Love is Redemption escrita por fairylady N


Capítulo 10
She is Gone




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— Continue correndo, Henry! - A garota gritou enquanto descia as escadarias correndo logo atrás dele. Henry olhou rapidamente pelo ombro e pode ver que eram perseguidos por uma das criaturas com asas que surgiram lá em cima. – Não olhe pra trás! Corra!

Henry ainda correu alguns lances de escadas, obedecendo ao que a garota loira havia lhe dito antes de se dar conta que ela não estava mais atrás dele. O garoto parou e olhou ao redor procurando alguma pista da garota antes de ouvir um grito abafado de algum andar de cima. Henry sabia que a ordem era escapar, era isso que a mãe e a moça morena haviam gritado para ele, era pra isso que sua mãe havia ficado para trás, mas ao mesmo tempo sabia que não podia abandonar a garota loira que tentara protege-lo.

Respirou fundo e voltou correndo alguns lances de escada, dois precisamente, para se deparar com as costas peludas e cinzentas do símio voador que avançava sobre a garota deitada no chão sem qualquer defesa. Henry procurou algo que pudesse ajuda-lo a enfrentar a criatura mas as únicas coisas que encontrou foram entulhos inúteis que apenas o ajudaram a desviar a atenção do macaco voador para ele enquanto lançava os objetos em suas costas.

— Ei! Deixe-a em paz, não sou eu quem vocês querem?! Vem me pegar!

O macaco arreganhou os dentes se virando para ele, pronto para saltar e ataca-lo quando Henry fechou os olhos e protegeu a cabeça com os braços tentando se proteger da maneira que podia da ofensiva que não veio. Quando abriu os olhos a garota tinha a cabeça do macaco presa entre as pernas e com um movimento de torção, muito parecido com os de vídeo game que Henry jogava, quebrou o pescoço do animal fazendo-o se desintegrar em uma espécie de poeira brilhante.

Henry correu até a garota que mais uma vez estava caída no chão fazendo caretas doloridas. Quando Henry se aproximou pode ouvir ela suspirando o quanto odiava macacos em meio a um gemido de dor.

— Você está bem? – Perguntou ajoelhado ao seu lado, ajudando-a a levantar o tronco.

— Sim, eu estou... – Disse vagarosamente ainda se recuperando, quando pareceu sofrer uma epifania antes de, como sempre, palavras rápidas e altas irromperam de sua boca.

— Espera! Você não devia ter feito isso Henry, você podia ter se ferido! Eu disse pra você correr! Se acontecesse alguma coisa com você por minha causa Regina ia me matar!

— Eu não podia... Eu não... – Começou a se defender, mas antes que pudesse continuar ela o atropelou novamente.

— Você me salvou! Voltou por mim! Quer dizer que você é meu herói! – Antes que Henry pudesse prever ela havia se jogado em seus braços lhe dando um abraço tão apertado que ele mal conseguia respirar, e para completar, lhe deu um beijo estalado na bochecha. – Obrigada, mas nunca mais faça isso de novo, ok?

Henry conseguiu sentir as bochechas queimando e o rosto quente, engoliu a seco tentando formar alguma resposta para a garota que aguardava sorridente para ele, com os olhos verdes que fazia sentir como se um nó estranho se formasse em seu estômago, mas o máximo que conseguiu foi um gaguejar incompreensível que o fazia se sentir um idiota.

— Temos que ir agora. Rápido! – Disse ela pegando em sua mão e levantando em um pulo, trazendo-o com ela de volta a escadaria da construção, mas desceram apenas três degraus até serem atingidos por algo como um forte empurrão invisível que os desequilibrou e fez ambos descerem o resto da escadaria rolando em meio a poeira do edifício que também parecia ter sido empurrado.

— O que aconteceu? – Perguntou Henry enquanto se levantava; a calça havia rasgado e os joelhos e suas mãos estavam raladas e cotovelos sangrando.

— Henry? Você está bem? – A garota foi mais rápida ajudando a se por de pé também, mesmo ela parecendo estar em uma situação pior do que ele; o corte no braço sangrava deixando a metade de seu braço esquerdo vermelho além de estar toda ralada, com alguns arranhões no rosto e coberta de poeira.

— Emma... O que aconteceu? – Disse ele passando a mão na cabeça que devia ter batido em algum momento durante a queda da escada.

— Eu não sei, mas não podemos parar... Temos que ir. – A garota mais uma vez agarrou seu pulso e o puxou com força, mas Henry plantou os pés com firmeza se negando a dar um passo.

— Não, alguma coisa aconteceu e eu sei que foi lá em cima! Eu não vou deixar ela.

— Henry, ela queria que você estivesse seguro...

— Eu sei, mas eu também quero ela segura. Nós somos tudo o que o outro tem, não posso deixá-la!

A garota respirou fundo, parecendo resignada e Henry sabia que havia ganhado. Ela balançou a cabeça positivamente e começou a subir as escadas sempre com um olhar atento para cima e com o corpo posto protetoramente na frente de Henry. Quando estavam a três andares do topo da construção ela se deteve e virou-se para falar com ele:

— Eu vou na frente você fica aqui, tudo bem? Eu vou ajuda-las e quando não tiver perigo eu venho te chamar, ok? – Ela tentou soar indiferente, mas Henry percebeu o nervosismo e a insegurança por detrás de suas palavras. Ele apenas balançou a cabeça tentando não se comprometer, mas que fora o suficiente para a garota seguir e deixá-lo ali sufocado por sua espera silenciosa.

Era a pior sensação do mundo. As horas pareciam congeladas e a dúvida e o medo eram os únicos sons que martelavam em sua cabeça contrastando tanto com aquela calmaria superficial. Henry esperou até que não aguentasse mais respirar para subir apressado os últimos lances de escada que lhe faltavam e prender a respiração, antes de toda a máscara de calmaria cair e a realidade o atingir como um soco no estômago mais forte de que qualquer um que Bruce Mitchell poderia lhe dar.

A primeira coisa que viu foram as costas do homem que apenas vira de relance mais cedo. Estava ajoelhado sobre algo no chão que a visão de Henry não era capaz de perceber, e a menina loira estava ao lado dele também ajoelhada parecendo trocar algumas palavras, mas também com atenção voltada para o que estava no chão. Henry se aproximou com passos cuidadosos com medo do que iria se deparar, até que na metade do caminho sua presença foi percebida pelo homem e logo depois pela garota.

— Henry! Eu disse para esperar lá embaixo! – Henry não se intimidou e continuou caminhando até eles, por fim conseguindo ter uma visão sobre o corpo estirado no chão desfalecido.

Henry não soube o que sentir exatamente, pois pareciam que nele se espremiam todos os sentimentos do mundo. Alívio por não ser sua mãe ali estirada ao mesmo tempo em que seu coração pareceu se contrair tão forte que beirava a um incomodo físico lhe roubando o ar ao ver a morena que havia se enfiado no meio da confusão para salvá-los. Tinha a visto duas vezes por isso não conseguiu explicar a empatia que transbordou junto com o medo de que ela estivesse...

— Ela está...? – As palavras saíram engasgadas de sua garganta e o ar lhe faltou pra pronunciar a última palavra.

— Desmaiada. – Completou o homem olhando para Henry. Olhando de perto ele também não parecia muito bem. O canto esquerdo da boca sangrava, um filete de sangue escorria de sua testa e podia ver vários cortes profundos através do couro rasgado que vestia. – Parece que sua magia se esgota mais rápido nesse mundo, ela tentou o máximo que pode...

— Mag- Espere, onde está minha mãe? – Perguntou Henry olhando em todas as direções possíveis, procurando pela mãe escorada em algum canto, mas pelo olhar que os dois trocaram antes da garota se levantar e colocar as duas mãos em seu ombro de maneira consoladora ele já sabia o que estava por vir.

— Henry, nós sentimos muito... Nós tentamos, mas Elphaba é muito forte... – Os olhos azuis estavam carregados de lágrimas que ela tentou arduamente segurar colocando o punho sobre a boca, enquanto a ansiedade fez Henry se inclinar para frente para ouvir as próximas palavras que saíram como um guincho trêmulo e fino. – Ela se foi.

— Ela se foi? Como assim ela se foi? – Disse com todo o ar que parecia restar em seus pulmões. O chão parecia ter sumido de seus pés e ele teve que morder os lábios com força para evitar que estes trêmulos denunciassem o choro que ameaçava chegar arrebatador, sem pedir permissão.

— Elphaba a levou. – Disse o homem se pondo ao lado da garota.

— Levou pra onde? – Henry estava cada vez mais nervoso falando cada vez mais alto.

— Provavelmente para a Floresta Encantada... Mas não podemos ter certeza, não sabemos exatamente o que ela quer com a sua mãe...

Henry se lembrava de algo como luas gêmeas e amor verdadeiro, mas estava tão impressionado com os acontecimentos ao redor que não prestara total atenção nem conseguira ouvir tudo o que a mulher verde dissera. Mas no momento não disse uma palavra para aqueles dois, em vez disso sentou-se segurando os próprios joelhos antes que os mesmos o traíssem e ele fosse de encontro ao chão.

— Não se preocupe Henry, nós vamos resgatá-la. – Disse a garota se ajoelhando ao seu lado, tocando-lhe o ombro de maneira consoladora. – Só tente manter a calma...

— Calma? Como eu posso manter a calma? – Disse exasperado, virando-se para ela que se encolheu ao seu lado, mas não soltou de sue ombro. – Minha mãe foi sequestrada pra não sei onde por aquela... Aquele... Aquela coisa, e vocês nem tem certeza de onde ela está, ou o que pode acontecer com ela! O que era aquilo que levou a minha mãe? Quem são vocês? Você não é só uma aluna da minha escola não é?

— Não, não sou. – Admitiu. – Mas estamos do seu lado e da sua mãe, estamos aqui para ajudar vocês e protege-los.

— Vieram da onde? Quem vocês são de verdade?

— Olha, garoto. – O homem se adiantou e Henry pode ver quando se aproximou o gancho de prata que ocupava o lugar de sua mão esquerda. – É uma longa história que não vai ser tão fácil de você digerir. Podemos ficar aqui tagarelando até você acreditar em nós enquanto sua mãe está sabe-se lá onde, ou podemos pular essa parte e irmos para a parte em que vamos salvá-la. Sua escolha.

— E como vocês pretendem fazer isso? – Henry se pronunciou depois de pensar um pouco. Aquelas pessoas haviam ido ao seu resgate e da mãe até ali, estavam feridas por eles, além do mais eram a única ajuda que Henry poderia contar.

— Eu não sei ainda. – Admitiu tão baixo como um suspiro. – Vamos esperar Regina se recuperar e podemos fazer um plano, podemos tentar... Pode haver alguma magia, alguma coisa que nos ajude.

Henry tinha mil perguntas chacoalhando em sua cabeça; o gancho, magia, a garota que era de sua escola e de repente aparecera ao seu resgate e da sua mãe... No entanto o homem do gancho estava certo, a prioridade era salvar a mãe, então tratou de engolir suas perguntas e apenas acenar conformado com a cabeça.

Assistiu o homem levantar a moça desacordada em seus braços com a ajuda cuidadosa da garota. Achou ao seu redor um sapato vermelho que reconheceu sendo de sua ex-professora substituta Nancy. Teve vontade de jogá-lo longe, pisoteá-lo e descontar toda sua frustração e raiva, mas em vez disto o apertou com força entre suas mãos e carregou com ele, torcendo para que a esperança de salvar a mãe despertasse junto com aquela mulher.

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Foi difícil para Emma abrir os olhos e quando estava prestes a fazer estava quase convencida de que tudo aquilo não tinha passado de um sonho confuso e fantasioso. Mas não era. Ao abrir os olhos um teto escuro de blocos de pedra coberto de limo foi a primeira coisa que conseguiram enxergar quando se acostumaram com a escuridão que tomava conta do lugar, exceto por uma tocha posicionada em uma parede longe o suficiente para parecer-lhe apenas um ponto iluminado à distancia.

Tentou se levantar rápido do banco de pedra em que estava deitada, mas assim que o fez a cabeça latejou, assim como outros machucados fizeram-se notar em seus braços e joelhos. Emma fez uma careta e esfregou a parte traseira da cabeça enquanto mais uma vez tentou se levantar mais devagar. Sentiu-se tonta mais uma vez, mas não se rendeu e cambaleou cerca de dois metros até alcançar as barras de ferro que se estendiam do teto ao chão e limitavam sua cela. Ela encostou a testa em uma das barras, refletindo sobre os últimos acontecimentos que se lembrava e isso só pareceu piorar sua dor de cabeça.

— Regina... – Suspirou lembrando da morena e da última lembrança que tinha dela. Ela teria se sacrificado por ela e Henry, ela teria morrido pelos dois na batalha confusa em cima do edifício. Teria ela sobrevivido e conseguido proteger Henry? – Eu fui tão estúpida!

— Não se martirize, querida Emma. – Ecoou a voz aguda já conhecida por Emma deixando-a em estado de alerta. – Não há nada que você nem ninguém pudesse fazer para me impedir. Eu sempre consigo o que eu quero.

No fundo do corredor próximo ao único ponto de luz do lugar Emma viu a sombra alta se formar e se adiantar em sua direção acendendo cada tocha pela que passava com apenas um acenar de mãos. Mesmo tendo provado tudo aquilo com seus próprios olhos ainda era difícil acreditar em tudo aquilo, mas lá estava ela de frente com a mulher de pele verde profundo e olhos safiras cortantes presa sabe-se lá Deus onde.

— Onde eu estou? O que aconteceu? – A bruxa sorriu largamente com suas perguntas o que irritou ainda mais Emma, se isto era possível.

— Está em casa, querida. Espero que tenha gostado de sua viagem e de suas acomodações reais, Vossa Alteza. Não desfrutará por muito mais tempo delas, de qualquer jeito.

— Olha, eu já falei, eu não sou a pessoa que vocês acham que eu sou. Seja lá quem ou o que vocês são, pegaram a pessoa errada. Não há nada fantástico nem especial sobre mim, eu sou só uma garota órfã que sobreviveu nas ruas de Nova York.

— É quase adorável a maneira modesta como se refere a si mesma, princesa. Poderia me divertir mais com você se As Luas Gêmeas não tivessem para se alinhar daqui duas semanas, quem sabe até amiguinhas?

— Poderia ser, mas eu diria que sequestrar meu filho e depois me sequestrar pra roubar meu coração não é exatamente um grande começo para uma grande amizade. – Respondeu da mesma maneira sarcástica e debochada que Elphaba.

— Em breve você vocês estarão juntos para sempre novamente. Você, seu garoto, a Rainha e toda sua família e pessoas que ama. – Mais um sorrisinho maldoso quando Elphaba levou uma de suas compridas unhas até o queixo de maneira pensativa. – Quer dizer, isso se ela já não tiver a esperando, não é mesmo?!

Emma agiu antes de pensar e antes que se desse conta estava forçando as barras de ferro tentando inutilmente rompê-las e avançar sobre a bruxa.

—  O que você quer dizer com isso?! – Rosnou com medo da resposta, incapaz de aceitar que Regina tivesse morrido por ela. – Regina, ela...

— Não por minhas mãos, princesa. –  A ruiva alargou o sorriso parecendo satisfeita com a reação desencadeada em Emma. Ela sabia que devia se controlar, que o intuito daquilo era lhe provocar, mas não conseguia diante àquela possibilidade. – Mas ela lutou tão corajosamente, tão arduamente pra salvar você. Mesmo com a magia tão fraca, tão insignificante contra alguém contra mim, não me surpreenderia se tivesse morrido de exaustão depois que a larguei sobre aquela torre. Sempre me ensinaram que toda a magia vem com um preço.

— Torça para que o preço dela não tenha sido este, Elphaba. – Cuspiu mais uma vez ela, incapaz de controlar a ira que a dominou. – Torça para que ela e meu filho estejam bem, porque caso o contrário, eu juro que mesmo sem magia, mesmo presa nessa cela eu não vou descansar até você tenha pago o dobro por eles, está me ouvindo?

Elphaba não pareceu nem um pouco intimidada com sua ameaça. Parecia se divertir como alguém que se diverte com um animal de estimação que faz um truque curioso. Analisou o rosto de Emma com atenção por alguns segundos em que a loira fez questão de sustentar o olhar desafiador e inabalável pouco condizente com sua situação, e ao terminar parecia mais satisfeita do que em qualquer outro momento que Emma se lembrava ter visto.

— Esta é a Salvadora que eu esperava enfrentar, e é esta que eu quero matar. Mas até lá tudo vai queimar. – Dizendo isso girou em seus próprios pés, e caminhou pelo mesmo corredor que a trouxera apagando as tochas conforme passava por estas deixando apenas Emma na escuridão da cela e de seus próprios temores.

— Merda! – Amaldiçoou ela forçando mais uma vez as barras, chutando-a e conseguindo só uma pontada dolorosa em seus dedos calçados pela bota de cano alto. – Isto é tudo minha culpa! Isto...!

Como se a dor nos dedos não tivessem sido o suficiente, Emma esmurrou com o punho fechado as paredes que lhe prendiam sentindo a carne rasgar e o sangue escorrer entre os nós dos dedos. Ainda não satisfeita, subiu na estrutura de pedra que lhe serviu como cama, descobrindo um pequeno quadrado com réplicas menores das barras de ferro que lhe prendiam ali. A noite era tão escura que nenhuma luz ou sombra do céu noturno a fizera percebê-la antes. Sacudiu-a com força usando toda a força que conseguiu reunir, mas apesar da aparência velha e desgastada o ferro era firme.

— Sabe mana, se eu fosse você guardaria sua força e sua raiva pra aquela mulher e desistiria de tentar sair daqui por essa maneira. Não funciona, eu já tentei.

Emma interrompeu seu acesso de fúria e congelou ao ouvir a voz rouca e carregada que só poderia estar se dirigindo à ela naquele lugar. Pulou e apressadamente pressionou o rosto entre as grades tentando enxergar de onde pertencia tal voz.

— Eu conheço você? – Perguntou ela conseguindo enxergar metade do corpo de um homem de cabeça raspada encostado assim como ela em sua própria cela, ao lado da sua.

— Como assim me conhece, mana?! Você me colocava em uma dessas pelo menos uma vez por semana quando morávamos em Storybrook!

Emma reconheceu o nome da cidade sobre a qual Regina havia lhe falado quando a procurou pela primeira vez. Não tinha o que responder, mas também não podia continuar negando por mais tempo depois de tudo o que havia acontecido.

— Oh, cara... Esqueci que você ficou lelé da cuca depois da maldição do maldito Pan e não se lembra de nenhum de nós. Eu sou um dos bonzinhos, amigo dos seus pais, Leroy ou Grumpy, mas acho que Leroy combina mais com o meu charme.

— Grumpy? Que nem o anão da história da Branca de Neve?

— O próprio, mana! Quem mais poderia ser?! – Respondeu ele exaltado. Talvez aquilo estivesse sendo tão irritante para ele quanto era para a própria Emma escutar sobre ela e não ter a mínima idéia do que se tratava. – Que merda hein, quer dizer que você não acredita nas nossas histórias que nem antes da primeira maldição, não é?

— Eu sinto muito. – Lamentou francamente Emma.

— Não é sua culpa, mana. Você é a Salvadora, você sempre salvou a gente... Se pelo menos tivessem conseguido trazer você sem ser capturada pela cara de pepino ai, você poderia salvar a todos nós. Eu bem que avisei sua mãe pra não confiar na Rainha Má. Uma vez vilã sempre vilã, mas ninguém escuta o anão aqui. Bom, agora estamos ferrados.

—  Regina não tem culpa nisso! – Defendeu-a com firmeza. – Ela fez de tudo para me proteger, eu ferrei com tudo. Se eu tivesse confiado nela talvez não estivesse aqui. Se tem alguém culpada nessa história sou eu.

— Mas, mas você é a Salvadora... – Retrucou inconformado.

— Eu não consigo nem salvar a mim mesma... – Disse Emma deslizando até o chão esfregando o rosto em nervosismo enquanto ainda conseguia ouvir Leroy suspirando o quão, quão estavam ferrados.


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