Nobody Know escrita por Ally Napa


Capítulo 13
Uma pequena felicidade


Notas iniciais do capítulo

A única coisa que tenho a dizer... "Olá, crianças."



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Meus dias estavam sendo corrido, mas mesmo assim eu tentava encontrar um tempo para conversar ou passear com o Bryan, que era um ano mais velho que eu, pelo menos quando era vivo, então não estudávamos juntos e nos treinamentos era difícil conversar. Então nos tempos livres passeávamos e comíamos sorvete.

—- Pegue – Bryan disse gentilmente.

—- Não precisava – Eu disse pegando o sorvete de chocolate bem gelado.

Mesmo estando no inverno eu não resistia a um sorvete. Como eu sabia que era inverno se eu não saia da CHIMERA? Bem... Uma parte do refeitório não tinha teto, não que era quebrado, era um longo túnel que só se conseguia ver o céu. O refeitório estava coberto por neve e estava muito frio.

As cadeiras de ferro estavam tão geladas que ao sentar passou um calafrio por todo o meu corpo.

Toda aquela neve me trazia a lembranças de quando eu era pequena e brincava de neve com o papai e a mamãe antes deles desaparecerem da minha vida, quando ainda éramos uma família.

Pelo refeitório, bem junto da neve eu via uma garota loira de no máximo oito anos que fazia um boneco de neve que aos poucos ia desmanchando-se. Com ela havia outra garota havia uma garota mais velha que fazia um castelo e apoiava a menininha a continuar fazendo o boneco de neve. E outros brincavam de guerra com bolas de neve.

—- Bryan, você gosta de neve?

Ele parou um pouco para pensar e franziu as sobrancelhas enquanto pensava e enfim falou:

—- Quando eu era humano eu gostava muito, depois que virei konji eu já não sei bem...

—- Eu gosto! Sentir a neve gelada entre os dedos, mesmo com as luvas, é uma ótima sensação.

—- Quer fazer um boneco de neve? – Ele falou levantando uma das sobrancelhas.

—- Sim!!! –Eu disse abrindo um sorriso largo.

—- Vou pegar minhas luvas que estão no quarto.

Ele levantou-se da cadeira e foi indo em direção a porta, de repente ele voltou e voltou em minha direção.

—- Já ia esquecendo – Ele disse já próximo.

Ele chegou bem perto e cochichou em meu ouvido:

—- Volto já, Amor.

E deu-me um beijo no canto dos lábios e foi em direção da porta novamente.

Eu não sabia o que fazer se eu continuava parada e corada ou eu ia logo para neve, então preferi escolher a segunda opção e comecei a caminhar entre as mesas até ser acertada por uma bola de neve.

—- Ei, menina corada! – Ouço uma voz familiar – Você não devia ficar aí parada!

Viro-me para Owlsen, pego uma bola de neve bem cheia e jogo em sua direção. Mas infelizmente ele se desvia da bola e acerta a nuca de um garoto que estava comendo um sanduíche.

—- Ei! – o garoto grita.

—- Desculpa! – grito de volta.

Com uma gargalhada Owlsen joga outra bola em minha direção e que eu desvio facilmente.

—- Você vai ver garoto!

Saio correndo atrás dele, e antes que eu percebesse, ele já estava correndo de mim e pulando por cima das mesas, cadeiras e bonecos de neve que estavam espalhados pelo refeitório.

Com uma rápida investida chego um pouco mais rápido dele, mas não perto o suficiente para jogá-lo na neve.  Escorrego na neve e vou de encontro com a neve fofa, fazendo meu braço doer. Quando Owlsen percebe que eu caí, ele volta correndo rápido.

—- Está tudo bem? – ele pergunta com uma voz preocupada.

Eu o puxo. Enterrando-o na neve. Dessa vez quem vai de encontro com a neve é ele.

—- Estou muito bem – falo entre gargalhadas.

E saio correndo de perto dele. Mas mesmo tendo “caído”, ele conseguiu me acalcar me fazendo cair na neve e dessa vez eu o puxei junto comigo.

Nós ríamos muito. Aquele garoto um tanto misterioso no começo, havia se tornado meu melhor amigo, mas ele sempre teve um olhar diferente, um olhar acolhedor que me lembrava minha casa.

—- Minha Senhora! – fala uma voz.

Levanto-me de repente.

—- Minha Senhora! A Senhora está em perigo! – a voz Erion ressoava em minha mente.

Então como da última vez tudo ficou escuro, meus olhos não enxergavam luz. Já fazia um tempo que não via Erion, das últimas vezes eram em sonhos e ele apenas sussurrava. Dessa vez ele estava novamente em minha frente.

—- Minha Senhora, tem algo muito próximo que não emana uma boa áurea... A Senhora precisa se proteger – Ele fala com sua voz rouca.

—- A Senhora precisa ...

Tudo fica escuro novamente e Owlsen continua rindo da nossa queda, e bem acima dele, a única abertura que a CHIMERA tinha para o mundo, acontece a primeira explosão. E de lá desce pessoas com olhos brancos, literalmente brancos, com a boca suja de sangue.

E de longe ouvidos o alarme ressoar.

—A CHIMERA acaba de ser invadida e não vamos deixar ninguém vivo para contar o que aconteceu aqui....

Diz uma garota com a perna da garotinha loira, que antes estava brincando na neve, em sua boca.

—- Que comece o derramamento de sangue.


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Notas finais do capítulo

Eu só tenho a agradecer a todos vocês que acompanham minha história. Gente ! Vocês me fazem muito feliz. Espero que continuem acompanhando ! O apoio de vocês me faz continuar essa história ! Muito obrigada !



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