Volto para casa já tarde da noite. Apos a conversa com o velho Monanza, fiquei pensando se seria bom que Joe fosse para o tal instituto. Não havia em algum lugar um registro de um instituto como esse em Jingles e cada vez mais minha curiosidade aumentava.

A viagem estava marcada para há alguns dias. Depois de nossa conversa na sala, Joe se trancara no quarto, não saia nem ao menos para comer. Estava preocupado com ele.

Eu e Damian rodamos, praticamente, a cidade inteira. Paramos em bares e ficamos lá até ei estar caindo. Este me levou de volta para casa já às 2 horas da manhã. Pedi para que ele mandasse os cavalos de volta aos estábulos e para que fosse dormir. Ele insistira em me ajudar, pois eu estava tonto demais para subir às escadas. Mas apenas acenei com as mãos e segui em direção aos meus aposentos, certo que tive um ou dois tombos no meio do caminho, mas cheguei em meu quarto.

No dia seguinte decidi falar com Joe. Ele já estava trancado em seu quarto há dois dias desde a conversa que tivemos na sala. Após me vestir, saí de meu quarto e vou em direção ao dele. Chegando lá, a porta está fechada, mas não trancada. A abri o chamando.

– Joe, posso entrar?

Não houve resposta. Quando entrei em seu quarto, tudo estava completamente revirado. Suas roupas espalhadas, móveis fora do lugar, sua cama revirada e seu colchão manchado de algo vermelho, sangue. Procurei Joe por todo o quarto, mas nem sinal dele. Fui em seu banheiro e a cena que se encontrava no quarto se repetia aqui. O lavabo estava quebrado, fazendo com que a água e sangue se espalhasse pelo chão. O lampião estava no chão, sua vela apagada e o vidro envolto nela quebrado. O espelho em frente a mim estava espalhados no chão, se juntando com a água e o sangue, ficando quase invisível. Na penteadeira, havia uma flor de papoila... Ópio.

Atrás de mim, estava ele. Dentro de uma banheira estava Joe. Parecia estar dormindo, mas de sua cabeça escorria sangue. Corri em sua direção e o sacodi gritando seu nome.

– Joe acorda! Joe, Joe! - Ele nem ao menos mexe o dedo. Desci às escadas correndo à procura de alguém para ajudá-lo. Mas meus pais não estavam em casa e fora Damian quem os levara. Estava sozinho. Decidi levá-lo, então, a pessoas menos provável de que eu procuraria, Adam Monanza.

Peguei Joe e o levei até o banco da carruagem. Eu mesmo iria pilotá-lá. Quando cheguei em sua casa, quase quebrei a porta de tanto bater.

– Hey, vai com calma garoto! A porta é feita de madeira importada. - Disse ele com sua bengala balançando em direção à porta.

– Não me importo com a droga da sua porta. Meu irmão está morrendo no banco de trás de uma carruagem. Será que pode ajudá-lo? - Pergunto a ele esfregando os braços do frio.

– Traga-o para dentro. - Vou até a carruagem e o trago para v dentro. Adam apontou para uma cama e o coloquei lá.

– Porque ele está assim?

– Pelo visto ele ingeriu demais o ópio e o ferimento na cabeça está feio. Ele está morrendo e precisamos curá-lo logo.