O Casamento Da Minha Mãe escrita por Devoradora de Livros


Capítulo 4
Meu Futuro Padrasto Me Oferecendo Drogas


Notas iniciais do capítulo

Okay, vou dizer logo.
Estou decepcionada. Agradeço a leitora que está sempre comentando, mas qualé pessoal. Pelo menos me digam onde eu estou errando!
Anyway, eu não acho que esse capitulo seja muito bom, mas eu estive ocupada, vocês podem não crer, mas minha mãe me colocou num curso de francês, e eu NÃO. ENTENDO. PORCARIA. NENHUMA.
Mas aqui está o capitulo.
Beijos!
/Ciça



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O meu dia já estava muito bizarro antes mesmo de James aparecer e Percy Jackson e minha irmã superarem suas diferenças e se unirem contra mim numa estranha relação de frenimes.

Do começo, eu suponho?

–-------------

Ontem o meu dia não foi exatamente um passeio no parque. Piper me ligou feito louca a manhã toda por causa do show da banda preferida dela. Aparentemente já fazia um ano desde que a gente se conhecia e ela esperava que eu fizesse algo especial. Eu sem querer posso ter dito que não era exatamente uma data importante, ela se irritou e me disse pra eu sair com outra pessoa então, e desligou na minha cara. Tentei mais umas cem vezes e nada dela me entender.

Sério vei, o que tem de errado com as mulheres?

Depois, teve Thalia contando da nossa vida para o taxista. Acho que ela não se tocou que eu estava ouvindo, mas isso não é realmente importante.

Dormindo, minha irmã parecia pacifica e tranquila. Por mais que eu vá me arrepender de confessar, eu amo a minha irmã. Pena que ela só parecia mesmo.

A propósito, não espalha o que eu disse na frase retrasada. Eu tenho uma imagem a zelar.

De qualquer modo, quando eu acordei, me dei conta de que eu não sabia onde era o banheiro, onde diabos estava o meu celular, e nem mesmo sabia que horas eram. Então eu fui explorar. Obvio.

Abri a porta devagar, e olhei o corredor. Ele era estreito e o piso era de granito, embora as paredes estivessem pintadas com spray de várias cores. Avancei em direção ao lado contrário a escada, e dei de cara com uma coisa.

O corredor acabava ali, e alguém tinha tido a brilhante ideia de pintar a parede como se continuasse infinitamente. Oh, beleza.

Olhei para os lados e vi uma maçaneta no meio da parede. WTF!?

Girei e a porta se abriu.

Banheiro. Graças a Deus.

Abri a torneira para lavar o meu rosto, mas isso acionou a ducha.

Quem projetou essa merda?

Fechei a torneira e abri a ducha com cuidado, e como James Bond, desviei do jato fervente que saiu do chuveiro e enfiei minha cabeça na pia branca.

Sai do banheiro, e virei para voltar para o quarto.

Porém, DE NOVO eu bati numa parede pintada. Virei para o outro e parede de novo. What?!

Segui em frente e finalmente achei a porta certa.

Ou quase.

Eu entrei em outro quarto.

Fechei a porta e continuei andando.

Fala sério, o filho da mãe que projetou isso deveria estar vendo muito Alice no país das maravilhas. Só que sem parte das maravilhas, porque até o final do dia, eu tinha certeza de que o meu nariz já estaria quebrado.

Depois de uma ou duas batidas eu finalmente cheguei no quarto.

Thalia estava vestida e maquiada, como se acabasse de sair do banho.

–- Onde você tinha ido? -- Ela perguntou retocando o lápis com um espelhinho daqueles que as garotas carregam na bolsa.

–- No banheiro lavar o rosto. -- Respondi confuso.

–- Jay, o nosso banheiro fica bem ali. -- Ela apontou para uma porta com moldura néon, e falou sem nem desviar os olhos do espelhinho.

Me dei um tapa na testa e fui me trocar.

–------------

Quando descemos (após algumas tentativas, Thalia desenhou o caminho num bloquinho), nós encontramos Hope num robe e com bob's no cabelo. Nos servimos dos ovos com bacon e suco de laranja.

Bebemos o suco ao mesmo tempo e engolimos, ainda presos no olhar de Hope, nenhum de nós sabendo exatamente o que dizer para tornar o momento menos constrangedor e esquisito.

–- Hum, bem... Acho que vocês devem ir passear na cidade hoje. Sabe, descobrir como passar o tempo. -- Hope sugeriu, meio sem graça.

Nenhum de nós respondeu e subimos a escada em silencio. Thalia pegou uma de suas bolsas e abriu a mala. De dentro ela tirou várias tranquilharias de pintura ou algo parecido. Quando tirou uma tela quase maior que eu, não resisti.

–- Duvido que caiba na sua bolsa. -- Eu ri.

–- Nossa, Jason, que engraçado. Mas aqui não passa Pretty Little Liars, Bob Esponja, Once Upon A Time, Teen Wolf, The Big Bang Theory, Friends, ou qualquer outra coisa. Nem tem sinal de celular. Eu chequei. Então morra de tédio enquanto eu pinto, okay?

Dei ombros.

–- Desde que eu não tenha que carregar...

Thalia revirou os olhos. Ela sabia que eu ia acabar carregando de qualquer modo.

Peguei o meu celular (sei lá, vai que me acontece um milagre divino?) minha carteira e fomos andando pela calçada, onde vez ou outra víamos um pedestre e alguns carros na rua.

Depois de Thalia muito reclamar sobre como o dia estava quente e o fato dos pés dela estarem derretendo nos sapatos (experimente estar de tênis e calça jeans, maninha) finalmente chegamos a um lugar bem interessante.

A praça era quase maior do que a distância que andamos, e várias pessoas conversavam nos bancos em bando, ou mesmo arriscando ficar se pegando em alguns.

Thalia arrancou a tela das minhas mãos de um jeito nada delicado e se afastou de mim, parando a beira de um pequeno lago, embaixo de uma árvore, onde ela montou um tripé e apoiou a tela.

–- Se precisar de algo, não me chama a menos que seja um caso de vida ou morte. -- Ela gritou pra mim, já armando o resto de toda aquela quinquilharia ali e nem mesmo olhando pra mim.

Também, amo você irmãzinha.

Suspirei, revirei os olhos e continuei andando.

Algumas horas haviam se passado, e eu já havia aprendido a ir à padaria, à loja de decoração e a lan house. Não que eu pudesse entrar. O dono me disse que como aqui era a única lan house de toda Hell, era sempre lotado.

Quando voltei ao parque, perto da hora do almoço, Thalia estava concentrada em terminar sua pintura a óleo do lago, e mantinha as sobrancelhas franzidas pra mim com repreensão, como se eu estivesse só de cueca numa fraternidade feminina, ou algo do gênero.

–- Onde esteve, em Nárnia? -- Ela perguntou.

Bufei.

–- Quem me dera. Em Nárnia neva, ao menos. E deve ter sinal ou 3G que preste. Estou derretendo. -- Respondi, enquanto retirava o excesso de suor da minha testa que já molhava o meu cabelo.

E eu não estou brincando.

Em NY, o clima nessa época ficava entre 12 ou 17 graus. Aqui? Eu acho que estava fazendo 36 graus. Acho. Eu deveria olhar na internet pra confirmar. Ah, sim. Mas eu não posso. Porque não consigo! Argh!

Atravessamos a rua e entramos num restaurante bem legal onde o ar-condicionado funcionava. Thalia insistiu em pegar uma mesa perto da saída do ar-condicionado e eu concordei. Não estamos nem aí se a comida ia ficar fria. Ela que congelasse até perder o gosto e virasse um bloco de gelo solido.

Pedimos a porcaria da comida e comemos beeeemmm devagar, aproveitando o ar enquanto podíamos. Pagamos, fomos nos distanciando da mesa, e me deu uma vontade de chorar. Eu não queria voltar para o maldito inferno de 35 graus, muito menos pro nosso cassino/labirinto/hospedaria tão cedo.

–-----------------

A galera aqui de Hell é bem esquisitinha. E eu estou realmente falando sério.

Olhavam pra gente como se fossemos gringos vindos do sei-lá-o-que-estão.

Se bem, que éramos um garoto de jeans e tênis andando no sol quente e carregando uma tela de pintura, junto com uma garota de short jeans e camiseta de manga longa toda suja de tinta carregando uma bolsa da aeropostale transbordando de parafernália de pintura.

Então a gente meio que não podia falar muito sobre normalidade.

Mas, cara, todo mundo ali que tinha mais ou menos a nossa idade estava usando umas blusas sem manga meio sem noção, com umas bermudas estranhas que só, com uns óculos escuros espelhados. E esses eram os garotos. Eu estava me sentindo como o Leo quando saia comigo e a Pips. Totalmente sobrando e me sentindo extremamente constrangido.

As garotas usavam saias longas e finas, com blusas sem manga e alguns colares. Pareciam um tipo de ciganas da periferia, e era notável o desconforto da minha irmã, que estava sendo olhada por vários caras e várias garotas sussurravam algo sobre nós, naquele estilo meio vovós quando viam os casais de hoje em dia se agarrando por aí.

–- Estamos no meio de um tipo de dia mensal do "se vista como se o carnaval brasileiro tivesse chegado mais cedo", e eu não estou sabendo, Jay? -- Thalia me perguntou enquanto viramos uma esquina.

–- Acho que tá mais para o dia mensal do "vamos confundir esses gringos pra eles acharem que somos malucos". Bem, está funcionando, eles são muito bons nisso. -- Respondi.

Passamos por umas lanchonetes e a maioria dos clientes tomava café fervendo.

–- Okay, porque esses malucos estão tomando café quente no meio de uma onda de calor? -- Eu comentei com Thalia.

–- E você está perguntando pra mim? -- Ela perguntou de volta meio rindo meio séria.

Um fato sobre a família Grace:

Aqui em Hell, é onde meu pai e o irmão mais velho dele, Peter, tiveram uma famosa briga, até que meu pai decidiu ir a NY pra nunca mais voltar, assim como tio Peter foi a Los Angeles, passando a usar o sobrenome de solteira da mãe, Jackson. Quanto drama. Se eu e Thalia brigássemos, a única distancia seria a do corredor.

Então meio improvável que eu realmente tivesse visto o que eu achava que vi.

Bem ali, no meio da lanchonete, minha tia Sally estava conversando com uma atendente, bem bonita por sinal.

Cutuquei Thalia com o meu cotovelo.

Ela me olhou irritada como se perguntasse "O que?".

Apontei com a cabeça para a mesa onde minha tia Sally supostamente estava sentada.

A cor do rosto de Thalia sumiu completamente e sua expressão foi impagável.

Um fato sobre Thalia:

Minha cara irmãzinha do coração tinha um tipo de rixa competitiva com Percy Jackson, o filho da Sally e do Peter, desde que se conheciam por gente.

Eles se viram acho que uma, talvez duas vezes na vida. Percy, Eu e Thalia éramos apenas bebes na primeira vez, mas pelo que meu pai me contou, enquanto eu dormia, Percy tentou sufocar Thalia e Thalia tentou estrangular Percy, porque eles queriam mais balas azuis ou algo do tipo.

Anos mais tarde, na segunda vez que tia Sally e Percy foram lá em casa, tínhamos cinco anos. Percy quase afogou Thalia na piscina e Thalia o eletrocutou com uma raquete de matar mosquito, quase matando meu primo torrado, aparentemente porque eles não concordavam sobre onde construir o forte de areia. Zack e Sally decidiram que deixar Percy e Thalia no mesmo estabelecimento não era uma boa ideia.

–- Pode ser um simples engano. -- Eu tentei tranquilizar enquanto sufocava o riso.

Thalia parecia surpresa, raivosa, irritada (comigo) e beirando o pânico.

–- Ah, claro. Afinal existem muitas mulheres por aí que usam colares com o nome Perseu escrito e tem cabelos castanhos e olhos que mudam de cor. -- Ela disse sarcástica.

–- Não acredito que você ainda não superou isso. -- Resmunguei. -- Relaxa, talvez ele nem se lembre das brigas de vocês. Que de qualquer modo ERAM por motivos idiotas.

–- Jackson é lerdo, mas ele não tem amnésia, Jason.

–- Okay, vamos perguntar se Percy veio. -- Bufei.

Contornamos algumas mesas até parar bem atrás de tia Sally.

Thalia respirou e colocou seu sorriso simpático no rosto.

–- Tia Sally? -- Chamei.

A mulher se virou pra gente e sorriu.

Definitivamente tia Sally.

Não me leve a mal, eu amo a tia Sally, mas ela é tão doce que até me dá diabetes. Argh, parece algo que meu pai diria.

–- Meu Deus, vocês estão enormes. Faz quanto tempo, 12 anos? -- Ela exclamou se levantando e abraçando Thalia, que retribuiu, meio sem graça.

–- Pelo que parece, mas você está muito bem também, tia. -- Eu disse quando ela me abraçou.

Era um negócio estranho esse abraço, porque até mesmo Thalia é mais alta que tia Sally, e Thalia é muito baixinha. Tipo ela tinha uns 1,67. Tia Sally devia ter menos de 1,60. E eu tinha 1,80. Então eu tinha meio que me curvar todo pra abraça-la.

–- Então, tia, a senhora também veio pro casamento da Hope? -- Thalia perguntou.

–- Também, meu bem. Peter queria que Percy conhecesse um pouco mais sobre Hell. -- Sally respondeu e eu contive uma gargalhada.

Thalia mostrava aquele olhar "Huuuuuuuummmm que ótimo, me tira daqui".

–- Lembra, Thalia? Vocês brigavam o tempo todo. -- Eu aproveitei.

Thalia me olhou num "Irei te estrangular enquanto você dorme".

Ah, eu estou lascado.

–- Mas faz tanto tempo, não Jason? Que eu me lembre, éramos ótimos amigos antes das coisas ficarem feias.

Bem isso era verdade. Thalia e Percy podiam ter tentado se matar, mas ninguém negava que antes de tentarem se matar, eles pareciam melhores amigos.

–- Okay, tia, a gente já vai indo. Temos que... Ir conhecer o nosso futuro padrasto. -- Thalia inventou e começou a me puxar.

–- Temos? -- Perguntei. Thalia me olhou com aquele olhar novamente. -- Temos. -- Confirmei e me deixei ser arrastado lanchonete a fora por uma Thalia irritadiça.

–----------------------

–- Não acredito que a Dori vai estar com a gente no casamento. -- Thalia bufou.

Eu já estava cogitando a hipótese de realmente ir conhecer o tal noivo da minha mãe. Thalia estava quase mais agitada agora do que na volta do encontro com Luke (que eu achei extremamente hilário, aproveitando que Thalia não pode me bater agora).

–- Thals, se conforme logo. Estou com fome, e quero minha cama. -- Fiz biquinho.

–- Jason, sua cama tá em New York, numa caralhada de quilômetro daqui. -- Ela respondeu de mau-humor. Ah, não espera. Esse é o humor normal dela.

–- Você me entendeu. -- Repliquei cruzando os braços e revirando os olhos.

–- Tá. Mas tire essa cara de capivara sem dente do rosto. -- Ela disse num tom sem emoção, perigosamente parecido com o do meu pai.

Andamos, eram quase cinco da tarde agora. Os ciganos e carnavalescos continuavam nos olhando, mas chegou um momento em que paramos de ligar.

Chegamos na casa/arco-íris e abrimos a porta devagar. Talvez se entrássemos de fininho, Hope não visse a gente, e poderíamos dizer que chegamos tarde, quando ela já estivesse dormindo.

Mas é claro que isso não aconteceu.

Quando abrimos a porta, o vento fez ela fechar de uma vez, batendo no meu pé.

Então, é claro que além do estrondo da porta, teve o meu urro.

–- MANO, PUTA QUE PARIU MEU PÉ, CACETE!

Thalia bateu a mão na cara, me olhando em descrença.

–- Ah, crianças, que bom que vocês chegaram. Eu quero apresenta-lo a vocês.

"Muito obrigada, Jason", Thalia disse pelo olhar.

"A culpa não é minha!" Me defendi.

"Não, imagine. É minha. Não dava pra ter nascido com gritos baixos ao invés de gritos de terror?".

Eu não sei se traduzi o seu olhar da maneira certa. O que havia de errado com meus gritos?

–- Claro. -- Eu e Thalia respondemos suspirando.

Seguimos Hope casa adentro até um cômodo que parecia ser a sala de estar.

–- Bem, este é meu noivo, James Prior.

Hope apontou para um homem.

Parem o mundo. Eu quero descer.

O homem era um pouco mais baixo que eu, embora não muito. Tinha cabelos ruivos quase castanhos, olhos verde musgo, um físico de fumante e exibia um sorriso de jogador de poker, como se avaliasse as cartas.

Em resumo:

O cara era um traficante.

Sim, eu não posso julga-lo sem conheço e todo aquele blá blá. Mas você também concluiria isso se o estivesse vendo.

–- Thalia. Jason. Um prazer conhece-los.

Seu olhar indicava um "não, na verdade não é não", mas decidi jogar o mesmo jogo.

–- Creia em mim. Estávamos ansiosos. -- Respondi com um sorriso cínico.

Ele passou o olhar para minha irmã e sorriu.

Thalia o replicou com um olhar de nojo número 8 (morre desgraça).

–- Bem, acho que é isso. -- Thals disse já recuando, de leve, eu a seguia -- Parabéns pelo casamento.

–- Esperem. Precisam encontrar o novo colega de quarto de vocês. -- Hope insistiu.

Wow. É o que?

Já estava sendo obrigado a dividir o quarto com Thalia, por favor. Agora vai entrar outra desgraça, com tanto quarto nesse fim de mundo?

–- Vocês se lembram do Percy? -- Ela perguntou

Thalia se virou num segundo, a cabeça girando igualzinho a da menina no exorcista.

Percy acabara de passar pela porta.

Ah, cara. Já estou vendo que não dormirei tão cedo.

–- Jackson.

–- Grace.

Suspirei.

Os dois andaram até mim, um de cada lado. Assim, subimos as escadas. Batemos numa daquelas paredes uma vez (Já que alguém, Thalia, estava ocupada demais, Thalia, fuzilando o Percy, Thalia. Mas eu não estou citando nomes) mas foi tranquilo.

Percy se sentou no beliche debaixo, onde já estavam suas malas. Thalia despejou sua bolsa no criado mudo (esse móvel dos infernos), e se sentou em sua cama.

–- Jackson.

–- Grace.

–- Jackson.

–- Grace.

–- Jackson.

–- Grace.

Eu não mereço isso, senhor.

–- Jackson.

–- Grace.

–- Jackson.

–- Grace.

–- Jackson.

–- Grace.

Suspirei novamente. Vai ser uma loooonga noite.

–- Tá bom. Se vocês forem se matar, o façam em silencio. Não quero ouvir nenhum barulho. -- Eu disse, e os dois olharam na minha direção.

Percy não era exatamente assustador.

Ele era mais alto que James, que Thalia, que Hope, mas não era mais alto que eu. Seus cabelos negros pareciam com os de Thalia, e se ela não fosse minha irmã, eu não poderia dizer que era parente dele. Na verdade, fora o fato de ele ter olhos verdes e ser bronzeado, ele era mais parecido com Thalia do que eu.

Mas ao contrário da minha irmã, o olhar ameaçador dele não dizia "vou te matar".

Bufei.

–--------------------------

Eu não me lembro de ter dormido, mas lembro de ter acordado.

Água.

Água gelada.

Água extremamente gelada.

Água extremamente gelada batendo na minha linda cara.

–- Hey, é isso aí! -- Percy e minha irmã trocaram um Hi-Five.

Eu dormi por quanto tempo?

Revirei os olhos e fui descer a escada.

Que se quebrou quando me apoiei, e caí de bunda no chão.

Thalia e Percy rolaram de rir.

–- Nossa. Que engraçado. -- Eu disse sarcástico. -- Cadê o gelo?

–- Provavelmente na geladeira. -- Thalia respondeu.

Bufei.

Deixei as duas hienas no quarto e desci as escadas (sem nenhuma parede, estou pegando o jeito).

Na cozinha abri a geladeira e quando eu ia pegar o gelo, senti algo errado.

Lá fora, nos fundos, James estava pondo fogo em algo.

Me aproximei silenciosamente, como um ninja, e vi.

Drogas.

Sabia.

–- Você quer? Eu ainda tenho uns pacotes de maconha. Juro que não conto pra sua mãe.

Esse cara acabou de me oferecer drogas?

–- Você é traficante!

–- EX traficante.

–- Tanto faz! -- Exclamei.

–- Não é assim tão ruim. É como fumar.

–- Cigarro mata. -- Insisti.

–- Sabe como é... "Live Fast, Die Young".

Voltei para a cozinha, peguei o gelo, e me perguntei o que era pior:

Percy, Thalia e eu nesse fim do mundo, ou...

Meu futuro padrasto me oferecendo drogas.


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Notas finais do capítulo

Por favorrrrr, comentem!
Beijos!



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