouras ensanguentadas espalhadas pela mesa. Haviam potes com globos oculares e pele. Pele humana.

Ally gritou ao ver um pote aberto. – E que fedia- na frente do fogão. Dentro do pote, um coração sujo e negro estava, murcho. E, em cima dele, uma máscara. Mas assim que Ally a tocou, soltou um grito. Também era pele. O que aquilo estava fazendo na casa de seu namorado?

Ela ouviu Daniel sair as pressas no banheiro.

— Então é essa sua casa? O que é todas essas... coisas? Por que isso ta aqui? O QUÊ É ISSO, DANIEL?

— Calma, Ally, eu posso...

— Explicar? Isso é um coração?

— Sim, mas espera...

— De quem é? – Ela o interrompeu de novo.

— Ally...

— De-Quem-É?

— Da minha mãe. Eu a matei quando tinha nove anos.

Ela ficou estática. Ela ouviu aquilo mesmo? Ela namorava um... um... tesoureiro maluco?

— Quem é Sammy? – Ela deu um passo pra trás.

— Ouça, eu tenho um problema... Sammy controla algumas das minhas emoções, u não sabia o controlar,  por favor, não fique com medo!

Ela se afastou o mais rápido que pôde.

— E-Eu tenho medo de você... Desse... Sammy. Por favor, me deixe em paz. Acabou. – Ela saiu correndo da casa, não queria mais ver ele, não queria mais, estava com medo daquele maluco.

Daniel chorou e socou o espelho ao seu lado.

— POR QUE VOCÊ NÃO PARA DE ESTRAGAR MINHA VIDA?

Um barulho agonizante se iniciou em sua própria cabeça, ele botou as mãos no ouvido e caiu de joelhos, gritando.

— PARE COM ISSO, SAMMY! VOCÊ NÃO SE CANSA?

Ele abaixou a cabeça, e deu um sorriso macabro.

— Você é minha, Ally Dawson.

 


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Notas finais do capítulo

Lumus*
Acho que deu pra entender a possessividade dele? Temos um esquizofrênico na área, e depois disso, ele conheceu o pai Carlos, eles acabaram com a vida dela, ele morreu, e agora, ele vai aprontar, acho que vocês viram a ameaça dele com a Trish a alguns capitulos atrás, não é? Ele vai voltar com tudo, loveeees!
Comeeentem :)
Savvy?
Nox*



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