12 anos em 12 escrita por 12 anos em 12


Capítulo 80
Capítulo 78




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#Vitóriaadorouosenhorpeixe #pesqueinadinha #osbichinhosnaomequiseram #foidivertido #queromais"

– Vivi! - olha a TV. Olha o papai na TV! - sorri.

Vitória observa o vt do disco de Victor e Leo, atentamente, passar na tv.

– Canta Vitória! - Paula senta-se no chão com ela. Papai lindo...

Nesse momento chega uma mensagem no whats de Paula.

"WHATS ON

– Paula, minha prima foi ao show e mandou a foto do seu miau chegando ao local...

– KKKKKKKKKK gato ❤😻😻😻😻😻

– Quero um assim, hein... tô falando do jatinho kkkk ✈✈✈✈✈

– AHAM! 😱😱😱😱😱😱😱😱😤😤😤😤 kkkk Vou mostrar suas mensagens para ele!

– NÃOOOOOOOOOO, Deus é pai kkkkkkkkk

– Kkkkkk 😂😂😂😂😂

– E nossa resenha?

– Vivi adoeceu...😔

– Sim, sua mãe falou! Ela melhorou?

– Melhorou sim! Graças a Deus...🙏🙏🙏🙏

– Dê um cheiro nesse xeroquinho do miau.

– HAHAHAHAHAHA pode deixar, gata ❤ Vou cuidar dela agora, brincar de boneca!!!!!!!!! Mais tarde nos falamos, beijos coisinha...💕💕💕

WHATS OFF"

– Preciso ir a um salão! Cortar cabelo, depilação, fazer minhas unhas corretamente...

– Você precisa tirar um dia para você! - observa a novela.

– Sim! Mas que dia? Não sobra tempo nenhum...

– Sobra... Tenha paciência.

– Alguém quer doce? - Cintia pergunta, indo a cozinha.

– Eu não quero... Vivi! - vai atrás da filha que tenta subir em uma bancada de arranjos de flores. Você se machuca assim... Calma...- a pega.

– Não pode não, meu amor...- olha para a neta. Ela não para!

– Não! É elétrica.

– Você já liberou as meninas, Paula?

– Já sim! Por falar nisso... CINTIA...- grita. APAGUE AS LUZES QUANDO VIER.

– Quem soltou vocês? - Flokinho e Paçoca aparecem na sala, alvoroçados.

– Meu Deus...-ri, o afastando de Vitória. Acalmem-se... Ajuda aqui mãe...- coloca Vitória no sofá com Dulce. Calma flokinho! - ele vai para cima de Paula. Calma...- ela o acaricia. Mamãe tá aqui...- cheira ele.

Paula brinca com os cachorros, enquanto Dulce distrai Vitória. Cintia chega na sala com um pote de doce e a bebê aponta, como se quisesse.

– Posso dar?

– Dê... O pai dela vive dando escondido. Já nem sei o que faço...

– Sim! - ri, dando para Vitória.

– Flokinho... Na Vivi, não! - briga com ele que pula em Vitória.

– Flokinho...- Dulce faz o mesmo.

– Gente... Olha o paçoca, lá! - aponta pro cachorro entrando em um móvel.

– Aí meu Deus! - corre tirá-la. Sai daí paçoca! - tira-o. Vamos...- retornam para sala.

– Paula... Seu celular! - ouve tocar.

– Sim! - coloca paçoca no chão e sai para atender. Alô!?

– Oi, gatinha.

– Oi! - sorri. Chegou bem, gatinho?

– Quão doce estamos, não?

– Até demais! - riem.

– Cheguei bem, sim Pulinha. Entro no palco daqui a pouco...

– Uma prima da Denise está no show... Ela enviou uma foto de vocês no camarim.

– Nem sei qual é, mas tudo bem! - riem.

– Depois te mando.

– Ok...Vivi está bem?

– Sim! - sorri. Muito espoleta, Vitor... Meu Deus! Está comendo doce... Porque né...

– Puxou o papai! - sorri ao lembrar da filha. Vou precisar desligar, Paula...

– Ah... Não vai me chamar de gatinha? Estava tão bom...

– Delicinha da minha vida...- faz voz de bebê. Meu raio de sol, luar, algodão doce do meu céu...

– Chega! - ri. Chega, já aprendi... Pelo amor de Deus! - riem.

– Beijo de língua, gatinha! Até mais tarde... Beijos na Vivi, na sua mãe, na Cintia... Diva, Sol...

– Em todo mundo! - retorna para sala, o interrompendo.

– Sim... Todo mundo! - ri. Te amo, Paula... E já estou com saudades...

– Logo mataremos...- senta-se. Te amo muito também... Fique bem! Me ligue quando o show acabar. Beijos...

– Ok, beijos! - desligam.

– Vitor?

– Sim! Ligou para saber de Vitória...- coloca na bancada.

– Paula... Estava pensando...

– No que, mãe? - pega a filha.

– Você não acha que ele tem trabalhado demais? E ainda com isso de ser seu produtor... Quase não tem tempo.

– É... Já pensei nisso sim. Mas, o que posso fazer? Aquela vez eu tentei... Mas, não há nada que possa ser feito.

– Que ele não esteja trabalhando em função do dinheiro...

– Não! Isso não... Vitor já poderia ter parado de trabalhar se quisesse. Mas, ele faz isso porque ama e porque ama o irmão. Mesmo querendo não cumprir os compromissos ás vezes...

– É difícil deixar nossa casa...

– Sim... E como. - coloca a filha no chão.

Passam o resto da noite brincando com Vitória, até ela se cansar e adormecer. Na madrugada ela acorda, Paula a alimenta e a faz dormir novamente. O celular toca e ela corre atender, antes que acorde a filha.

– Oi...- sussurra, saindo do quarto. Quem fala?

– Tudo bem, Paulinha?

– Quem fala? - se assusta.

– Não está reconhecendo...? Pensei que...- ela desliga.

– Meu Deus! - volta pro quarto.

"WHATS ON

– Vitor? Quando puder me liga ou me chama aqui.

WHATS OFF"

O celular toca mais uma vez, o mesmo número aparece na tela e faz Paula ter um arrepio ao se lembrar da voz. Não atende, bloqueando o número. Antes mesmo que deixe o celular de lado, Vitor surge na chamada.

– Vitor! - atende.

– Aconteceu alguma coisa? Sai agora... Estou a caminho do hotel.

– Está sozinho? Ou Leo está aí?

– Sozinho, Leo vem em outro carro.

– Vitor, ele telefonou para mim...

– Ele? - não entende.

– Meu Deus...- não sabe como explicar.

– Paula? Paula quem está ligando para você? O que está havendo? - fica nervoso.

– Aquele velho nojento...- chora.

– Paula! Paula... Me explica o que está havendo?

– O Ernesto, Vitor! Ele me telefonou!

– O...- sente seu peito se comprimir. Joga esse chip fora! Amanhã mesmo eu vou para casa de novo.

– Não! Não... Não venha. Você ainda tem dois shows aí... Precisa ficar.

– Não vou deixar vocês duas sozinhas!

– Minha mãe está aqui... O Elias está aqui! Ele não vai conseguir entrar na nossa casa.

– O que ele falou?

– Nada... Eu desliguei antes que ele falasse algo! - enxuga as lágrimas. Ele tentou ligar novamente, mas bloqueei o número.

– Amanhã você...

– Vitor! - o interrompe. O telefone está tocando...

– Chama sua mãe!

– Não...

– Chama sua mãe, agora!

– Tá...- sai do quarto e vai chamar por Dulce.

– O que houve? - abre a porta.

– Vem comigo! - a leva até seu quarto. Vitor? - pega o celular novamente. Ela está aqui...

– Passa para ela... Rápido! Antes que o telefone pare de tocar.

– Mãe...- passa o celular para Dulce que não está entendendo nada.

– Alô...?

– Dulce... Vá até o telefone residencial e olhe o número.

– Mas...

– Por favor...

– Ok...- faz o que ele pede.

– Qual número aparece?

– Desconhecido, Vitor.

– Atende!

– Mas, eu...

– Atende, Dulce...

– Ok...

– Passa o celular para Paula...

– Aqui...- passa o celular.

– Vi...

– Calma... Preste atenção... Sua mãe vai atender e você vai me dizendo o que eles falarem no telefone.

– Tudo bem...- observa Dulce atender.

– Pulinha... Liga um botão que está na parte debaixo da base do telefone.

– Tá...- faz o pedido.

Dulce atende o telefonema.

– Quem fala? - olha para Paula nervosa, colocando o telefone no viva voz.

– Um amigo de longa data... Preciso falar com Paula ou Vitor.

– Nenhum deles estão aqui. Quem é você?

– Ligo outro momento, então... E não inventem de não me atender, que apareço por aí a qualquer momento. Até mais! - desliga.

Dulce desliga e Paula começa chorar, dizendo a Vitor o que houve.

– Pulinha, se acalme... Ele não vai aparecer por aí! Não vou deixar...

– O que esse homem quer? - senta-se na cama e Dulce a acompanha, tentando entender o que está havendo.

– Passe para sua mãe...

– Ele quer falar com você! - entrega, tentando se acalmar.

– Pode falar Vitor...- se levanta.

– Dulce, tente acalmar Paula... Não a deixe sozinha!

– O que está havendo?

– Eu te explico tudo amanhã! Amanhã bem cedo, quando todos forem para aí, como combinamos, você pede para Elias ir até a cidade, na minha agência, que terá um homem o aguardando, chamado Cadu. Ele vai ajudar Elias a contratar mais seguranças para a fazenda. A partir de amanhã, até eu voltar para casa, Diva vai dormir aí com Lucy! Arrume algum quarto para elas. Sol pode retornar para casa, por conta da Clara.

– Tudo bem... Vou fazer isso.

– Não deixem Vitória com ninguém! Não a tirem da fazenda e nem saiam daí...

– Ok, Vitor...

– Me deixe falar com Paula...

Dulce entrega o celular para Paula, que já está mais calma.

– Você não sairá dessa fazenda por nada!

– Eu sei, Vitor... Não vou sair.

– Fique calma... Não vai acontecer nada de ruim. Esse homem só quer assustar... Mas, não tem como ele se aproximar de nós. Fique despreocupada.

– Tenho medo dele saber da Vitória!

– Não! Não saberá nada.... Ele nunca vai ver nossa filha! Nunca verá ela...

– Você já chegou ao hotel?

– Estou chegando...- desce do carro. Vou entrar agora... Tem um pessoal aqui, vou ter que atender porque já me viram. Não desligue... Já volto.

– Tá...- o aguarda, indo observar a filha.

Alguns minutos depois Vitor a chama novamente.

– Pulinha?

– Aqui...

– Vá descansar, meu amor... Não fique pilhada com isso.

– É difícil não ficar... O que ele tinha que aparecer agora?

– Vai ficar tudo bem! Eu te garanto...

– Eu confio em você! Queria que estivesse aqui...- retorna para cama, onde Dulce está sentada.

– Vou retornar, logo, logo! Agora... Descanse que amanhã você terá um lindo dia!

– Você falando assim parece que nada está acontecendo...

– E não está! - entra no quarto. Nada de ruim está acontecendo e nada acontecerá...

– Comeu bem? - muda de assunto.

– Comi sim! Muito bem...- joga-se na cama, observando a janela.

– Coloquei um protetor a mais na sua bolsa... Você viu?

– Eu vi sim, minha Pulinha...- sorri. Você sempre pensa em tudo...

– Sua pele é muito sensível... Aposto que sua boca deve estar ressecada... E eu me esqueci de te entregar um outro protetor labial.

– Prefiro seus beijos...- pensa.

– Não diz isso agora...- se entristece. Sinto sua falta...

– Onde você está?

– No quarto, já deitada.

– Vai na nossa janela...- se levanta e vai até a janela do hotel.

– Tá...- faz o mesmo, só que abre a varanda. Pode ser a varanda? - ri.

– Sim! - sorri ao imaginá-la. A nossa lua está no céu...

– Sim! - observa sorrindo. Tão linda...

– Atire na lua... E se errar o alvo, não tem problema... Cairá sobre as estrelas! O seu lugar...

– O nosso lugar...

– Sabe... Antes eu não me preocupava em te mostrar o quanto eu a amava. Não me preocupava com o fato de você talvez querer ir ao cinema... Ir à uma festa de mãos dadas comigo. Ás vezes deixei de te atender, por não querer falar com ninguém, sem me preocupar que você só queria falar comigo. Me negava a certas coisas por conta de um mundo que eu queria te enfiar, sem perceber que o mundo que você me proporcionaria era muito melhor que qualquer outro...

– Vitor... Não vamos pensar no...

– Me deixe terminar...- a interrompe. Quando eu te perdi, percebi que eu perdi a mim mesmo. Poderia comprar todos os cinemas de Minas... Ir à todas as festas do mundo. E o silêncio que eu optei ouvir quando não te ouvi, passou a me matar profundamente. Poderia tudo... Menos ter você de volta, tirar o vazio que ficou. Sempre que eu olhava o céu, lembrava da gente... E percebi que na verdade eu sempre quis te dar estrelas, mas nunca me preocupei em te dizer isso. E quando eu disse já era tarde demais... Eu te amo, Paula. Amo todos os seus jeitos, amo você por inteira, partes...

– Eu sempre soube! Sempre soube do seu amor... Ter lidado com você, me causando tudo que me causou, me fez madura! Me fez, acima de tudo, feliz! Você é o homem da minha vida, Vitor... Sempre foi e será para além de qualquer outra vida.

– Amo você! - sorri.

– Eu te amo, também! Muito! - se encolhe pelo vento que a toca no momento.

– Ventando? - ouve o barulho.

– Sim! - ri.

– Aqui também está! Estranho porque pelo dia não passou sequer um vento...

– Uai, aqui também não ventou... Só agora. E também já parou...

– Essas coisas...

– Deus! - fecha a varanda. Vou entrar por conta da Vitória...

– Entre sim! E vá descansar...

– Vitor, quando você vem?

– Ah... Já ia me esquecendo... Não tenho mais shows...

– E os dois que ainda tinham?

– Foram cancelados... Mas, terei que ficar por conta de rádios, entrevistas.

– Poxa... Pensei que voltaria mais cedo. É provável que nem nos veremos quando você chegar...

– Nos veremos sim! Não se preocupe... Darei um jeito quanto a isso.

– Vou te deixar dormir... Também preciso fechar os olhos um pouco.

– Faça isso! Relaxe... Sinta meu cheirinho do seu lado! - ri.

– E sabe que sinto? - deita-se. Me deito com seu travesseiro... Ás vezes coloco seu perfume no lençol... Para ver se meu homem aparece enquanto durmo.

– Estou nos seus sonhos...- sorri. Assim como você está nos meus... A sua foto e de Vitória... Que colocou na mala... Durmo com ela. - observa o porta retrato ao lado da cama de hotel.

– Tem dormido com duas mulheres! - sorri.

– Não... Tenho dormido com minha linda mulher, pensando no calor que ela tem e sentindo sua falta... E, também tenho dormido com meu anjinho... Meu bebê, lembrando do riso dela...

– Você é o melhor pai que meus filhos poderiam ter! Sempre soube disso...

– Quer dizer que ficava pensando em pretendentes a pai dos seus filhos? - ri.

– Sim! - riem. Mas, de todos... Você sempre foi o melhor! Queria que eles viessem de você... E veio! - ri.

– O melhor e o único pai de seus filhos!

– Sempre, meu amor...

– Agora durma... Beijo de língua, de tirar o fôlego.

– Hum...- ri. Só de pensar nesse beijo, eu já fervo...

– Que ótimo que te faço ferver até de longe! - riem.

– Sempre fará - ri. Durma bem, com Deus! Que ele te proteja... Estou te amando.

– Amém, minha Pulinha. Dê um beijo em Vivica... Te amo muito e logo estaremos juntos. Vai ficar tudo bem, dou minha palavra.

– Eu acredito! Te amo muito...

– Eu também! Quem desliga?

– Vamos começar com isso? - riem.

– Não! Nada de melações...- riem.

– Amo meu casamento maduro... Meu bebê! - ironiza.

– Somos dois! - riem. Boa noite, amanhã de manhã eu telefono... Curta seu dia, será incrível! Até mais, meu sol...- desliga.

– Desligou...- desliga o dela também.

– Quando você namorou pela primeira vez...- deita-se ao lado dela. Eu entendia toda aquela paixão de adolescente... Varava a madrugada conversando, entrava no mundo de alguém que praticamente não dormia, não dormindo também. Se separaram... Você teve outros e ele tantas outras... Sempre me preocupei com você, principalmente nesse sentido. Todos os planos que sonhou, tudo que quis construir... Depois que namorou com Henrique durante quase quatro anos, quando pensei que você ia querer estabilizar uma família, viver os planos, você simplesmente os abandonou... Tratou de casamento como se fosse algo do futuro que não te pertencia. Tratou de filhos, como se fosse algo que com você não aconteceria. E isso tudo era só porque você não o amava o suficiente para se sentir segura nesse futuro... O mundo girou e você caiu de novo, de onde nunca saiu. Você e Vitor brigam, discordam, mas se amam... Se amam de um jeito sempre mais forte do que a gente imagina. - segura a mão dela.

– Você sempre foi minha melhor amiga...- se aconchega no colo dela. Obrigado por estar do meu lado...

– Quero que seja feliz, Paula... E você é feliz com Vitor.

– Sou muito! Mesmo com tanta coisa que a gente enfrenta... Sou feliz com Vitor, como nunca pensei que merecesse. Como nunca acreditei que ele pudesse me fazer...

– E ele é com você! Mudou muito... Ele já era incrível com você. Cuidadoso, paciente. Só que foi um pouco passivo demais no passado, mas agora...

– Sim! - riem.

– Posso dormir aqui?

– Claro! - se arruma na cama, retirando o robe. Deite aí... É meu lado da cama, mas pode deitar. Eu me deito aqui...- deita. No lado do Vitor! - fecha os olhos.

– Durma bem! - se cobram.

– Você também, mãe...

Pela manhã, quando Paula desperta, nem Vitória e nem Dulce estão no quarto. Levanta-se, vai ao banheiro e depois segue para cozinha ainda de camisola.

– Hã? - ri. O que é isso? - se assusta.

– BOM DIA! - a abraça.

– Bom dia! - riem. Meu Deus!

– Surpresa, né?

– Muito! Não esperava você aqui... Mas, que ótimo que veio!

– E não vim sozinho!

– Oi! - surge na porta.

– Não acredito! - ri, cumprimenta. Alguém me explica?

– Antes de tudo quero dizer que essa fazenda é um sonho! E esse café da manhã que já tomamos é dos deuses! Sua filha é incrível... Sorri para todo mundo! - ri.

– Sim! - sorri.

– Nós viemos para cuidar de você... Já que você não tem tempo de ir até nós.

– Cabelo, unha, pele... Tudo que você precisa para ficar mais linda ainda!

– Vocês são demais! Como adivinharam que eu precisava?

– Não adivinhamos! Sua mãe ligou para nós... Pediu que viéssemos. E aqui estamos!

– Minha mãe é demais...- abraça Dulce que está com Vitória no colo.

– Mas, não posso levar os créditos sozinha... Foi ideia da Cintia e Vitor quem nos apoiou.

– Como sempre! Minhas grandes paixões... Por falar nisso, cadê ela?

– Foi para a cidade... Ia arrumar as malas dela.

– Entendi... Olhem como estou ainda? De camisola!

– Por sinal...- a olha. Uma bela camisola!

– Gostou!? - vira-se para que ele veja por inteira. Meu marido que me deu...- sorri.

– Seu marido tem muito bom gosto!

– Acho que ele tem muita força de vontade... Por acredito que não foi ele quem escolheu! - riem.

– Vá se trocar, Paula... Tome café e aproveite o dia.

– E você e Vitória? Não saiam de perto de mim!

– Não sairemos... Ficaremos aqui dentro o tempo todo.

– Diva e Sol...- vai até elas. Preciso que chamem todos os funcionários, tenho um comunicado para todos eles! Todos mesmos...

– Está bem... Irei chamá-los agora mesmo.

– Vou me trocar e já venho falar com eles! Enquanto isso...- volta-se para Cris (cabeleireiro) e Ana. Fiquem a vontade!

– Ficaremos!

Paula vai com Vitória e Dulce para o quarto. Se arruma e vai até o jardim, onde os funcionários a esperam. Comunica a eles que ninguém poderá entrar na fazenda, nem que diga conhecer ela e Vitor.

– Fora da lista que estiver na entrada, ninguém entra! Telefonem para a casa, peçam rg... Façam o que for para saber quem é e mesmo assim não deixem entrar. Se não tiverem uma autorização expressa minha e de Vitor, ninguém pisa o pé aqui! E se pisar, infelizmente alguém será demitido. Espero que compreendam...- eles afirmam que sim.

– Paula, Elias nos avisou que a segurança será reforçada... Pedidos de Vitor.

– Bem... Se ele pediu, então será! Ninguém pode entrar aqui por lado nenhum... E eu conto om vocês.

Eles concordam e ela os dispensa. Observa que há uma equipe de mais 4 pessoas juntos de Cris e Ana do outro lado da casa. Retorna para dentro e conversa com Lucy...

– Pode deixar, Paula!

– Você e Vitória não podem sair de perto de mim!

– Sim!

– Vou tomar um café e já vamos para lá...- senta-se. Inclusive Lucy... Quer fazer algo no cabelo, na pele?

– Eu? - ri.

– Sim, você! - Diva a serve. Aliás... Todas! Inclusive vocês também, Sol e Diva. Trataremos de todas hoje...

– Você é maluca mesmo! - riem.

– Maluca nada! - come. Nossa... Que bolo delicioso! - fala de boca cheia. Meu Deus! Estou pegando a mania de Vitor...

– Verdade!

Paula termina seu café da manhã e vai para onde a equipe de Cris, seu cabeleireiro de Belo Horizonte, a aguarda com Ana, amiga e responsável pelas produções que veste. Entre risos e fofocas dos últimos tempos que estiveram longes, começam pelo cabelo. Vitória, que está com Lucy a segurando, tentar andar apoiada na babá, o que deixa Paula imensamente feliz. Por algumas horas ela se esqueceu do telefonema da madrugada, dos problemas que ainsa rondavam sua família. O dia passa e para ela se transforma em um dos melhores dias da sua vida, desde que foi para Uberlândia. Vitor, ainda no nordeste, vai para o quarto do irmão.

– Você aqui...? - abre a porta.

– Não! O chapolim colorado. - entra.

– Ah... Legal. Antônio e Mateus adoraria saber disso.

– Adorariam!

– Sim!

– Estou dizendo que é adorariam...

– Me poupe da aula de português! - deita na cama. Nunca fui bom nisso...

– Dá para ver...

– O que veio encher o saco, Vitor? - joga um travesseiro nele.

– Nada...- senta-se, mexendo no cabelo. Estou inquieto...

– Nem me venha com o papo de que tem que voltar para casa!

– Mas, eu tenho! - se levanta. Eu preciso e eu vou!

– Temos rádios amanhã de manhã!

– Desmarque!

– Não! O que está te acontecendo?

– Vitória e Paula não estão bem!

– Pelo amor de Deus! Paula sempre soube resolver os problemas sem você.

– Não é isso...

– É isso! Você não vai. Não sei o que tem na cabeça... Você é nosso produtor de shows e fica agora inventando para não trabalhar!

– Inventando? Deixa de palhaçada! Não vou falar com você. Só vim avisar!

– VITOR! - se levanta. Você não vai!

– E quem vai impedir? - ri. Como dizem, Leo... "Me poupe". - sai do quarto.

– Bicho...- vai atrás dele. Cara, você não pode ir... Pensa um pouco...

– Na minha família! - se vira para ele. Minha família precisa de mim... Atendemos as entrevistas de casa, sem problema algum. Por favor, Leo... Preciso voltar. Você não quer voltar para sua casa, também? Estou voltando... Se quiser vir, vem! Se não quiser, TCHAU! - pega sua mala em seu quarto e sai.

Cris e sua equipe ainda estão na fazenda, ficaram para o jantar.

– Olha o que me mandaram..."Entre o amor da sua vida e um cartão de crédito ilimitado, qual você escolheria... Visa ou Mastercard?" - riem alto.

– Socorro!

– Linda, hoje em dia podemos ter os dois!

– Nem todas! Só a Paula tem essa proeza...- riem.

– Não exagerem! - pega o copo de suco e bebe.

– Tá... Sei! - riem.

– Que isso, coisinha!

– Paula, cadê sua bebê?

– É hora do banho dela...- sorri.

– Ela dorme cedo?

– Cedo... O dia amanhecendo! - riem. Dorme tarde e ainda acorda na madrugada e durante o dia dorme muito pouco. Acho que isso veio de mim... Sempre fui inquieta na gravidez... E Vitor é um morcego. Acredita que ela acorda na madrugada sentindo falta dele? Ele quem sempre cuida dela nesse horário, porque aproveito para dormir.

– Uai, e que horas vocês ficam juntos? Sempre tive essa curiosidade... Porque os dois são atarefados.

– Dá tempo... A gente sempre está junto! - sorri. Noite, dia, tarde... Quando queremos ficar mais a vontade, Vitória fica com a babá. Isso geralmente acontece pelas tardes...- riem. Nas noites e madrugadas, a gente dá nosso jeito!

– Amor dos ingleses... Em plena luz do dia! - riem.

– Sempre que der uma brecha... Tem que aproveitar! - riem.

– Preciso casar! Você está tão bem!

– Casar cria rugas! Olha as minhas já...- passa a mão nos olhos. Mas, é maravilhoso! Não posso dizer que é o fato de ter alguém... Porque ter casado com Vitor sempre foi algo que eu quis...

– Se você encontra alguém que ame mesmo, compensa tudo!

– Sim...

– Paula...- Diva surge na sala de jantar.

– Sim, Diva? - a olha.

– Leo telefonou...

– Aconteceu algo com Vitor? - se preocupa.

– Não! - sorri. Pelo contrário, ele está vindo!

– Vitor é de mais!

– Não consegue mais ficar longe de casa.

– Sim, mãe... O problema é que deixa compromissos para trás. É a segunda vez que ele vem para casa só essa semana. - conta. Enfim... Separe o jantar dele, Diva.

– Farei isso! Querem mais alguma coisa?

– Não, obrigada! - sorri.

– Com licença! - se retira.

Não demora muito e Lucy surge com Vitória, que já chega sorrindo para a mãe.

– Vem aqui! - a pega. Lucy pode jantar...

– Está bem, já volto! - sai.

– Oi Vivi! - Cris fala com ela.

– Fala oi pro Cris, Vivi!

– E esses cabelos? - passa a mão nos cabelos dela. Que coisa linda! Nunca a deixe mexer neles.

– Sim! - sorri. Nasceram bem claros... Agora estão um pouquinho escuros.

– É uma delícia passar a mão! - riem. Pega aqui, Ana...

– Os do Vitor são assim! - sorri. Muito macios!

– Sobre isso já não posso dizer nada... Não passo a mão! - brinca.

– Vou deixar você passar quando ele chegar! - riem.

– Um dia eu o encontrei no casamento da prima dele... Vocês não estavam juntos ainda. Ou estavam e ninguém sabia...

– Da Laura?

– Sim!

– É...- desconversa. Já estávamos dando umas saídas....- ri.

– Você engravidou antes de assumirem algo?

– Sim... Mas, não sabíamos que eu estava grávida. Já estávamos saindo há alguns meses e eu engravidei... Assumimos o relacionamento dias antes de uma viagem que fizemos para Cancun. Na viagem eu passei mal, mas pensei que era pela comida... Chegamos de viagem e meu enjôo era muito... Tinha quedas de pressão terríveis. Percebi que meu corpo estava mudando, mas fiquei com medo de estar grávida e não fui ao médico até Vitor me obrigar. Ele não fazia ideia que era uma gravidez... Quando descobri já estava com quase dois meses.

– Nossa...- se impressiona.

– A segunda gravidez passei muito mais mal que a primeira, né mãe? - olha para Dulce. Vomitava o tempo todo! Desmaiava, não tinha ânimo para nada... Foi muito difícil. Vitória tinha só seis meses, eu não podia engravidar devido ao problema do sangramento na gravidez dela... Mas, não me cuidei.

– E perguntem se ela se cuida agora...- Dulce ironiza.

– Pois é, Paula... Se não se cuida, fica difícil.

– Vou me cuidar! Vou retomar meu tratamento.

– Você quer ter mais filhos?

– Eu queria...- diz triste. Mas, Vitor não está muito bem com essa ideia. Ele não quer mais filhos... Não fala abertamente, mas eu sei que não quer.

– Que pena... Mas, quem sabe ele não muda de ideia?

– Não sei... Pode ser que mude. Vitor é um pouco neurótico... Acha que não poderá ter filhos por conta da idade.

– Isso é uma grande besteira!

– Sim, falo isso a ele...

– O Serginho, do Altas Horas, acabou de ser pai... Com 65 anos.

– Sim!

– Vocês são quantos anos de diferença?

– Somos 9 anos de diferença...

– Não parece...

– Nossa, não mesmo!

– Pois é! O que foi Vitória? - a filha "fala". Oi... Oi...- ri. Calma... Diz devagar para mamãe entender.

– Nossaa... Que converseiro! - Dulce ri.

– Muita simpatia, gente...- riem.

Terminam o jantar rindo das tentativas de "falas" e graças da Vitória. Não demora muito para que os amigos e parceiros profissionais se despeçam, restando apenas as mulheres da casa, mais Dulce, Diva e Lucy.

– Podem ir, Diva e Lucy...

– Só vou terminar aqui...- passa um pano sobre a pia. Prontinho...- termina.

– Mãe... Você as leva até o quarto?

– Levo sim! Vá descansar... Vitória está com sono....

– Sim! Me dê o chá dela, Lucy...- Lucy entrega. Obrigada! Dê tchau filha... Vamos mimir. Beijos e durmam com Deus!

– Você também, Paula!

– Paula... E Vitor?

– Vai chegar na madrugada! Mas, ele dorminará na cidade. Não está louco de vir para cá sozinho...

– Sim!

– Tento ligar, mas ele não atende... Deve estar no avião. Enfim, vou indo... Boa noite! - vai para seu quarto. Vamos sentar aqui...- senta-se na poltrona com a filha. Tomar seu cházinho para mimir!

Paula cantarola para Vitória, que acaba adormecendo com a mamadeira em mãos. A coloca no berço e aproveita para ficar um momento na banheira. No silêncio da casa, perfuma-se e relaxa tranquilamente, sem ninguém a chamando, sem filha chorando, sem Vitor falando. Por mais que os amasse, sentia a necessidade de momentos sozinhas... Momentos como esse. Depois de um banho demorado, veste uma das suas melhores camisolas e arruma-se para se deitar. Logo adormece, mas por pouco tempo... Ás 3:00H, acorda com fome e vai para a cozinha.

– Vamos ver...- abre a geladeira e pega alguns alimentos para fazer um sanduíche.

Enquanto prepara, escuta um barulho vindo da sala. Respira fundo e vai vagarosamente até lá, com uma das facas que estava usando, em mãos. Grita quando jogam algo no chão...

– O que foi? - acende a luz. Paula...- vai até ela, assustado.

– Vitor! - bate nele.

– Vem aqui...- leva ela até a cozinha, sentando-a. Você estava com uma faca? - começa rir.

– Isso são horas? - joga a faca na mesa. Que susto! - bate nele de novo e começa rir.

– Desculpa....- ainda ri. Quase que você fica viúva! - pega água e leva para ela. Tome!

– Não pensei que você viria agora!

– Meu celular descarregou...

– Hum...- bebe a água. Ai...- coloca a mão no peito, se acalando. Quase que você fica viúvo!

– Deus me livre! - senta-se na mesa.

– Eu viria te perseguir todas as noites... Não ia deixar você ficar com mulher nenhuma! - se levanta rindo.

– Seria terrível! - riem.

– Quer um? - volta a fazer o sanduíche.

– Um beijo?

– Ah....! - sorri e vai até ele. Até me esqueci...- beijam-se. Está tudo bem?

– Sim! - sorri. Melhor agora! E quero um sanduíche sim... Mas, vou tomar um banho antes! - desce da mesa. Rapidinho! - beija a cabeça dela e sai.

Vitor vai para o quarto do casal e ao chegar, beija a filha que indo dorme.

– Está frio, meu anjo...- a cobre. Durma tranquila! Papai está aqui e amanhã vamos rir muito...- sussurra sorrindo.

Caminha para o banheiro, já retirando os sapatos e a roupa que ficam jogadas no chão. Toma seu banho e retorna para a cozinha secando o cabelo.

– Que lindo! - senta-se, elogiando a mesa que ela preparou.

– Ás vezes consigo fazer algo na cozinha...

– Do tipo pegar dois pães e colocar um queijo dentro?

– Vitor! - o encara. Poxa...- senta-se. Eu juro que tento fazer algo assim... Ser uma dona de casa exemplar! Mas, você não ajuda, não reconhece.

– Estava brincando... Desculpa. - segura a mão dela. Você não precisa se preocupar com isso... Jamais te cobrei que fosse uma dona de casa. O que quero é que sempre esteja bem e fazendo as coisas que gosta... Cuidando do nosso bebezinho!

– Que já não é mais um bebezinho...

– Lógico que é! Vai sempre ser... Mudando de assunto...- pega o copo de suco que ela preparou. Gostou do seu dia?

– Preciso te agradecer! - sorri. Foi muito legal! Passei o dia todo fazendo cabelo, unha...

– Que ótimo! - sorri do entusiasmo dela.

– Até a Vitória...- ri lembrando. O Cris passou um creme na mão dela e ela achou o máximo!

– E ela podia passar esse creme? - se preocupa.

– Sim! Não se preocupe.

– Acho que ela será vaidosa como você! - começa comer.

– Tomara! - faz o mesmo.

– Adoraram o cabelo dela! Falaram para que eu nunca a deixe mexer...

– Está vendo? Nunca deixe mexer mesmo.

– Por falar nela...- limpa a boca. Vou vê-la....

– Não precisa! Acabei de olhá-la antes de vir.

– Então tá... Agora me explique...- o encara. Por que veio?

– Fiquei preocupado! - limpa a boca para conversar seriamente. Vieram os seguranças?

– Vieram... Todos os funcionários estão avisados.

– Amanhã eu tentarei entrar em contato com ele.

– Não! Você não vai fazer isso. Por favor...- se preocupa.

– Preciso saber o que ele quer! Se é dinheiro, vamos dar e ele some.

– Não vamos dar dinheiro! É um vício que ele vai criar. Não ralei a minha vida inteira para dar dinheiro para esse homem.

– Não se preocupe! - volta a comer.

– E muito menos seu dinheiro! Sou eu o problema desse cara...

– Você sou eu. Eu sou você. O dinheiro é NOSSO, da nossa filha! Não gosto quando fala assim... Como se minhas coisas não fossem suas. São suas! Foi para isso que trabalhei... É para isso que trabalho...

– Não sou mulher de cantor que tem um Blog e passa o dia tirando foto para ele! Também sou cantora... E você esquece! Eu também trabalho, eu também tenho uma vida profissional como as sua.

– Paula! - deixa o sanduíche e a encara. Quem está falando disso? Não estou esquecendo nada! Apenas estou dizendo...

– Não quero falar disso...- se levanta com seu sanduíche, deixando na pia.

– Pulinha...- respira fundo, indo até ela. Compreenda... Quando você entra na porteira daquela fazenda, a artista deixa de existir! Por mais que ela te habite, por mais que ela possa reger seus dias, aqui você é a Pulinha. Aqui você é a Paula Fernandes Chaves Zapalá Pimentel! Por mais orgulho que eu tenha da melhor cantora desse país, quando você está nos meus braços, sobre a minha pele ou sorrindo pro sol e sentindo cheiro de terra molhada, você é minha esposa. Minha companheira, minha amiga. Sinto como se você fosse meu descanso... Minha paz depois de dias exaustivos. Estou lá fora para que a minha paz, que é você, jamais se preocupe com algo! Quero que esteja bem... Sempre. Você sabe o quanto reconheço a cantora, a história que você é, que você tem! Entenda o que digo...

– Eu sei...- deita sobre o peito dele. Me abraça! Forte.

– Muito forte? - a abraça, apertando.

– Muito! - sorri. Por favor... Não dê dinheiro.

Ficam um tempo em silêncio.

– Tudo bem... Não darei dinheiro.

– Você dá sua palavra? - o olha.

– Sim!

– Vamos entregar ele para a polícia... Por favor.

– O que ele te fez merecia outra coisa!

– Ele não me fez...

– Para mim, fez! - diz tristonho.

– Vamos deixar isso para os advogados! Volte a comer...- se afasta.

– Fez alguma hidratação na pele...? - senta-se novamente.

– Está querendo ser educado? - o acompanha.

– Poxa... Você também não ajuda quando quero ser um bom marido! - caem na risada.

– Fiz sim! Uma hidratação de pele e depilação... Por isso está macia....-sorri.

– Depois me certificarei corretamente sobre isso!

– É...- se arruma na cadeira. A madrugada está começando a ficar legal...

– Não viu nada! - ri, enquanto come.

– Leo também veio?

– Sim... Amanhã atenderei as entrevistas por...- pensa. Como é o nome daquilo? Sky... Não é Sky...

– É Skype! - ri dele.

– Qual a graça?

– Desculpa...- segura o riso. Fala de novo? S...Ky...- não aguenta e ri. Tão munitinho...- aperta a bochecha dele.

– Chega! - afasta a mão dela rindo.

– Vamos para o quarto? - pega a mão dele.

– Calma coisinha...- diz insinuando.

– Não estou falando disso.... Apenas...- ri.

– Tudo bem... Não me quer mais,né!? Quem andou na minha casa enquanto estive fora? Se apossando de minha cama! - indignado, brinca.

– A única pessoa que se apossou de sua caminha foi minha mamis! Ela dormiu comigo essa noite...

– Colinho de mãe! - sorri.

– Sim! É a melhor coisa que existe...

– Melhor que o meu? - levanta-se.

– O seu é um colo incomparável...- o observa.

– Bom saber...- pega em sua mão, a levantando. Estou com saudade do seu cheiro...- a abraça.

– Existem várias mulheres usando o mesmo perfume que eu...

– Usando o mesma fragrância, dessas que fazem e compram aí... Mas, seu perfume é seu! Elas não têm, porque não tem como vender...

– Eu te amo muito... E foi maravilhoso tem me arriscado de novo com você! - riem.

– Fico honrado! - ri. Vamos...- a guia, apagando as luzes.

– Vamos fazer o seguinte...-se vira para ele. Vou até o quarto ver Vivi e ligar a babá eletrônica, para sabermos quando ela acordar... E nós vamos para a outra sala, vemos um filme...

– Está bem... Te espero lá! - a beija e eles saem.

Paula observa a filha, que dorme tranquila como se adivinhasse que os pais precisavam de um tempo. Conecta a babá eletrônica e vai para sala, onde Vitor já está deitado no sofá, mexendo no celular

– Pronto... Deixa eu colocar aqui...- coloca o outro aparelho da babá perto deles. Nem ligou o filme ainda... Vai até a televisão e pega os controles... Vamos ver um legal...

– Vem aqui...- senta-se.

– Pode ser esse? - vai até ele apontando para a TV.

– Não me importo com o filme...- pega o controle dela. Desde que fique no mudo...- tira o som.

– Vamos brincar de mímica? - ri.

– Vamos brincar...- guarda o controle ao lado. De beijar um pouquinho...- deita-se sobre ela.

– Que delícia! - ri.

Beijam-se na saudade, emanharada a vontade de se quererem tão bem cada vez mais. Como namorados que não tivessem responsabilidade alguma com nada lá fora, recordam dos velhos tempos juntos... Onde namoravam sob os olhos de alguém da família.

– Era terrível! - ri, a beijando.

– Muito! - passa a mão sobre o peito dele, ainda coberto pela camisa. Se eu me arrumava muito, minha mãe já dizia que estaria de olho! - caem na gargalhada.

– Me sinto um pouco.... Não sei se envergonhado...

– Por que? - pergunta curiosa.

– Por ela flagrar alguns momentos nossos...- riem.

– Não chegaram a ser momentos!

– Eu com a mão na sua bunda, sua camisola já pela metade encima da mesa da cozinha!

– Socorro! - riem. Eu tinha esquecido...

– Sem contar nela indo ao nosso quarto aquele dia...

– Mas, isso foi bobeira dela! Não somos bichos para fazer barulho...

– Mas, ela não falou pelo barulho que sai da gente! - ri. Você pensou isso?

– Uai...- riem.

– Para ser o barulho que sai da gente, teríamos que ser lobos! Nosso quarto é todo fechado! - ri. Ela falou pelo barulho da gente batendo em algo... Sei lá...

– Mas, você faz uns barulhos estranhos...- o encara.

– Eu!?

– Sim, são excitantes! - riem. Mas, são estranhos...

– Os seus são bem normais, Paula! - ironiza.

– Nem venha! - o acaricia.

– Aí Vitor...- a imita. Isso, isso...- riem.

– Não falo isso! - ri.

– Chega de falar besteira! - ri.

– Concordo! Vamos repetir nossas dosagens malucas...- se vira sobre ele, sentando em seu colo.

Sorrindo, Paula retira a camisa de Vitor, beijando-o o corpo por onde escorrega as mãos. Retorna para sua posição, descendo os dedos levemente as peças que ainda o cobrem. Retira-as sobre os olhos atentos e suplicantes dele, que tão bem a faz... Capaz de esquecer qualquer outros olhos ou homem que tenha compartilhado momentos ao lado dela.

– Amo sua barba por fazer...- diz, o olhando fixadamente, enquanto continua a retirar o restante das vestimentas.

– Anda Pulinha...- joga-se no sofá, inspirando profundamente.

– Você sempre me falou que não se pode ter pressa nisso... Que é devagar para se amar melhor...- sobe suas mãos.

– Pulinha...- suplica.

Beija o que lhe é sensível, intensamente, retirando ele do próprio corpo e devolvendo no minuto seguinte. Não suportando, a segura, virando-se sobre ela...

– Você ainda vai me deixar enlouquecido...- a beija, puxando a alça de sua camisola.

Percorre o corpo dela, despindo-a e a fazendo tremer a cada beijo que saia carregando sua pele. Toca seus seios como se tocasse as pétalas de uma flor. Exala seu perfume, empregando o seu ao dela...

– Vi...- fecha os olhos, apertando os lábios e sorrindo.

– Shiu...- retira sua parte íntima. Calma...- a levanta pela cintura, grudando seu rosto ao dela. Já não quero sair de casa...- segura o fôlego. Já não quero ficar longe de você...- a encara fixadamente, mordendo seus lábios entre uma fala ou outra.

– Fica aqui...- sorri. Fica aqui para...- ele beija seu pescoço. Sempre...

– Não é normal, Paula... Não há normalidade nesse meu amor por você! Ninguém nunca vai entender...- puxa o lábio dela. Isso...

– Se não for exagerado, não me interessa...- aperta suas pernas sobre o colo dele, o fazendo gemer. Me ama...- sussurra. Me ama devagar... Me leva embora desse mundo... Mas, me leva com você! - beija os olhos dele que se enchem de lágrimas. Me ama! - deita-se novamente, deixando os pés sobre o corpo dele.

Vitor sente aquele momento com tamanha intensidade, pela saudade, pelo amor, pela mulher que ele tanto amava e estava ali... Estava ali para ser amada como merecia. Estava ali para amá-lo como sempre mereceu. Lágrimas escorrem de seus olhos enquanto volta beijar o corpo de Paula que se contorce desesperadamente, chamando por ele, por tudo que ele pudesse oferecer naquele momento, para o resto da vida. Quando Vitor a preenche, perde a razão... Suspira profundamente, o arranha ferozmente. Naquele espaço pequeno do sofá, se entrelaçam como nunca... Paula inverte as posições, cavalga sobre ele deixando todo seu mundo para trás. Longos minutos se passam, entre carícias, feridas de um amor que era paz e guerra de mãos dadas. Em grito desesperado, caem suados do perfume que produzem...

Continua...


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Notas finais do capítulo

Desculpem a demora!!! Espero que gostem... Logo, logo a gente vai descobrir quem é esse novo homem que apareceu tirando a paz da família! Deixem seus palpites... Beijos haha



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